Buscar

Adaptaçao e lesão celular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ediane Rambo 
 
 Adaptações, crescimento e diferenciação celular: 
hiperplasia, hipertrofia, atrofia e metaplasia. 
 
 Rudolf Virchow afirma no século XIX “toda e 
qualquer doença tem início a nível celular” 
 
 A patologia é o estudo (logos) da doença (pathos). 
Mais especificamente, a patologia está voltada ao 
estudo das alterações estruturais, bioquímicas e 
funcionais nas células, tecidos e órgãos que 
fundamentam doença. Através do uso de técnicas 
moleculares, microbiológicas e morfológicas, a 
patologia tenta explicar os porquês e as causas 
dos sinais e sintomas manifestados pelos 
pacientes enquanto fornece uma base racional 
para a terapia e o cuidado clínico. Assim, ela serve 
como ligação entre as ciências básicas e a 
medicina clínica e é a base científica para toda a 
medicina. 
 
 Patologia geral: está concentrada nas reações das 
células e tecidos aos estímulos anormais e 
defeitos herdados, os quais são as principais 
causas de doenças. 
 
 Patologia sistêmica: examina as alterações em 
tecidos e órgãos especializados que são 
responsáveis por distúrbios que envolvem esses 
órgãos. 
 
 Cerne da patologia: 1-etiologia; 2-patogenia; 3-
alterações moleculares e morfológicas; 4-
manifestações clínicas. 
 
 Etiologia: causa da doença 
 
 Patogenia: patogenia refere-se à sequência de 
eventos na resposta das células ou tecidos ao 
agente etiológico, desde o estímulo inicial à 
expressão final da doença. 
 
 Alterações moleculares e morfológicas: são os 
resultados finais das anormalidades funcionais 
que levam a sinais e sintomas, bem como à sua 
progressão. 
 
 A resposta adaptativa pode consistir em um 
aumento no tamanho das células (hipertrofia) e 
da atividade funcional, um aumento do número 
de células (hiperplasia), uma diminuição do 
tamanho e da atividade metabólica das células 
(atrofia) ou uma mudança de um tipo de células 
para outro tipo de células (metaplasia). Quando o 
estresse é eliminado, a célula pode retornar a seu 
estado original, sem ter sofrido qualquer 
consequência danosa. 
 
 Célula normal (homeostasia)  quando 
submetida ao estresse  desencadeia adaptação 
celular  caso for incapaz de se adaptar leva à 
lesão celular  se a lesão for leve e transitória  
há possibilidade de reverter o dano. 
 
 Célula normal (homeostasia)  quando 
submetida ao estresse  desencadeia adaptação 
celular  caso for incapaz de se adaptar leva à 
lesão celular se lesão for intensa e 
progressiva torna a lesão irreversível leva à 
necrose ou à apoptose  e o fim é a morte 
celular. 
 
 Se os limites da resposta adaptativa forem 
ultrapassados ou se as células forem expostas a 
agentes lesivos ou estresse, privadas de nutrientes 
essenciais, ou ficarem comprometidas por 
mutações que afetam os constituintes celulares 
essenciais, sobrevém uma sequência de eventos, 
chamada lesão celular. 
 
 A lesão celular é reversível até um certo ponto, 
mas se o estímulo persistir ou for intenso o 
suficiente desde o início, a célula sofre lesão 
irreversível e, finalmente, morte celular. 
 
 Adaptação, lesão reversível e morte celular 
podem ser os estágios de uma debilidade 
progressiva que sucede os diferentes tipos de 
insulto. 
 
 Adaptações do Crescimento e Diferenciação 
Celulares 
 As adaptações são alterações reversíveis em 
tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica 
ou funções das células, em resposta a alterações 
do seu ambiente. 
 
 Hipertrofia: hipertrofia é um aumento do 
tamanho das células que resulta em aumento do 
tamanho do órgão. O órgão hipertrofiado não 
possui novas células, apenas células maiores. O 
tamanho aumentado das células é devido à 
síntese de mais componentes estruturais das 
células. 
 
 Exemplos de hipertrofia: aumento do músculo 
estriado esquelético pelo exercício físico e 
aumento do útero durante a gravidez. 
 
 Mecanismo da hipertrofia: é o resultado do 
aumento de produção das proteínas celulares. A 
hipertrofia pode ser induzida por ações conjuntas 
de sensores mecânicos (que são iniciadas por 
aumento da carga de trabalho), fatores de 
crescimento (incluindo TGF-ß, fator-1 de 
Ediane Rambo 
 
crescimento semelhante à insulina [IGF-1], fator 
de crescimento fibroblástico) e agentes vasoativos 
(tais como agonistas a-adrenérgicos, endotelina-1, 
e angiotensina II). 
 
 As duas principais vias bioquímicas envolvidas na 
hipertrofia muscular parecem ser a via do 
fosfoinositídio 3-cinase/Akt (considerada a mais 
importante na hipertrofia fisiológica induzida por 
exercício) e a via de sinalização em cascata da 
proteína G ligada a receptores (induzida por 
muitos fatores de crescimento e agentes 
vasoativos e considerada como sendo mais 
importante na hipertrofia patológica. 
 
 Hiperplasia: Hiperplasia é um aumento do 
número de células em um órgão ou tecido, 
resultando geralmente em aumento da massa de 
um órgão ou tecido. 
 
 Hiperplasia fisiológica: (1) hiperplasia hormonal, 
que aumenta a capacidade funcional de um 
tecido, quando necessário e (2) hiperplasia 
compensatória, que aumenta a massa de tecido 
após lesão ou ressecção parcial. 
 
 Hiperplasia patológica: maioria das formas de 
hiperplasia patológica é causada por excesso de 
hormônios ou fatores de crescimento atuando em 
células-alvo. 
 
 Mecanismo da hiperplasia: hiperplasia é o 
resultado da proliferação de células maduras 
induzida por fatores de crescimento e, em alguns 
casos, pelo surgimento elevado de novas células a 
partir de células-tronco teciduais. 
 
 Atrofia: Atrofia é a redução do tamanho de um 
órgão ou tecido que resulta da diminuição do 
tamanho e do número de células. 
 
 Atrofia patológica: pode ser local ou 
generalizada. Causas comuns de atrofia são: 
redução da carga de trabalho; perda de inervação; 
diminuição do suprimento sanguíneo; nutrição 
inadequada; ´perda de estimulação endócrina; 
pressão. 
 
 Mecanismo da atrofia: atrofia resulta da 
diminuição da síntese proteica e do aumento da 
degradação das proteínas nas células. A síntese de 
proteínas diminui em função da atividade 
metabólica reduzida. A degradação das proteínas 
celulares ocorre principalmente pela via 
ubiquitina-proteassoma. O desuso e a deficiência 
de nutrientes podem ativar as ligases de 
ubiquitina, que ligam o pequeno peptídeo 
ubiquitina às proteínas celulares, tornando-as alvo 
para a degradação nos proteassomas. 
 
 Em muitas situações, a atrofia é também 
acompanhada por aumento da autofagia, com 
aumento do número de vacúolos autofágicos. A 
autofagia (“comer a si próprio”) é o processo no 
qual as células privadas de alimento digerem seus 
próprios componentes na tentativa de encontrar 
nutrientes e sobreviver. 
 
 Metaplasia: Metaplasia é uma alteração 
reversível na qual um tipo celular diferenciado 
(epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro 
tipo celular. Ela representa uma substituição 
adaptativa de células sensíveis ao estresse por 
tipos celulares mais capazes de suportar o 
ambiente hostil. 
 
 Mecanismo da metaplasia: A metaplasia não 
resulta de uma alteração no fenótipo de um tipo 
celular já diferenciado; em vez disso, ela é resultado 
de uma reprogramação de células-tronco que 
sabidamente existem em tecidos normais ou de 
células mesenquimais indiferenciadas presentes no 
tecido conjuntivo. Em uma alteração metaplásica, 
essas células precursoras diferenciam-se ao longo 
de uma nova via. 
A diferenciação de células-tronco para uma 
linhagem em particular é causada por sinais gerados 
por citocinas, fatores de crescimento e 
componentes da matriz extracelular no ambiente 
das células. Esses estímulos externos promovem a 
expressão de genes que direcionam as células para 
uma via específica de diferenciação 
 
 Lesão e morte celular 
 Lesão celular: são células estressadas incapazes de 
se adaptar quando expostas a agentes lesivos. 
 A progressão da lesão celular progressiva é a morte 
celular 
 Lesão reversível: estágios leves, onde acélula 
consegue reverter o dano quando o estresse for 
removido 
 Marcos da lesão reversível: redução da fosforilação 
oxidativa, com depleção de ATP e tumefação celular 
(aumento de volume em algum tecido do corpo; 
tumor, intumescência, inchação) causada por 
alterações da concentração de íons e influxo de 
água. 
 Lesão irreversível -> leva a morte celular por 
necrose ou apoptose 
 Necrose: dano a membrana, enzimas lisossômicas 
extravasam para o citoplasma e digerem a célula. O 
conteúdo celular escapa resultando em necrose. 
 Apoptose: a célula se suicida em situações em que 
o DNA ou as proteínas são lesados de modo 
Ediane Rambo 
 
irreparável. É caracterizada por dissolução nuclear, 
fragmentação da célula, com membrana integra e 
rápida remoção de restos celulares. 
 Causas de lesão: 
1. Privação de oxigênio: hipóxia é uma deficiência 
de o2 que reduz a respiração oxidativa aeróbica. 
O que causa isso: isquemia, insuficiência 
cardiorrespiratória, redução da capacidade de 
transporte de o2, como em casos de anemia ou 
no envenenamento por C0 (produz uma 
monoxi-hemoglobina com o carbono estável 
que bloqueia o transporte de oxigênio), perda 
grave de sangue. 
2. Traumas mecânicos, temperaturas extremas, 
alterações bruscas de pressão, radiação e 
choque elétrico 
3. Agentes químicos e drogas: exemplificado pela 
glicose ou sal em concentrações elevadas 
(hipertônicas), que lesam a célula diretamente 
ou por desequilíbrio eletrolítico. Outros 
exemplos são venenos (cianeto, mercúrio, 
arsênio), pesticidas, poluição ambiental, drogas 
sociais e terapêuticas, etc 
4. Agentes infecciosos: são os parasitos, de modo 
geral. 
5. Reações imunológicas: por tentar combater 
antígenos externos ou os próprios antígenos 
endógenos leva a lesão celular 
6. Defeitos genéticos: levam a lesão por 
deficiência de proteínas funcionais 
7. Desequilíbrios nutricionais 
 Alterações morfológicas na lesão celular 
 
 
 Lesão reversível é caracterizada por tumefação 
generalizada da célula e suas organelas; formação 
de bolhas na membrana plasmática; destacamento 
dos ribossomos do RE e aglomeração da cromatina 
nuclear. Essas alterações morfológicas estão 
associadas com o decréscimo de geração de ATP, 
perda da integridade da membrana celular, defeitos 
na síntese de proteínas, danos ao citoesqueleto e 
danos ao DNA. Pag.51 
 
 Acho que formam também figuras de mielina que 
são aglomerados de células mortas que são 
substituídas por massas de fosfolipídios. 
Esses precipitados de fosfolipídios são geralmente 
fagocitados por outras células ou são 
posteriormente degradados em ácidos graxos; a 
calcificação de tais resíduos de ácidos graxos resulta 
na saponificação. 
 
 LESÃO REVERSÍVEL 
 Características básicas: tumefação celular e 
degeneração gordurosa 
 Tumefação é a primeira manifestação de quase 
todas as formas de lesão celular. Ocorre pela perda 
de equilíbrio iônico e liquido, resultantes da falha 
das bombas de íons dependentes 
 A degeneração gordurosa: acontece por meio da 
lesão por hipóxia, lesão metabólica ou lesão toxica. 
Surgem vacúolos lipídicos grandes no citoplasma. 
As alterações ultraestruturais da lesão celular 
reversível incluem: 
1 . Alterações da membrana plasmática, como 
formação de bolhas, apagamento e perda das 
microvilosidades. 
 
2 . Alterações mitocondriais, incluindo tumefação e 
o aparecimento de pequenas densidades amorfas 
 
3. Dilatação do retículo endoplasmático, com 
desprendimento dos polissomas; figuras de mielina 
intracitoplasmáticas podem estar presentes 
 
4. Alterações nucleares, com desagregação dos 
elementos granulares e fibrilares 
 
 NECROSE 
 Desnaturação de proteínas intracelulares e da 
digestão enzimática das células lesadas lentamente 
 Células necróticas são incapazes de manter a 
integridade da MP. Seus conteúdos citoplasmáticos 
sempre extravasam, isso pode iniciar um processo 
inflamatório no tecido circundante. 
 Por exemplo: a necrose de um infarto agudo do 
miocárdio aparece nas evidencias histológicas 
apenas 4-12 horas depois. No entanto, as enzimas e 
proteínas especificas são rapidamente liberadas do 
músculo necrótico e podem ser detectadas no 
sangue a partir de 2 horas após a necrose das 
células miocárdicas. 
 
Livro: Morfologia. As células necróticas mostram 
eosinofilia aumentada nas colorações por 
Ediane Rambo 
 
hematoxilina e eosina (H&E), atribuível, em parte, à 
perda do RNA citoplasmático (que se liga ao corante 
azul, hematoxilina) e, em parte, às proteínas 
citoplasmáticas desnaturadas (que se ligam ao 
corante vermelho, eosina). 
A célula necrótica possui uma aparência 
homogênea mais vítrea do que a de células normais, 
principalmente devido à perda de partículas de 
glicogênio. Quando as enzimas já digeriram as 
organelas citoplasmáticas, o citoplasma se torna 
vacuolado e parece roído por traças. 
As células mortas podem ser substituídas por 
massas fosfolipídicas grandes e espiraladas, 
chamadas de figuras de mielina, derivadas das 
membranas celulares lesadas. Esses precipitados 
fosfolipídicos são então fagocitados por outras 
células ou, mais tarde, degradados em ácidos 
graxos; a calcificação desses resíduos de ácidos 
graxos resulta na geração de sais de cálcio. Assim, 
as células mortas podem finalmente se calcificar. 
 Alterações nucleares 
 1- picnose 
 2- cariorrexe 
 3-cariolise 
 
 Necrose de coagulação: tecidos tem textura firme, 
células anucleadas e eosinofilicas como resultado 
da desnaturação de proteínas e enzimas. 
Uma área localizada de necrose de coagulação é 
chamada de infarto, exceto se atingir o cérebro. 
 
 Necrose liquefativa: caracteriza-se pela digestão 
das células mortas. Ai o tecido vira uma massa 
viscosa e liquida (amarelo-cremoso) devido à 
presença de leucócitos mortos e é chamado de Pus. 
A morte por hipóxia de células do SNC se manifesta 
como necrose liquefativa -> INFARTO NO CEREBRO 
 
 Necrose gangrenosa: associada a um membro que 
perdeu o suprimento sanguíneo que sofreu necrose 
Gangrena seca quando não há processo infeccioso 
vinculado 
Gangrena úmida quando as enzimas que degradam 
bactérias e os leucócitos atuam no tecido 
necrosado -> devem formar o pus. 
 
 Necrose caseosa: comum em focos de infecção 
tuberculosa. Caseos. 
 
 Necrose gordurosa: refere-se a local foco de 
destruição gordurosa, resultantes da liberação de 
lipases pancreáticas ativadas na substancia do 
pâncreas e na cavidade peritoneal. 
LIVRO: Necrose gordurosa As áreas de depósitos 
gredosos, brancas, representam focos de necrose 
gordurosa com formação de sabão de cálcio 
(saponificação) nos locais da degradação dos 
lipídios no mesentério. 
 Necrose fibrinoide: observada em reações imunes 
que envolvem os vasos sanguíneos. Exemplo: 
vasculites imunologicamente mediadas. 
 
 
 Mecanismo de lesão celular 
A resposta celular depende do tipo de lesão, da 
duração e da gravidade. 
As consequências da lesão dependem do tipo, do 
estado e da adaptabilidade da célula lesada. 
 
1- Depleção de atp: As principais causas de depleção 
de ATP são a redução do suprimento de oxigênio e 
nutrientes, danos mitocondriais e a ação de 
algumas toxinas (p. ex., cianeto) 
Atp é produzido via fosforilação oxidativa do ADP 
e pela via glicolitica que usa a glicose dos líquidos 
corporais ou da hidrolise do glicogênio 
 
*Sempre lembrar que a falta de ATP interfere no 
equilibrio eletrolitico dos ions, principalmente da 
bomba Na-K ATPase, ai isso interfere tanto nas 
funçoes musculares, renais, circulatorias, cardiacas 
(potencial de açao e repouso), etc. 
 
*ainda, essa reduçao de ATP induz o sistema buscar 
fonte de energia atraves de mecanismos 
anaerobicos que podem, em muitas situaçoes, levar 
à fadiga (muito lactato: acidose? – rever 
bioquimica) 
 
2- Danos mitocondriais 
Mitocondrias sofrem lesão quando: há aumento do 
influxo de calcio e de especieis reativas de oxigenio; 
por privaçaode O2; por mutaçao nos genes 
mitocondriais. 
A lesão mitocondrial frequentemente resulta na 
formação de um canal de alta condutância na 
membrana mitocondrial, chamado de poro de 
transição de permeabilidade mitocondrial. A 
abertura desse canal leva à perda do potencial de 
membrana da mitocôndria, resultando em falha na 
fosforilação oxidativa e depleção progressiva de 
ATP, culminando na necrose da célula. 
 
3- Influxo de calcio e perda da homeostasia do calcio. 
Pag 71 
Calcio é um ion importante para a homeostasia 
A depleçao de calcio protege a celula contra a lesao. 
O calcio é mantido em baixas concentraçoes no 
citosol 
Calcio fica concentrado nas mitocondrias e no 
Reticulo endoplasmatico 
Aumentos de Ca+ induzem a apoptose pela ativaçao 
direta de caspases. Além de ativar enzimas como a 
Ediane Rambo 
 
fosfolipase e protease que provocam lesao na 
membrana por reduzir o nº de fosfolipidios e por 
romper a membrana e proteinas do exoesqueleto, 
respectivamente. Ainda ativa endonucleases que 
fragmentam a cromatina e o DNA o que leva a lesão 
nuclear. Por fim pelo aumento da permeabilidade 
mitocondrial, provocam maior depleçao de ATP. 
4- Acúmulo de radicais livres (RL) derivados do 
oxigênio (estresse oxidativo) 
- RL são especies químicas instáveis por terem um 
elétron desemparelhado e reagem com moléculas 
orgânicas e inorgânicas por terem energia desse 
elétron. (lipídios, proteínas, carboidratos, etc). 
- RL desencadeiam reaçoes autocataliticas, ai 
aquelas substancias que reagem com eles são 
convertidas em RL, aumentando o dano. 
- EROs são um tipo de RL, denominam-se especies 
reativas de oxigenio. São produzidas nas células 
durante a respiração e geração de energia 
mitocondrial, mas são degradadas e removidas 
pelos sistemas celulares de defesa. 
 
- Quando a produção de ERO aumenta ou quando 
os sistemas de remoção são ineficientes, o 
resultado é um excesso destes radicais livres que 
levam a uma condição chamada estresse oxidativo. 
-O estresse oxidativo participa de processos 
patológicos, incluindo lesão celular, câncer, 
envelhecimento e algumas doenças degenerativas, 
como doença de Alzheimer. 
 
- obs: As EROs são produzidas também em grandes 
quantidades pelos leucócitos, particularmente 
neutrófilos e macrófagos, como mediadores para a 
destruição de micróbios, tecido morto e outras 
substâncias não desejadas.  Portanto, a lesão 
causada por esses compostos reativos sempre 
acompanha reações inflamatórias, durante as quais 
os leucócitos são recrutados e ativados. 
 
- RL podem ser gerados por reaçoes de oxi-redução 
nos processos metabolicos; por absorção de energia 
radiante (luz ultravioleta, raio-x); durante uma 
inflamação; metabolização de substancias quimicas 
exogenas ou drogas; NO2 pode atuar como RL 
 
-RL se decompoe espontaneamente. Antioxidantes 
auxiliam nesse processo: exemplo- vitaminas 
lipossoluveis E e A; acido ascorbico. 
 
- efeitos patologicos dos RLs: 
1)peroxidaçao lipidica das membranas: as ligaçoes 
duplas dos acidos graxos insaturados da membrana 
são atingidos pelos RLs. Essa interaçao RL-lipidio 
pode resultar em lesao extensa das membranas. 
2)modificaçao oxidativa das proteinas: RLs 
provocam oxidaçao nas cadeias laterais dos AA, 
formam ligaçoes cruzadas proteina-proteina e 
oxidaçao do esqueleto da proteina. Isso leva a 
moficaçoes dos sitios ativos das enzimas, muda a 
conformação de proteinas estruturais, etc. 
3)lesões do DNA: quebram filamentos, ligaçoes. 
Leva ao envelhecimento e a transformaçao maligna 
das celulas 
 
5- Defeitos na permeabilidade da membrana 
 Fatores que contribuem para danificar a MP 
1) Presença das EROs: pela peroxidaçao lipidica 
2) Diminuiçao da sintese de fosfolipidios: defeito 
mitocondrial ou hipoxiaa 
3) Aumento da degradaçao dos fosfolipidios: ocorre 
pq entra mais calcio citosólico e ele ativa as 
fosfolipases endógenas. Essa degradaçao gera 
produtos de degradaçao lipidica, que se inserem na 
bicamada da MP ou trocam de lugar com os 
fosfolipidios, causando a mudança da 
permeabilidade 
4) Anormalidades citoesqueléticas 
 
Consequencias do dano à Membrana mitocondrial: 
abertura dos poros, decrescimo de ATP, liberaçao 
de proteinas que disparam a apoptose 
Consequencias do dano à MP: perda do equilibrio 
osmotico, influxo de ions e liquidos, perda de 
conteudos celulares 
Consequencias do dano à membrana lisossomica: 
extravasamento de enzimas, ativaçao das 
hidrolases acidas. A ativação de algumas enzimas 
leva a digestao enzimática das proteinas, RNA, DNA 
e glicogenio e a celula morre por necrose. 
 
6- Danos ao DNA e às proteinas 
 
LESAO ISQUEMICA E HIPOXIA 
A isquemia tende a causar lesão celular e tecidual 
mais rápida e intensa que a hipoxia na ausência de 
isquemia 
A isquemia pode ter como causa a obstruçao 
mecanica no sistema arterial ou por redução da 
drenagem venosa. 
 Apesar da isquemia, a produção de energia 
anaeróbica permanece até que os substratos 
glicoliticos cessem ou quando a glicolise é 
interrompida pelo acumulo de metabolitos que 
seriam, em condiçoes normais, removidos pelo 
fluxo sanguineo. 
 
Mecanismo: a reduçao de O2 diminui a fosforilação 
oxidativa e diminui a produçao de ATP. Há perda de 
glicogenio e reduçao da sintese proteica; a celula, 
de modo geral, está tumefacta. 
 
A persistencia da isquemia leva a lesao irreversivel 
e necrose. 
Ediane Rambo 
 
- a tumefação intensa, lesão nas membranas 
-as células mortas podem ser substituídas por 
grandes massas compostas de fosfolipídios na 
forma de figuras de mielina. Estas, então, são 
fagocitadas por leucócitos ou degradadas 
posteriormente em ácidos graxos. A calcificação 
desses resíduos de ácidos graxos pode ocorrer, com 
formação de sais de cálcio. 
 
*em casos extremos a nivel superior é viavel a 
redução da temperatura corporal para reduzir a 
demanda metabolica daquelas celulas que já 
sofrem com a hipoxia. 
 
LESAO DE ISQUEMIA-REPERFUSÃO 
As vezes o retorno do fluxo sanguíneo pode piorar a 
lesão. 
A reoxigenação pode causar lesão devido ao 
aumento de EROs e nitrogênio pelas células 
endoteliais, do parênquima e dos leucócitos 
infiltrantes.  isso porque a reperfusão pode 
reduzir de forma incompleta o oxigênio por 
mitocondrias que já estavam lesadas. 
Ou há acumulo de RLs pela ação ineficiente do 
mecanismo antioxidante. 
O sistema complemento pode contribuir para esse 
tipo de lesao. Esse sistema esta envolvido na defesa 
do hospedeiro e atuar nas lesoes imunes, assim 
alguns anticorpos IgM possuem uma tendência de 
se depositarem em tecidos isquêmicos e quando o 
fluxo sanguíneo é reiniciado, as proteínas do 
complemento ligam-se aos anticorpos depositados, 
são ativadas e acentuam a inflamação e a lesão 
célula. 
 
LESÃO QUÍMICA (TÓXICA) 
- substâncias químicas atuam diretamente pela 
combinação com componentes moleculares 
críticos. 
- A maioria das substâncias químicas não é 
biologicamente ativa na sua forma nativa, mas 
precisa ser convertida a metabólitos tóxicos 
reativos, que então agem sobre as moléculas alvo. 
Essa modificação é normalmente realizada pelas 
oxidases de função mista do P-450, no retículo 
endoplasmático agranular do fígado e de outros 
órgãos. 
 
APOPTOSE 
 
-A apoptose é uma via de morte celular induzida 
por um programa de suicídio estritamente regulado 
no qual as células destinadas a morrer ativam 
enzimas que degradam seu próprio DNA e as 
proteínas nucleares e citoplasmáticas. 
 
- As células apoptóticas se quebram em fragmentos, 
chamados corpos apoptóticos, que contêm porções 
do citoplasma e núcleo. 
 
-a celula apoptótica e os corpos apoptoticos tem 
suas membranas intactas, porem tornam-se alvo de 
fagocitos. 
 
- as celulas mortas são devoradas, antes que seu 
conteudo celular extravase. Isso evita que haja uma 
resposta inflamatória no hospedeiro. 
Apoptose é destinada a eliminar celulas 
envelhecidas ou potencialmente indesejadas. 
É fisiológico e pode ser patológico 
 
Apoptose fisiologica: eliminaçao decelulas que não 
são mais necessárias. É uma morte celular 
programada que denota tipos celulares especificos 
em tempos definidos durante o desenvolvimento 
humano. 
 Exemplos:destruiçao programada na embriogenese, 
involução de tecidos hormonios-dependentes sob 
privaçao do hormonio (hormonios do ciclo 
menstrual, redução da m;ama lactante após o 
desmame);perda celular em populações celulares 
proliferativas. 
 
 Apoptose patológica: 
Lesão de DNA: quando os mecanismos de reparo 
não conseguem competir com a lesao são lançados 
estimulos que induzem a apoptose. “evitam” 
mutaçoes do DNA na tentativa de reparar o dano. 
 
Acumulo de proteinas mal dobradas: podem 
resultar em mutaçoes nos genes, ai a apoptose se 
faz presente. O acumulo dessas proteinas 
anormalmente dobradas é a base de doenças 
neurodegenerativas do SNC e de outros órgaos. 
 
Morte celular em certas infecções: virus induz a 
apoptose de celulas infectadas 
 
ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS E MORFOLOGICAS NA 
APOPTOSE 
Retraçao celular: célula fica menor; as organelas 
estão compactadas. 
*na necrose: há a tumefação da celula e das 
organelas  oposto do que ocorre com a apoptose 
 
Condensação da cromatina: cromatina agregada 
na periferia, sobre a membrana. O nucleo pode 
romper-se em mais de um frangmento. 
 
Formaçao de bolhas citoplasmaticas ou corpos 
apoptoticos: primeiro formam-se as bolhas que 
depois viram os corpos. Os corpos são envoltos por 
membrana, tem citoplasma e organelas. 
 
Ediane Rambo 
 
Fagocitose das celulas apoptoticas ou corpos 
apoptoticos: são ingeridos pelos fagócitos, 
geralmente pelo macrófago, e degradados pelas 
enzimas lisossômicas dos fagócitos. 
 
Caracteristicas bioquímicas da apoptose 
 
Ativação das caspases: são enzimas da familia 
cisteína capazes de clivar residuos de acido 
aspartico. A presença de caspases ativas (dps de 
clivadas) é um indicador de que as celulas estão 
sofrente apoptose. 
 
Quebra do DNA e da proteína: células apoptóticas 
tem o DNA quebrado em vários fragmentos. Esses 
fragmentos podem ser visto por eletroforese como 
escalas de DNA. 
 
Alteração da MP e reconhecimendo pelos 
fagócitos: a alteração da MP refere-se ao 
movimento dos fosfolipidios (flip flop – o interno 
vira externo) que promovem o reconhecimento de 
celulas mortas pelos macrofagos 
 
Mecanismo de apoptose 
Todas as células contêm mecanismos intrínsecos 
que sinalizam morte ou sobrevivência, e a apoptose 
resulta de um desequilíbrio nesses sinais. 
 
-O processo de apoptose pode ser dividido em fase 
de iniciação, durante a qual algumas caspases se 
tornam cataliticamente ativas, e fase de execução, 
durante a qual outras caspases iniciam a 
degradação de componentes celulares críticos. 
-O início da apoptose ocorre principalmente por 
sinais originados de duas vias distintas: a via 
intrínseca ou mitocondrial, e a via extrínseca ou 
morte iniciada por receptor. 
 
Mecanismos da apoptose. As duas vias de apoptose 
diferem na sua indução e regulação, ambas 
culminando em caspases “executoras”. 
A indução da apoptose pela via mitocondrial 
envolve a ação de sensores e efetores da família 
Bcl2, que induzem o extravasamento de proteínas 
mitocondriais. Estão também mostradas algumas 
das proteínas antiapoptóticas (“reguladoras”) que 
inibem o extravasamento das mitocôndrias e a 
ativação de caspase dependente do citocrom o c na 
via mitocondrial. 
Na via do receptor de morte, a ligação dos 
receptores de morte leva à ativação direta das 
caspases. Os reguladores dos receptores de morte 
mediados pela ativação das caspases não estão 
mostrados. RE, retículo endoplasmático; TNF, fator 
de necrose tumoral. 
 
 
Remoção das células mortas 
A formação de corpos apoptóticos quebra as 
células em fragmentos “minúsculos” que são 
comestíveis para os fagócitos. As células 
apoptóticas e seus fragmentos sofrem também 
várias alterações em suas membranas que 
promovem ativamente sua fagocitose de tal modo 
que são removidos antes de sofrer necrose e liberar 
seus conteúdos. 
As células que estão morrendo por apoptose 
secretam fatores solúveis que recrutam os 
fagócitos. 
Númerosos receptores nos fagócitos e ligantes 
induzidos nas células apoptóticas estão envolvidos 
na ligação e engolfamento dessas células. Esse 
processo de fagocitose das células apoptóticas é tão 
eficiente que as células mortas desaparecem, 
dentro de minutos, sem deixar traços, e a 
inflamação é ausente mesmo em face da extensa 
apoptose.

Outros materiais