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www.gustavobrigido.com.br HISTÓRIA DE FORTALEZA PROF. AÍRTON DE FARIAS Origens Em 13 de abril, celebramos o aniversário da capital de todos os cearenses. São 287 anos de uma cidade complexa, construída com o trabalho, esforço e amor de gerações de fortalezenses. Este pequeno texto tenta mostrar um pouco da História de Fortaleza. Na verdade, comemoramos a data da elevação do povoado à condição de vila (13 de abril de 1726). O núcleo original de Fortaleza é anterior, do século XVII. A capitania do Siará Grande ficou renegada a um segundo plano por Portugal no século XVI – faltavam maiores atrativos econômicos e as condições humanas (resistência indígena) e geográficas (secas, correntes marítimas, etc.) dificultavam a chegada dos europeus. No começo do século XVII, aconteceram as primeiras tentativas de conquista do litoral cearense. A ideia de Portugal ela estabelecer no ponto médio do litoral um forte que servisse para defender a região contra estrangeiros e facilitasse contato com o norte do Brasil. Em decorrência, sucederam-se as tentativas colonizadoras feitas por Pero Coelho (1603), Pes. Francisco Pinto e Luis Figueira (1607) e Martim Soares Moreno (1611-31), todas sem maiores êxitos. Pero e Moreno chegaram a erguer fortes (de São Tiago e São Sebastião, respectivamente) no que hoje é a Barra do (rio) Ceará. O domínio português no Ceará foi interrompido em dois breves momentos pelos holandeses. Estes, em 1637, conquistaram o forte de São Sebastião, ficando até 1644 quando de uma revolta dos índios – o forte foi destruído, sendo assassinados todos os batavos. Em 1649, os holandeses voltariam ao Ceará, sob o comando do capitão Matias Beck. Este manda, então, erguer o forte de Schoonemborch, perto do riacho Pajeú. Em 1654, os portugueses retomariam a colonização do Ceará. Com isso, o forte holandês teve seu nome mudado para Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. Seria em torno deste forte, onde hoje se encontra a 10ª Região Militar, que surgiria espontaneamente a capital cearense. Há uma polêmica sobre o local e a quem teria “fundado” Fortaleza – visões historiográficas mais antigas debatiam acirradamente se isso caberia a Martim Soares Moreno ou a Matias Beck. Atualmente, os historiadores questionam a ideia de “fundação”. Preocupar-se com um dia exato para ser o “ponto zero” de uma cidade (ou de um país, estado, município, etc.) não passa de uma ação burocrática e um mito de origem. Como criação histórica de longa duração, as cidades não são construídas propriamente num ato fundador e heroico, mas na sucessão do tempo e com esforço anônimo de várias gerações. www.gustavobrigido.com.br Modesta Fortaleza apresentou neste início pouca projeção econômica e política – era um pequeno povoado “perdido” no litoral brasileiro. A base econômica local estava na pecuária, atividade que levou aos colonizadores conquistarem os sertões cearenses no final do século XVII e começo do seguinte. Com base na pecuária/charque se estruturariam várias vilas cearenses, a exemplo de Aracati, Sobral, Camocim, Granja, Acaraú, Icó e Quixeramobim. O processo de conquista dos sertões foi violentíssimo, com o assassinato e escravidão de milhares de indígenas. Estes buscaram resistir pelas armas, mas acabaram derrotados e colocados, em boa parte, em aldeamentos, a exemplo de Soures / Caucaia, Arronches / Parangaba, Messejana / Paupina, e Monte-mor-novo/Baturité. Com a produção e comercialização do charque (carne seca salgada ao sol) no século XVIII, Aracati, situada na foz do rio Jaguaribe, tornou-se o principal núcleo urbano cearense, o que duraria até o século XIX. Ante o avanço da conquista do Siará Grande, Portugal autoriza em 1699 a criação de uma vila no Ceará. Isso deu margem a disputas entre autoridades e latifundiários pela localização do pelourinho da vila. Os primeiros queriam a vila nas proximidades do Forte, enquanto os segundos desejavam instalá-la em Aquiraz. As disputas pela vila não passavam de uma maneira dos envolvidos, sobretudo os fazendeiros, tentarem aumentar seus poderes e influência. Após várias mudanças, o pelourinho foi instalado definitivamente em Aquiraz, em 1713. Fortaleza seria elevada à condição de vila, como vimos, em 1726. Mesmo assim, a vila de Fortaleza, longe dos sertões da pecuária, continuaria sendo, por mais de um século, um mero aglomerado sem sustentação econômica ou expressividade política. Persistia o descaso português para com o Siará Grande. Pulo lento No final do século XVIII, a economia cearense passou a girar em torno da produção e comércio de algodão, exportado para atender as fábricas da revolução industrial inglesa. Com isso, Portugal passou a dar maior atenção ao Ceará, tanto que o separa de Pernambuco em 1799, encerrando uma vinculação que vinha desde 1656. Com isso, houve toda uma mobilização dos vereadores e “pessoas gradas” de Fortaleza para que a vila fosse confirmada oficialmente como capital da capitania independente (embora na prática já fosse há décadas), em detrimento das “rivais” Aquiraz, Aracati e Icó. Historiadores afirmam que com a separação de Pernambuco em 1799 e o desenvolvimento do comércio exportador algodoeiro criaram-se condições econômicas e administrativas para iniciar-se o longo processo que tornaria Fortaleza na segunda metade do século XIX o principal núcleo urbano do Ceará, rompendo a hegemonia até então de Aracati. www.gustavobrigido.com.br Enfatize-se que foi um crescimento fortalezense lento. Os relatos que temos sobre o povoado, fossem de autoridades ou de viajantes estrangeiros, apontavam ainda nas décadas iniciais do século XIX uma vila pequena, sem despertar tanto a atenção. O apoio cearense à Independência do Brasil levou o imperador D. Pedro I, em 1823, a decretar Ato Régio, elevando Fortaleza à categoria de cidade. A elevação do status da capital não pode deixar de visto como um reconhecimento ao crescimento da Cidade e à importância política que apresentava. Hegemonia Fortaleza tornou-se apenas na segunda metade daquele século o principal núcleo urbano, político, econômico e social do Ceará. Para tanto contribuíram: a) os capitais acumulados com o comércio algodoeiro e de outros produtos; b) a centralização política da monarquia brasileira, que concorria para concentrar nas capitais das províncias todo o poder decisório, beneficiando-as com obras – assim, a condição de capital de Fortaleza transformo-a em ponto destacado na recepção de obras e recursos; a) a construção e melhorias de estradas e ferrovias, como a Estrada de Ferro Fortaleza-Baturité (EFB), inaugurada em 1873; d) e a intensa migração rural-urbana, principalmente na época das secas,a exemplo da de 1877-79. O crescimento de Fortaleza se evidencia em seu “aformoseamento”, ofertas de serviços urbanos e adoção de uma infraestrutura razoável. Passa a ter transporte coletivo por bondes de tração animal, calçamento nas ruas centrais, linhas de telégrafo e de vapor para a Europa e Rio de Janeiro, iluminação à gás carbônico, telefonia, biblioteca pública, bons educandários (como o Liceu e o Colégio Imaculada Conceição), seminário (da Prainha), jornais, etc. É a chamada Belle Époque. As elites inspiravam-se nos valores “civilizados” da Europa – luvas, chapéus, casacos, nomes franceses, ideias do velho mundo. O Passeio Público era local de encontros, lazer e de mostrar a “civilidade”. Os intelectuais reuniam-se nos famosos “cafés” (quiosques) da Praça do Ferreira. Num desses cafés, o Java, em 1892, formar-se-ia a mais irônica e crítica associação de letrados cearenses, a Padaria Espiritual. Em 1875, o engenheiro pernambucano Adolfo Herbster elabora um plano urbanístico, objetivando disciplinar a expansão da cidade através do alinhamento de suas ruas e da abertura de novas avenidas. Com o crescimento de Fortaleza, verificou-se uma preocupaçãodo poder público e das elites em controlar e disciplinar as camadas populares da cidade. A capital cearense crescera e a economia dinamizava-se, porém com as contradições do capitalismo: havia uma inquietante tensão social provocada pela diferença abissal entre os setores dominantes e os mais pobres, cada vez mais concentrados na crescente periferia. www.gustavobrigido.com.br Obviamente afirmar que havia normas de condutas e disciplinamento não significa dizer que existia a obediência das mesmas pelas pessoas – ao contrário, a massa reagia a essas normatizações, por vezes abertamente, outras vezes usando táticas para burlar ou desprezar ao que autoritariamente era imposto “de cima para baixo” e limitava seu modo de ser. Uma forma de resistência pode ser encontrada na compulsão dos populares ao deboche, ironia e sátira. No final do século XIX e primeiras décadas do século XX ficaram famosos em Fortaleza “tipos populares” que riam e faziam rir de qualquer coisa jocosa que acontecesse nas ruas. Um caso exemplar disso foi o Bode Ioiô. O comportamento cômico popular, profundamente censurado pelas elites e classes médias, ganhou a alcunha de “Ceará Moleque”. Expansão Nas décadas iniciais do século XX, Fortaleza continuou a passar por transformações sócio-urbanas que ampliaram ainda mais sua condição de principal centro político e econômico do Ceará. Com a Proclamação da República (1889), o grupo político de Nogueira Accioly passou a dominar o Estado cearense, sendo representado em Fortaleza pelo intendente (prefeito) Guilherme Rocha. Persistiam as práticas de controle da massa e embelezamento das cidades, tidas como sinal de “progresso e modernidade”. Em 1912, estoura a maior revolta popular da História de Fortaleza, quando setores oposicionistas e populares forçam a renúncia de Accioly. Paralelo a agitação política e reformas promovidas pelos poderes públicos, outras modificações iam ocorrendo na estrutura urbana de Fortaleza. As camadas mais abastadas/emergentes erguiam novas lojas, bancos, hotéis, clubes, mansões, etc. Aparecem de fábricas – pequenas/média, é verdade, e de peso quase insignificante no contexto da economia cearense, que ainda se baseava no agro-comércio. Aos poucos vai se formando uma pequena classe operária, vista como potencialmente perigosa pelas autoridades e segmentos dominantes, pela presença de ideias socialistas. Com a vinda da empresa inglesa Ceará Tramway Llight and Power, em 1913 se iniciou o uso da luz e bondes elétricos. Em 1909 chegou o primeiro automóvel a Fortaleza, um Rambler adquirido em segunda mão nos Estados Unidos. Com a presença dos bondes e carros alterou-se o cotidiano da cidade, no que toque ao comportamento dos pedestres e a organização do trânsito e pavimentação das ruas. Fortaleza crescia em direção aos arrabaldes, destacadamente para as zonas oeste e sul e em oposição ao litoral (no começo do século a população ainda não valorizava o mar). No lado leste, o riacho Pajeú era um obstáculo natural à expansão da cidade. Nos anos 20/30 passaram a surgir os bairros de Fortaleza, a exemplo dos refinados Jacarecanga (na estrada homônima) e Benfica (Estrada de Arronches/Parangaba), e de Farias Brito/atual Otávio Bonfim (Estrada de Soure/Caucaia) e Joaquim Távora (Estrada de Aquiraz). Com a Era Vargas (1930-45), os estados e municípios perderam muito se sua autonomia. Em 1936, a capital cearense pode escolher pela primeira vez prefeito através do voto direto da população, inclusive, com voto feminino – o eleito foi Raimundo de Alencar Araripe. www.gustavobrigido.com.br Com mais de 100 mil habitantes no inicio da década de 1930, os problemas de Fortaleza e suas contradições agravavam-se. Foi exatamente a partir dos anos 1930 que a cidade “explodiu”, crescendo desordenadamente, sem plano urbanístico que fornecessem soluções convenientes, com o surgimento de várias favelas, arranha-céus, destruição do perfil arquitetônico harmonioso anterior, aparecimento de fachadas e monumentos de gosto no mínimo duvidoso, entre outras mazelas, frutos muitas vezes dos interesses das elites locais, da fraqueza e inoperância das gestões municipais, da especulação imobiliária e do impressionante abismo social que separa os ricos e pobres de Fortaleza. Desde a Planta Urbanística de Adolf Herbster, de 1875, a cidade não teve outro projeto global para controlar sua expansão. O prefeito Raimundo Girão (1933-34) se propôs a fazer um plano de remodelação da cidade. Em 1933, foi contratado, então, o engenheiro paraibano Nestor de Figueiredo, urbanista com grande experiência. Setores das autoridades locais e grupos privados se colocaram contra o plano de Figueiredo. Foi talvez uma das decisões mais prejudiciais da História de Fortaleza, pois teria se começado a resolver, há mais de 70 anos alguns dos sérios problemas que afligem a cidade ainda hoje. Novas tentativas igualmente frustradas de fazer mudança na estrutura urbana de Fortaleza deram- se em 1952, com o Plano Diretor para Remodelação e Extensão de Fortaleza, de José Otacílio de Sabóia Ribeiro, e em 1962, com o Plano Diretor de autoria do urbanista carioca Hélio Modesto. Nos anos 30 intensificou-se o abandono no Centro da capital pelos setores mais abastados, processo que havia se iniciado na década anterior – a porção central foi assumindo cada vez mais a característica de zona comercial. Surgem os primeiros “bairros nobres”. Ainda nos anos 20, o Jacarecanga, ganhou essa condição. As elites fortalezenses foram ocupando, em menor escala, também a região do Benfica, ao sul do Centro, e, vencendo a “barreira” representada pelo riacho Pajeú, áreas da Praia de Iracema e Aldeota, ao leste. Ficava cada vez mais explícito a segregação espacial e de classes dentro da cidade. No lado leste de Fortaleza, os setores abastados, e no lado oeste, o reverso, onde moravam os mais pobres. Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, em 1942, os Estados Unidos fizeram acordos com o governo Vargas para instalarem bases militares em Belém, Natal, Recife, Fernando de Noronha e Fortaleza. No início de 1943, os estadunidenses iniciaram a construção de sua base na capital cearense. Na então distante área onde hoje se encontra o Bairro do Pici, estabeleceram o seu Posto de Comando, erguendo um aeroporto no Alto da Balança, conhecido como Cocorote. Desde os anos 20, a Belle Époque (influência cultural europeia) estava em decadência, perdendo espaço para o american way of life, processo que se intensificaria a partir dos anos 40. Explosão O processo de expansão de Fortaleza e do aumento de sua população intensificou-se de forma impressionante a partir da segunda metade do século XX. A cidade cada vez mais se consolidava não só como o grande cetro urbano cearense, mas também como uma das principais metrópoles do Brasil (em 1973, foi criada oficialmente www.gustavobrigido.com.br a Região Metropolitana de Fortaleza). Para se ter ideia dos números, em 1950, Fortaleza apresentava 270 mil habitantes; em 1960, passou a ter 518 mil (um aumento de 90%!); em 1970, 857 mil (aumento de 63%). As sucessivas gestões de Fortaleza, efetivamente, não conseguiram controlar a explosão que a cidade viveu a partir dos anos 50, com o desordenamento urbano, crescimento das favelas, verticalização, especulação imobiliária, etc. e muito menos atender satisfatoriamente as crescente demandas da população por serviços públicos e infraestrutura. A municipalidade sofria com a apertura financeira, sendo comuns os atrasos do pagamento dos salários dos funcionários públicos. Na Ditadura Civil-Militar (1964-85), O governo federal passou a concentrar mais recursos financeiros e a controlar política e administrativamente o Estado, reduzindo sensivelmente a autonomia de prefeitos e governadores. Os prefeitos das capitais e das “cidades de segurança nacional” deixaram de ser eleitos pelo voto popular, passandoa ser indicados pelos chefes do executivo estadual. Em meados dos anos 80, a prefeitura da capital cearense vivia grave crise política, ante as constantes trocas de prefeitos, e uma estrondosa crise financeira, com dificuldades para pagar a folha do funcionalismo, o material de consumo da administração, as dívidas passadas e fazer investimentos. Tinha-se um inchaço do serviço público. Acusações davam conta que a Prefeitura virava cabide de emprego para correligionários políticos, com servidores contratados por razoes clientelistas, muitos dos quais “fantasmas”, ou seja, recebendo sem trabalhar. Era surpreendente a quantidade de greves. Existia ainda naquele momento toda uma pressão popular na defesa de melhores condições de vida, expressa num forte movimento de bairros e favelas. Não surpreende, portanto, que quando da volta das eleições livres e diretas para prefeito em 1985, a eleita. Maria Luiza (1986-89) tenha sido alguém que se opunha totalmente à lógica das gestões municipais até então exercidas. Presente Abandonado pelas camadas de alta renda e esvaziado no que se refere às atividades de lazer, cultura e administração, o Centro histórico de Fortaleza foi apropriado pelas camadas populares. Nos anos 80/90 tornou-se uma área tipicamente comercial e de serviços, direcionada para a população pobre e de classe média da periferia. Aos olhos dos setores abastados, a presença de populares simbolizou a “decadência” do Centro e a necessidade de “revitalizá-lo”, expressões preconceituosas e equivocadas, pois ainda hoje é grande o afluxo da população ao perimento central. O que tem de ser feito é a valorização do Centro, atentando-se e resolvendo seus problemas, (re)atribuindo-lhe funções administrativas, artísticas, lazer, cultural, habitacional, etc.. www.gustavobrigido.com.br Vale ressaltar que a reabilitação do Centro de Fortaleza não pode ser feita apenas com base na ação isolada dos poderes públicos – é necessário o apoio da sociedade civil, especialmente dos proprietários privados. Outra mudança de Fortaleza ao longo do século XX foi a valorização de sua fachada marítima, durante décadas renegada, pois se associava mar à morte e pobres e eram nas praias que se jogava o lixo. Assim, teve-se a construção em 1963 da Avenida Beira Mar, sua urbanização entre 1979-82, a constituição do bairro do Meireles (contíguo à Aldeota e situado junto à orla), a instalação de vários clubes sociais no litoral leste de Fortaleza nos anos 50 e 60 (antes, tais clubes localizavam-se no centro fortalezense) e a construção dos calçadões da Praia de Iracema, do Futuro e da Leste-Oeste nos anos 80 como fatos que impulsionavam a faixa de praia como zona de lazer para os setores abastados e turistas. Conforme dados do censo 2010 do IBGE, Fortaleza tem uma população de cerca de 2 milhões e 447 mil habitantes, numa área de 313,14 km². Atualmente, as zonas leste e sudeste são claramente as mais ricas e melhor dotadas de infraestrutura na cidade. Bairros como Aldeota, Meireles, Dionísio Torres, etc. crescem, se verticalizam e apresentam uma vida quase autônoma no que se refere a oferta de serviços e comércio. A Praia de Iracema, com a construção do calçadão e recuperação da Ponte dos Ingleses (pela administração municipal) e implantação do Centro Cultural Dragão do Mar (pelo governo do Estado) nos anos 90, ganhou ainda mais importância como uma área de lazer noturno e eixo turístico da cidade, processo vindo já das décadas anteriores. No entorno do Porto do Mucuripe ainda encontram-se muitas indústrias (de pesca, moinhos de trigo, fábrica de asfalto, depósitos de combustíveis, etc.) e vários bairros populares e favelas (Servi Luz, Farol, Castelo Encantado, Vicente Pinzón, etc.). A Praia do Futuro ainda apresenta “vazios” urbanos, em virtude da alta maresia, que prejudica as construções. Nos anos 90, com um projeto de urbanização da gestão Juraci Magalhães, a área passou a ser um bem destacado polo de lazer para os setores médios/abastados e turistas – ali podem ser encontrados barracas e hotéis de luxo bem frequentados. Já a Aldeota encontra-se totalmente loteada e construída, com prédios com alto valor e sem terrenos disponíveis. Apresenta uma enorme quantidade de centros e edifícios comerciais, de serviços, escritórios técnicos, etc. A Água Fria, bairro para onde as elites se transferiam nos anos 80 em busca de privacidade, é uma das áreas mais dinâmicas e autônomas da cidade, concentrando shopings, famosos colégios, sedes de órgãos administrativos, equipamentos públicos e muitos edifícios e apartamentos de luxo. Ali, há o Parque do Cocó, importante área verde da cidade. Fortaleza se expande ainda no rumo dos bairros Edson Queiroz, Luciano Cavalcante, Seis Boca, Praias da Cofeco, Porto das Dunas e Prainha, bem como na direção da Cidade dos Funcionários, Cambeba e Messejana. www.gustavobrigido.com.br A cidade igualmente se expande em direção ao sul e oeste, mas com uma ocupação feita por setores médios e/ou populares. Nas proximidades do Centro histórico, há bairros mais antigos, com razoável infraestrutura e oferta de serviços, a exemplo do Joaquim Távora, Fátima, Benfica, Otávio Bonfim, Montese, Parquelândia, etc., onde predominam os setores médios. A expansão continua acompanhando as grandes vias. Um caso do que se fala é a Avenida Bezerra de Menezes, praticamente tomada em quase toda sua extensão por comércios e lojas. Na saída da cidade, ligação Avenida Mister Hull e BR- 222, igualmente concentram-se muitos negócios e indústrias, afora equipamentos públicos como o Capus do Pici (Universidade Federal do Ceará), Terminal Rodoviário de Antônio Bezerra e a chamada “Rodoviária dos Pobres”. Na zona oeste, na porção mais próxima do mar, temos como grandes vias a Avenida Leste Oeste (cuja expansão levou a retirada de milhares de famílias nos anos 90 do complexo do Pirambu) e Avenida Francisco Sá. Da foz do Rio Ceará (onde foi construída uma ponte, ligando Fortaleza a Caucaia), no rumo do sul, temos a Avenida Perimetral, que é cortada pela Avenida Mister Hull e que permite acesso ao Conjunto Ceará, Henrique Jorge, João XXIII, entre outros bairros. Apesar de muitas fábricas terem abandonado a Francisco Sá, a avenida continua dinâmica, com muitos estabelecimentos comerciais, residenciais, trânsito intenso. Na região da Barra do Ceará (final da Francisco Sá), também se percebe uma concentração de comércios, pequenas oficinas, lojas de autopeças ao longo da Avenida Coronel Carvalho (ligação com a Avenida Perimetral). Ali próximo, nos anos 70, foram erguidos vários conjuntos habitacionais para segmentos médios (Conjunto Polar, Conjunto dos Bancários, Nova Assunção, etc.). Há também muitas favelas e bairros populares. Ligando os eixos norte e sul de Fortaleza tem-se a Avenida José Bastos, com lojas, ofertas de serviço e equipamentos públicos (Campus de Porongabussu/saúde da UFC, Instituto Nacional de Reforma Agrária, Terminal de Ônibus da Lagoa e Parangaba). O deslocamento do terminal do Aeroporto Pinto Martins para o Dias Macedo dinamizou o bairro. A nova via de acesso ao aeroporto, Avenida Raul Barbosa, permitiu maior fluxo de trânsito entre vários bairros da zona leste/sul e a BR116. Nas áreas suburbanas mais distantes, destacadamente nas zonas oeste e sul, predominam a população de baixa renda, denotando a diferencial espacial/de classe da cidade. Em geral, têm-se ruas estreitas, tortas, sem saída, não raras vezes sem calçamento, saneamento, etc. Escasseiam as praças e equipamentos de lazer. São muitas as favelas e residências humildes. Em tais regiões, as taxas de violências são elevadas, numa clara vinculação com a grave questão social e pobreza que atingem os cearenses e a falta de assistência do Estado. www.gustavobrigido.com.br Também ocorre de setores médios e abastados morarem em outros municípios,para escapar dos problemas de Fortaleza (trânsito complicado, violência, poluição, etc.), transformando em habitação principal suas casas de praia (em Iparana, Icarai, Tabuba, Prainha, Iguape, etc.) ou sítios (Messejana, Eusébio, Caucaia, Pacajus, Maranguape, Maracanaú, etc.). Em municípios vizinhos igualmente passaram a ser construídos conjuntos residenciais desde a década de 80. Fortaleza apresenta-se hoje como um dos mais importantes polos têxteis e de confecção do Brasil, bem como um destacado polo turístico nacional. Vale salientar, porém, que a capital cearense não se firmou como uma cidade tipicamente industrial, imperando a inclinação de “cidade terceirizada”, ou seja, do setor terciário da economia, o que é uma tendência apresentada mundialmente pelas economias metropolitanas, onde o crescimento mais notável acontece nos serviços de comércio ambulante, hospedagem e alimentação, de incorporação de imóveis. As indústrias de maior porte que antes se concentravam em Fortaleza instalam- se/transferem-se para municípios da Região Metropolitana, a exemplo do Distrito Industrial de Maracanaú e, mais recentemente para outros centros como Horizonte, Caucaia, Pacatuba, Pacajús. Em 2009, Fortaleza foi escolhido como uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol a se realizar no Brasil em 2014, o que vai ensejar novas obras e intervenções urbanas na cidade. A cidade continua se expandindo neste começo de século, seja pela ação publica, por interesses privados (muitos deles, especuladores imobiliários) ou por iniciativa da própria população. Continua atraindo multidões de pessoas do interior cearense e até de outros estados. Sua economia cada vez mais se dinamiza, apesar da alarmante concentração de renda. A favelização, as condições de extrema pobreza da população e a violência convivem ao lado da expansão dos serviços, comércio, turismo e do alto padrão de consumo dos segmentos socais abastados. Fortaleza continua sendo uma cidade múltipla neste século. CRONOLOGIA DE FORTALEZA 1500 – O espanhos Vicente Yáñez Pinzón navega pelo litoral brasileiro e atinge o que seria o atual Mucuripe. 1603 – Pero Coelho de Souza desembarca no litoral cearense seguindo em direção da Ibiapaba. No retorno, Pero funda o Forte de São Tiago na foz do Rio Ceará. 1611 – Martins Soares Moreno desembarca no Ceará e ergue no ano seguinte o Forte de São Sebastião, na Barra do (rio) Ceará. 1631 – Martins Soares Moreno retira-se do Ceará, deixando uma pequena guarnição no Forte de São Sebastião. 1637 – Os holandeses conquistam o Forte se São Sebastião http://pt.wikipedia.org/wiki/1500 http://pt.wikipedia.org/wiki/Vicente_Y%C3%A1%C3%B1ez_Pinz%C3%B3n http://pt.wikipedia.org/wiki/1603 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pero_Coelho_de_Souza http://pt.wikipedia.org/wiki/Ibiapaba http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortim_de_S%C3%A3o_Tiago http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Cear%C3%A1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Martins_Soares_Moreno&action=edit&redlink=1 www.gustavobrigido.com.br 1644 - Os holandeses são massacrados e o Forte de São Sebastião é destruído. 1649 – Os holandeses, comandados por Matias Beck funda nas proximidades do riacho Pajeú o Forte Schoonenborch. 1654 – Com a derrrota em Pernambuco, os holandeses retiram-se do Ceará. Os portugueses retomam a colonização do Siará e o Forte Schoonenborch tem o nome mudado para Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. 1656 – O Ceará é separado do Estado do Maranhão, ao qual estava vinculado desde 1621 e passa a se subordinar a Pernambuco. 1699 – Portugal autoriza a criação de uma vila no Ceará. Após várias mudanças, o pelourinho é instalado definitivamente em Aquiraz. 1726 – Instalação da Vila da Fortaleza de Nossa Senhora d'Assunção. 1799 – Separação do Ceará de Pernambuco. 1810 – Passa por Fortaleza o viajante inglês Henry Koster. 1817 – São encarcerados em Fortaleza os insurretos da Revolução do Crato. 1823 – Fortaleza é elevada à categoria de Cidade. 1825 – São executados no Campo da Pólvora (Passeio Público) os líderes da Confederação do Equador. 1785 – Planta Urbanística de Adolf Hebster, sinal do crescimento de Fortaleza, que passa a ter a hegemonia urbana do Ceará na segunda metade do século XIX. 1880 – Inauguração do Passeio Publico, um dos principais locais de sociabilidade e sinal da Belle Époque na cidade. 1892 – Fundação da Padaria Espiritual 1910 – Inauguração do Theatro José de Alecar 1912 – Revolta popular de Fortaleza que força a renúncia de Nogueira Accioly do governo do Ceará. 1914 – Tropas vindas de Juazeiro cercam Fortaleza e obrigam a renúncia do governador Franco Rabelo. 1925 – Revolta popular cotra o sistema de transporte público. 1936 – Vitória de Raimundo de Alencar Araripe, primeiro prefeito eleito pelo voto popular na cidade. 1943 – Instalação de uma base americana em Fortaleza, no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-45) 1947 – Após o fim da Ditadura do Estado Novo (1937-45), é eleito prefeito Acrisio Moreira da Rocha. Também sao eleitos vários vereadores comunistas. 1960 -- Censo revela que Fortaleza tem 518 mil habitantes. A cidade vive uma explosão populacional. Setores mais abastados cada vez mais se concentram no lado leste da cidade, enquanto os mais pobres ficam na zona oeste. 1964 – Com o Golpe Militar, Fortaleza perde a autonomia política e administrativa. 1985 – Na primeira eleição pós-fim da Ditadura, Maria Luiza é a primeira mulher eleita prefeita de Fortaleza. http://pt.wikipedia.org/wiki/1644 http://pt.wikipedia.org/wiki/1649 http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_Schoonenborch http://pt.wikipedia.org/wiki/1654 http://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_Schoonenborch http://pt.wikipedia.org/wiki/1656 http://pt.wikipedia.org/wiki/1726 http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitania_de_Pernambuco http://pt.wikipedia.org/wiki/1810 http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Koster http://pt.wikipedia.org/wiki/1817 http://pt.wikipedia.org/wiki/Crato http://pt.wikipedia.org/wiki/1825 http://pt.wikipedia.org/wiki/Passeio_P%C3%BAblico http://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_do_Equador www.gustavobrigido.com.br 1990 – Juraci Magalhães assume a prefeitura. O Centro cada vez mais vira uma area comercial voltada para a perifeira. 2005 – Luiziane Lins eleita prefeita. 2009 – Fortaleza é escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol de 2014. 2011 – Fortaleza completa 285 anos, com uma população de 2 milhões e 447 mil habitantes. GESTORES DE FORTALEZA Império Capitão Joaquim Lopes de Abreu 1822-1823 Sargento-mor Joaquim José Barbosa 1823 Francisco Félix Bezerra de Albuquerque 1823 João da Rocha Moreira 1824 Coronel Manuel José Martins Ribeiro Júnior 1824 Joaquim Antunes de Oliveira 1824-1826 Sargento-mor João Facundo de Castro Menezes 1826-1827 Capitão Jacinto Fernandes de Araújo 1827-1828 Joaquim Vieira da Silva e Sousa 1828 Luís Mariano Gomes da Silva 1828 Francisco José Pacheco de Medeiros 1828-1829 Capitão Joaquim Lopes de Abreu 1829-1831 José Joaquim da Silva Braga 1831 Coronel Joaquim Mendes da Cruz Guimarães 1831-1832 José Joaquim da Silva Braga 1832-1833 José Ferreira Uma Sucupira 1833-1836 Capitão Joaquim da Fonseca Soares e Silva 1836-1841 José Lourenço de Castro e Silva 1841-1843 Tenente-coronel Antônio Rodrigues Ferreira Macedo 1843-1849 Manuel Teófilo Gaspar de Oliveira 1849-1850 Tenente-coronel Antônio Rodrigues Ferreira Macedo 1850-1859 Manuel Caetano de Gouveia 1859-1861 Manuel Soares da Silva Bezerra 1861-1865 Tenente-coronel Antônio Teodorico da Costa 1865-1869 Tenente-coronel Joaquim da Cunha Freire 1869 Antônio Gonçalves da Justa 1869-1873 Joaquim da Cunha Freire 1873-1881 http://pt.wikipedia.org/wiki/1822 http://pt.wikipedia.org/wiki/1823 http://pt.wikipedia.org/wiki/1824http://pt.wikipedia.org/wiki/1826 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Facundo_de_Castro_Menezes http://pt.wikipedia.org/wiki/1827 http://pt.wikipedia.org/wiki/1828 http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Vieira_da_Silva_e_Sousa http://pt.wikipedia.org/wiki/1829 http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Mendes_da_Cruz_Guimar%C3%A3es http://pt.wikipedia.org/wiki/1832 http://pt.wikipedia.org/wiki/1833 http://pt.wikipedia.org/wiki/1836 http://pt.wikipedia.org/wiki/1841 http://pt.wikipedia.org/wiki/1843 http://pt.wikipedia.org/wiki/1849 http://pt.wikipedia.org/wiki/1850 http://pt.wikipedia.org/wiki/1859 http://pt.wikipedia.org/wiki/1861 http://pt.wikipedia.org/wiki/1865 http://pt.wikipedia.org/wiki/1869 http://pt.wikipedia.org/wiki/1873 www.gustavobrigido.com.br Tenente-coronel Antônio Pereira de Brito Paiva 1881-1884 Capitão João Crisóstomo da Silva Jataí 1884-1886 Capitão Telésfero Caetano de Abreu 1886-1887 Capitão Teófilo Gaspar de Oliveira 1887-1890 República Capitão José Freire Bezerril Fontenelle 1890 Capitão Manuel Nogueira Borges 1890-1891 Joaquim de Oliveira Catunda 1891-1892 Coronel Guilherme César da Rocha 1892-1912 João Marinho de Albuquerque Andrade 1912 Ildefonso Albano 1912-1914 Coronel Casimiro Ribeiro Brasil Montenegro 1914-1918 Rubens Monte 1918-1920 Godofredo Maciel 1920 Ildefonso Albano 1921-1923 Adolfo Gonçalves de Siqueira 1923-1924 Godofredo Maciel 1924-1928 Álvaro Weyne 1928-1930 César Cals de Oliveira 1930-1931 Antônio Urbano de Almeida 1931 Major Tibúrcio Cavalcante 1931-1933 Raimundo Girão 1933-1934 Tenente José Narreira 1934 Plínio Pompeu de Sabóia Magalhães 1934-1935 Gentil Barreira 1935 Álvaro Weyne 1935-1936 Raimundo de Alencar Araripe 1936-1945 Plácido Aderaldo Castelo 1945 Vicente Linhares 1945 Oscar Barbosa 1946 Romeu Martins 1946 Clóvis Matos 1946-1947 José Leite Maranhão 1947-1948 Acrísio Moreira da Rocha 1948-1951 Paulo Cabral de Araújo 1951-1955 Acrísio Moreira da Rocha 1955-1959 http://pt.wikipedia.org/wiki/1884 http://pt.wikipedia.org/wiki/1886 http://pt.wikipedia.org/wiki/1887 http://pt.wikipedia.org/wiki/1890 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Freire_Bezerril_Fontenelle http://pt.wikipedia.org/wiki/1891 http://pt.wikipedia.org/wiki/1892 http://pt.wikipedia.org/wiki/1912 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ildefonso_Albano http://pt.wikipedia.org/wiki/1914 http://pt.wikipedia.org/wiki/Casimiro_Ribeiro_Brasil_Montenegro http://pt.wikipedia.org/wiki/1918 http://pt.wikipedia.org/wiki/1920 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Godofredo_Maciel&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ildefonso_Albano http://pt.wikipedia.org/wiki/1921 http://pt.wikipedia.org/wiki/1923 http://pt.wikipedia.org/wiki/1924 http://pt.wikipedia.org/wiki/1928 http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lvaro_Weyne http://pt.wikipedia.org/wiki/1930 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=C%C3%A9sar_Cals_de_Oliveira&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1931 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Urbano_de_Almeida http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tib%C3%BArcio_Cavalcante&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1933 http://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Gir%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/1934 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio_Pompeu_de_Sab%C3%B3ia_Magalh%C3%A3es http://pt.wikipedia.org/wiki/1935 http://pt.wikipedia.org/wiki/1936 http://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_de_Alencar_Araripe http://pt.wikipedia.org/wiki/1945 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%A1cido_Aderaldo_Castelo http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vicente_Linhares&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1946 http://pt.wikipedia.org/wiki/1947 http://pt.wikipedia.org/wiki/1948 http://pt.wikipedia.org/wiki/Acr%C3%ADsio_Moreira_da_Rocha http://pt.wikipedia.org/wiki/1951 http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Cabral_de_Ara%C3%BAjo http://pt.wikipedia.org/wiki/1955 http://pt.wikipedia.org/wiki/1959 www.gustavobrigido.com.br General Manuel Cordeiro Neto 1959-1963 General Murilo Borges Moreira 1963-1967 José Walter Cavalcante 1967-1971 Vicente Cavalcante Fialho 1971-1975 Evandro Aires de Moura 1975-1978 Luís Gonzaga Nogueira Marques 1978-1979 Lúcio Gonçalo de Alcântara 1979-1982 José Aragão e Albuquerque Júnior 1982-1983 César Cals de Oliveira Neto 1983-1985 José Maria de Barros Pinho 1985-1986 Maria Luiza Fontenele 1986-1989 Ciro Ferreira Gomes 1989-1990 Juraci Vieira de Magalhães 1990-1993 Antônio Cambraia 1993-1997 Juraci Vieira de Magalhães 1997-2005 Luizianne Lins 2005-2013 TEXTOS EXTRAS (Fonte: www.opovo.com.br) Um pé no mercado, outro no improviso Um crescimento espontâneo que evidencia desigualdades. Os números da “Malha Municipal e Informações dos Setores Censitários do Censo 2010”, divulgados ontem pelo IBGE, mostram como se deu o crescimento populacional de Fortaleza nos últimos 10 anos. E revelam que, nos bairros que registraram os maiores índices de expansão, o processo de favelização e o avanço do mercado imobiliário ainda são os dois principais indutores de nossa dinâmica urbana. Dos 119 bairros de Fortaleza, nove apresentaram um crescimento populacional superior a 50% na última década. A maior parte deles, na área localizada entre o centro geográfico da Cidade e a região sudeste: Dendê, Salinas, Parque Iracema, Guararapes, Cajazeiras e Luciano Cavalcante. A costa leste da Cidade também aparece na relação: em dez anos, a Praia do Futuro I (trecho mais ao norte da orla) cresceu 127,29%; e a Praia do Futuro II, 56,28%. A disponibilidade de terrenos para o mercado construtor e a informalidade das soluções habitacionais dos setores mais pobres fermentaram esse cenário. “Esses eram os bairros onde havia o maior número de terrenos vazios na Cidade. Havia também algumas favelas, mas eram pouco densas. O que houve foi tanto um crescimento da favelização quanto uma expansão do mercado imobiliário”, avalia Renato Pequeno, professor do curso http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Cordeiro_Neto http://pt.wikipedia.org/wiki/1963 http://pt.wikipedia.org/wiki/Murilo_Borges_Moreira http://pt.wikipedia.org/wiki/1967 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Walter_Cavalcante http://pt.wikipedia.org/wiki/1971 http://pt.wikipedia.org/wiki/Vicente_Cavalcante_Fialho http://pt.wikipedia.org/wiki/1975 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Evandro_Aires_de_Moura&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1978 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lu%C3%ADs_Gonzaga_Nogueira_Marques&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1979 http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAcio_Alc%C3%A2ntara http://pt.wikipedia.org/wiki/1982 http://pt.wikipedia.org/wiki/1983 http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sar_Cals_Neto http://pt.wikipedia.org/wiki/1985 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Maria_de_Barros_Pinho http://pt.wikipedia.org/wiki/1986 http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Luiza_Fontenele http://pt.wikipedia.org/wiki/1989 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciro_Gomes http://pt.wikipedia.org/wiki/1990 http://pt.wikipedia.org/wiki/Juraci_Vieira_de_Magalh%C3%A3es http://pt.wikipedia.org/wiki/1993 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Cambraia http://pt.wikipedia.org/wiki/1997 http://pt.wikipedia.org/wiki/Juraci_Vieira_de_Magalh%C3%A3es http://pt.wikipedia.org/wiki/2005 http://pt.wikipedia.org/wiki/Luizianne_Lins http://pt.wikipedia.org/wiki/2013 www.gustavobrigido.com.br de Arquitetura e Urbanismo da UFC e pesquisador do Observatório das Metrópoles. “Isso revela que a Cidade vai reafirmando suas desigualdades nesse processo de crescimento”. Renato destaca que nessas áreas, não há intervenções significativas do poder público em termos de políticas habitacionais – em geral, localizadas em áreas mais periféricas da Cidade. Com isso,alheio às políticas oficiais, o crescimento dos bairros em Fortaleza se dá de modo informal: entre as regras e oportunidades do mercado e o improviso da sobrevivência. “O que existe é uma expansão espontânea. Tanto das favelas quanto do mercado imobiliário. Os mais pobres vão resolvendo suas questões de moradia na base do improviso. Na Praia do Futuro, há uma auto-verticalização, um crescimento significativo da co- habitação, da construção de fundo do quintal”, reforça. O coordenador de planejamento da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Sepla), José Meneleu, diz que ainda é necessária uma avaliação mais detalhada dos números do IBGE para se saber com mais precisão para onde a bússola do crescimento em Fortaleza tem apontado. No entanto, avalia que parte do percurso do Rio Cocó, onde se localizam bairros como Salinas, Edson Queiroz e Guararapes, delimitam uma das áreas de maior expansão na Cidade. “Há disponibilidade de terrenos e você tem uma crescente disponibilidade de serviços, uma facilidade de acesso cada vez maior, além de um forte atrativo ambiental. São bairros mais novos, que vêm sendo ocupados por uma nova classe média”, pontua. Na Praia do Futuro, ele destaca, há empreendimentos imobiliários para classes mais ricas. “Mas a expansão se dá, sobretudo, entre a população mais pobre, em ocupações irregulares e nas favelas do bairro”. avalia. Bairros que mais perderam população Benfica -30,64% Sabiaguaba -23,27% Paupina -20,73% Jangurussu -20,38% Pedras -14,85% Papicu -9,47% Manuel Dias Branco -9,22% Cristo Redentor -7,60% Mondubim (Sede) -5,30% Demócrito Rocha -4,21% Fortaleza, cidade das mulheres Em todos os bairros de Fortaleza, a porcentagem do número de mulheres é maior que a dos homens. Os dados refletem uma realidade nacional, de acordo com o último Censo. Em 2010, a população feminina brasileira ultrapassou em 3,9 milhões a masculina. www.gustavobrigido.com.br No entanto, não é a taxa de natalidade masculina que explica este fenômeno, pois nascem mais homens que mulheres (proporção de 105 para 100). A situação só muda quando, na faixa dos 20 anos, os homens estão mais expostos à violência e morrem mais jovens. O bairro de Fortaleza com maior índice de mulheres é Estância (Dionísio Torres) com 57,63%, uma diferença de 15,26% em relação aos homens. O professor do departamento de Ciências Sociais da UFC e mestre em Antropologia pela UNB, Carlos Silveira, avalia que a disparidade entre os gêneros não é tão grande. “Em termos gerais, entendo que existe desequilíbrio, mas ainda é pouco. Isto pode estar vinculado a uma mudança no comportamento urbano, que tem a ver com a violência, o desemprego, a falta de oportunidades, que afetam bem mais os homens”. A busca por qualidade de vida também é uma preocupação maior entre as mulheres, de acordo com Silveira. “A procura por formação escolar e um maior grau de instrução talvez explique também porque o contingente feminino cresceu mais que o masculino”. Mesmo em bairros periféricos, o número de mulheres subiu. No Dendê, por exemplo, há 50,06% mais mulheres que homens. Por outro lado, o mesmo bairro é onde mais cresceu o número tanto de homens quanto de mulheres, nos últimos dez anos. “A taxa de natalidade na periferia é bem maior do que nos bairros mais nobres”, explica Silveira. Mesmo assim, o índice de crescimento do número de mulheres no Dendê ultrapassou 5,18% a dos homens. “Nos bairros de melhor padrão urbano, a população feminina está mais protegida pelo estilo de vida que leva. Nos bairros mais afastados, há uma carência maior”. Mortalidade masculina A professora do Departamento de Economia Doméstica da UFC, Sande Maria Gurgel, explica que a mortalidade masculina decorre de vários fatores sociais até biológicos. “Já li pesquisas que atestam que o feto masculino é mais frágil que o feminino. A violência, os vícios, os acidentes de trânsito e até mesmo o estresse do homem, que tem o papel de provedor, podem afetar”. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Idade e Família (Negif-UFC), a pesquisadora pontua o aumento do número de famílias chefiadas por mulheres. “Quando há escassez de homens, elas se tornam chefes da casa e ocupam mais vagas no mercado de trabalho”. Sande Maria recupera alguns dados estatísticos, publicados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que revela que, em 2010, a remuneração horária da mulher saltou de 1,8% para 12,7%, em Fortaleza, Salvador e Recife. Mas a maioria delas ocupam trabalho informal e empregos que rendem até um salário mínimo. “Como são profissões menos valorizadas, a renda delas aumentou”. A pesquisadora explica que os dados do censo podem dar maior visibilidade às mulheres. “Novas políticas públicas precisarão surgir para atender as mulheres, que estão se inserindo mais na sociedade, que brigam por emprego, melhores salários e igualdade de gênero. De certa forma, o aumento de mulheres também pode provocar maior competição no mercado de trabalho”. www.gustavobrigido.com.br Maior crescimento de mulheres Dendê 168,51% Praia do Futuro I 127,37% Salinas 99,13% Parque Iracema 93,68% Guararapes 77,26% Cajazeiras 62,60% Praia do Futuro II 56,05% Mata Galinha 54,89% Engenheiro Luciano Cavalcante 52,98% Parque Presidente Vargas 50,46% Maior redução de homens Benfica -29,36% Sabiaguaba -25,13% Paupina -22,62% Jangurussu -21,83% Manuel Dias Branco -15,02 Pedras -12,42% Papicu -8,69% Cristo Redentor -8,66% Mondubim (sede) -6,63% Pirambu -4,68% NÚMEROS: 57% É A MÉDIA DA POPULAÇÃO FEMININA EM RELAÇÃO À MASCULINA NOS DEZ BAIRROS DE FORTALEZA ONDE HÁ MAIOR DISPARIDADE. DIONÍSIO TORRES E ALDEOTA LIDERAM Bairro mais jovem e sem estrutura de lazer Basta dar uma volta pelas ruas do Siqueira para perceber a grande quantidade de jovens no bairro. Crianças e adolescentes teimam em aproveitar a juventude diante das poucas opções de lazer. A falta de equipamentos culturais é a principal reclamação. “Se tivesse uma praça, um parquinho ou um campo de futebol, a situação seria bem melhor. Agora nas férias, fica todo mundo na rua sem saber o que fazer”, desabafa a estudante Mariane Batista, 14. Na casa da família Souza, são cinco crianças e adolescentes. “Não sei o que fazer com tanta meninada em casa. O bairro é cheio de jovens que ficam sem saber o que fazer nas férias”, aponta a dona de casa Liduína Souza, 51. www.gustavobrigido.com.br É nesse limite de Fortaleza com Maracanaú, no extremo sul da cidade, que se concentra o maior número de crianças e adolescentes com até 14 anos de idade. No Siqueira, bairro que faz parte da Regional V, moram 30,3% da garotada da Capital, seguido da Praia do Futuro II (29,9%), Parque Presidente Vargas (29,7%) e Praia do Futuro I (29,3%). A maior proporção da população que está começando a galgar o futuro, no entanto, não conta com o mínimo de estrutura física e social para o desenrolar de atividades básicas para o crescimento desses meninos e meninas, como educação de qualidade e lazer nos espaços públicos. Passando pelo bairro, não é difícil notar a ausência de bons locais de convivência, além da urbanização precária. “Qual o equipamento de cultura que existe naquela região? Tem que se atravessar a cidade, pegar um ônibus no Terminal do Siqueira, passar pelo Terminal do Papicu, para você chegar a um lugar com acesso à cultura”, problematiza Clézio Freitas, representante do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca). Para Rui Aguiar, oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as ações nesse sentido teriam como ponto inicial o Plano Diretor de Fortaleza, pensando a cidade estrategicamente para garantir a livre circulação de crianças e adolescentes. “E a questão não é só espacial. Tem a ver também com a programação culturalque você oferece nesses espaços e as políticas públicas de assistência social”, passando também pelos lares. “Temos que ter, em primeiro lugar, a garantia da infra-estrutura, depois uma programação cultural e então uma programação comunitária, algo que permita que a própria comunidade usufrua e zele pelo seu espaço”, elenca. Os quase um terço de pessoas de até 14 anos no Siqueira, explica a vice- presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), Flor Fontenele, foram construídos pelo próprio contexto do bairro, carente de políticas públicas que ofereçam informação e planejamento familiar. “É onde se encontra a parcela mais pobre da população e também a mais carente em educação. Isso, consequentemente, gera mais filhos”, explica. “Para não dizer que não tem nada, tem o Centro Cultural no antigo Bom Jardim, mas é o único equipamento. Adolescentes ficam na rua, começam a trabalhar cedo e isso gera problemas de trabalho infantil”, debate Flor Fontenele. Em contraponto, a Gentilândia, localizado na Regional IV, um dos bairros mais recentes da Capital, oficializado somente em 2009, quando foi desmembrado do Benfica e se tornou independente, é o que abriga a menor proporção de pessoas com até 14 anos, contabilizando apenas 11,1% deles. “É um bairro com uma população mais envelhecida, mais tradicional”, disse Aguiar. É lá onde há o maior índice de envelhecimento da cidade: 110,6. Enquanto bairros ao lado, como Joaquim Távora ou Benfica estão bem abaixo, com indicativos de 86 e 95,1, respectivamente. www.gustavobrigido.com.br Bairros com mais idosos José Bonifácio 14,1% Parque Araxá 13,6% Parquelândia 13,2% Estância (Dionísio Torres) 12,7% Meireles 12,5% Amadeo Furtado 12,5% Gentilândia 12,3% Aldeota 12,2% Joaquim Távora 12,2% Bom Futuro 11,9% Bairros com mais jovens Siqueira 30,3% Praia do Futuro II 29,9% Pq. Presidente Vargas 29,7% Praia do Futuro I 29,3% Canindezinho 28,6% Barroso 28,2% Planalto Ayrton Senna 28,1% Granja Portugal 28,1% São Bento 28,1% Genibau 28% QUESTÕES HISTORIA DE FORTALEZA 1-Sobre o processo de ocupação da costa cearense durante o século XVII, pode-se afirmar corretamente: a) Os portugueses aliaram-se aos indígenas que habitavam essas terras e construíram fortes apenas para defender o centro do comércio do pau-brasil. b) A presença portuguesa no Ceará tem a ver com a ocupação de Pernambuco pêlos franceses e do Maranhão pelos holandeses. c) O litoral foi intensamente disputado por índios e forças militares de várias potências européias, e várias fortificações foram construídas por portugueses e holandeses. www.gustavobrigido.com.br d) A conquista do litoral cearense foi empenhada por motivos econômicos, já que o cultivo de cana-de-açúcar estava bastante desenvolvido e o açúcar necessitava ser transportado diretamente para Portugal. 2 -Sobre os primeiros tempos da história do Ceará e de Fortaleza, marque (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas: a) ( ) O donatário da capitania do Ceará, Antônio Cardoso de Barres, não chegou sequer a tomar posse de sua doação, somente vindo ao Brasil como provedor da fazenda no governo de Tomé de Souza em 1549. b) ( ) A primeira tentativa de conquista foi efetuada em 1603, pela bandeira dirigida por Pero Coelho de Sousa, por isso ele é considerado o fundador do Ceará. c) ( ) Não existe relação entre a conquista do Ceará e a luta pela expulsão dos franceses do Maranhão. d) ( ) Numa visão tradicional, Martim Soares Moreno é considerado o fundador oficial do Ceará. e) ( ) A base da fundação de Fortaleza foi criada pelos holandeses, na figura de Matias Beck, que, chegando ao Ceará, construiu o forte de Schoonenborck, ficando este, após a expulsão dos flamengos, sob a direção governamental do capitão-mor Álvaro de Azevedo Barreto. f) ( ) Os missionários da Companhia de Jesus Francisco Pinto e Luís Filgueira, com "objetivos catequéticos", chegaram às terras do Siará Grande em 1607, mas não foram bem- sucedidos. 3- Atente para o que se diz sobre o Forte Schoonenborch, fundado pelos holandeses em 1649, naquela que seria a capital cearense: I- Foi a primeira construção que irradiou o núcleo urbano de Fortaleza. Ele foi, naquele contexto, um espaço centralizador de atividades. II- Além de sua importância estratégico-militar, uma das suas funções era vigiar os nativos rebeldes. III- Depois da expulsão dos Holandeses, a Coroa Portuguesa conquistou o Forte e rebatizou-o de Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição. Está correto o que se afirma em A) I, II e III. B) I e III apenas. C) II e III apenas. D) I e II apenas. www.gustavobrigido.com.br 4 (Prova da PM) Com relação à historia do ceará, julgue os itens seguintes: A) ( ) Ao longo do século XVIII, a principal atividade econômica do cearense foi a pecuária, por meio da qual se desenvolveu o comercio do charque. B) ( ) No Ceará, o predomínio das oligarquias na política loca teve fim com a revolução de 1930. C) ( )A introdução de bondes de tração animal, do telegrafo e da telefonia, bem como o calçamento e a canalização da água são ações que caracterizaram a modernização de fortaleza no século XIX. D) ( )A cidade de Fortaleza foi fundada no século XVIII, para conter a ação de piratas ingleses no litoral cearense. 5-Sobre a presença holandesa no Ceará do século XVII, é correto afirmar: a) Mathias Beck escreveu a “Relação do Ceará”, importante documento histórico; b) Os holandeses liderados por Mathias Beck foram massacrados pelos índios; c) Os primeiros holandeses que estiveram no Ceará vieram em busca de âmbar; d) Os holandeses batizaram a fortificação que construíram de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. 6- Assinale a opção que contém a ordem cronológica correta em que as figuras históricas abaixo estiveram no Ceará/Fortaleza: a) Francisco Pinto – Pero Coelho – Soares Moreno –Mathias Beck; b) Soares Moreno – Francisco Pinto – Pero Coelho – Mathias Beck; c) Pero Coelho – Francisco Pinto – Soares Moreno – Mathias Beck; d) Mathias Beck - Soares Moreno – Pero Coelho - Francisco Pinto www.gustavobrigido.com.br 7- A economia cearense foi marcada por dois grandes ciclos econômicos: o Ciclo do Gado (séculos XVIII e XIX) e o Ciclo do Algodão (séculos XIX e XX). Marque a alternativa correta quanto à história econômica do Ceará: a) O algodão ocupou um papel secundário na economia cearense, muito mais vinculada à pecuária. Neste sentido, as consequências econômicas do comércio algodoeiro foram quase imperceptíveis, principalmente em Fortaleza. b) Com a riqueza do algodão, a cidade de Aracati, com seu porto natural na foz do rio Jaguaribe, tornou-se a principal cidade cearense. c) A pecuária extensiva foi a responsável pela ocupação dos sertões do Ceará, principalmente ao longo dos grandes rios e dos vales úmidos. d) A cidade de Fortaleza foi o centro da produção pecuarista cearense, tornando-se a “capital do couro”. e) A pecuária extensiva cearense localizava-se no litoral, às margens das praias, já que o interior era muito seco e impróprio para o gado. 8- A primeira vila do estado do Ceará foi: a) Sobral b) Iguatu c) Aquiraz d) Camocim 9- A respeito da História de Fortaleza, é correto afirmar: a) Em 1649, Fortaleza é elevada à condição de cidade pelo explorador holandês Matias Beck, logo após ser construído o Forte de Schoonemboch na embocadura do riacho Pajeú. b) Em 1726, Fortaleza é elevada á condição de cidade pelo português Pero Coelho, logo após a expulsão dos holandeses. c) Em 1823, Fortaleza é elevada pelo imperador D. Pedro I à condição de cidade, mais precisamente sob a denominação de Fortaleza de Nova Bragança. d) Em 1889, Fortaleza foi elevada à condição de cidade, em decorrênciada proclamação da República. www.gustavobrigido.com.br 10- Sobre os primeiros núcleos urbanos do Ceará, é correto afirmar: a) A primeira vila do Ceará foi Fortaleza, que era também a sede da comarca; b) A primeira vila fundada no sertão cearense foi Quixeramobim, localizada num cruzamento de estradas; c) A vila de Aracati foi fundada numa região importante pelo seu comércio de carne; d) As vilas de controle social surgiram no final do século XVIII em virtude da necessidade de conter os índios rebelados. 11- Sobre o Ceará, no século XVIII, é INCORRETO afirmar: a) Algumas cidades cearenses originaram-se de reduções jesuíticas; b) O Sertão cearense foi colonizado por levas de baianos e pernambucanos; c) O conflito entre colonos brancos e indígenas ficou conhecido como Guerra dos Bárbaros; d) Com a Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-65), a produção de algodão, no Ceará, sofreu grande diminuição, impedindo o crescimento de Fortaleza. 12- Sobre os movimentos insurrecionais em que o Ceará participou no século XIX é falso: a) A revolução de 1817 tinha caráter emancipacionista e republicano, sendo comandado pela família Alencar, lideres da facção liberal local. b) Os insurretos de 1817 acabaram fuzilados na Praça dos Mártires por terem participado de uma revolta contra El Rei de Portugal c) A confederação do Equador visava criar uma república liberal no Nordeste, longe do centralismo de D. Pedro I e das ameaças recolonizadoras de Portugal d) A influência pernambucana e o descontentamento dos liberais cearenses com D. Pedro I explicam a adesão da província à Confederação do Equador 13 - Um dos episódios mais marcantes da História de Fortaleza foi: a) Protagonizado pelo jangadeiro Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar, que fechou o porto de Fortaleza ao embarque e desembarque de escravos. O Ceará se torna, então, o primeiro estado a abolir a escravidão no Brasil. b) Protagonizado pelo padre Cícero que expulsou os cangaceiros instalados no Mercado Central de Fortaleza, restaurando a ordem e a segurança pública. www.gustavobrigido.com.br c) Protagonizado pelo jangadeiro Manuel Jacaré que expulsou os holandeses de Fortaleza, devolvendo a soberania da cidade ao povo brasileiro. d) Protagonizado pelo padre Mororó que declarou a independência do Estado do Ceará e decretou Fortaleza como sendo capital do novo país. 14 -"O binômio gado-algodão vai ter em Fortaleza seu grande centro, assim como a cana- de-açúcar teve o Crato e a carne de sol teve Aracati". (SILVA, José B. da. Os incomodados não se retiram: uma análise dos movimentos sociais em Fortaleza. Fortaleza- Multigraf, 1992, p. 22) A produção do algodão, no século XIX, foi de grande importância para a economia do Ceará e para o crescimento de sua capital. Assinale a alternativa que expressa corretamente o momento em que esta produção atinge o seu apogeu. a) Durante o bloqueio continental imposto aos ingleses por Napoleão. b) Durante a Guerra de Secessão nos EUA (1861-1865). c) Logo após a transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808. d) Com a abolição da escravatura no Ceará em 1883. 15- Marque V ou F. A consolidação de Fortaleza como centro político, econômico e administrativo, a partir da segunda metade do século passado, verificou-se por (pelo): a) ( ) sua condição de centro coletor e exportador de algodão. b) ( ) sediar os principais serviços da administração pública. c) ( ) ser a capital da Província e cidade portuária. d) ( ) ter sido a primeira vila estabelecida no Ceará. e) ( ) desenvolvimento do comércio exportador. 16- As grandes secas de 1877-1879 não somente secaram os reservatórios de água de Fortaleza; trouxeram graves efeitos para a cidade. Neste sentido, aponte a única alternativa FALSA: a)Nos três anos que perdurou a estiagem, mais de 100 mil sertanejos migraram para a capital cearense, transformando a cidade num grande formigueiro humano. b) A maior parte desses retirantes famintos ficava abrigada nos chamados “campos de concentração” ou “abarracamentos” localizados nos arredores da cidade sem qualquer condição de higiene. www.gustavobrigido.com.br c)A grande seca de 1877 – 1879 agravou o estado sanitário de Fortaleza. Em 1877 uma epidemia de varíola vitimou milhares de retirantes nos arrabaldes da cidade. d)A partir de 1879 algumas chuvas caíram, o que contribuiu para nova onda da epidemia de varíola. A lista de mortos duplicou assim como o número de vítimas da doença a mendigar pela cidade. 17 -O tombamento e a restauração do Passeio Público, cuja construção data do final do século XIX, justifica-se: A) pela preservação da memória do Exército que ocupa essa área desde o período colonial. B) por sua história, pois constituiu um espaço de resistência dos negros que ali organizaram um quilombo. C) por constituir patrimônio cultural edificado da cidade que guarda marcas da ocupação do espaço urbano. D) pelo apelo do setor imobiliário, já que essa área vem se valorizando a partir da construção de residências modernas em seu entorno. E) pela importância simbólica que tem para a população de Fortaleza, pois tem servido como palco para manifestações políticas desde a República Velha 18 -Sobre as transformações urbanas e sociais ocorridas em Fortaleza na segunda metade do século XIX, é correto afirmar que: A) As intervenções para ampliação dos logradouros facilitaram a ocorrência de manifestações políticas e partidárias em locais públicos. B) O planejamento urbano da cidade de Fortaleza, o plano em xadrez para as ruas, ocorreu devido às ações políticas de comerciantes. C) As plantas do engenheiro Adolfo Herbster, de 1875 e 1888, não tinham como perspectivas de ampliação as áreas despovoadas da cidade. D) A abertura das avenidas Dom Manuel (denominada Boulevard da Conceição), do Imperador e Duque de Caxias são símbolos das disputas entre o saber médico e o poder público. www.gustavobrigido.com.br E) Os projetos arquitetônicos de Adolfo Herbster visavam o alinhamento de ruas e casas, e a abertura de avenidas para o ordenamento do espaço urbano e o controle social. 19 - Em 1875, são propostas para Fortaleza novas normas para ocupação do solo urbano através da configuração de uma Planta da Cidade de Fortaleza. Assinale a alternativa que corresponde ao engenheiro-arquiteto que projetou essa Planta. a) Silva Paulet. b) Oscar Niemeyer. c) Arrojado Lisboa. d) Manuel Frances. e) Adolfo Herbster. 20 A X Bienal Internacional do Livro do Ceará (nov/2012) homenageou um importante movimento ocorrido no Ceará, no século XIX, conhecido como “Padaria Espiritual”. A respeito desse movimento, podemos afirmar que I. Foi a primeira manifestação explícita de adeptos da doutrina espírita no estado do Ceará, tendo como objetivo principal a divulgação da obra de Allan Kardec, recém lançada na França. II. Consistiu numa agremiação cultural, fundada em 1892, formada por escritores, pintores, desenhistas e músicos, que teve como idealizador e um de seus fundadores o escritor Antonio Sales. III. Foi um movimento formado por jovens intelectuais, que tinha como principal objetivo criticar e protestar, especialmente por meio das letras, a sociedade burguesa, o clero e tudo o que fosse tradicional. IV. Foi um movimento de natureza católica, nascido no seio da burguesia e apoiado pelo 1º bispo do Ceará, D. Luis Antonio dos Santos, com o propósito de fortalecer os valores cristãos na sociedade cearense. V. Durou cerca de 6 anos, publicou periodicamente um jornal chamado “O Pão”, no qual os “padeiros” tratavam de assuntos diversos da vida literária do Ceará e do Brasil, além de publicarem seus próprios textos. Assinale a opção CORRETA. A) São verdadeiros somente I e III. B) São verdadeiros somente II,III e V. www.gustavobrigido.com.br C) São verdadeiros somente I, II e V. D) São verdadeiros somente II, IV e V. E) São verdadeiros somente II e IV. 21 -Construída em 1877, seu nome homenageia um general cearense que participou da Guerra do Paraguai. Destaque para as estátuas de leões de bronze, trazidas de Paris no começo do século. Localizada no Centro, forma imponente conjunto arquitetônico com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Palácio da Luz e a antiga Assembleia Provincial. Estamos falando da: a) Praça General Bezerril. b) Praça General Tibúrcio. c) Praça General Sampaio. d) Praça General Castro e Silva. 22 A Praça dos Leões, o Passeio Público e a antiga Assembleia Legislativa, onde hoje funciona o Museu do Ceará, fazem parte da história arquitetônica de Fortaleza. Assinale a opção que corretamente informa a região da cidade onde eles estão localizados. a) No bairro da Aldeota, que representa o coração econômico da cidade de Fortaleza. b) Na Praia de Iracema, onde encontramos outros pontos de importância histórica, como a Ponte Metálica. c) Na região do Centro, em cujo entorno a cidade se desenvolveu. d) Nos arredores da Beira-Mar, onde a cidade floresceu devido à proximidade do porto do Mucuripe 23-“Esse tipo de sociabilidade de elite, fundada sobre pequenos círculos, grêmios ou associações, voltada para a discussão e o lazer em torno de temas importante para aqueles contemporâneos, marcou definitivamente a produção intelectual cearense (...). [Esses] círculos [constituíam] espaço privilegiado para a discussão filosófica, literária, política e, inclusive, para o lazer.” (AMARAL, Eduardo Lúcio Guilherme. Barão de Studart – memória da distinção. Fortaleza: Museu do Ceará, 2002. p. 10-11.) A partir da leitura do texto acima sobre as elites letradas de Fortaleza no final do século XIX, compreende-se corretamente que o saber e o conhecimento: A) existiam somente na universidade. www.gustavobrigido.com.br B) estavam dissociados da vida política. C) constituíam símbolos de distinção social. D) eram vistos como irrelevantes para a sociedade. E) eram secundários em relação à diversão e às festas. 24 Sobre a economia cearense entre os períodos colonial e imperial, marque a opção certa. a) O trabalho de vaqueiro no Ceará colonial era ocupado por homens livres que recebiam salários. b) A cultura algodoeira foi responsável pelo povoamento da terra cearense a partir do século XVI. c) As oficinas de charque e a comercialização da carne seca fizeram do Cariri a principal região econômica do Ceará colonial. d) A predominância da exportação do algodão pelo porto de Fortaleza contribuiu para consolidar a capital como principal centro urbano do Ceará no século XIX. e) O café no Ceará só foi cultivado nas regiões de Sobral e Camocim, e não teve nenhuma expressividade na economia exportadora cearense do século passado. 25 O Crescimento urbano da cidade de Fortaleza no final do século XIX se deveu, principalmente, à (ao). a) êxodo rural provocado pela seca de 1877, evitando o perigo das mortes, das invasões e da miséria da população que encontra abrigo confortável na cidade. b) crescimento das indústrias têxteis a absorver mão de obra, infraestrutura e serviços urbanos. c) expansão da cultura algodoeira de exportação, concentrando na capital do comércio importador e exportador, além das atividades de serviços, administração e recolhimento de impostos. d) concentração das atividades portuárias com a transferência do comércio exportador açucareiro de Recife para Fortaleza, devido ã epidemia de cólera na capital pernambucana. 26 A partir do século XVIII, contribuíram para consolidar Fortaleza como principal centro urbano do Ceará. Marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso. a) ( ) A emancipação do Ceará da jurisdição de Pernambuco. www.gustavobrigido.com.br b) ( ) A fundação do Forte Schoonenborch pelos holandeses. c) ( ) O declínio das "oficinas" de salga e exportação de carne no Aracati. d) ( ) A ação do boticário António Rodrigues Ferreira, presidente da Câmara Municipal, em prol da urbanização. e) ( ) O traçado urbano da capital pelo arquiteto Adolfo Herbster. f) ( ) O aumento da exportação algodoeira em virtude da Guerra de Secessão. 27 Sobre a oligarquia de Nogueira Accioly, marque a única opção correta: a) A palavra “oligarquia” significa “governo de muitos”; b) Nogueira Accioly foi um político fortalezense que dominou a política cearense por mais de dez anos; c) Entre as realizações de Accioly destaca-se a fundação do Teatro José de Alencar e da Faculdade de Direito; d) Accioly foi deposto pela Revolução de 1912, liderada pelo Padre Cícero. 28 Fortaleza era pura agitação. As acusações, os manifestos, as passeatas, os comícios e as provocações de parte a parte tornavam o ambiente explosivo. O povo estava entusiasmado com a possibilidade real de depor Accioly. De fato, esse sonho estava na iminência de concretizar-se, não pelo voto, mas pelas armas, em uma revolta popular, cujo estopim foi a passeata das crianças." (FARIAS, Airton de. História do Ceará: dos índios à geração Cambeba. Fortaleza: Tropical, 1997 p. 130) Sobre a deposição do Comendador Nogueira Accioly da Presidência do Estado do Ceará, em 1912, comentada no texto acima citado, é conoto afirmar que: a) a expectativa popular foi frustrada pelos acordos políticos entre Accioly e o candidato da oposição, Franco Rabelo, garantindo uma transição pacífica. b) a queda de Accioly está ligada à "Política das Salvações" do Presidente Hermes da Fonseca e à revolta popular diante dos desmandos do oligarca. c) a revolta popular não só garantiu a deposição de Accioly como instalou um governo revolucionário de caráter socialista que durou apenas duas semanas. d) a derrota eleitoral de Accioly foi comemorada com entusiasmo pela população que, apesar de tudo, manteve a ordem na cidade. www.gustavobrigido.com.br 29 A Sedição de Juazeiro caracterizou-se por ser um movimento político que: a) promoveu a manutenção da oligarquia de Accioly no poder, com o mesmo como Presidente do Estado do Ceará. b) derrubou o governo de Matos Peixoto e inaugurou a Revolução Tenentista no Ceará. c) provocou a derrubada de Franco Rabelo, e as oligarquias conservadoras voltaram a mandar no Ceará, mas sem a liderança de Nogueira Accioly. d) defendeu os direitos sociais das camadas mais humildes e sertanejas, gerando uma sociedade alternativa, mais justa e humana, sob a liderança de José Lourenço. e) ratificou a Política das Salvações no estado cearense, colocando, no controle estadual, o democrata Liberato Barroso e pondo fim ao nepotismo da oligarquia Paula Rodrigues. 30 Analisando o local em que o Teatro José de Alencar foi construído em 1910 e suas características arquitetônicas, o estilo art nouveau e as estruturas metálicas importadas da Escócia, podemos afirmar corretamente que o teatro: a) forma junto com o Forte de Nossa Senhora da Assunção marcos da ocupação colonial portuguesa. b) é uma das primeiras edificações a demarcar o centro como novo polo de diversão em detrimento da beira-mar. c) identifica o centro como área exclusiva de comércio, serviços e lazer nas primeiras décadas do século XIX. d) marca a ascensão da influência norte-americana na cultura cearense, cujo auge ocorreu na Segunda Guerra Mundial. e) constitui um exemplar do processo de urbanização e modernidade ocorrido no início do século XX, calcado em parâmetros europeus. 31 "Povo cearense, começa hoje o regime de ginecocracia: às treze horas empossar-se-á o governador eleito pelo voto das beatas inconscientes e dos padres politiqueiros. Guardai, neste instante, um minuto de silêncio em homenagem aos mortos da Revolução." (SOUZA, Sirnone, As interventorias no Ceará - 1930-1935, Apud. SOUZA. Simone-coord.História do Ceará. Fortaleza. UFC/Fundação Demócrito Rocha/Stylus Comunicação, 1989, p, 331). O texto acima se refere ao contexto histórico do pós-30 cearense, no qual as seguintes forças políticas polarizaram a disputa eleitoral: a) LEC (Liga Eleitoral Católica) e LCT (Legião Cearense do Trabalho). www.gustavobrigido.com.br b) Integralistas e Liga Eleitoral Católica. c) Oligarquias mais tradicionais e os integralistas. d) Círculos Operários Católicos e Legião Cearense do Trabalho. e) Setores Liberais e Liga Eleitoral Católica. 32 O documentário, dirigido pelo cineasta norte-americano Orson Welles e parcialmente filmado em Fortaleza, foi: a) “É Tudo Verdade”; b) “Verdades e Mentiras”; c) “Corações e Mentes”; d) “Opinião Pública” 33 “Quando ele nasceu, O POVO noticiou com destaque que ele era o primeiro fortalezense daquele porte. Nasceu belo e imponente, e fazia a cidade chegar mais perto das nuvens e arranhar o céu. Era 2 de janeiro. O ano, 1932.” (Jornal O POVO, Fortaleza-CE, 14 de janeiro de 2007, p. 8) O texto refere-se ao Excelsior Hotel, inaugurado em 1932, na Rua Guilherme Rocha, no centro da capital cearense. Sobre a cidade de Fortaleza, nas décadas de 1930 e 1940, é correto afirmar que: a) a inauguração do Excelsior Hotel foi um fato isolado. A cidade nestas décadas, no tocante às feições urbanas, assemelhava-se com a Fortaleza do final do século XIX. b) a pavimentação de concreto das vias públicas, a instalação da telefonia automática e o aumento do tráfego motorizado modificaram as feições urbanas da cidade. c) a cidade, em função do êxodo de moradores para o interior do Ceará, vivenciou um decréscimo populacional e, consequentemente, uma carência de mão de obra. d) a Prefeitura de Fortaleza, para solucionar a falta de habitação, desapropriou terrenos no centro da capital e incentivou o uso coletivo das moradias pelos populares. e) a cidade sofreu com a instalação de indústrias no entorno da Praça do Ferreira. Tal atitude provocou falta de moradias e incentivou a ampliação da rede hoteleira. www.gustavobrigido.com.br 34 Sobre o Ceará na segunda metade do século XIX, marque a opção falsa: a) Nesse momento Fortaleza se consolida como principal centro urbano cearense, o que se deveu, sobretudo, ao comércio exportador, ao êxodo rural e à política centralizadora do Império. b) Há uma profunda valorização da cultura e do pensamento local, opondo-se ao modelo da Belle Époque, tido então como fruto da ação imperialista europeia sobre o Ocidente. c) Teve-se a abolição da escravatura negra, em 1884, fato dos mais exaltados na historiografia local, apesar de o Ceará apresentar poucos cativos e estes terem um peso pequeno na economia cearense. d) A seca de 1877-79 assola o Ceará, aumentando a tensão social – diante disso, os setores dominantes criaram abarracamentos, utilizaram mão-de-obra dos flagelados em construções públicas e chegaram a pagar passagens retirando populares da província. e) Após uma euforia inicial, quando era grande o número de voluntários para a Guerra do Paraguai, o governo imperial passou a recrutar à força sertanejos para “defender a Pátria”, o que gerou inúmeros conflitos e perseguições 35 Sobre a ocupação do espaço geográfico de Fortaleza podemos afirmar corretamente que: a) Ocorreu de forma desordenada e cobre apenas uma pequena área do município. b) Ocorreu de forma planejada e cobre apenas uma pequena área do município. c) Ocorreu de forma planejada em toda área do município. d) Ocorreu em grande parte desordenada e cobre uma grande área do município. 36 No final do mês de março, grandes levas de retirantes já enchiam de tristeza e fome as estradas do Sertão. Das mais longínquas paragens saíam homens e mulheres arrastando filhos e alguns pertences a caminho da cidade. “Muitos se juntavam, formando enormes bandos de flagelados.” Fonte: RIOS, Kênia Sousa. Campos de Concentração no Ceará: isolamento e poder na seca de 1932. Fortaleza, Museu do Ceará/Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, 2006. p 10. www.gustavobrigido.com.br O fragmento narra um pouco da saga dos retirantes do Sertão do Ceará, durante a seca de 1932. Sobre o tema, analise atentamente as afirmações a seguir, classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F). I. Os retirantes, na luta para manterem-se vivos, enquanto realizavam longas caminhadas em direção à Fortaleza, matavam e comiam algumas reses que ainda resistiam nos pátios das grandes fazendas. Nos jornais de Fortaleza, eram comuns notícias de roubos de bois e vacas. II. Os flagelados caminhavam longos trechos à procura das estações ferroviárias, de onde saiam em grandes levas em direção à capital do Estado. A partir de 1932, os trens que saíam em direção a Fortaleza, oriundos do interior, levavam um grande número de retirantes. III. Os Campos de Concentração do Sertão foram construídos em lugares onde havia, nas proximidades, uma estação ferroviária. Com essa medida, os poderes constituídos procuravam diluir as tensões que se formavam nos “pontos de trens” e ao mesmo tempo, tentavam evitar a migração para a capital. É correto o que se afirma A) apenas em I e III. B) apenas em II e III. C) em I, II e III. D) apenas em I e I 37 -“Em 1950, a cidade de Fortaleza contava com vinte e três bairros. Apesar da dicotomia – Fortaleza rica e Fortaleza pobre – existente na cidade durante todo o processo de evolução urbana, a carência de infraestrutura existia até no bairro escolhido pelos abonados para assentamento de suas moradias, a partir de finais da década de 1930.” (Adaptado de: FREITAS, Mirtes. A cidade dos clubes: modernidade e “glamour” na Fortaleza de 1950-1979. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora / Núcleo de Documentação Cultural-NUDOC/UFC, 2005, p. 74.) O texto reporta-se ao bairro: a) Benfica; b) Aldeota; c) Mucuripe; d) Jacarecanga; e) Praia de Iracema. www.gustavobrigido.com.br 38 “Tempo, espaço, memória imbricam-se no Centro. Parte expressiva de nossas referências identitárias está contida em suas ruas, casarões, edifícios, paisagens, pregões, cheiros e ruídos. [...] Sem ele a história de Fortaleza apresenta um vácuo, uma enorme lacuna temporal. Não existe uma cidade nova. O que há, na verdade, é uma cidade que migra, orientando, fortemente, novos investimentos para outras direções. Neste processo, vai consumindo paisagens, construindo e destruindo patrimônios naturais e edificados, engolindo novos espaços, criando outros. Em seu rastro, a sensação de abandono. A busca do novo, do inusitado, não implica a ausência de requalificação e refuncionalidade do Centro Histórico”. ( Nas trilhas da cidade. 2. ed. Fortaleza: Museu do Ceará, 2005, p. 39-40). Partindo desse texto do geógrafo José Borzacchiello da Silva, conclui-se que: A) as migrações de contingentes do interior do estado para Fortaleza provocaram o declínio do centro urbano. B) o patrimônio cultural e os marcos de memória situados no centro têm relação apenas com o passado da cidade. C) a degradação da região central é uma conseqüência irreversível da modernização de Fortaleza nas últimas décadas. D) a transformação do espaço urbano precisa voltar-se, de preferência, para o investimento maciço em novas áreas, sem vínculo com o centro. E) o centro deve ser preservado e valorizado, pois constitui um espaço de importância simbólica e socioeconômica para os habitantes de Fortaleza. 39 Acerca da história política de Fortaleza, nas últimas décadas, é CORRETO afirmar: a) Lúcio Alcântara iniciou sua carreira política elegendo-se prefeito de Fortaleza, por meio de eleições diretas; b) Maria Luíza Fontenelle, do Partido dos Trabalhadores (PT), elegeu-se prefeita de Fortaleza, vencendo o seu principal adversário, Paes
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