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Os sistemas de atenção à saúde são respostas sociais, organizadas deliberadamente, para responder às necessidades, demandas e representações das populações, em determinada sociedade e em certo tempo Objetivos: O alcance de um nível ótimo de saúde, distribuído de forma eqüitativa A garantia de uma proteção adequada dos riscos para todos os cidadãos O acolhimento humanizado de todos os cidadãos A garantia da provisão de serviços efetivos e de qualidade A garantia da prestação de serviços com eficiência World Health Organization, 2000 Sistemas de Atenção à Saúde Todo sistema de saúde pode ser pensado como a articulação de três componentes, cada um dos quais se envolve em um conjunto de definições particulares e questões específicas. a) Político – modelo de gestão b) Econômico – modelo de financiamento c) Médico – modelo assistencial Sistema de Saúde Modelo universalista (Sistemas Nacionais de Saúde financiamento e gestão do Estado – Japão, Cuba) Modelo seguro social (financiamento é por contribuições dos empresários e trabalhadores – contribuição obrigatória – Alemanha) Modelo de seguros privados (organização tipicamente fragmentada, descentralizada e com escassa regulação pública – EUA. Modelo assistencialista (saúde não é um direito do povo, mas sim uma obrigação dos cidadãos) Modelos de Sistema de Saúde Este modelo é caracterizado por financiamento público com recursos dos impostos e acesso universal aos serviços que são prestados por fornecedores públicos; Pode existir outras fontes de financiamento além dos impostos, tais como pagamentos diretos de usuários e outros insumos. Porém, a maior parte do financiamento e da gestão é por conta do Estado. Modelo Universalista O conceito de seguro social implica num seguro no qual a participação é obrigatória. O financiamento é por aporte e contribuições dos empresários e trabalhadores. Por definição, só cobrem os contribuintes e seu grupo familiar; Modelo do Seguro Social os indivíduos compram serviços de saúde de acordo com a sua capacidade de pagamento; Este modelo tem uma organização tipicamente fragmentada, descentralizada e com escassa regulação pública; Em comparação com os outros modelos, este limita a ação do estado. Modelo de Seguros Privados De forma inversa ao modelo Universalista a saúde não é um direito do povo, mas sim uma obrigação dos cidadãos. O Estado só oferece assistência às pessoas incapazes de assumir a responsabilidade individual de cuidar da saúde. As ações são direcionadas às pessoas mais vulneráveis e carentes e, de maneira qualitativa e quantitativamente limitada, pois do contrário, poderia contribuir para incentivar as pessoas a não se responsabilizarem pela própria saúde. Modelo Assistencialista Conhecido como Medicare, o sistema de saúde do Canadá, garante acesso a uma cobertura universal abrangente de serviços médico-hospitalares e clínicos. Sua construção levou mais de cinco décadas. Até o fim dos anos 1940, a assistência à saúde no Canadá era dominada pelo setor privado. MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: CANADÁ O sistema de saúde da Espanha foi fruto de uma decisão consagrada na Constituição. Promulgado em 1978, o texto estabelece o direito a “proteção da saúde e atenção sanitária de todos os cidadãos”. As características do sistema são: financiamento público, universalidade e gratuidade no acesso. MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: ESPANHA Criado em 1948, o sistema de saúde do Reino Unido (National Health Service) é gerido separadamente por cada país (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales), mas tratado de forma unificada. Qualquer pessoa residente no Reino Unido, tem direito a acesso. O sistema tem três características principais: vai ao encontro das necessidades de todos, é gratuito no ponto de atendimento e se baseia na necessidade de saúde, não na capacidade de pagamento. A atenção à saúde é dividida em primária (abrangendo clínico-geral, farmacêutico, dentista e optometrista)e secundária (emergência, cirurgia, consulta a especialistagerais) e uma linha telefônica para pedido de atendimento. MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: REINO UNIDO O país não tem um sistema público de cobertura universal na área de saúde. Segundo uma estimativa feita pelo governo, 46,3 milhões de pessoas nos Estados Unidos não tinham cobertura em 2008 (esse número, porém, inclui imigrantes ilegais e americanos que ganham mais de US$ 50 mil por ano). Há alguns programas financiados pelo governo, como o Medicare, destinado a pessoas com mais de 65 anos, ou o Medicaid, para pessoas de baixa renda. Veteranos das Forças Armadas também estão cobertos por um programa do governo, assim como crianças de famílias pobres que não se enquadram nas exigências do Medicaid. A maioria dos americanos, porém, precisa adquirir seu próprio plano de saúde, seja por meio de seus empregadores ou por conta própria. No caso dos planos de saúde privados, há variações nas regras e no valor a ser pago. Em alguns casos, o segurado tem de pagar parte do tratamento médico para depois ser ressarcido pela seguradora. Aqueles que não têm cobertura de saúde só são atendidos gratuitamente em emergências. MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: EUA característica mista, disponibiliza, ainda, serviços de natureza pública e privada aos usuários. A saúde é um dos componentes do Sistema de Seguridade Social, de solidariedade social e de natureza pública, instituído no século 20, sob a base da cotização obrigatória de empregados e empregadores. Tem como princípios de organização a coexistência do setor público de prestação de serviços ao lado do privado, com ou sem fins lucrativos; a livre escolha de profissionais e estabelecimentos de saúde; a autonomia para a instalação de consultórios; o pagamento direto, pelos usuários, aos profissionais e serviços de saúde, com reembolso parcial das despesas MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: FRANÇA O complexo sistema denominado Cobertura de Saúde Universal do Japão completou 50 anos de existência em 2011. É um sistema universal, gratuito e equitativo. Foi criado em 1961, com resultados expressivos, graças às ações preventivas primárias e secundárias – e uso de tecnologias avançadas –, em relação, por exemplo, à mortalidade de adultos para doenças não transmissíveis. Os cuidados médicos eficazes podem ser alcançados sem fila de espera, com despesas relativamente baixas (8,5% do PIB). MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: JAPÃO Ter um plano de saúde na Alemanha é obrigatório para os cidadãos que dispõem de renda até um determinado teto estipulado pelo governo. Existem diferentes seguradoras públicas, capazes de se autogerir e que disputam as parcelas do mercado. Cada um dos planos públicos de saúde oferece ao assegurado um nível de cobertura específico, mas que acaba se assemelhando, considerando que todos são obrigados a respeitar o catálogo de "coberturas obrigatórias" determinado pelo governo. Os custos dos planos são divididos igualmente entre o empregador e empregado. Em geral, o cidadão pode escolher livremente os médicos e os hospitais que procura. Aqueles que têm uma renda acima do limite estipulado pelo governo - podem optar por um plano de saúde privado. O mesmo vale para autônomos e funcionários públicos. Neste caso, o leque de coberturas e os custos mensais com o plano podem variar bastante. A Alemanha ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de gastos públicos coma saúde. MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: ALEMANHA O mercado de saúde da Argentina possui 3 sistemas coexistentes: o Público, o de Serviços Sociais (chamado de Obras Sociales ou OS) e o Privado. O Setor Público inclui aproximadamente 30% do total da população, em sua maioria grupos sociais de baixa renda. O Setor de Serviços Sociais é o formado por instituições que cobrem as contingências de saúde e provêm infraestrutura de assistência socialaos trabalhadores em relação de dependência (sobretudo a partir de Obras Sociales Sindicais) e aos aposentados do regime nacional de previdência social, através do chamado Programa de Assistência Médica Integral (PAMI). Esse setor se constitui como um seguro social para a proteção dos trabalhadores assalariados e seus familiares diretos, cujo aporte é obrigatório e se realiza através de contribuição tanto dos empregadores (6%) como dos empregados (3%). O Setor Privado, sob a denominação global de empresas de medicina pré-paga, opera com um total de 196 empresas, entre as quais, 58% têm base na capital federal; 19% no resto da grande Buenos Aires e 23% no interior. saúde. MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: ARGENTINA O serviço de saúde chileno é um sistema misto em termos de atendimento à população, seguro de saúde e administração financeira. Até 1980, era fundamentalmente público, a partir da reforma de saúde em 1981, foram combinados um seguro público social e solidário, que corresponde ao Fondo Nacional de Salud (FONASA), com o seguro privado, individual e competitivo, representado pelas Instituciones de Salud Previsional (ISAPRE). Ambos estão sujeitos à inspeção do Ministério da Saúde. Por lei, os trabalhadores formais são obrigados a contribuir com 7% de sua receita mensal ao sistema que adotarem , seja o FONASA ou uma ISAPRE. A FONASA recebe investimentos governamentais para cobrir o atendimento a indigentes e levar adiante alguns programas públicos de saúde. As ISAPREs administram as contribuições obrigatórias dos assalariados; seus membros podem contribuir com um valor adicional para melhorar a cobertura do seu Plano. MODELOS DE ATENÇÃO NO MUNDO: CHILE Engloba ações de caráter individual ou coletivo, que envolvem a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde das pessoas. Quando bem organizada garante resolução de cerca de 80% das necessidades e problemas de saúde da população de um município. Os atendimentos de Atenção Primária são oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde e nas Unidades com Estratégia Saúde da Família. Atenção Básica (AB) ou Atenção Primária a Saúde (APS) Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo; Orienta-se pelos princípios do SUS; Deve ocorrer no local mais próximo da vida das pessoas; Principal porta de entrada; Trabalho em equipe; Deve resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território; Centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS); ESF é sua estratégia prioritária de organização. Atenção Básica à Saúde Criada em 2006, Portaria nº 648/GM Revisão em 2011, Portaria 2.488 Organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: MS; 2011. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: MS; 2006. Modelo do SUS Modelos de Sistema de Saúde Organização Piramidal Organização Redes FONTE: MENDES (2002) APS ALTA COMPLEXIDADE MÉDIA COMPLEXIDADE ATENÇÃO BÁSICA Fundamentos e diretrizes: AB Acolhimento Território IntegralidadeAcesso Participação Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) Estratégia Saúde da Família (ESF) “A atenção está centrada na família, entendida e percebida a partir de seu ambiente físico e social, o que vem possibilitando às ESF uma compreensão ampliada do processo saúde doença e da necessidade de intervenções que vão além das práticas curativas”. Visa à reorganização da AB no País, de acordo com os preceitos do SUS; Estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica; Equipe multiprofissional (mínimo: 1 médico generalista, 1 enfermeira, 1 aux. enfermagem, 4 a 6 ACS + SBucal) Fonte: Ministério da Saúde. Programa Saúde da Família. Brasília/DF, 2001. A atuação da iniciativa privada na área da saúde pode ser: Complementar (organizações sociais). Suplementar (planos de saúde). Sistema de Saúde Complementar e Suplementar JUSTIFICATIVA: O Estado brasileiro ainda não possui as condições necessárias para cumprir integralmente o seu dever de garantir a saúde da população (faltam hospitais, laboratórios, clínicas médicas, etc). A Constituição Federal, no parágrafo 1º do seu art. 199, assistência à saúde é livre à iniciativa privada e que as instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Sistema de Saúde Complementar As ações e serviços privados de saúde podem ser prestados por meio de planos de saúde (operadoras); É o setor que abriga os serviços privados de saúde prestados exclusivamente na esfera privada; Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): Criada em 2000 pela Lei no 9.961, vinculada ao Ministério da Saúde normatização do setor privado para cumprir sua função da forma mais condizente com os princípios e diretrizes do SUS. Sistema de Saúde Suplementar Lei 9.656/98 Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Dar transparência e garantir a integração do setor de saúde suplementar ao SUS; Estabelecer mecanismos de controle da abusividade de preços; Definir o sistema de regulamentação, normatização e fiscalização do setor de saúde suplementar. Sistema de Saúde Suplementar Criada em 2006 (Portaria no 687, de 30/03/2006) no conjunto de iniciativas do Pacto pela Saúde; Revisada em 2015. “Promover a equidade e a melhoria das condições e dos modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.” Política Nacional de Promoção da Saúde Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: MS; 2006. Deve estabelecer relação com as demais políticas públicas, incluindo aquelas do setor Saúde, tais como: Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP-SUS) Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa (ParticipaSUS) Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) Dentre outras. (Trabalho) Política Nacional de Promoção da Saúde ATÉ A PRÓXIMA!
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