Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ediane Rambo Adaptações, crescimento e diferenciação celular: hiperplasia, hipertrofia, atrofia e metaplasia. Rudolf Virchow afirma no século XIX “toda e qualquer doença tem início a nível celular” A patologia é o estudo (logos) da doença (pathos). Mais especificamente, a patologia está voltada ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos que fundamentam doença. Através do uso de técnicas moleculares, microbiológicas e morfológicas, a patologia tenta explicar os porquês e as causas dos sinais e sintomas manifestados pelos pacientes enquanto fornece uma base racional para a terapia e o cuidado clínico. Assim, ela serve como ligação entre as ciências básicas e a medicina clínica e é a base científica para toda a medicina. Patologia geral: está concentrada nas reações das células e tecidos aos estímulos anormais e defeitos herdados, os quais são as principais causas de doenças. Patologia sistêmica: examina as alterações em tecidos e órgãos especializados que são responsáveis por distúrbios que envolvem esses órgãos. Cerne da patologia: 1-etiologia; 2-patogenia; 3- alterações moleculares e morfológicas; 4- manifestações clínicas. Etiologia: causa da doença Patogenia: patogenia refere-se à sequência de eventos na resposta das células ou tecidos ao agente etiológico, desde o estímulo inicial à expressão final da doença. Alterações moleculares e morfológicas: são os resultados finais das anormalidades funcionais que levam a sinais e sintomas, bem como à sua progressão. A resposta adaptativa pode consistir em um aumento no tamanho das células (hipertrofia) e da atividade funcional, um aumento do número de células (hiperplasia), uma diminuição do tamanho e da atividade metabólica das células (atrofia) ou uma mudança de um tipo de células para outro tipo de células (metaplasia). Quando o estresse é eliminado, a célula pode retornar a seu estado original, sem ter sofrido qualquer consequência danosa. Célula normal (homeostasia) quando submetida ao estresse desencadeia adaptação celular caso for incapaz de se adaptar leva à lesão celular se a lesão for leve e transitória há possibilidade de reverter o dano. Célula normal (homeostasia) quando submetida ao estresse desencadeia adaptação celular caso for incapaz de se adaptar leva à lesão celular se lesão for intensa e progressiva torna a lesão irreversível leva à necrose ou à apoptose e o fim é a morte celular. Se os limites da resposta adaptativa forem ultrapassados ou se as células forem expostas a agentes lesivos ou estresse, privadas de nutrientes essenciais, ou ficarem comprometidas por mutações que afetam os constituintes celulares essenciais, sobrevém uma sequência de eventos, chamada lesão celular. A lesão celular é reversível até um certo ponto, mas se o estímulo persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre lesão irreversível e, finalmente, morte celular. Adaptação, lesão reversível e morte celular podem ser os estágios de uma debilidade progressiva que sucede os diferentes tipos de insulto. Adaptações do Crescimento e Diferenciação Celulares As adaptações são alterações reversíveis em tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou funções das células, em resposta a alterações do seu ambiente. Hipertrofia: hipertrofia é um aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. O órgão hipertrofiado não possui novas células, apenas células maiores. O tamanho aumentado das células é devido à síntese de mais componentes estruturais das células. Exemplos de hipertrofia: aumento do músculo estriado esquelético pelo exercício físico e aumento do útero durante a gravidez. Mecanismo da hipertrofia: é o resultado do aumento de produção das proteínas celulares. A hipertrofia pode ser induzida por ações conjuntas de sensores mecânicos (que são iniciadas por aumento da carga de trabalho), fatores de crescimento (incluindo TGF-ß, fator-1 de Ediane Rambo crescimento semelhante à insulina [IGF-1], fator de crescimento fibroblástico) e agentes vasoativos (tais como agonistas a-adrenérgicos, endotelina-1, e angiotensina II). As duas principais vias bioquímicas envolvidas na hipertrofia muscular parecem ser a via do fosfoinositídio 3-cinase/Akt (considerada a mais importante na hipertrofia fisiológica induzida por exercício) e a via de sinalização em cascata da proteína G ligada a receptores (induzida por muitos fatores de crescimento e agentes vasoativos e considerada como sendo mais importante na hipertrofia patológica. Hiperplasia: Hiperplasia é um aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando geralmente em aumento da massa de um órgão ou tecido. Hiperplasia fisiológica: (1) hiperplasia hormonal, que aumenta a capacidade funcional de um tecido, quando necessário e (2) hiperplasia compensatória, que aumenta a massa de tecido após lesão ou ressecção parcial. Hiperplasia patológica: maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por excesso de hormônios ou fatores de crescimento atuando em células-alvo. Mecanismo da hiperplasia: hiperplasia é o resultado da proliferação de células maduras induzida por fatores de crescimento e, em alguns casos, pelo surgimento elevado de novas células a partir de células-tronco teciduais. Atrofia: Atrofia é a redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células. Atrofia patológica: pode ser local ou generalizada. Causas comuns de atrofia são: redução da carga de trabalho; perda de inervação; diminuição do suprimento sanguíneo; nutrição inadequada; ´perda de estimulação endócrina; pressão. Mecanismo da atrofia: atrofia resulta da diminuição da síntese proteica e do aumento da degradação das proteínas nas células. A síntese de proteínas diminui em função da atividade metabólica reduzida. A degradação das proteínas celulares ocorre principalmente pela via ubiquitina-proteassoma. O desuso e a deficiência de nutrientes podem ativar as ligases de ubiquitina, que ligam o pequeno peptídeo ubiquitina às proteínas celulares, tornando-as alvo para a degradação nos proteassomas. Em muitas situações, a atrofia é também acompanhada por aumento da autofagia, com aumento do número de vacúolos autofágicos. A autofagia (“comer a si próprio”) é o processo no qual as células privadas de alimento digerem seus próprios componentes na tentativa de encontrar nutrientes e sobreviver. Metaplasia: Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular. Ela representa uma substituição adaptativa de células sensíveis ao estresse por tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil. Mecanismo da metaplasia: A metaplasia não resulta de uma alteração no fenótipo de um tipo celular já diferenciado; em vez disso, ela é resultado de uma reprogramação de células-tronco que sabidamente existem em tecidos normais ou de células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo. Em uma alteração metaplásica, essas células precursoras diferenciam-se ao longo de uma nova via. A diferenciação de células-tronco para uma linhagem em particular é causada por sinais gerados por citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular no ambiente das células. Esses estímulos externos promovem a expressão de genes que direcionam as células para uma via específica de diferenciação Lesão e morte celular Lesão celular: são células estressadas incapazes de se adaptar quando expostas a agentes lesivos. A progressão da lesão celular progressiva é a morte celular Lesão reversível: estágios leves, onde acélula consegue reverter o dano quando o estresse for removido Marcos da lesão reversível: redução da fosforilação oxidativa, com depleção de ATP e tumefação celular (aumento de volume em algum tecido do corpo; tumor, intumescência, inchação) causada por alterações da concentração de íons e influxo de água. Lesão irreversível -> leva a morte celular por necrose ou apoptose Necrose: dano a membrana, enzimas lisossômicas extravasam para o citoplasma e digerem a célula. O conteúdo celular escapa resultando em necrose. Apoptose: a célula se suicida em situações em que o DNA ou as proteínas são lesados de modo Ediane Rambo irreparável. É caracterizada por dissolução nuclear, fragmentação da célula, com membrana integra e rápida remoção de restos celulares. Causas de lesão: 1. Privação de oxigênio: hipóxia é uma deficiência de o2 que reduz a respiração oxidativa aeróbica. O que causa isso: isquemia, insuficiência cardiorrespiratória, redução da capacidade de transporte de o2, como em casos de anemia ou no envenenamento por C0 (produz uma monoxi-hemoglobina com o carbono estável que bloqueia o transporte de oxigênio), perda grave de sangue. 2. Traumas mecânicos, temperaturas extremas, alterações bruscas de pressão, radiação e choque elétrico 3. Agentes químicos e drogas: exemplificado pela glicose ou sal em concentrações elevadas (hipertônicas), que lesam a célula diretamente ou por desequilíbrio eletrolítico. Outros exemplos são venenos (cianeto, mercúrio, arsênio), pesticidas, poluição ambiental, drogas sociais e terapêuticas, etc 4. Agentes infecciosos: são os parasitos, de modo geral. 5. Reações imunológicas: por tentar combater antígenos externos ou os próprios antígenos endógenos leva a lesão celular 6. Defeitos genéticos: levam a lesão por deficiência de proteínas funcionais 7. Desequilíbrios nutricionais Alterações morfológicas na lesão celular Lesão reversível é caracterizada por tumefação generalizada da célula e suas organelas; formação de bolhas na membrana plasmática; destacamento dos ribossomos do RE e aglomeração da cromatina nuclear. Essas alterações morfológicas estão associadas com o decréscimo de geração de ATP, perda da integridade da membrana celular, defeitos na síntese de proteínas, danos ao citoesqueleto e danos ao DNA. Pag.51 Acho que formam também figuras de mielina que são aglomerados de células mortas que são substituídas por massas de fosfolipídios. Esses precipitados de fosfolipídios são geralmente fagocitados por outras células ou são posteriormente degradados em ácidos graxos; a calcificação de tais resíduos de ácidos graxos resulta na saponificação. LESÃO REVERSÍVEL Características básicas: tumefação celular e degeneração gordurosa Tumefação é a primeira manifestação de quase todas as formas de lesão celular. Ocorre pela perda de equilíbrio iônico e liquido, resultantes da falha das bombas de íons dependentes A degeneração gordurosa: acontece por meio da lesão por hipóxia, lesão metabólica ou lesão toxica. Surgem vacúolos lipídicos grandes no citoplasma. As alterações ultraestruturais da lesão celular reversível incluem: 1 . Alterações da membrana plasmática, como formação de bolhas, apagamento e perda das microvilosidades. 2 . Alterações mitocondriais, incluindo tumefação e o aparecimento de pequenas densidades amorfas 3. Dilatação do retículo endoplasmático, com desprendimento dos polissomas; figuras de mielina intracitoplasmáticas podem estar presentes 4. Alterações nucleares, com desagregação dos elementos granulares e fibrilares NECROSE Desnaturação de proteínas intracelulares e da digestão enzimática das células lesadas lentamente Células necróticas são incapazes de manter a integridade da MP. Seus conteúdos citoplasmáticos sempre extravasam, isso pode iniciar um processo inflamatório no tecido circundante. Por exemplo: a necrose de um infarto agudo do miocárdio aparece nas evidencias histológicas apenas 4-12 horas depois. No entanto, as enzimas e proteínas especificas são rapidamente liberadas do músculo necrótico e podem ser detectadas no sangue a partir de 2 horas após a necrose das células miocárdicas. Livro: Morfologia. As células necróticas mostram eosinofilia aumentada nas colorações por Ediane Rambo hematoxilina e eosina (H&E), atribuível, em parte, à perda do RNA citoplasmático (que se liga ao corante azul, hematoxilina) e, em parte, às proteínas citoplasmáticas desnaturadas (que se ligam ao corante vermelho, eosina). A célula necrótica possui uma aparência homogênea mais vítrea do que a de células normais, principalmente devido à perda de partículas de glicogênio. Quando as enzimas já digeriram as organelas citoplasmáticas, o citoplasma se torna vacuolado e parece roído por traças. As células mortas podem ser substituídas por massas fosfolipídicas grandes e espiraladas, chamadas de figuras de mielina, derivadas das membranas celulares lesadas. Esses precipitados fosfolipídicos são então fagocitados por outras células ou, mais tarde, degradados em ácidos graxos; a calcificação desses resíduos de ácidos graxos resulta na geração de sais de cálcio. Assim, as células mortas podem finalmente se calcificar. Alterações nucleares 1- picnose 2- cariorrexe 3-cariolise Necrose de coagulação: tecidos tem textura firme, células anucleadas e eosinofilicas como resultado da desnaturação de proteínas e enzimas. Uma área localizada de necrose de coagulação é chamada de infarto, exceto se atingir o cérebro. Necrose liquefativa: caracteriza-se pela digestão das células mortas. Ai o tecido vira uma massa viscosa e liquida (amarelo-cremoso) devido à presença de leucócitos mortos e é chamado de Pus. A morte por hipóxia de células do SNC se manifesta como necrose liquefativa -> INFARTO NO CEREBRO Necrose gangrenosa: associada a um membro que perdeu o suprimento sanguíneo que sofreu necrose Gangrena seca quando não há processo infeccioso vinculado Gangrena úmida quando as enzimas que degradam bactérias e os leucócitos atuam no tecido necrosado -> devem formar o pus. Necrose caseosa: comum em focos de infecção tuberculosa. Caseos. Necrose gordurosa: refere-se a local foco de destruição gordurosa, resultantes da liberação de lipases pancreáticas ativadas na substancia do pâncreas e na cavidade peritoneal. LIVRO: Necrose gordurosa As áreas de depósitos gredosos, brancas, representam focos de necrose gordurosa com formação de sabão de cálcio (saponificação) nos locais da degradação dos lipídios no mesentério. Necrose fibrinoide: observada em reações imunes que envolvem os vasos sanguíneos. Exemplo: vasculites imunologicamente mediadas. Mecanismo de lesão celular A resposta celular depende do tipo de lesão, da duração e da gravidade. As consequências da lesão dependem do tipo, do estado e da adaptabilidade da célula lesada. 1- Depleção de atp: As principais causas de depleção de ATP são a redução do suprimento de oxigênio e nutrientes, danos mitocondriais e a ação de algumas toxinas (p. ex., cianeto) Atp é produzido via fosforilação oxidativa do ADP e pela via glicolitica que usa a glicose dos líquidos corporais ou da hidrolise do glicogênio *Sempre lembrar que a falta de ATP interfere no equilibrio eletrolitico dos ions, principalmente da bomba Na-K ATPase, ai isso interfere tanto nas funçoes musculares, renais, circulatorias, cardiacas (potencial de açao e repouso), etc. *ainda, essa reduçao de ATP induz o sistema buscar fonte de energia atraves de mecanismos anaerobicos que podem, em muitas situaçoes, levar à fadiga (muito lactato: acidose? – rever bioquimica) 2- Danos mitocondriais Mitocondrias sofrem lesão quando: há aumento do influxo de calcio e de especieis reativas de oxigenio; por privaçaode O2; por mutaçao nos genes mitocondriais. A lesão mitocondrial frequentemente resulta na formação de um canal de alta condutância na membrana mitocondrial, chamado de poro de transição de permeabilidade mitocondrial. A abertura desse canal leva à perda do potencial de membrana da mitocôndria, resultando em falha na fosforilação oxidativa e depleção progressiva de ATP, culminando na necrose da célula. 3- Influxo de calcio e perda da homeostasia do calcio. Pag 71 Calcio é um ion importante para a homeostasia A depleçao de calcio protege a celula contra a lesao. O calcio é mantido em baixas concentraçoes no citosol Calcio fica concentrado nas mitocondrias e no Reticulo endoplasmatico Aumentos de Ca+ induzem a apoptose pela ativaçao direta de caspases. Além de ativar enzimas como a Ediane Rambo fosfolipase e protease que provocam lesao na membrana por reduzir o nº de fosfolipidios e por romper a membrana e proteinas do exoesqueleto, respectivamente. Ainda ativa endonucleases que fragmentam a cromatina e o DNA o que leva a lesão nuclear. Por fim pelo aumento da permeabilidade mitocondrial, provocam maior depleçao de ATP. 4- Acúmulo de radicais livres (RL) derivados do oxigênio (estresse oxidativo) - RL são especies químicas instáveis por terem um elétron desemparelhado e reagem com moléculas orgânicas e inorgânicas por terem energia desse elétron. (lipídios, proteínas, carboidratos, etc). - RL desencadeiam reaçoes autocataliticas, ai aquelas substancias que reagem com eles são convertidas em RL, aumentando o dano. - EROs são um tipo de RL, denominam-se especies reativas de oxigenio. São produzidas nas células durante a respiração e geração de energia mitocondrial, mas são degradadas e removidas pelos sistemas celulares de defesa. - Quando a produção de ERO aumenta ou quando os sistemas de remoção são ineficientes, o resultado é um excesso destes radicais livres que levam a uma condição chamada estresse oxidativo. -O estresse oxidativo participa de processos patológicos, incluindo lesão celular, câncer, envelhecimento e algumas doenças degenerativas, como doença de Alzheimer. - obs: As EROs são produzidas também em grandes quantidades pelos leucócitos, particularmente neutrófilos e macrófagos, como mediadores para a destruição de micróbios, tecido morto e outras substâncias não desejadas. Portanto, a lesão causada por esses compostos reativos sempre acompanha reações inflamatórias, durante as quais os leucócitos são recrutados e ativados. - RL podem ser gerados por reaçoes de oxi-redução nos processos metabolicos; por absorção de energia radiante (luz ultravioleta, raio-x); durante uma inflamação; metabolização de substancias quimicas exogenas ou drogas; NO2 pode atuar como RL -RL se decompoe espontaneamente. Antioxidantes auxiliam nesse processo: exemplo- vitaminas lipossoluveis E e A; acido ascorbico. - efeitos patologicos dos RLs: 1)peroxidaçao lipidica das membranas: as ligaçoes duplas dos acidos graxos insaturados da membrana são atingidos pelos RLs. Essa interaçao RL-lipidio pode resultar em lesao extensa das membranas. 2)modificaçao oxidativa das proteinas: RLs provocam oxidaçao nas cadeias laterais dos AA, formam ligaçoes cruzadas proteina-proteina e oxidaçao do esqueleto da proteina. Isso leva a moficaçoes dos sitios ativos das enzimas, muda a conformação de proteinas estruturais, etc. 3)lesões do DNA: quebram filamentos, ligaçoes. Leva ao envelhecimento e a transformaçao maligna das celulas 5- Defeitos na permeabilidade da membrana Fatores que contribuem para danificar a MP 1) Presença das EROs: pela peroxidaçao lipidica 2) Diminuiçao da sintese de fosfolipidios: defeito mitocondrial ou hipoxiaa 3) Aumento da degradaçao dos fosfolipidios: ocorre pq entra mais calcio citosólico e ele ativa as fosfolipases endógenas. Essa degradaçao gera produtos de degradaçao lipidica, que se inserem na bicamada da MP ou trocam de lugar com os fosfolipidios, causando a mudança da permeabilidade 4) Anormalidades citoesqueléticas Consequencias do dano à Membrana mitocondrial: abertura dos poros, decrescimo de ATP, liberaçao de proteinas que disparam a apoptose Consequencias do dano à MP: perda do equilibrio osmotico, influxo de ions e liquidos, perda de conteudos celulares Consequencias do dano à membrana lisossomica: extravasamento de enzimas, ativaçao das hidrolases acidas. A ativação de algumas enzimas leva a digestao enzimática das proteinas, RNA, DNA e glicogenio e a celula morre por necrose. 6- Danos ao DNA e às proteinas LESAO ISQUEMICA E HIPOXIA A isquemia tende a causar lesão celular e tecidual mais rápida e intensa que a hipoxia na ausência de isquemia A isquemia pode ter como causa a obstruçao mecanica no sistema arterial ou por redução da drenagem venosa. Apesar da isquemia, a produção de energia anaeróbica permanece até que os substratos glicoliticos cessem ou quando a glicolise é interrompida pelo acumulo de metabolitos que seriam, em condiçoes normais, removidos pelo fluxo sanguineo. Mecanismo: a reduçao de O2 diminui a fosforilação oxidativa e diminui a produçao de ATP. Há perda de glicogenio e reduçao da sintese proteica; a celula, de modo geral, está tumefacta. A persistencia da isquemia leva a lesao irreversivel e necrose. Ediane Rambo - a tumefação intensa, lesão nas membranas -as células mortas podem ser substituídas por grandes massas compostas de fosfolipídios na forma de figuras de mielina. Estas, então, são fagocitadas por leucócitos ou degradadas posteriormente em ácidos graxos. A calcificação desses resíduos de ácidos graxos pode ocorrer, com formação de sais de cálcio. *em casos extremos a nivel superior é viavel a redução da temperatura corporal para reduzir a demanda metabolica daquelas celulas que já sofrem com a hipoxia. LESAO DE ISQUEMIA-REPERFUSÃO As vezes o retorno do fluxo sanguíneo pode piorar a lesão. A reoxigenação pode causar lesão devido ao aumento de EROs e nitrogênio pelas células endoteliais, do parênquima e dos leucócitos infiltrantes. isso porque a reperfusão pode reduzir de forma incompleta o oxigênio por mitocondrias que já estavam lesadas. Ou há acumulo de RLs pela ação ineficiente do mecanismo antioxidante. O sistema complemento pode contribuir para esse tipo de lesao. Esse sistema esta envolvido na defesa do hospedeiro e atuar nas lesoes imunes, assim alguns anticorpos IgM possuem uma tendência de se depositarem em tecidos isquêmicos e quando o fluxo sanguíneo é reiniciado, as proteínas do complemento ligam-se aos anticorpos depositados, são ativadas e acentuam a inflamação e a lesão célula. LESÃO QUÍMICA (TÓXICA) - substâncias químicas atuam diretamente pela combinação com componentes moleculares críticos. - A maioria das substâncias químicas não é biologicamente ativa na sua forma nativa, mas precisa ser convertida a metabólitos tóxicos reativos, que então agem sobre as moléculas alvo. Essa modificação é normalmente realizada pelas oxidases de função mista do P-450, no retículo endoplasmático agranular do fígado e de outros órgãos. APOPTOSE -A apoptose é uma via de morte celular induzida por um programa de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. - As células apoptóticas se quebram em fragmentos, chamados corpos apoptóticos, que contêm porções do citoplasma e núcleo. -a celula apoptótica e os corpos apoptoticos tem suas membranas intactas, porem tornam-se alvo de fagocitos. - as celulas mortas são devoradas, antes que seu conteudo celular extravase. Isso evita que haja uma resposta inflamatória no hospedeiro. Apoptose é destinada a eliminar celulas envelhecidas ou potencialmente indesejadas. É fisiológico e pode ser patológico Apoptose fisiologica: eliminaçao decelulas que não são mais necessárias. É uma morte celular programada que denota tipos celulares especificos em tempos definidos durante o desenvolvimento humano. Exemplos:destruiçao programada na embriogenese, involução de tecidos hormonios-dependentes sob privaçao do hormonio (hormonios do ciclo menstrual, redução da m;ama lactante após o desmame);perda celular em populações celulares proliferativas. Apoptose patológica: Lesão de DNA: quando os mecanismos de reparo não conseguem competir com a lesao são lançados estimulos que induzem a apoptose. “evitam” mutaçoes do DNA na tentativa de reparar o dano. Acumulo de proteinas mal dobradas: podem resultar em mutaçoes nos genes, ai a apoptose se faz presente. O acumulo dessas proteinas anormalmente dobradas é a base de doenças neurodegenerativas do SNC e de outros órgaos. Morte celular em certas infecções: virus induz a apoptose de celulas infectadas ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS E MORFOLOGICAS NA APOPTOSE Retraçao celular: célula fica menor; as organelas estão compactadas. *na necrose: há a tumefação da celula e das organelas oposto do que ocorre com a apoptose Condensação da cromatina: cromatina agregada na periferia, sobre a membrana. O nucleo pode romper-se em mais de um frangmento. Formaçao de bolhas citoplasmaticas ou corpos apoptoticos: primeiro formam-se as bolhas que depois viram os corpos. Os corpos são envoltos por membrana, tem citoplasma e organelas. Ediane Rambo Fagocitose das celulas apoptoticas ou corpos apoptoticos: são ingeridos pelos fagócitos, geralmente pelo macrófago, e degradados pelas enzimas lisossômicas dos fagócitos. Caracteristicas bioquímicas da apoptose Ativação das caspases: são enzimas da familia cisteína capazes de clivar residuos de acido aspartico. A presença de caspases ativas (dps de clivadas) é um indicador de que as celulas estão sofrente apoptose. Quebra do DNA e da proteína: células apoptóticas tem o DNA quebrado em vários fragmentos. Esses fragmentos podem ser visto por eletroforese como escalas de DNA. Alteração da MP e reconhecimendo pelos fagócitos: a alteração da MP refere-se ao movimento dos fosfolipidios (flip flop – o interno vira externo) que promovem o reconhecimento de celulas mortas pelos macrofagos Mecanismo de apoptose Todas as células contêm mecanismos intrínsecos que sinalizam morte ou sobrevivência, e a apoptose resulta de um desequilíbrio nesses sinais. -O processo de apoptose pode ser dividido em fase de iniciação, durante a qual algumas caspases se tornam cataliticamente ativas, e fase de execução, durante a qual outras caspases iniciam a degradação de componentes celulares críticos. -O início da apoptose ocorre principalmente por sinais originados de duas vias distintas: a via intrínseca ou mitocondrial, e a via extrínseca ou morte iniciada por receptor. Mecanismos da apoptose. As duas vias de apoptose diferem na sua indução e regulação, ambas culminando em caspases “executoras”. A indução da apoptose pela via mitocondrial envolve a ação de sensores e efetores da família Bcl2, que induzem o extravasamento de proteínas mitocondriais. Estão também mostradas algumas das proteínas antiapoptóticas (“reguladoras”) que inibem o extravasamento das mitocôndrias e a ativação de caspase dependente do citocrom o c na via mitocondrial. Na via do receptor de morte, a ligação dos receptores de morte leva à ativação direta das caspases. Os reguladores dos receptores de morte mediados pela ativação das caspases não estão mostrados. RE, retículo endoplasmático; TNF, fator de necrose tumoral. Remoção das células mortas A formação de corpos apoptóticos quebra as células em fragmentos “minúsculos” que são comestíveis para os fagócitos. As células apoptóticas e seus fragmentos sofrem também várias alterações em suas membranas que promovem ativamente sua fagocitose de tal modo que são removidos antes de sofrer necrose e liberar seus conteúdos. As células que estão morrendo por apoptose secretam fatores solúveis que recrutam os fagócitos. Númerosos receptores nos fagócitos e ligantes induzidos nas células apoptóticas estão envolvidos na ligação e engolfamento dessas células. Esse processo de fagocitose das células apoptóticas é tão eficiente que as células mortas desaparecem, dentro de minutos, sem deixar traços, e a inflamação é ausente mesmo em face da extensa apoptose.
Compartilhar