Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISCIPLINA: CITOLOGIA Curso de Biomedicina Ribeirão Preto - SP Profa. Dra. Aline Ferreira de Oliveira Pereira alinefopereira@gmail.com OBJETIVO Fornecer noções básicas de citologia, para que o aluno seja capaz de reconhecer as principais variedades de células que compõem o corpo humano, entender o funcionamento, o ciclo, a estrutura e a divisão celular. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Estrutura, funções e evolução das células estrutura das células procariontes estrutura das células eucariontes tipos celulares aspectos da evolução celular células autótrofas e heterótrofas correlação dos grandes grupos de seres vivos e os tipos celulares básicos Bases macromoleculares da constituição celular proteínas polissacarídeos lipídios ácidos nucléicos vitaminas sais minerais água Respiração celular ATP e ADP Estrutura das mitocôndrias respiração anaeróbica e aeróbica fadiga muscular Músculos estriados tipo I e tipo II CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Membrana Plasmática Estrutura, composição e mosaico fluído Fluidez da membrana Comunicação celular Transporte ativo e transporte passivo Digestão intracelular Movimentação celular e citoesqueleto microtúbulos microfilamentos de actina citoesqueleto de uma fibra muscular filamentos intermediários Núcleo interfásico envoltório nuclear cromatina e heterocromatina nucleosomas tipos de DNA nucléolo expressão gênica Síntese Protéica Transcrição e tradução Ribossomas e poliribossomas Tipos gerais de células produtoras de proteínas Transformações pós-traducionais Síntese do colágeno CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Divisão celular Ciclo celular Replicação Mitose e Meiose Permutação gênica Estrutura e tipos de cromossomos Diferenciação celular Células tronco modulação apoptose grau de especialização alterações da diferenciação celular Bibliografia Básica ALBERTS, B. Fundamentos da biologia celular. Porto Alegre: Artmed, 2011. JUNQUEIRA, L.V.C., CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2000. JUNQUEIRA, L.V.C., CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2004. Bibliografia Complementar CORMACK, D.H. Fundamentos de Histologia. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2003. KIERSZENBAUM, A.L. Histologia e Biologia Celular. Rio de Janeiro:Elsevier. 2012. LODISH, H. Biologia celular e molecular. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.. MACHADO-SANTELLI, G. Histologia: Imagens em Foco. São Paulo: Manole, 2003. ROBERTIS, E.M.F. De Robertis: Bases da Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. INTRODUÇÃO À CITOLOGIA Área da biologia que estuda a estrutura e a função das células Kytos (célula) + Logos (estudo) Células são as unidades com as quais os organismos vivos são CONSTRUÍDOS Unidade estrutural e funcional dos seres vivos http://ciencias-em-rede.blogspot.com.br/2015/11/celula-unidade-basica-da-biodiversidade_5.html 10 trilhões INTRODUÇÃO À CITOLOGIA Células Cérebro Células Musculares Hemácias Neurônios Adiposas Diversidade Celular Conjunto de células semelhantes e associadas intimamente - mesma origem embrionária - adaptadas para exercerem funções específicas (TECIDOS)! Um pouco de história… Antiguidade (384 a.C. – 322 a.C.) / Idade média (1493 – 1541): “Todos os animais e vegetais, por mais complexos que sejam, são constituídos por poucos elementos que se repetem” Referencias à estruturas macroscópicas: órgãos, raízes, folhas, etc. Um pouco de história… Lentes de aumento: descoberta do mundo em dimensões microscópicas! Uma célula pode constituir o indivíduo inteiro: UNICELULAR Agruparem-se e formar um organismo MULTICELULAR Isto é um mamute O estudo das célula e dos tecidos se iniciou com microscópios simples.... ... e avançou com o desenvolvimento de microscópios mais complexos Avanços na microscopia Início: 1600; Incorporação do microscópio aos estudos anatômicos; Desenvolvimento de técnicas de preparo - visualização dos materiais biológicos. Avanços na microscopia Palavra célula - usada, pela primeira vez, pelo inglês Robert Hooke (1667); Com um microscópio muito simples, ele observou pedacinhos de cortiça (tecido vegetal morto). Hooke percebeu que a cortiça era formada por numerosos compartimentos vazios CÉLULA Palavra diminutiva do latim cella = cavidade Um pouco de história… Observação de células livres – Outros órgãos (fluxo sanguíneo em peixes); Descoberta dos micro-organismos (bactérias e protozoários). Um pouco de história… Antonie van Leeuvenhoek, 1674 Brown (1831) - descoberta do núcleo Conceito de célula: massa de protoplasma limitada por uma membrana celular e possuindo um núcleo. Schleiden, 1838 (estrutura dos tecidos vegetais) Schwann, 1839 (estrutura dos tecidos animais) Todos os organismos são constituídos por uma ou mais células A célula é a unidade estrutural da vida Com exceção dos vírus!!! Schleiden Schwann Teoria Celular Um pouco de história… Virchow, 1855 As células podem surgir somente por divisão de uma célula pré-existente Doenças eram mudanças nas células Leucemia Um pouco de história… 1. Desenvolvimento do Microscópio Óptico - 1700 2. Desenvolvimento Microscópio Eletrônico - 1930 3. Desenvolvimento da Biologia Molecular - 1970 Avanços em Biologia Celular Microscopia Microscópio luz/óptico (até 2.000 vezes) Microscópio eletrônico (até 1 milhões de vezes) Microscópio eletrônicoMicroscópio Óptico Diferença básica: o eletrônico não é utilizada a luz, mas sim feixes de elétrons. Tipos de microscópios Qual utilizar? Também chamada de microscopia óptica - combina métodos tradicionais de formação de imagem com princípios de aumento de resolução, permitindo a observação de detalhes Os microscópios ópticos são, geralmente, utilizados em laboratórios de análises e se dividem em: Microscópio ultravioleta Utiliza-se a radiação ultravioleta Microscópio de fluorescência Substâncias fluorescentes (fluoro e cromos) Microscópio de contraste de fase Transforma diferentes fases dos raios de luz em diferenças luminosas Microscópio de polarização Constituído por dois prismas – um polarizador e outro analisador Microscopia de luz Célula Vegetal da Cebola Corte Histológico Pele Imagem: Fotografia microscópica de células da cebola / kaibara87 / Creative Commons Attribution 2.0 Generic. http://hisforhueyting.blogspot.com.br/2009/07/histology-of-skin.html Imagens de microscópio óptico Fluorescência Contraste de Fase Polarizada Imagens de microscópio óptico Potencial de aumento muito maior do que o óptico (Poder de Resolução = 0,2 nm); Fonte de luz (microscopia óptica) é substituída por feixes de elétrons; Lentes eletromagnéticas – ampliam a imagem gerada pela passagem do feixe de elétrons no material e projetam-na sobre uma tela, formando a imagem; Tipos de microscópios eletrônicos: - TRANSMISSÃO (MET): usado para observação de cortes ultrafinos; - VARREDURA (MEV): produz imagens de superfícies com grande ampliação. Microscópio eletrônico Cortes ultrafinos célula vegetal Microscopia eletrônica de Transmissão Microscopia eletrônica de Varredura Piolho agarrado a um fio de cabelo Imagem: Piolho Linognathus / Alan R Walker Imagem da bactéria E. coli Microscópio óptico: resolução de 0,2 micrômetros. - Simples: possui uma única lente e só fornece uma imagem moderadamente aumentada do objeto que se está estudando; - Composto: consiste de uma série de lentes e fornece um aumento muito maior. Microscópio óptico PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM MICROSCÓPIO MICROSCÓPIO ÓPTICO - MICROSCÓPIO DE LUZ COMPÕE-SE DE UMA PARTE MECÂNICA QUE SERVE DE SUPORTE PARA A PARTE ÓPTICA PARTE ÓPTICA É CONSTITUÍDA POR TRÊS SISTEMAS DE LENTES: O CONDENSADOR, AS OBJETIVAS E AS OCULARES. revólver plataforma ocular Parafusos de controle macro e micrométrico condensador objetivas Revólver Parafusos macro e micrométrico Oculares Reostato e interruptor Parte mecânica do microscópio óptico composto Pé ou Base: apoio a todos os componentes do microscópio; Braço, coluna ou canhão: fixo à base, serve de suporte às lentes e a platina e transporte; Platina ou plataforma: base de suporte e fixação da preparação a ser examinada; Pinças: fixam a lâmina a ser examinada; Charriot / controlador do charriot: permite a movimentação da lâmina a ser examinada; Revólver: suporte para as objetivas – permite a movimentação; Tubo óptico: suporte para a ocular; Parafuso macrométrico: permite a focagem através de movimentos verticais amplos da platina; Parafuso micrométrico: aperfeiçoa a focagem através de movimentos verticais curtos da platina. Componentes ópticos do microscópio óptico composto Lâmpada: fonte de iluminação – emite a luz que permite observar o objeto; Interruptor e reostato: permite ligar e luz e regular sua intensidade; Condensador: sistema de duas lentes (ou mais) convergentes que orientam e distribuem a luz emitida de forma igual pelo campo de visão do microscópio; Diafragma: regula a quantidade de luz que atinge o campo de visão do microscópio, através de uma abertura que abre ou fecha em diâmetro (semelhante às máquinas fotográficas); Lente ocular: cilindro com duas ou mais lentes que permitem ampliar a imagem real fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual mais próxima aos olhos. Ampliação mais comum: 10x; Lente objetiva: conjunto de lentes fixas no revólver, com diferentes capacidades de ampliação. É a lente que fica mais próxima do objeto. As objetivas secas, geralmente com ampliação de 10x, 20x e 40x, são assim designadas porque entre a sua extremidade e a preparação existe somente ar. As objetivas de imersão (ampliação até 100x), pelo contrário, têm a sua extremidade mergulhada em óleo com o intuito de aumentar o poder de resolução da objetiva (índice de refração de óleo é semelhante ao do vidro - o feixe de luz não é tão desviado para fora da objetiva). Princípios da formação da imagem ao microscópio Fonte luminosa lente condensadora lentes objetivas lente ocular O posicionamento estratégico das lentes no microscópio proporcionam a formação de uma imagem Invertida Real Virtual Formação da imagem ao microscópio Ampliação final da imagem: produto da ampliação da objetiva pela ampliação da ocular (exemplo, ampliação da ocular 10x, ampliação da objetiva 20x, ampliação total é 10 x 20 = 200x). Poder de Resolução X Limite de Resolução Poder de resolução (PR): a capacidade que as lentes têm de discriminar objetos muito próximos, com detalhes mínimos. É expresso pelo limite de resolução (LR)! Microscópio óptico - cerca de 0,2 µm – ou seja, dois objetos têm que estar pelo menos a uma distância um do outro de 0,2 µm para poderem ser discriminados ao mo. Princípios da formação da imagem ao microscópio > PR < LR PRINCIPAIS UNIDADES DE MEDIDAS USADAS NA MICROSCOPIA ESTA UNIDADE ESTÁ SENDO SUBSTITUÍDA PELO NANÔMETRO MICRÔMETRO (µm) NANÔMETRO (nm) 1mm = 1.000 μm 1μm = 1.000 nm 1nm = 10 Å ÂNGSTROM (Å) 36 Aumento Final Aumento Final Gire o revólver do microscópio de modo que a objetiva de menor aumento fique em posição de uso Coloque a lâmina sobre a platina com a lamínula voltada para cima Utilizando o charriot, centralize o material no meio do campo Focalize o material com a objetiva de menor (4x) aumento, utilizando o parafuso macrométrico (foco grosseiro) Gire o revólver e mude para a objetiva de aumento médio (10x) e acerte o foco com o micrométrico. Verifique se o condensador está alto e o diafragma está aberto. Com a objetiva de 10x, olhar toda a lâmina e quando houver alguma célula que queira examinar melhor, gire o revólver para mudar para objetiva de maior aumento (40x). Ao mudar de lâmina ou, guardar o microscópio, volte para a objetiva de menor aumento. Desligue a luz e retire o fio da tomada. Como utilizar o microscópio? OPERAÇÃO (PRÁTICA LABORATORIAL) NORMAS E CONDUTAS NA PRÁTICA LABORATORIAL 1. OBEDECER TODAS AS NORMAS DE BIOSEGURANÇA (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA (EPI / EPC); 2. LAVAR AS MÃOS NA ENTRADA E NA SAÍDA APÓS A PRÁTICA; 3. É OBRIGATÓRIO CONHECER AS PARTES ÓPTICAS E MECÂNICAS DOS MICROSCÓPICOS ANTES DE USÁ-LOS; 4. NÃO MANUSEAR O APARELHO COM AS MÃOS SUJAS OU MOLHADAS; 5. NUNCA DESLOQUE O APARELHO COM A LÂMPADA ACESA; 6. NA REMOÇÃO DO EQUIPAMENTO, SEGURE-O FIRMEMENTE COM UMA DAS MÃOS NO BRAÇO E A OUTRA NA BASE; 7. É PROIBIDO O USO DE CÂMARAS FOTOGRÁFICAS DURANTE A EXPOSIÇÃO DA AULA PRÁTICA.
Compartilhar