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Termorregulação aves

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CENTRO UNIVERSITARIO UNA BOM DESPACHO
MEDICINA VETERINARIA
7º PERIODO A
STHEFANIE ALVES RAMOS
TERMORREGULAÇÃO EM AVES
AVICULTURA
PROFESSORA FLAVIA FERREIRA ARAUJO
BOM DESPACHO
ABRIL 2020
Termorregulação das aves
As aves são capazes de regular a sua temperatura corporal, ou seja, elas são homeotérmicas, em outras palavras, realizam a termorregulação e conseguem manter sua temperatura entre 40° e 42°C, isto ocorre, pois o seu sistema nervoso central possui um centro termorregulador. Em contra partida, ele só funcionará se o clima local estiver neutro, caso não seja possível é necessário utilizar exaustores e ventiladores para auxiliar as aves na sua homeostase térmica. É importante, pois se houver um desequilíbrio térmico a ave entra em estresse e seus processos metabólicos são alterados o que afeta em peso na produção, tanto de ovos quanto de corte. 
 Figura 1: Caricatura da termorregulação das aves.
Principais Mecanismos Termorreguladores Das Aves
O centro termorregulador, localizado no sistema nervoso central, em que o hipotálamo é o responsável pelos mecanismos fisiológicos e reações comportamentais, controlam e conservam a temperatura corporal através da produção e liberação de calor. Existe a sensibilidade de frio e de calor na superfície da pele dos animais que através das células especializadas trabalham como termo receptoras periféricas, e transmite essas sensações ao sistema nervoso central. O hipotálamo anterior é responsável pela sensação de calor em ambientes quentes e o posterior pelas respostas fisiológicas nos ambientes frios (ABREU; ABREU, 2004).
O calor produzido pelo organismo das aves está anexo à aptidão de oxidação dos alimentos, dependente de uma boa oxigenação dos tecidos. Essa oxigenação dos tecidos se dá por causa do coração, provido de quatro câmaras.
Outro fator que intervém na sustentação da temperatura corporal das aves é a presença de gordura subcutânea e de uma camada de penas, essa que ajuda quando há baixa temperatura, as penas arrepiam, a qual acrescenta na camada de ar retida entre elas e causa o isolamento térmico. Ao mesmo tempo que isso acontece, há também uma maior oxidação dos alimentos, que produz mais calor, logo gasta mais energia.
Há um mecanismo de contracorrente sanguínea nos pés das aves, para evitar que elas percam o calor por essas estruturas. Mecanismo esse, que os vasos sanguíneos conduzem o sangue em direção aos pés que são emaranhados por outros vasos que carregam sangue em sentido oposto, ou seja, em direção ao corpo, que concentra o calor e traz de volta para o organismo, logo dissipa a perca de calor.
Ao serem expostas a temperaturas altas, as aves mantêm as penas juntas ao corpo, assim, diminuem a camada impede a entrada de ar. Assim, o sangue é enviado em maior quantidade para a pele, que deixa a respiração do animal mais ligeira. O ar que se encontra nos sacos aéreos absorve o calor do corpo e o elimina através da expiração.
Devido a sua endo termia, as aves não precisam de ficar no sol, mesmo quando a temperatura do ambiente está baixa, não há necessidade. Grande vantagem para as aves é que elas podem ser mais ativas durante a noite, em dias nublados ou gelados. 
Estresse Por Calor Em Aves
A zona de conforto térmico, pode ser acentuada como a faixa de temperatura ambiente eficaz que acomoda conforto térmico e diminui a taxa metabólica a seu nível mínimo. Dessa maneira, a fração de energia metabolizável destinada à termogênese é mínima, e a energia líquida destinada à produção é otimizada.
O estresse em aves significa estar acima ou abaixo da zona de conforto térmico, que pode levar a mortalidade quando a temperatura está superior de 38°C ou inferior de -5°C. Quando as aves estressam, processos fisiológicos são ativados para manutenção da homeotermia corpórea e reduz a energia disponível para a produção. 
As alterações no ambiente de criação que reduzem as condições de estresse podem aprimorar o conforto animal, seu bem estar e a produção.
Além da zona de conforto térmico, os animais apresentam alterações comportamentais, bioquímicas e fisiológicas, que repercute na queda do desempenho produtivo, reprodutivo e imune, casos extremos são letais. A acomodação ambiental deve ser monitorada, para evitar mortes, emagrecimento e letargia.
As aves, quando expostas a temperatura ambiente acima de 25°C, o que causa hipertermia na cloaca e na pele, o que indica na diminuição da capacidade de eliminar calor, o que aumenta a taxa de mortalidade na produção.
Aves são desprovidas de glândulas sudoríparas, ou seja, não transpiram. Mas, liberam o calor excessivo através da respiração e das superfícies sem penas como cristas, barbelas e área sobre as asas, sesta forma, dissipam o calor normalmente sem serem prejudicadas fisiologicamente.
Quando há o estresse térmico, além da taquipneia, há elevação na temperatura retal e mudanças nos valores do hematócrito, o mecanismo termorregulador mais eficiente para se dissipar o calor é o respiratório. 
Quando há estresse calórico, as aves abrem as asas, expõe a região ventral, eriçam as penas e realizam a vasodilatação periférica, o que possibilita um efluxo maior de sangue para a superfície corporal e partes não cobertas pelas penas, com a finalidade de promover a perda de calor para o ambiente.
 
 Figura 2: Galo com as penas eriçadas. Figura 3: Galo com o bico aberto.
Mecanismo De Resfriamento Em Galpões
Para um ambiente ser confortável, ele não pode causar nenhum desperdício de energia pelo animal. Durante essas condições, a faixa de temperatura das aves apresentam máximo desempenho recomendada como a faixa de temperatura ambiente ideal, permite que o animal responda positivamente e a demanda ambiental é conciliada com a produção basal, aumentada pela produção de calor que equivale à atividade normal e do suplemento calórico da alimentação. Nessa zona, a temperatura corporal é pouco balanceada pela utilização de mecanismos termorreguladores.
A avicultura industrial é uma atividade condicionada ao conforto térmico, pois as aves passaram por constante melhoramento genético e proporcionam elevado potencial produtivo. Dessa maneira, se deve procurar o conforto térmico para as aves com a redução do custo de materiais, equipamentos e energia. A comodidade térmica no interior das instalações avícolas é importante, pois as condições climáticas inadequadas afetarão negativamente no desempenho do animal. Assim, nos climas quentes, é indispensável o estudo das características ambientais de cada região.
Atualmente, a indústria avícola busca melhorar o desempenho dos frangos de corte, nas instalações e no ambiente, principalmente quando são criados sob altas temperaturas. A troca de calor da ave com o ambiente é fortemente afetada pelas instalações quando estas promovem o equilíbrio térmico ideal. As variações ambientais como a temperatura, a umidade relativa do ar, a ventilação e a radiação solar são importantes identificadores da qualidade do ambiente para a ave por serem agentes estressores. Mudanças no manejo que diminuem as condições de estresse por calor melhoram a comodidade animal e harmonizam os melhores resultados na produção de aves. 
· Sistema de resfriamento evaporativo (SER)
É um processo adiabático, ou seja, não há proveito ou desperdício do calor. A energia exigida para evaporar a água é concluída pelo ar com decorrente umedecimento do ar insaturado e redução da temperatura de bulbo seco (calor sensível) e aumento da umidade relativa do ar (calor latente). Assim, os sistemas de resfriamento evaporativo na criação das aves, objetiva-se a redução da temperatura interna aviária, minimizando os efeitos indesejáveis do estresse calórico sobre as aves. 
Na aplicação do sistema de resfriamento evaporativo (SRE), através das placas porosas e nebulização, ocorre uma alteração ambiental a partir da mudança do estado da água e da temperatura, com a melhoria nas condições de conforto térmico das aves emclimas quentes. O uso de SRE reduz da temperatura de bulbo seco do ar em até 11°C. O material das placas evaporativas pode influenciar nos índices zootécnicos de frangos de corte. A pesquisa de Damasceno et al. (2010), comparando dois tipos de placas porosas, o tipo sombrite conferiu um aumento de 15% na mortalidade das aves em comparação ao tipo celulose, sendo que isso provavelmente deve ter ocorrido em função das piores condições térmicas observadas no aviário.
O Pad cooling, funciona com o resfriamento do ar através da evaporação da água. É enviada uma carta psicrométrica e feito o reconhecimento das condições de temperatura e umidade ambientais é possível prever a intensidade do resfriamento do ar e do aumento na umidade relativa. A partir deste resultado é importante sabermos o comportamento destas duas variáveis do ar ao longo do galpão. Um bom projeto de climatização para avicultura deve ter uma amplitude térmica máxima de 3º C entre a entrada e a saída de ar.  Comumente usados em aviários climatizados que representam um sistema totalmente automatizado com ventilação negativa em túnel de vento. Os painéis evaporativos usados nesse processo são geralmente de material especial de celulose, mantidos constantemente umedecidos, através do qual o ar passa e resfria-se antes de entrar no interior do aviário. 
Na forma tradicional, uma tubulação de PVC, situada na parte superior do painel evaporativo, contém pequenos orifícios por onde a água bombeada é espalhada. A água que infiltra no painel forma um filme em sua superfície interna. Por terem uma geometria própria, o ar passa através dessas pequenas aberturas e cria uma condição propicia para a evaporação. A água que sobra é coletada por uma calha e reutilizada pelo sistema.
É plausível diminuir até 10 ℃ ou mais a temperatura do ar no interior do aviário por causa do resfriamento evaporativo, porém, essa redução dependerá das condições climáticas regionais. Assim, é indispensável avaliar se é viável a implementação desse sistema. Uma maneira prática de escolher se adota ou não o resfriamento evaporativo, é a análise do potencial de redução da temperatura ambiente por esse processo, em relação à umidade relativa e a temperatura da região.
· Ventilação natural
O produtor que não desfruta de condições econômicas suficientes para utilizar o SER, um sistema de ventilação natural deve ser organizado, assim como o manejo de cortinas. A ventilação natural pode ser empregada com um conjunto de exaustores para abrandar as flutuações de temperatura que podem acontecer durante o dia. O uso de cortinas em vez de paredes laterais é útil para aproveitar as correntes de vento que chegam ao galpão. também o manejo exato das cortinas para criar um ambiente mais aconchegante para os animais, essa é uma alternativa para resolver o problema dos produtores com menor poder econômico. 
Quando o pequeno produtor se encontra em uma região que apresenta extremos de temperatura, duas medidas podem ser tomadas para evitar que o plantel sofra demasiadamente com o estresse térmico:
1) deve-se andar entre as aves regularmente para aferir a circulação de ar entre as aves;
2) o consumo de água;
3) depois suspender a oferta de ração às aves através da elevação dos comedouros, seis horas antes do período mais quente do dia. 
Ao agir desse modo se remove uma barreira ao agitar o ar e quebra a produção de calor metabólico digestivo, visto que, essas medidas são emergenciais perante a situações críticas.
Referencias Bibliográficas
Fischer Da Silva, A.V.; Flemming, J.S.; Franco, S.G. Utilização De Diferentes Sais Na Prevenção Do Estresse Calórico De Frangos De Corte Criados Em Clima Quente. Revista Setor de Ciências Agrárias, v.13, p.287-292, 1994. 
Macari, M.; Furlan, R.L.; Gonzales, E. Fisiologia Aviária Aplicada A Frangos De Corte. Jaboticabal : Funep/Unesp, 1994. 246p.
Macari, M.; Furlan, R.L. Ambiência Na Produção De Aves De Corte. In: Silva, I.J.O. (Ed.). Ambiência Na Produção De Aves Em Clima Tropical. Piracicaba: Funep, 2001. V.1, P.31-87. 
Costa, E.M.S., Dourado, L.R.B. E Merval, R.R. Medidas Para Avaliar O Conforto Térmico Em Aves. Pubvet, Londrina, V. 6, N. 31, Ed. 218, Art. 1452, 2012.

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