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Expert Núcleo de Ensino Profissional e Técnico Preparando seu Futuro! 1 Sociologia Módulo 2 1. AGRUPAMENTO SOCIAL 2. ECONOMIA E SOCIEDADE ESTRATIFICAÇÃO 3. E MOBILIDADE SOCIAL AS INSTITUIÇÕES 4. SOCIAIS 5. MUDANÇAS SOCIAIS 6. SUBDESENVOLVIMENTO, COMUNIDADE, CIDADANIA E MINORIAS. SOCIOLOGIA 2 – Prova A 3 4 A natureza humana exige que vivamos em grupos, sendo condição necessária para a preservação e sobrevivência da espécie. O homem sempre procurou viver em sociedade formando agrupamentos como as famílias. Por grupo social é definido no Dicionário Aurélio: “Forma básica da associação humana; agregado social que tem uma entidade e vida própria, e se considera como um todo, com suas tradições morais e materiais”. Sabemos que há muitas definições de grupos sociais, mas há uma confluência entre os conceitos, pois grupo social sempre 5 significa a reunião de pessoas em interação entre si. Para a Sociologia, grupo social é toda reunião de duas ou mais pessoas associadas pela interação. Devido à interação social, os grupos mantêm uma organização e são capazes de ações conjuntas para alcançar objetivos comuns a todos os seus membros. Ao longo da nossa existência participamos de vários grupos sociais como o familiar, o vicinal – formado pela vizinhança, o educativo, o religioso, o de lazer, o profissional e o político. Cada um desses grupos tem características próprias, às quais passamos a descrever: 6 • Pluralidade de indivíduos – há sempre mais de um indivíduo no grupo; grupo dá ideia de algo coletivo; • Interação social – no grupo os indivíduos comunicam-se uns com os outros; • Organização – todo grupo, para funcionar bem precisa de uma certa ordem interna; • Objetividade e exterioridade – os grupos sociais são superiores e exteriores ao indivíduo; • Conteúdo intencional ou objetivo comum – os membros de um grupo unem-se em torno de certos princípios ou valores, para atingir um objetivo de todo o grupo; 7 • Consciência grupal ou sentimento de “nós” – são as maneiras de pensar, sentir e agir próprias do grupo; existe um sentimento mais ou menos forte de compartilhar uma série de ideias, de pensamentos, de modos de agir; • Continuidade – as interações passageiras não chegam a formar grupos sociais organizados; para isso, é necessário que as interações tenham certa duração; como exemplo temos a família, a escola, a igreja, etc.; mas há grupos de curta duração que aparecem e desaparecem com facilidade, como os mutirões para a construção de casas. 8 Considerando a classificação dos contatos sociais estabeleci-dos entre as pessoas e grupos, podemos classificar os grupos sociais como primários, secundários ou intermediários. Os grupos primários são aqueles em que predominam os contatos pessoais, diretos, ou seja, os realizados pela família, vizinhos, grupos de brinquedo e lazer. Os grupos secundários são grupos sociais mais complexos, como as igrejas, o Estado, em que predominam os contatos de maneira pessoal e direta, mas sem intimidade; ou de maneira indireta, através de cartas, Internet, etc. Os grupos intermediários são os que se alternam e se comple- 9 mentam as duas formas de contatos sociais, primários e secundários, como por exemplo a escola. Há ainda outros tipos de reunião de pessoas, mas com fraco sentimento grupal e pessoas frouxamente aglomeradas, que são os chamados Agregados Sociais. Tipos de agregados sociais: • Multidão – grupo de pessoas reunidas para observar um fato, uma ocorrência. Tem como características a falta de organização, o anonimato, objetivos comuns, a indiferen- ciação e a proximidade física. • Público – é um agrupamento de pessoas que seguem os 10 mesmos estímulos. Os modos de pensar, agir e sentir do público compõe o que é conhecido como opinião pública. • Massa – é formada por pessoas que recebem de maneira mais ou menos passiva opiniões formadas, que são veiculadas pelos meios de comunicação de massa; Como não obedecem às normas, a formação das massas é espontânea. Apesar da semelhança entre público e massa há uma diferença básica: o público não apenas recebe opiniões, mas também exprime a sua; o que em geral não ocorre com a massa. 11 Mecanismo de Sustentação dos Grupos Sociais Toda sociedade tem uma série de forças que mantém os grupos sociais. Abaixo as principais: Liderança: É uma ação exercida por um líder, que dirige o grupo, transmitindo ideias e valores aos outros membros. A liderança pode ser institucional e pessoal. A liderança institucional é derivada da autoridade que uma pessoa tem em virtude da posição social ou do cargo que ocupa. 12 A liderança pessoal é a originada pelas qualidades pessoais do líder (inteligência, prestígio social e moral, poder de comunicação, atitudes, encanto pessoal, etc.). Normas e Sanções Sociais: Normas e sanções sociais são regras de conduta, que orientam e controlam o comportamento das pessoas enquanto grupo social e integrante da sociedade. As normas sociais indicam o que é permitido e o que é proibido. Toda norma social corresponde a uma sanção social, que é uma recompensa ou uma punição atribuída ao indivíduo em função do seu comportamento social. 13 A sanção social pode ser aprovativa – quando vem sob a forma de aceitação, aplausos, honras, promoções; e reprovativa – quando corresponde a uma punição imposta ao indivíduo que desobedece a alguma norma social. Símbolos: É algo cujo valor ou significado é atribuído pelas pessoas que o utilizam. Qualquer coisa pode se tornar símbolo. As pessoas atribuem significado a um objeto, uma cor, um hino ou um gesto, e estes se tornam símbolos de algo, como a riqueza, o prestígio, a posição social elevada, etc. 14 Valores Sociais: A sociedade estabelece o que é bom e o que é ruim, o que é bonito e o que é feio, o que é certo e o que é errado. Os valores sociais variam no tempo e espaço em função de cada época, de cada geração, de cada sociedade; os fatos, as ideias, as opiniões terão significado dependendo do contexto social em que estão inseridas. “Lembre-se: o sucesso só vem antes do trabalho em um lugar – no DICIONÁRIO”. 15 História da Economia A Divisão do Trabalho Duas das mais antigas civilizações da História, a egípcia e a mesopotâmica, puderam desenvolver-se graças à divisão do trabalho. Antes delas, para sobreviver, todos os homens eram obrigados a sair diariamente em busca de alimentos (caça de animais e coleta de vegetais), ou seja, todos praticavam a mesma atividade e dentro do grupo não existiam grandes diferenças sociais. 16 Com o nascimento da agricultura e a evolução de técnicas produtivas, tornou-se possível para um só indivíduo produzir muito mais que o necessário para a sua sobrevivência. Uma parte dos membros da comunidade pode livrar-se da necessidade de produzir meios de subsistência. Assim nasceu a figura do soberano absoluto, considerado um deus, com poder de vida e morte sobre seus súditos. Passou a existir também um número restrito de aristocratas, encarregados da defesa militar da comunidade e da segurança pessoal do soberano, além de um aparato burocrá-tico constituído de escribas, responsáveis pela gestão admi- 17 nistrativa do Império. O restante da população, a grande maioria, dedicava-se às atividades produtivas: agricultura, canalização de rios e construção de diques de proteção. A Escravidão: Na Grécia e na Roma antigas, as forças predominantes da economia eram representadas pelos escravos. Considerados como simples mercadorias, que podiam ser adquiridas ou vendidas a qualquer momento, os escravos não dispunham de nenhum direito. Os proprietários podiam dispor deles como bem lhes aprou- 18 vesse e sua única preocupação era mantê-los com saúde e em boas condições de trabalho. O Sistema Feudal: Na Idade Média, a escravidão foi substituída pelo feudalismo. O sistema feudal organizou-se a partir da divisão da população em uma hierarquia que, de formasimplificada, pode ser representada por uma pirâmide; na base dessa “pirâmide social” situava-se os servos e os camponeses. No sistema feudal, os servos assumiram o lugar que antes cabia aos escravos. Porém, os servos “pertenciam” ao feudo. 19 As Origens do Capitalismo: O primeiro dos fatores que provocaram a ruptura das relações feudais, foi o aumento da produtividade no campo, como consequência da melhoria das técnicas agrícolas (principal-mente a introdução da rotação das culturas). Assim, foi desenvolvida a rotação trienal: depois de cultivar um cereal, o trigo ou o centeio, por exemplo, o agricultor plantava uma leguminosa (o feijão ou a ervilha) e, no terceiro ano, deixava o campo em repouso. A abundância de colheitas, especialmente as de alimentos, 20 traduziu-se logo em um notável aumento da população, que duplicou entre os anos 1000 e 1300. Como consequência, houve um processo migratório do campo para cidade, onde se concentraram as manufaturas. Ao mesmo tempo, o comércio desenvolveu-se de modo acentuado; as grandes cidades como Veneza, por exemplo, passaram a viver exclusivamente da atividade comercial. Mesmo as Cruzadas, cuja motivação fora sempre religiosa, passaram a ser organizadas com objetivos apenas comerciais. 21 Nas cidades desenvolveram-se as primeiras formas de atividade industrial: comerciantes empreendedores começa-ram a investir sua riqueza pessoal na aquisição de ferramen-tas e matérias-primas para a produção de mercadorias acabadas; os artesãos, por sua vez, se limitavam a fornecer o próprio trabalho, geralmente realizado em seu domicílio e não mais na propriedade dos empreendedores. As primeiras fábricas, que produziam, sobretudo tecidos, floresceram inicialmente em Flandres e mais tarde na Inglaterra. 22 Outro fenômeno decisivo para o nascimento das primeiras formas de capitalismo foi a ocorrência das grandes explorações marítimas e a conquista de territórios até então desconhecidos, em especial a descoberta do continente americano. Essa imensa riqueza provocou um fenômeno negativo denominado inflação, ou seja, um aumento no nível geral de preços que se verifica quando há um aumento da moeda em circulação e uma diminuição do valor real do dinheiro, de modo que para se adquirir um bem é necessária uma maior quantidade de dinheiro. 23 A Revolução Industrial A partir do século XVIII desenvolveu-se na Inglaterra, depois em outros países da Europa e nos Estados Unidos, o processo que conduziu ao capitalismo moderno: a chamada Revolução Industrial. Esse processo consistiu, em termos básicos, na substituição das indústrias primitivas típicas das primeiras formas de capitalismo, em que muitas vezes o trabalho era realizado em casa, pelas fábricas, onde os manufaturados eram produzidos em uma longa sequência de operações, cada uma delas efetuada por determinada máquina e controlada por um 24 operário, cujo trabalho limitava-se a seguir operações simples e repetitivas. Agora, o operário não mais participava de todo o processo produtivo da fabricação de manufaturados, realizava apenas uma parte da produção. A Revolução Industrial tornou-se possível graças à utilização do motor a vapor. Os motores a vapor também exerceram papel fundamental no desenvolvimento dos transportes, tanto marítimos (no caso dos navios a vapor em substituição aos barcos a vela) quanto dos terrestres (na construção de ferrovias). 25 O Nascimento do Liberalismo No início da Revolução Industrial, em 1776, foi publicado na Inglaterra o que pode ser considerado o primeiro tratado completo de economia: Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, escrito pelo escocês Adam Smith (1723-1790). Nessa obra o economista estabelece a distinção entre preço natural de uma mercadoria e o preço corrente. Para ele, o preço natural representava o valor de uma mercadoria e consiste na soma dos custos da terra, do capital e do trabalho. 26 O preço corrente, ao contrário, é o preço que se forma no mercado, o preço efetivamente pago pelo comprador para adquirir uma determinada mercadoria para seu uso. Nessa condição de mercado livre, na qual o Estado não impõe nenhuma restrição aos empresários e não existem monopólios, o preço corrente tende a igualar-se ao preço natural, graças à capacidade de auto regulação, uma característica do sistema capitalista. Em 1887 Alfred Nobel inventa a dinamite, revolucionando o campo bélico; e assim a modernização do sistema produtivo com a eliminação de empresas menores, faz a transição do 27 capitalismo de “mercado livre” para o capitalismo monopo-lista, caracterizado pela concentração do capital em um número restrito de empresas. A Grande Depressão Em outubro de 1929 surge nos Estados Unidos a maior crise da história do capitalismo, originada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque tendo reflexos em todo o mundo. Com essa crise a maioria dos economistas compreendeu que a ideia segundo a qual o capitalismo tendia naturalmente para um ponto de equilíbrio, com trabalho para todos, era pura ilusão. 28 O Capitalismo Hoje Após a Segunda Guerra Mundial, iniciou-se uma nova fase do capitalismo. E coube novamente à tecnologia um papel fundamental. O desenvolvimento da eletrônica permitiu construir, entre outras máquinas, computadores cada vez mais avançados e a custos mais baixos; a Inteligência Artificial permitiu a automação de muitos processos produtivos. O processo de internacionalização do capital afirmou-se em definitivo. 29 O termo estratificação social identifica um tipo de estrutura social que dispõe o indivíduo, com suas posições e seus papéis sociais, em diferentes camadas ou estratos da sociedade. Todos os aspectos de uma sociedade, econômico, político, social e cultural, estão interligados. A estratificação econômica baseia-se na posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária. O aspecto econômico tem sido mais determinante que os outros na caracterização da sociedade. 30 A determinância da estratificação econômica consiste, basicamente, na formação de grupos hierarquizados por nível de rendimento. Assim, temos os grupos denominados classe A, classe B e classe C. Veja a seguir a pirâmide social de renda, na qual a sociedade é dividida em estratos ou camadas sociais: Dependendo do tipo de sociedade, esses estratos ou camadas podem ser organizados em castas, como na Índia; Estamentos ou Estados, como na Europa Ocidental durante o Feudalismo; e classes sociais, como nos países capitalistas. 31 A estratificação política baseia-se na situação de mando na sociedade, ou seja, grupos que têm poder e grupos que não têm. A estratificação profissional baseia-se no diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade, como, por exemplo, valorizamos mais a profissão de médico do que a de pedreiro. 32 Camadas ou Estratos Sociais Existem sociedades que, mesmo usando toda sua capacidade e empregando todos os esforços, o indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais elevada. Nesses casos, a posição social lhe é atribuída por ocasião do nascimento, independentemente da sua vontade e sem perspectiva de mudança. Ele carrega consigo, pelo resto da vida, a posição social herdada. 33 Mobilidade Social A mobilidade social é a mudança de posição social de uma pessoa num determinado sistema de estratificação social. A mobilidade social pode ser do tipo vertical ou horizontal. Mobilidade social vertical diz respeito à mudança no sentido de subir ou descer na hierarquia social. Neste caso ela pode ser ascendente, ascensão social – quando a pessoa melhora sua posição social, passando a integrar um grupo em geral economicamente superior ao de seu grupo anterior. Ou descendente, queda social – quando a pessoa piora de 34 posição social e passa a integrar um grupo em geral economicamente inferior. Mobilidade social horizontalocorre quando a mudança social dá-se dentro da mesma camada social, como por exemplo, um operário que muda de partido político ou se casa com uma pessoa da mesma classe social. Devemos lembrar que o fenômeno da mobilidade social varia de sociedade para sociedade. Em algumas sociedades ela ocorre de maneira mais fácil; em outras, quase inexiste no sentido vertical ascendente. 35 “A maior de todas as conquistas é aquela obtida com a consciência”. Estudos sociológicos e antropológicos reafirmam a impor-tância da Família, da Religião, do Estado e da Escola como instituições comprometidas com a formação moral e civil do cidadão. A Família A família constitui o primeiro grupo social primário ao qual pertencemos e é neste grupo que teremos contato com as regras de controle e de comportamento para uma convivência harmônica em sociedade. 36 A Religião Desde os primórdios as sociedades tentam explicar o sentido das coisas, e sob este olhar ao mesmo tempo curioso e estarrecido surgem as religiões como forma de saciar os questionamentos acerca, principalmente, do que era considerado sobrenatural. A religião esteve durante longo tempo associada à questão do mito que os povos primitivos mantinham com os fenômenos da natureza. 37 O Estado A caracterização de um Estado se dá pela existência de um povo próprio, a ocupação de um território definido e o exercício de uma soberania reconhecida por outros Estados. Sinteticamente podemos afirmar que Estado é uma Nação com um Governo. Através de seus poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, em se tratando de um Estado Moderno, tem constituído o regime político democrático no qual os governantes são eleitos pelo voto direto do povo. 38 A Escola Considera-se neste momento a escola como uma instituição de vital importância para formação de uma sociedade. Com a tônica na educação formal, sua função social vai além da interação entre indivíduos e grupos. Tem o caráter político, sensibilizando os indivíduos para interagirem compartilhando experiências, ensinamentos, na busca do crescimento integral. 39 Há um sentido no qual a Sociologia está necessariamente ligada à ideia de progresso, ou seja, o de que como uma disciplina pode ser justificada, em parte, pela contribuição que possa fazer ao progresso humano. As dificuldades encontradas pelas teorias de evolução, desenvolvimento ou progresso, bem como as modificações no clima de opinião, levaram à adoção geral da expressão “mudança social”, para referir-se a todas as variações históricas nas sociedades humanas. 40 Fatores de Mudança Social Uma análise sociológica da mudança social exige um modelo mais preciso e que possibilite a formulação de problemas e a apresentação sistemática de resultados. Assim, em primeiro lugar devemos nos concentrar na questão seguinte: o que é que muda? É útil definir a mudança social como uma mudança na estrutura social (inclusive mudanças no tamanho da sociedade) ou em determinadas instituições sociais, ou nas relações entre as instituições. 41 Atitudes Individuais e Sociais na Mudança Quatro tipos de atitudes individuais ou sociais serão por nós consideradas: • Atitude conservadora – aquela que se mostra contrária ou temerosa em relação às mudanças. Nela se enquadram o tradicionalismo e o reacionarismo. No tradicionalismo, a tradição, pelo seu prestígio, pelo respeito suscitado entre as gerações mais jovens, impõe-se como um dos grandes obstáculos a toda e qualquer inovação na vida social. 42 • Atitude reacionária – corresponde ao conservadorismo exagerado. Opõe-se, não raro pela violência, a qualquer tipo de mudança das instituições sociais. É a atitude típica do radical de direita, que deseja que tudo permaneça como está, que quer a todo custo manter a situação tal como é. • Atitude reformista ou progressista – é a que vê com agrado a mudança moderada. É o desejo de mudança gradativa dos modos de vida existentes e das instituições. • Atitude revolucionária – é a que defende transformações profundas e imediatas, até com o emprego de métodos violentos, no sentido de mudar a situação. 43 Subdesenvolvimento Os países subdesenvolvidos são conhecidos também como países periféricos – aqueles que mantiveram ou mantêm uma relação de dependência econômica e/ou política com os países centrais, que são os grandes centros industrializados (países da Europa Ocidental, Estados Unidos, Japão). De modo geral, as nações subdesenvolvidas foram colônias de nações desenvolvidas (antigas metrópoles). 44 A origem do subdesenvolvimento dos países, que eram antigas colônias, está ligada nas relações econômicas e políticas desses países com as nações centrais, que eram as metrópoles, ao longo da História. A colonização foi um processo de ocupação e exploração econômica e política de novas áreas. Desse movimento surgiram dois tipos de colônia: de povoamento e de exploração. • Colônias de povoamento - foram formadas a partir das áreas ocupadas por muitos desempregados ou por grupos expostos a perseguições religiosas. 45 • Colônias de exploração - foram formadas nas áreas ocupadas pelas nações europeias, com a finalidade de extrair delas bens comercializáveis na Europa. Inicialmente, os colonizadores procuravam metais preciosos; quando não os encontravam, passavam a praticar a agricultura, plantando lavouras de grande valor comercial, como a cana-de-açúcar. 46 Indicadores Vitais do Subdesenvolvimento • Insuficiência alimentar – Os técnicos em alimentação fixam como limite mínimo necessário à sobrevivência do ser humano o consumo de mil calorias diárias. Contudo, um consumo inferior a 2.240 calorias diárias já caracteriza uma situação de subalimentação. A população de uma grande parte das nações do mundo contemporâneo – como Índia, Etiópia e Bolívia – apresenta um consumo médio de calorias inferior a esse mínimo; vive, portanto, num estado de subalimentação crônica ou fome. 47 • Grande incidência de doenças – Em razão das deficiências da alimentação e das más condições sanitárias reinantes proliferam nos países subdesenvolvidos doenças que, embora inofensivas nas nações adiantadas, apresentam aí um caráter fatal. Um exemplo é o sarampo. • Intensa natalidade e altas taxas de crescimento demográfico – As nações subdesenvolvidas apresentam altos coeficientes de natalidade. Em algumas, tais coeficientes são anulados pela elevada mortalidade, de modo que as taxas de crescimento demográfico resultantes são reduzidas. 48 Indicadores Econômicos Os principais indicadores econômicos do subdesenvolvimento são: • baixa renda per capita; • predominância do setor primário sobre o secundário; • problemas na agricultura; • problemas na indústria; • concentração de renda; • problemas no setor externo; • subemprego ou desemprego disfarçado. 49 Indicadores Sociais Temos um fenômeno inovador na história dos países subdesenvolvidos que é a consciência das populações de sua miséria ou pobreza. Indicadores Políticos A tomada de consciência da miséria ou do atraso leva à formulação de planos para superar essa situação. Tais planos são os projetos de desenvolvimento. 50 Comunidade O conceito de Comunidade, de enorme importância na Sociologia do século XIX, designa os agrupamentos humanos nos quais se verifica um grau elevado de intimidade e coesão entre seus membros, engajamento moral e uma garantia de continuidade. Os sociólogos positivistas dedicaram parte de suas teorias ao estudo da comunidade, considerado como o modelo de vida social próprio das sociedades agrárias, caracterizado por relações primárias e tradicionais, influência fundamental da família e pequena flexibilidade das relações existentes. 51 Sociedade Historicamente, o conceito original de Cidadania estava associado ao burguês, não ao povo todo. Portanto, a começar pela etimologia da palavra, há uma separação entre o homem urbano e o homem rural, uma vez que a palavra cidadãoreferia-se somente aos habitantes da cidade. Por analogia, o novo termo veio substituir os termos: burguês e burgo. Podemos dizer que cidadão é o que está capacitado a participar da vida da cidade, da sociedade. Como termo legal, cidadania é mais uma identificação do que uma ação. 52 Minorias A ideai de igualdade não é uma ideia aceitável para a cultura humana. Desde as mais antigas civilizações, o homem buscou suas diferenças, de origem, de nacionalidade, de classe social. Toda a Antiguidade conheceu ideologias que pregavam diferenças no interior de uma sociedade e entre sociedades. Estabelecer diferenças parece ter sido sempre uma tendência da humanidade, para, por meio delas, procurar definir a essência humana e a razão de sua existência. 53 Declaração Universal dos Direitos do Homem (aprovada em 1948 pela ONU, com o fim da Segunda Guerra Mundial) • Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos; • Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado; • Todo homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa; • Todo homem tem direito a alimentação, vestuário, habitação e cuidados médicos; • Todo homem tem direito à vida, à liberdade e segurança pessoal; 54 • Todo homem tem direito ao trabalho e à livre escolha de emprego; • Todo homem tem direito à segurança social; • Todo homem tem direito a uma ordem social em que seus direitos e liberdades possam ser plenamente realizados; • Todo homem tem o direito de ser reconhecido como pessoa perante a lei; • Todo homem tem direito à instrução. Boa Atividade! Boa Sorte! Fim módulo Sociologia 2 Mauro Monteiro 55
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