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Resenha: A Educação no século XX Primeira República

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Resenha: A Educação no século XX – Primeira República
	
	Com a proclamação da república, o poder central foi dividido entre os estados. Com a educação não foi diferente, o poder central era responsável apenas pelas escolas do Rio de janeiro, atual distrito federal, os estados mais ricos eram responsáveis por suas próprias instituições de ensino, garantindo seu funcionamento. Já os estados mais pobres repassavam essa responsabilidade para os municípios, estes que detinham de condições econômicas ainda mais precárias. Em suma, os privilegiados eram sempre a parcela da população que detinha de mais dinheiro, pois na época, e ainda hoje, a qualidade da educação era/é diretamente proporcional à quantidade de dinheiro que lhe é investido.
	Devido a essa organização, apesar dos ideais de uma educação para todos estarem sendo colocados em prática, a qualidade da mesma de modo geral não era boa. Dessa forma, várias novas ideias foram colocadas em pauta, promovendo diversas ideias de reformas. As reformas colocavam em conflito ideias que eram opostas, tais como positivismo e escolanovismo, catolicismo e anarquismo, etc. 
	O positivismo era uma corrente de ideias que visava o conhecimento científico e prático, dessa forma as propostas de reforma da educação da época por meio dessa linha de ideias era a priorização das matérias matemáticas e científicas em relação as pedagógicas já na educação básica, desse modo o indivíduo seria mais bem preparado para o mundo real, para o trabalho e para a pesquisa. Com base nessas ideias, Benjamin Constant (1833-1891) organizou a reforma de 1890, que propôs mudanças no ensino primário (de 7 a 13 anos) e secundário (de 13 a 15 anos) do Distrito Federal. Olhando na educação do império, vemos que tal reforma mudou o enfoque da educação, que era humanística, com isso a formação tenderia a ser melhorada, gerando indivíduos com capacidades de questionar a atual organização política e até mesmo a religião. Com esse receio, a igreja católica e o governo não permitiu que a reforma entrasse em ação, mas isso abriu espaço para novas reformas.
	Com a divisão do ensino em séries, surgiu a necessidade da formação de mais professores, dessa forma o governo criou projetos de escolas normais para a formação de docentes, contudo apenas uma foi realmente construída no distrito federal. Uma opção de menos qualidade para a formação de novos professores foram as escolas complementares. Devemos destacar que em geral, as mulheres eram as que mais se interessavam pela docência na educação básica, contudo esse “interesse” era ligado ao baixíssimo salário que era oferecido nesse setor. Ou seja, os homens ficavam com os trabalhos mais bem remunerados e restava as mulheres o que sobrava, de pior qualidade.
	Voltando para o lado da escola nova, não podemos deixar de destacar a Reforma Sampaio Dória, esta que propôs uma etapa inicial de dois anos (equivalente ao começo do Ensino Fundamental atual), gratuita e obrigatória. As ideias escolanovistas eram voltadas nessa ideia da reforma: uma educação para todos, pública, laica, igualitária e sem privilégios. Nesse período, se destacaram Anísio Teixeira (1900-1971), Fernando de Azevedo (1894-1974), Lourenço Filho (1897-1970) e outros.
	Ao mesmo tempo, o anarquismo vinha ganhando força na educação nacional. Com uma formação voltada para o conteúdo prático, as escolas operárias detinham ideais que se opunham ao dogmatimo da igreja católica e prepava para o trabalho nas fábricas, num contexto de revolução industrial. Daí, podemos relacionar com os cursos técnicos atuais, voltados diretamente para o mercado de trabalho, para a execução da tarefa. Tais cursos tem formação limitada e muitas vezes isso causa um trabalho mecânico e fechado a novas ideias, isso é dentre outras uma desvantagem de tal ideologia de educação.
	Com todos esses movimentos de reforma, a religião vinha se sentindo incomodada com sua perda de espaço no contexto educacional e tratou de pressionar o governo para que o ensino religioso fosse novamente instaurado nas escolas da época, contudo o movimento escolanovista crescia cada vez mais e freava essa reação religiosa.
Nome: Gabriel Henrique Batista
Turma: 3º período – Licenciatura em matemática
Disciplina: História da Educação II
Professora: MSC. Melissa Salaro Bresci

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