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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? LEGISLAÇÃO DO MPU ASSUNTO: O MINISTERIO PÚBLICO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ........................................... PAG. 2 O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO ...........................................PAG. 7 DOS RAMOS DO MPU: O MPF ..........................................PAG.10 DOS RAMOS DO MPU: O MPT ..........................................PAG.20 DOS RAMOS DO MPU: O MPM ..........................................PAG.23 DOS RAMOS DO MPU: O MPDFT ..........................................PAG.25 DOS MEMBROS DO MPU- DISPOSIÇÕES ESTATUTÁRIAS ........................................PAG.31 LEGISLAÇÃO: CONSTITUIÇÃO FEDERAL ..........................................PAG.37 LEI Nº 11.372/2006 ..........................................PAG.40 LEI COMPLEMENTAR Nº 75/93 ............................................PAG.41 QUESTÕES DE CONCURSOS .........................................PAG. 90 2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? Fonte: www.pgr.mpf.gov.br O MINISTÉRIO PÚBLICO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL O MINISTÉRIO PÚBLICO PERFIL CONSTITUCIONAL O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, sendo responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Possui independência e autonomia, com orçamento, carreira e administração próprios. Aparece na Constituição Federal no capítulo das funções essenciais à Justiça, sem vinculação funcional com quaisquer dos Poderes do Estado. Possui como princípios institucionais a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados. O Ministério Público da União é uma instituição que acomoda quatro diferentes ramos, com áreas de atuação, organização e administração distintas: o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Pode-se dizer que o MPU não tem uma, e sim várias sedes. A Procuradoria Geral da República é a sede administrativa do MPF, situada em Brasília. Não existe o MPU em determinado local, com existência concreta e separada de seus ramos. O MPU engloba diferentes Ministérios Públicos, mas não existe por si só. CONSTITUIÇÃO FEDERAL EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO DEFENSORIA PÚBLICA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO 3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? CARACTERÍSTICAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO PRINCIPIOS INSTITUCIONAIS AUTONOMIA Unidade De onde se entende a capacidade dos membros do Ministério Público de constituírem um só corpo, uma só vontade, de tal forma que a manifestação de qualquer deles valerá sempre, na oportunidade, como a manifestação de todo o órgão. Administrativa Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira Indivisibilidade Caracteriza-se pelo fato que os membros da instituição podem substituir-se reciprocamente sem que haja prejuízo para o exercício do ministério comum. Funcional Independência funcional Significa que os membros do Ministério Público não devem subordinação intelectual a quem quer que seja, nem mesmo a superior hierárquico. Eles agem no nome da instituição, de acordo com a lei e a sua consciência. Financeira O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação MINISTÉRIO PÚBLICO Ministério Público dos Estados Ministério Público da União MPF MPT MPM MPDFT 4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 5 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? O CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP) O Conselho Nacional do Ministério Público foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, com atribuição de controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. O CNMP é composto por quatorze membros, incluindo-se o Procurador-Geral da República, que o preside, quatro membros do Ministério Público da União, três membros do Ministério Público dos Estados, dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça, dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. Entre as competências do CNMP, conforme artigo 130-A, §2º, da Constituição Federal, estão: - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; - zelar pela observância do art. 37 da Constituição Federal e apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados; - receberreclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; - rever os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho. Qualquer cidadão ou entidade pode se dirigir ao Conselho Nacional do Ministério Público para fazer reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares. GARANTIAS VEDAÇÕES 1) VITALICIEDADE após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 2) INAMOVIBILIDADE salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa. 3)IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I. 6 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Da Composição Da Competência Da Corregedoria - Compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: I o Procurador-Geral da República, que o preside; II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III três membros do Ministério Público dos Estados; IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. - Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. - Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe: I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. - O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo- lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando- lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 7 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO O MPU é uma instituição que tem autonomia funcional, administrativa e financeira. Portanto, pratica seus próprios atos de gestão, entre eles a proposta, ao Poder Legislativo, de criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores. O Ministério Público da União acomoda quatro diferentes ramos, com áreas de atuação, organização e administração distintas: o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Pode-se dizer que o MPU não tem uma, e sim várias sedes. A Procuradoria Geral da República é a sede administrativa do MPF, situada em Brasília. Não existe o MPU em determinado local, com existência concreta e separada de seus ramos. O MPU engloba diferentes Ministérios Públicos, mas não existe por si só. O MPU não deve defender a União quando alguém entra em juízo contra ela. Ainda que o MPF, um dos ramos do MPU, deva atuar nas causas em que esteja presente interesse da União, isso não significa que ele a represente em juízo. Em alguns casos, MPF e União atuam do mesmo lado, mas a União e seus órgãos também podem ser réus em ações do Ministério Público, como nos casos em que violam as leis ou não cumprem seus deveres constitucionais. Nessas situações, a instituição responsável pela defesa da União e de seus órgãos é a Advocacia-Geral da União (art. 131 da Constituição Federal). O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público da União, que exerce também a função de procurador-geral Eleitoral e a chefia do Ministério Público Federal – um dos ramos do MPU. O procurador-geral da República exerce a chefia do Ministério Público da União e do Ministério Público Federal, além de atuar como procurador-geral Eleitoral. É escolhido e nomeado pelo presidente da República, e seu nome deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal. Segundo prevê a Constituição Federal, o procurador-geral da República deve sempre ser ouvido nas ações de inconstitucionalidade e nos processos de competência do Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República pode promover ação direta de inconstitucionalidade e ações penais para denunciar autoridades como deputados federais, senadores, ministros de Estado e o presidente e o vice-presidente da República. Também pode, perante o Superior Tribunal de Justiça, propor ação penal, representar pela intervenção nos Estados e no Distrito Federal e representar pela federalização de casos de crimes contra os direitos humanos. Não é correto chamar umprocurador da República de procurador do MPU. Embora, tecnicamente, os integrantes de qualquer ramo pertençam ao MPU, eles têm carreiras próprias e independentes. A denominação correta é procurador da República, para membros do MPF; procurador do Trabalho, para membros do MPT; promotor da Justiça Militar, para membros do MPM; e promotor de Justiça, para membros do MPDFT. SOBRE O MINISTÉRIO PÚBLICO Como o Ministério Público atua? O MP age nos casos de ameaça aos direitos previstos na Constituição e nas leis, por iniciativa própria (de ofício), ou após ser acionado por qualquer cidadão. O MP integra algum dos Poderes da República (Executivo, Legislativo, Judiciário)? 8 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? Não. O Ministério Público é uma instituição independente, essencial à função jurisdicional do Estado. Antes da Constituição de 1988, integrou o Poder Judiciário (Constituição de 1967) e o Poder Executivo (Constituição de 1969). O Ministério Público é igual aos demais ministérios? Não. Os ministérios são órgãos do Poder Executivo da União. Podem ser criados, extintos e ter sua estrutura modificada. O Ministério Público, por outro lado, além de não pertencer a qualquer dos três Poderes, tem a garantia constitucional de não ser extinto nem ter suas atribuições repassadas a outras instituições. O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União faz parte do MPU? Não. Esse órgão, apesar do nome, tem natureza diversa e especial. Seus procuradores pertencem à estrutura do TCU, e sua função consiste em observar o cumprimento das leis pertinentes às finanças públicas. Esse Ministério Público não possui as atribuições constitucionais do artigo 129 da Constituição Federal, devendo atuar exclusivamente na área própria de competência dos Tribunais de Contas, que é a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal. O que significa princípio do promotor natural? Esse princípio não está expresso na Constituição, mas foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como decorrente da independência funcional e da inamovibilidade dos integrantes do Ministério Público. De acordo com esse princípio, a chefia da instituição não pode efetuar designações casuísticas, afastando um procurador e designando outro para atuar em determinada causa. Assim, os procuradores que atuam no ofício do meio ambiente, por exemplo, recebem todos os processos cíveis que tratem desse assunto. Eles são os promotores naturais desses processos, dos quais somente se afastam quando se declaram impedidos por algum dos motivos previstos em lei, ou quando mudam de área ou cidade. Em outras palavras, somente o promotor natural pode atuar no processo. Como se escolhe o procurador regional eleitoral? O PRE, juntamente com seu substituto, é designado pelo procurador-geral da República, entre os procuradores regionais da República no respectivo estado, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Atualmente, essa designação é precedida de eleição, realizada no âmbito da respectiva PRE. Todas as ações criminais devem ser movidas pelos Ministérios Públicos? A presença do MP é indispensável somente nos casos em que o processo tratar de assunto em que haja interesse público ligado a uma das partes ou à natureza da questão (direitos sociais e individuais indisponíveis, difusos ou coletivos). Já os direitos individuais que se situam na órbita de interesse exclusivamente particular, sem danos ou repercussão no meio social, não cabe ao Ministério Público tutelar, mas sim à pessoa, que será assistida por advogados ou, se não dispuser de recursos financeiros, por defensores públicos. O que é a ação penal pública, cuja competência para proposição é exclusiva do Ministério Público? É o pedido ao Estado (representado pelo juiz) para a punição de um crime. A ação penal é pública nos casos em que os crimes têm reflexo na sociedade. Pode ser proposta ação penal privada em crimes de interesse público? Pode, nos casos em que a ação penal pública não for ajuizada pelo Ministério Público no prazo legal. O controle da atividade policial diz respeito à Polícia Civil, mas pode ocorrer com relação à Polícia Militar quando esta atua na função de Polícia Judiciária. Quando isso ocorre? A Polícia Militar é preventiva, responsável pela segurança pública. A Polícia Judiciária é repressiva e investigativa – entre outras atribuições, administra as pessoas que estão presas por decisão judicial. A Polícia Militar cumpre papel de Polícia Judiciária quando investiga seus próprios militares. Qual a diferença entre as atuações judicial e extra-judicial? Diz-se que a ação é judicial quando os procuradores oficiam perante um órgão do Poder Judiciário – propondo ações, emitindo pareceres, comparecendo às audiências, oferecendo denúncias. A atuação é extrajudicial quando os procuradores realizam atos que independem da vinculação a uma prestação jurisdicional, como a visita a uma 9 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? prisão para verificar as condições em que os presos se encontram, as reuniões com as partes para homologação de acordos em procedimentos administrativos, o atendimento ao público, a participação em audiências públicas, as vistorias a prédios públicos para verificar a acessibilidade a deficientes físicos. É obrigatória a participação do Ministério Público em todas as causas e em todos os processos que tramitam no Judiciário? Não. A presença do MP somente é indispensável quando o processo tratar de assunto em que haja interesse público ligado à qualidade de uma das partes ou à natureza da questão (direitos sociais e individuais indisponíveis, difusos, coletivos). Não cabe ao Ministério Publico tutelar direitos individuais que se situam na órbita de interesse exclusivamente particular, sem repercussão no meio social. Nesses casos, o próprio interessado deve ajuizar ação, assistido por advogados ou, se não dispuser de recursos financeiros, por defensores públicos. INSTRUMENTOS DE ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO O que é uma representação? É toda notícia de irregularidade levada ao conhecimento do Ministério Público. Qualquer cidadão pode representar ao MPF, podendo fazê-lo por escrito ou prestando depoimento pessoal na própria procuradoria. Também as pessoas jurídicas, entidades privadas, entidades de classe, associações civis e órgãos da administração pública podem comunicar irregularidades para que o Ministério Público as investigue. O termo de ajustamento de conduta (TAC) é caracterizado como um título executivo extrajudicial. O que isso significa na prática? O TAC dispensa o processo de conhecimento pela Justiça. O procedimento vai para a Justiça para que seja executado o que está previsto no TAC somente nos casos em que uma das partes não cumprir o que foi acordado. Qualquer das partes pode entrar com ação de execução. É possível formular TAC em ação judicial? Sim. E o acordo pode ser feito dentro da Justiça ou não, neste caso, com a homologação do Judiciário. Em que situações os casos de improbidade podem ter reflexos na área criminal? Sempre que o ato de improbidade configurar, também, crime contra a administração pública, como nos casos de peculato ou prevaricação. Nessas situações, são ajuizadas duas ações distintas: uma penal e outra civil. É possível formular um TAC em ação de improbidade? A Lei 8.429/92, no artigo 17, § 1º, afirma ser inviável a formalização de termo de ajustamento de conduta em casos relacionados com improbidade administrativa, uma vez que são vedados acordos, transações ou conciliações nesta matéria, em razão de estarem envolvidos interesses indisponíveis, como a probidade administrativa e o patrimônio público, os quais não podem ser transacionados. Entretanto, o MinistérioPúblico pode utilizar-se de termo de compromisso de ajustamento de conduta, durante o inquérito civil ou procedimento administrativo preliminar, desde que não haja configuração de prejuízo ao erário. ÓRGÃOS DO MPU Cada ramo do Ministério Público da União tem estrutura e procurador-geral próprios. Alguns órgãos, no entanto, abrangem todo o MPU. Esses órgãos atuam em questões que se aplicam aos quatro ramos ou em questões comuns ao Ministério Público da União e ao Ministério Público Federal. Conselho de Assessoramento Superior do MPU O Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União opina sobre matérias de interesse geral da instituição, sobretudo projetos de lei, organização e funcionamento da Secretaria Geral. Além do procurador- geral da República e do vice, participam do Conselho os procuradores-gerais de cada ramo do MPU. 10 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? Secretaria Geral do MPU É responsável por todos os serviços auxiliares de apoio técnico e adminsitrativo da instituição. O secretário- geral é escolhido pelo procurador-geral da República. Auditoria Interna do MPU A Auditoria Interna do Ministério Público da União tem como função garantir a efetiva e regular gestão dos recursos e bens públicos destinados à instituição. Para isso, planeja, orienta, coordena e controla a gestão orçamentária, financeira, patrimonial e administrativa do MPU. Realiza auditorias, emite pareceres técnicos para orientar na tomada de decisões, faz exame prévio de minutas e editais de licitação e elabora relatórios fiscais do órgão. Escola Superior do MPU A Escola Superior do Ministério Público da União é um órgão autônomo que tem como função principal aperfeiçoar a capacitação técnico-profissional dos membros e servidores dos quatro ramos da instituição. SOBRE OS RAMOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 1) O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL NO CONTEXTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público Federal (MPF) integra o Ministério Público da União (MPU), que compreende também o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O MPU e os ministérios públicos estaduais formam o Ministério Público brasileiro (MP). A cada dia cresce o grau de confiança e respeito em relação ao Ministério Público, em decorrência do correto e independente desempenho das suas atribuições constitucionais. Cabe ao MP a defesa dos direitos sociais e individuais indisponíveis1, da ordem jurídica e do regime democrático. As funções do MP incluem também a fiscalização da aplicação das leis, a defesa do patrimônio público e o zelo pelo efetivo respeito dos poderes públicos aos direitos assegurados na Constituição. O Ministério Público tem autonomia na estrutura do Estado: não pode ser extinto ou ter atribuições repassadas a outra instituição. Seus membros (procuradores e promotores) têm liberdade para atuar segundo suas convicções, com base na lei. São as chamadas autonomia institucional e independência funcional do Ministério Público, asseguradas pela Constituição. As atribuições e os instrumentos de atuação do Ministério Público estão previstos no artigo 129 da Constituição Federal, dentro do capítulo "Das funções essenciais à Justiça". As funções e atribuições do MPU estão dispostas na Lei Complementar nº 75/93. ATUAÇÃO GERAL O Ministério Público Federal atua por iniciativa própria ou mediante provocação, em todo o Brasil e em cooperação com outros países, nas áreas constitucional, cível (especialmente na tutela coletiva), criminal e eleitoral. A instituição ingressa com ações em nome da sociedade, oferece denúncias criminais e deve ser ouvida em todos os processos em andamento na Justiça Federal que envolvam interesse público relevante, mesmo que não seja parte na ação. http://www.pgr.mpf.gov.br/conheca-o-mpf/sobre-a-instituicao/o-ministerio-publico-federal#Conceito_de_direitos_individuais_indispon_veis 11 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? A atuação do MPF ocorre perante o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais federais, os juízes federais e os juízes eleitorais, nos casos regulamentados pela Constituição e pelas leis federais. Também atua fora da esfera judicial, sobretudo na defesa de direitos difusos, como meio ambiente e segurança pública, por meio de instrumentos como inquéritos civis públicos, recomendações, termos de ajustamento de conduta e audiências públicas. O MPF pode intervir em todas as fases do processo eleitoral. Nessa área, age com os ministérios públicos estaduais, que oficiam perante a justiça eleitoral de primeira instância. O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público Federal, do Ministério Público da União e da atuação do MP na área eleitoral, como procurador-geral Eleitoral. Nos casos de grave violação a direitos humanos, o procurador-geral da República pode pedir a transferência do processo para a Justiça Federal. ATUAÇÃO COMO FISCAL DA LEI Quando um processo em andamento na Justiça Federal envolve interesse público relevante, como um direito coletivo ou individual indisponível, o Ministério Público Federal deve ser ouvido, mesmo que não seja autor da ação. Essa é a atuação como fiscal da correta aplicação da lei (custos legis), obrigatória, também, nos mandados de segurança contra ato de autoridade pública federal ou equiparada e nos processos de competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo não sendo parte no processo, o MPF pode recorrer na condição de custos legis. ATUAÇÃO NA ÁREA CÍVEL O Ministério Público Federal atua na área cível, também denominada tutela coletiva, quando defende interesses difusos¹; coletivos² e individuais homogêneos³. Nesses casos, o MPF age por meio da ação civil pública, da ação civil coletiva ou da ação de improbidade administrativa. Antes de propor as ações perante o Judiciário, o MPF adota medidas administrativas, como o inquérito civil público ou o procedimento administrativo cível, usados para coletar provas. Comprovada a existência de irregularidades, o MPF pode propor, antes de ingressar com a ação, a assinatura de termo de ajustamento de conduta (TAC). O TAC, no entanto, não pode ser usado nas ações de improbidade administrativa. Quando atuam na tutela coletiva, os procuradores defendem direitos referentes a temas como ordem econômica e consumidores; meio ambiente e patrimônio cultural; criança, adolescente, idoso e portador de deficiência; comunidades indígenas; educação e saúde; previdência e assistência social; patrimônio público e social; cidadania; direitos humanos e violência policial. Na maioria desses casos, é utilizada a ação civil pública. Se as irregularidades também forem consideradas crime, cópias dos procedimentos são encaminhadas aos procuradores que atuam na área criminal. As ações de improbidade administrativa são ajuizadas pelo MPF contra agentes públicos que lesam a União, inclusive quando o fato ocorre em âmbito estadual ou municipal, se há dinheiro da União envolvido. As ações de improbidade também podem ser propostas contra todos os que contratam com a Administração Pública (pessoas físicas ou jurídicas). http://www.pgr.mpf.gov.br/conheca-o-mpf/sobre-a-instituicao/atuacao-na-area-civel#interesses_difusos http://www.pgr.mpf.gov.br/conheca-o-mpf/sobre-a-instituicao/atuacao-na-area-civel#interesses_coletivos http://www.pgr.mpf.gov.br/conheca-o-mpf/sobre-a-instituicao/atuacao-na-area-civel#interesses_individuais_homog_neos 12 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? São exemplos de atos que podem gerar ação de improbidade: enriquecimento ilícito, dispensa ilegal de licitação, operações financeiras ilícitas, fraudeem concurso público, superfaturamento e uso particular de bens públicos. Todos os casos estão descritos nos artigos 8º, 9º e 10º da Lei 8.429/1992. Por meio da ação de improbidade, são aplicadas apenas sanções civis e políticas. Por isso, cópias da ação são encaminhadas aos procuradores da área criminal, para que esses avaliem se denunciam ou não os envolvidos. Decisão do Supremo Tribunal Federal de 15 de setembro de 2005 considerou inconstitucional o foro privilegiado para agentes públicos, em casos de improbidade administrativa. O foro privilegiado é assegurado apenas em ações penais, e a ação de improbidade é da área cível. Notas 1. Interesses difusos: que não são específicos de uma pessoa ou grupo de indivíduos, mas de toda a sociedade, como o direito de todos respirarem ar puro. 2. Interesses coletivos: de um grupo, categoria ou classe ligados entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica. 3. Interesses individuais homogêneos: que têm um fato gerador comum, atingem as pessoas individualmente e da mesma forma, mas não podem ser considerados inidividuais, como os direitos do consumidor. ATUAÇÃO NA ÁREA CRIMINAL Na área criminal, cabe ao Ministério Público Federal promover a ação penal pública quando a competência para o julgamento é da Justiça Federal, como nos casos de delitos que causem prejuízo aos bens, serviços ou interesses da União, de suas entidades autárquicas (INSS e Banco Central, por exemplo) ou das empresas públicas (Caixa Econômica Federal e Correios, entre outras). São exemplos desses crimes: saque ilegal de FGTS e de seguro-desemprego; emissão de moeda falsa; contrabando; sonegação de tributos federais; sonegação de contribuição previdenciária; trabalho escravo; formação de cartel; lavagem de dinheiro; fraudes bancárias; pedofilia na internet; crimes praticados por agentes da Receita Federal, da Polícia Federal ou de qualquer órgão federal. O MPF também propõe ações nos casos que envolvem autoridades com foro privilegiado, que só podem ser julgadas pelos tribunais federais ou pelos tribunais superiores, conforme o caso. Depois de concluir pela existência de indícios de crime, o procurador responsável pelo caso instaura procedimento investigatório criminal, para coletar provas, e pode pedir investigações à Polícia Federal. Quando há comprovação de crime, denuncia o envolvido ao Poder Judiciário, que decide sobre a abertura do processo penal. A instauração e a tramitação do procedimento investigatório criminal no âmbito do Ministério Público Federal foram regulamentadas pela Resolução do Conselho Superior do MPF nº 77, de 14 de setembro de 2004. Também cabe ao Ministério Público Federal o controle externo da atividade policial. Por isso, a prisão de qualquer pessoa deve ser comunicada ao MPF quando feita pela Polícia Federal ou quando se tratar de autoridade com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal ou no Superior Tribunal de Justiça. SOBRE O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL A Procuradoria Geral da República é a sede do Ministério Público Federal? Sim, a PGR é representação física e sede administrativa do MPF. http://csmpf.pgr.mpf.gov.br/resolucoes/resol_77_set_2004.pdf 13 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? Qual é a diferença entre Ministério Público Federal e Procuradoria da República? MPF é a instituição una e indivisível. Procuradoria da República é a representação física do MPF, individualizada em cada capital de estado e nos municípios onde existem varas da Justiça Federal. Qual a diferença entre Procuradoria da República e Procuradoria do Estado? As Procuradorias da República são a representação física do MPF, presentes em cada capital e nos municípios onde existem varas da Justiça Federal. As Procuradorias dos Estados, por sua vez, são órgãos do Executivo integrantes da Advocacia Pública, cujo papel é defender o respectivo estado, judicial e extrajudicialmente. O procurador-geral da União e a Procuradoria Geral da União são órgãos da Advocacia Geral da União e não se vinculam ao MP. É correto chamar, por exemplo, a Procuradoria da República do Ceará de Procuradoria Geral da República no Ceará? Não. Procuradoria Geral da República é denominação exclusiva da unidade que constitui o centro administrativo da instituição, com sede em Brasília. Quais são os crimes investigados pelo Ministério Público Federal? Na área criminal, cabe ao MPF promover a ação penal pública quando a competência para o julgamento é da Justiça Federal. A instituição atua de forma preventiva e repressiva nos casos de crimes contra a Administração Pública Federal (delitos que causem prejuízo aos bens, serviços ou interesses da União, de suas entidades autárquicas ou das empresas públicas), inclusive nos crimes praticados por servidor público federal, como estelionato, roubo, peculato, corrupção ativa ou passiva, concussão, tráfico de influência e emprego irregular de verba ou renda pública. Também são objeto da atuação do MPF crimes cometidos por meio da internet, como divulgação de pornografia infantil, racismo e fraudes bancárias. Há divisão de trabalho entre os procuradores da República? É comum dividir o trabalho em duas grandes áreas: criminal e tutela coletiva. Também existem procuradores que se dedicam a emitir parecer nos processos judiciais em que haja interesse público. Um procurador da República pode perder o cargo por decisão unilateral do chefe? Não. A Constituição garante ao procurador aprovado no estágio probatório de dois anos a vitaliciedade, e somente perderá o cargo após sentença judicial condenatória transitada em julgado. Se a ação judicial for proposta pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, o procurador será afastado de suas funções e não terá direito à remuneração do cargo. Os procuradores que ainda estão em estágio probatório, sem a garantia da vitaliciedade, podem perder o cargo por decisão da maioria absoluta do Conselho Superior. Um procurador da República pode ser chamado de procurador federal? Não. Os procuradores federais não pertencem a nenhum Ministério Público e têm atribuições diversas das que competem aos procuradores da República. São servidores do Poder Executivo Federal, responsáveis pela representação judicial e extrajudicial das autarquias e fundações públicas federais, bem como das agências reguladoras. Alguns exemplos são os procuradores federais do INSS, do Ibama, da Anatel e das universidades federais. Em que casos a competência para atuar (fiscalizando, denunciando e/ou emitindo pareceres) é do Ministério Público Federal ou dos ministérios públicos estaduais? Sempre que há interesse da União, o julgamento cabe à Justiça Federal e a competência é do MPF. Nos casos que pertencem à Justiça Estadual, atuam os ministérios públicos estaduais. O MPF e os ministérios públicos estaduais podem atuar juntos? A legislação assegura a possibilidade de ação conjunta do MPF e dos MPEs na defesa de interesses difusos e do meio ambiente. INSTRUMENTOS DE ATUAÇÃO DO MPF O MPF pode promover: 14 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade; representação para intervenção federal nos estados e no Distrito Federal; mandado de injunção; inquérito civil e ação civil pública ; ação penal pública. O MPF pode expedir: recomendações, visando a melhoria dos serviços públicos e de relevância pública notificações ou requisições (de informações, de documentos, de diligências investigatórias, de instauração de inquérito policial à autoridade policial). O MPF pode impetrar: habeas corpus e mandado de segurança. Como é a atuação do MPF na área criminal? O MPF recebe a denúncia ou representação e ingressa na Justiça Federal com denúncia criminal contra o autor. Pode ser feita com base em inquérito policial ou não. O MPF também podeajuizar ações cautelares: busca e apreensão, escutas telefônicas, quebra de sigilo, prisão preventiva ou temporária, seqüestro de bens e outros. Como é a tramitação de um procedimento desde que o MPF recebe a notícia ou representação de irregularidade até a última possibilidade de recurso? Ao receber notícia ou representação de irregularidade sobre matérias de sua competência, o MPF abre procedimento para levantar os fatos e/ou requisita investigação à Polícia Federal. Se for necessária medida protetiva, ingressa com ação cautelar; se concluir que existe responsável, propõe termo de ajustamento de conduta ou ajuíza a ação compatível com o caso (civil ou criminal). Após a decisão do juiz, o MPF pode apelar para o respectivo tribunal e, depois, para a próxima instância. Internamente, o que é feito quando as representações chegam ao MP? Inicialmente, é feita uma triagem, com a seleção conforme a natureza – cível ou criminal – dos fatos que as representações relatam. Em seguida, são encaminhadas para os setores respectivos, onde se inicia autuação, por meio de procedimento administrativo. Alguns casos podem ter repercussão nas duas esferas, ocasiões em que são abertos, concomitantemente, procedimentos nas áreas cível e criminal. Uma vez transformadas em procedimento administrativo, as denúncias são encaminhadas aos procuradores, conforme normas internas de distribuição. O procurador responsável toma todas as medidas necessárias à apuração dos fatos: requisita informações, determina diligências e, conforme o caso, encaminha cópia do procedimento à Polícia Federal para instauração de inquérito policial. O recurso em ações de iniciativa do MPF sempre deve seguir a mesma argumentação ou posicionamento da inicial? Tende a seguir, mas não é obrigatório. Pode, inclusive, solicitar novas diligências. O que é a atuação custos legis? Custos legis é uma expressão em latim para fiscal da lei, função intrínseca à atuação dos membros do Ministério Público. De acordo com a Constituição, os integrantes do MP fiscalizam permanentemente o cumprimento e a aplicação da lei. No âmbito interno do Ministério Público Federal, o uso da expressão custos legis consagrou-se como referência a uma forma de atuação específica: a de interveniente nos processos cíveis. Isso ocorre quando o MPF não faz parte da relação processual, nem como autor, nem como réu. Nesses casos, a função do MP é verificar, com base na legislação, se o pedido feito ao juiz merece ou não ser atendido. Em linguagem jurídica, diz-se que o procurador deu parecer sobre o caso, o que significa dizer que emitiu uma opinião fundamentada, com o objetivo de fazer cumprir o que a lei determina. O MP funcionaria como o olhar da sociedade sobre essa relação, para garantia, inclusive, da imparcialidade do julgador. Como é a tramitação dos processos quando o MPF atua como fiscal da lei? Os tribunais enviam todo processo em que há interesse público ao MPF. Caso isso não ocorra, o MPF pode pedir vistas do processo e, então, emitir parecer; solicitar novas provas ou diligências; apresentar alegações, impugnações e recursos. 15 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? A função de custos legis também existe em matéria criminal? Sim, mas apenas na segunda instância. Por exemplo, quando o TRF ou o STJ julgam recursos interpostos contra sentenças proferidas em ações penais, os integrantes do MPF que atuam nesses tribunais (procuradores regionais e subprocuradores, respectivamente) emitem parecer sobre a causa. Essa atuação é tipicamente custos legis. O juiz está obrigado a decidir conforme o parecer do MPF? Não. Mas, caso o juiz decida em sentido contrário ao parecer, o MPF poderá recorrer da decisão, mesmo que, até aquele momento, não tenha sido parte no processo. ÓRGÃOS DO MPF Para cumprir suas atribuições na atuação perante as diferentes instâncias da Justiça Federal, o MPF dispõe de ampla estrutura, que inclui diversos órgãos. Estes se prestam tanto ao desenvolvimento de atividades administrativas quanto à eficaz execução das funções do MP, entre as quais se destaca a defesa da Constituição, especialmente na proteção dos direitos fundamentais. São órgãos do MPF: O Procurador-Geral da República. O Colégio de Procuradores da República: formado pelos subprocuradores-gerais da República, procuradores regionais da República e procuradores da República. O Conselho Superior do Ministério Público Federal. As Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal. A Corregedoria do Ministério Público Federal. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Os Subprocuradores-Gerais da República; Os Procuradores Regionais da República; Os Procuradores da República. Da Chefia do Ministério Público Federal O Procurador-Geral da República é o Chefe do Ministério Público Federal. Incumbe ao Procurador-Geral da República exercer as funções do Ministério Público junto ao Supremo Tribunal Federal, manifestando-se previamente em todos os processos de sua competência. O Procurador-Geral da República proporá perante o Supremo Tribunal Federal: I - a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e o respectivo pedido de medida cautelar; II - a representação para intervenção federal nos Estados e no Distrito Federal, nas hipóteses do art. 34, VII, da Constituição Federal; III - as ações cíveis e penais cabíveis. O Procurador-Geral da República designará os Subprocuradores-Gerais da República que exercerão, por delegação, suas funções junto aos diferentes órgãos jurisdicionais do Supremo Tribunal Federal. As funções do Ministério Público Federal junto aos Tribunais Superiores da União, perante os quais lhe compete atuar, somente poderão ser exercidas por titular do cargo de Subprocurador-Geral da República. Em caso de vaga ou afastamento de Subprocurador-Geral da República, por prazo superior a trinta dias, poderá ser convocado Procurador Regional da República para substituição, pelo voto da maioria do Conselho Superior. O Procurador Regional da República convocado receberá a diferença de vencimento correspondente ao cargo de Subprocurador-Geral da República, inclusive diárias e transporte, se for o caso. Incumbe ao Procurador-Geral da República propor perante o Superior Tribunal de Justiça: I - a representação para intervenção federal nos Estados e no Distrito Federal, no caso de recusa à execução de lei federal; II - a ação penal, nos casos previstos no art. 105, I, "a", da Constituição Federal. A competência prevista neste artigo poderá ser delegada a Subprocurador-Geral da República. São atribuições do Procurador-Geral da República, como Chefe do Ministério Público Federal: I - representar o Ministério Público Federal; 16 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? II - integrar, como membro nato, e presidir o Colégio de Procuradores da República, o Conselho Superior do Ministério Federal e a Comissão de Concurso; III - designar o Procurador Federal dos Direitos do Cidadão e os titulares da Procuradoria nos Estados e no Distrito Federal; IV - designar um dos membros e o Coordenador de cada uma das Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal; V - nomear o Corregedor-Geral do Ministério Público Federal, segundo lista formada pelo Conselho Superior; VI - designar, observados os critérios da lei e os estabelecidos pelo Conselho Superior, os ofícios em que exercerão suas funções os membros do Ministério Público Federal; VII - designar: a) o Chefe da Procuradoria Regional da República, dentre os Procuradores Regionais da República lotados na respectiva Procuradoria Regional; b) o Chefe da Procuradoria da República nos Estados e no Distrito Federal, dentre os Procuradores da República lotados na respectiva unidade; VIII - decidir, em grau de recurso, os conflitos de atribuições entre órgãos do Ministério PúblicoFederal; IX - determinar a abertura de correção, sindicância ou inquérito administrativo; X - determinar instauração de inquérito ou processo administrativo contra servidores dos serviços auxiliares; XI - decidir processo disciplinar contra membro da carreira ou servidor dos serviços auxiliares, aplicando as sanções cabíveis; XII - decidir, atendendo à necessidade do serviço, sobre: a) remoção a pedido ou por permuta; b) alteração parcial da lista bienal de designações; XIII - autorizar o afastamento de membros do Ministério Público Federal, depois de ouvido o Conselho Superior, nas hipóteses previstas em lei; XIV - dar posse aos membros do Ministério Público Federal; XV - designar membro do Ministério Público Federal para: a) funcionar nos órgãos em que a participação da Instituição seja legalmente prevista, ouvido o Conselho Superior; b) integrar comissões técnicas ou científicas, relacionadas às funções da Instituição, ouvido o Conselho Superior; c) assegurar a continuidade dos serviços, em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou suspensão do titular, na inexistência ou falta do substituto designado; d) funcionar perante juízos que não os previstos no inciso I, do art. 37, desta lei complementar; e) acompanhar procedimentos administrativos e inquéritos policiais instaurados em áreas estranhas à sua competência específica, desde que relacionados a fatos de interesse da Instituição. XVI - homologar, ouvido o Conselho Superior, o resultado do concurso para ingresso na carreira; XVII - fazer publicar aviso de existência de vaga na lotação e na relação bienal de designações; XVIII - elaborar a proposta orçamentária do Ministério Público Federal, submetendo-a, para aprovação, ao Conselho Superior; XIX - organizar a prestação de contas do exercício anterior; XX - praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal; XXI - elaborar o relatório das atividades do Ministério Público Federal; XXII - coordenar as atividades do Ministério Público Federal; XXIII - exercer outras atividades previstas em lei. As atribuições do Procurador-Geral da República, previstas no artigo anterior, poderão ser delegadas: I - a Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão, as dos incisos XV, alínea c e XXII; II - aos Chefes das Procuradorias Regionais da República e aos Chefes das Procuradorias da República nos Estados e no Distrito Federal, as dos incisos I, XV, alínea c, XX e XXII. A ação penal pública contra o Procurador-Geral da República, quando no exercício do cargo, caberá ao Subprocurador-Geral da República que for designado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal. Do Colégio de Procuradores da República O Colégio de Procuradores da República, presidido pelo Procurador-Geral da República, é integrado por todos os membros da carreira em atividade no Ministério Público Federal. 17 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? É competência do Colégio de Procuradores da República: I - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para a composição do Superior Tribunal de Justiça, sendo elegíveis os membros do Ministério Público Federal, com mais de dez anos na carreira, tendo mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; II - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para a composição dos Tribunais Regionais Federais, sendo elegíveis os membros do Ministério Público Federal, com mais de dez anos de carreira, que contém mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade, sempre que possível lotados na respectiva região; III - eleger, dentre os Subprocuradores-Gerais da República e mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, quatro membros do Conselho Superior do Ministério Público Federal; IV - opinar sobre assuntos gerais de interesse da instituição. Excepcionalmente, em caso de interesse relevante da Instituição, o Colégio de Procuradores reunir-se-á em local designado pelo Procurador-Geral da República, desde que convocado por ele ou pela maioria de seus membros. O Conselho Superior do Ministério Público O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) é o órgão máximo de deliberação do MPF, formado pelo Procurador-Geral da República, que o preside, pelo Vice-Procurador-geral da República – membros natos – e por mais oito Subprocuradores-Gerais da República eleitos pelos membros do MPF. Entre outras atribuições, o Conselho elabora e aprova: as normas e as instruções para o concurso de procurador da República; as regras sobre as designações dos procuradores para as áreas em que o Ministério Público Federal atua; os critérios para distribuição de inquéritos e procedimentos; os critérios de promoção dos procuradores por merecimento. Das Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal As Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal são os órgãos setoriais de coordenação, de integração e de revisão do exercício funcional na instituição. As Câmaras de Coordenação e Revisão serão organizadas por função ou por matéria, através de ato normativo. As Câmaras de Coordenação e Revisão serão compostas por três membros do Ministério Público Federal, sendo um indicado pelo Procurador-Geral da República e dois pelo Conselho Superior, juntamente com seus suplentes, para um mandato de dois anos, dentre integrantes do último grau da carreira, sempre que possível. Dentre os integrantes da Câmara de Coordenação e Revisão, um deles será designado pelo Procurador- Geral para a função executiva de Coordenador. Compete às Câmaras de Coordenação e Revisão: I - promover a integração e a coordenação dos órgãos institucionais que atuem em ofícios ligados ao setor de sua competência, observado o princípio da independência funcional; II - manter intercâmbio com órgãos ou entidades que atuem em áreas afins; III - encaminhar informações técnico-jurídicas aos órgãos institucionais que atuem em seu setor; IV - manifestar-se sobre o arquivamento de inquérito policial, inquérito parlamentar ou peças de informação, exceto nos casos de competência originária do Procurador-Geral; V - resolver sobre a distribuição especial de feitos que, por sua contínua reiteração, devam receber tratamento uniforme; VI - resolver sobre a distribuição especial de inquéritos, feitos e procedimentos, quando a matéria, por sua natureza ou relevância, assim o exigir; VII - decidir os conflitos de atribuições entre os órgãos do Ministério Público Federal. A competência fixada nos incisos V e VI será exercida segundo critérios objetivos previamente estabelecidos pelo Conselho Superior. Conselho Institucional http://csmpf.pgr.mpf.gov.br/ http://cimpf.pgr.mpf.gov.br/ 18 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? O Conselho Institucional é órgão do Ministério Público Federal expressamente previsto no artigo 43, parágrafo único, da Lei Complementar nº 75/93 e no artigo 6º, § 2º, do Regimento Interno do Ministério Público Federal, integrado pela reunião das Câmaras de Coordenação e Revisão do MPF. Tem competência para deliberar sobre: matérias pertinentes à atuação e providências a serem tomadas por membros do Ministério Público Federal vinculados a Câmaras de mais de um setor; conflito de atribuições entre membros ministeriais que atuem em ofícios ligados a Câmara de mais de um setor; recursos interpostos das decisões proferidas pelas Câmaras de Coordenação e Revisão, entre outras atribuições. CORREGEDORIA GERAL DO MPF A Corregedoria Geral do Ministério Público Federal é o órgão que fiscaliza as atividades funcionais e a conduta dos membros do MPF. O corregedor-geral é nomeado pelo procurador-geral da República entre os subprocuradores-gerais integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior do MPF. Cabe ao corregedor-geral, entre outras atribuições, instaurarinquérito contra membros do MPF e propor ao Conselho Superior a instauração do processo administrativo; acompanhar o estágio probatório dos membros do MPF e propor ao CSMPF a exoneração daqueles que não cumprirem as condições necessárias. DOS MEMBROS DO MPF A carreira do MPF é constituída pelos cargos de Procurador da República, Procurador Regional da República e Subprocurador-Geral da República. Iniciam a carreira no cargo de procurador da República. Atuam em cada estado e nos municípios, para verificar de perto os assuntos que ferem os direitos constitucionais e legais, por meio de aprovação em concurso público específico para o ramo. Quando promovidos, passam a exercer o cargo de procurador regional da República. Oficiam nas diferentes regiões do país, conforme as divisões da Justiça, em processos que correm nos tribunais regionais federais. São exemplos os processos criminais instaurados contra Juízes Federais e do Trabalho e membros do MPU, além dos casos de crimes federais envolvendo prefeitos municipais, deputados estaduais e secretários de Estado. E após nova promoção, o de subprocurador-geral da República. Atuam nas ações das últimas instâncias do Judiciário – Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal., último cargo da carreira. SUBPROCURADOR GERAL PROCURADOR DA REPÚBLICA REGIONAL DA REPÚBLICA PROCURADOR DA REPÚBLICA 19 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? ORGANOGRAMA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL Fonte: www.pgr.mpf.gov.br O Ministério Público foi expressamente escolhido pela Constituição para ser o guardião do regime democrático. Por essa razão, possui funções eleitorais, exercidas pelo Ministério Público Federal e pelos ministérios públicos estaduais em todas as fases do processo eleitoral: inscrição dos eleitores, convenções partidárias, registro de candidaturas, campanhas, propaganda eleitoral, votação, apuração de votos, diplomação dos eleitos. A instituição trabalha para assegurar que o processo eleitoral transcorra de forma íntegra e idônea e para preservar um valor fundamental – a democracia. Sua atuação na Justiça Eleitoral ocorre por meio da emissão de pareceres, impugnação de pedidos, representações e oferecimento de ação. O julgamento cabe aos juízes eleitorais, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas ações contra candidatos a prefeito ou vereador, atuam os promotores eleitorais, integrantes do MP Estadual. Os procuradores regionais eleitorais, integrantes do MPF, são responsáveis pelas ações contra os candidatos a governador, senador e deputado federal. Também se manifestam nos recursos ao TRE. A competência para propor ação contra candidato à Presidência da República é do procurador-geral Eleitoral, função exercida pelo procurador-geral da República. O procurador-geral e outros membros do MPF por ele indicados oficiam nos julgamentos do TSE. http://www.pgr.mpf.gov.br/ 20 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 2) O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO NO CONTEXTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO Fonte: www.pgt.mpt.gov.br O Ministério Público do Trabalho / MPT é um dos ramos do Ministério Público da União, que também compreende o Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Tem como chefe o Procurador-Geral do Trabalho, eleito em lista tríplice e nomeado pelo Procurador-Geral da República. Compõem o MPT a Procuradoria-Geral, com sede em Brasília/DF, 24 Procuradorias Regionais instaladas nas capitais dos Estados e 100 Procuradorias Trabalho nos Municípios instalados em cidades do interior. ATUAÇÃO DO MPT Até 1988, o Ministério Público do Trabalho atuava apenas como Órgão Interveniente junto ao Tribunal Superior do Trabalho ou aos Tribunais Regionais do Trabalho, emitindo parecer nos processos judiciais, na condição de fiscal da lei. A partir da nova Constituição Federal, passou a atuar também como Órgão Agente, ou de campo, na defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais indisponíveis dos trabalhadores. Desde 1999, elegeu cinco áreas prioritárias de atuação: erradicação do trabalho infantil e regularização do trabalho do adolescente, combate ao trabalho escravo e regularização do trabalho indígena, combate a todas as formas de discriminação no trabalho, preservação da saúde e segurança do trabalhador, e regularização dos contratos de trabalho. Como órgão interveniente, o MPT desempenha papel de defensor da lei para intervir nos feitos judiciais em curso nos quais haja interesse público a proteger. Emite pareceres em processos de competência da Justiça do Trabalho, participa das Sessões de Julgamento e ingressa com recursos quando houver desrespeito à legislação. O Ministério Público do Trabalho também atua como árbitro e mediador na solução de conflitos trabalhistas de natureza coletiva, envolvendo trabalhadores e empresas ou as entidades sindicais que os representam. A possibilidade está prevista no artigo 83, inciso XI da Lei Complementar 75/93 e foi regulamentada pela Resolução n° 44 do Conselho Superior do MPT. Além disso, o Ministério Público do Trabalho fiscaliza o direito de greve nas atividades essenciais. A atuação como Órgão Agente envolve o recebimento de denúncias, a instauração de procedimentos investigatórios, inquéritos civis públicos e outras medidas administrativas ou o ajuizamento de ações judiciais, quando comprovada a irregularidade. Importante instituto de atuação do Ministério Público do Trabalho, de natureza administrativa, é o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, que prevê multa caso seja descumprido, e que pode ser executado perante as Varas do Trabalho, por ser título executivo extrajudicial. Em termos judiciais, o MPT dispõe da Ação Civil Pública e da Ação Civil Coletiva, além da Ação Anulatória Trabalhista, que possibilita sua atuação no controle das cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho. O Ministério Público do Trabalho também orienta a sociedade por meio de audiências públicas, palestras, oficinas, reuniões setoriais e outros eventos semelhantes. Desenvolve, ainda, ações em parceria com órgãos do Governo e entidades representativas de empregadores e trabalhadores, organizações não governamentais nacionais e internacionais e com a sociedade civil organizada, seja por meio de protocolos e convênios, seja pela participação em Conselhos e Fóruns. AREAS DE ATUAÇÃO 1) Promoção da Igualdade 2) Trabalho Infantil 3) Trabalho Escravo 4) Meio Ambiente do Trabalho 5) Fraudes Trabalhistas 21 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 6) Administração Pública 7) Trabalho Portuário e Aquaviário. 8) Liberdade Sindical 9) Saúde e Segurança no Trabalho ÓRGÃOS DO MPT Para cumprir suas atribuições na atuação perante as diferentes instâncias da Justiça do Trabalho, o MPT dispõe de ampla estrutura, que inclui diversos órgãos. São órgãos do MPT: o Procurador-Geral do Trabalho; o Colégio de Procuradores do Trabalho; o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho; a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho; a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho; os Subprocuradores-Gerais do Trabalho; os Procuradores Regionais do Trabalho; os Procuradores do Trabalho. O PROCURADOR-GERAL DO TRABALHO O Procurador-Geral do Trabalho é responsável pela administração e representação da Instituição Ministério Público do Trabalho. É nomeado pelo Procurador-Geral da República, depois da formação de uma lista tríplice pelo Colégio de Procuradores (que engloba todos os membros do Ministério Público do Trabalho no Brasil) para um mandato de dois anos, com possibilidadede uma recondução. Compete ao Procurador-Geral do Trabalho exercer as funções atribuídas ao Ministério Público do Trabalho junto ao Plenário do Tribunal Superior do Trabalho, propondo as ações cabíveis e manifestando-se nos processos de sua competência. O COLÉGIO DE PROCURADORES DO MPT O Colégio de Procuradores do Trabalho, presidido pelo Procurador-Geral do Trabalho, é integrado por todos os membros da carreira em atividade no Ministério Público do Trabalho. São atribuições do Colégio de Procuradores do Trabalho: I - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista tríplice para a escolha do Procurador-Geral do Trabalho; II - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para a composição do Tribunal Superior do Trabalho, sendo elegíveis os membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos na carreira, tendo mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; III - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para os Tribunais Regionais do Trabalho, dentre os Procuradores com mais de dez anos de carreira; IV - eleger, dentre os Subprocuradores-Gerais do Trabalho e mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, quatro membros do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho. O CONSELHO SUPERIOR O Conselho Superior é o órgão máximo de deliberação do Ministério Público do Trabalho. Partem dele as orientações normativas que pautam as ações do MPT e cabe ao Conselho avaliar a atuação dos Membros e tomar providências, quando necessário. É constituído por dez Membros, todos Subprocuradores-Gerais, sob a presidência do Procurador-Geral do Trabalho. O Corregedor-Geral do MPT participa das sessões, sem direito de voto. 22 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? A CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO A Câmara de Coordenação e Revisão (CCR) promove a integração e coordenação dos órgãos do MPT. Realiza a revisão da atividade funcional, objetivando a unidade, a indivisibilade e a independência funcional, principios fundamentais da Instituição. Decide os conflitos de atribuições entre os órgãos e resolve sobre a distribuição especial de procedimentos, levando em conta a natureza e a relevância da matéria ou a necessidade de procedimento uniforme. Os Membros da CCR são designados pelo Conselho Superior do MPT. CORREGEDORIA DO MPT A Corregedoria do Ministério Público do Trabalho, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o Órgão fiscalizador das atividades e da conduta dos Membros do Ministério Público do Trabalho. O Corregedor-Geral é nomeado pelo Procurador-Geral do Trabalho, dentre os Subprocuradores-Gerais do Trabalho, integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior. O seu mandato é de dois anos, renovável uma vez, e tem como incumbência, na forma prevista pelo art. 106 da Lei Complementar n.° 75, de 20 de maio de 1993: participar, sem direito a voto, das reuniões do Conselho Superior; realizar, de ofício ou por determinação do procurador-Geral ou do Conselho Superior, correições e sindicâncias, apresentando os respectivos relatórios; instaurar inquérito contra integrante da carreira e propor ao Conselho Superior a instauração do processo administrativo conseqüente; acompanhar o estágio probatório dos membros do Ministério Público do Trabalho; propor ao Conselho Superior a exoneração de membro do Ministério Público do Trabalho que não cumprir as condições do estágio probatório. DOS MEMBROS DO MPT A carreira do MPT é constituída pelos cargos de Procurador do Trabalho, Procurador Regional do Trabalho e Subprocurador-Geral do Trabalho. Iniciam a carreira no cargo de Procurador do Trabalho, serão designados para funcionar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho e, na forma das leis processuais, nos litígios trabalhistas que envolvam, especialmente, interesses de menores e incapazes. A designação de Procurador do Trabalho para oficiar em órgãos jurisdicionais diferentes dos previstos para a categoria dependerá de autorização do Conselho Superior. Quando promovidos, passam a exercer o cargo de Procurador Regional do Trabalho e serão designados para oficiar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho. Em caso de vaga ou de afastamento de Subprocurador-Geral do Trabalho por prazo superior a trinta dias, poderá ser convocado pelo Procurador-Geral, mediante aprovação do Conselho Superior, Procurador Regional do Trabalho para substituição. E após nova promoção, o de Subprocurador-Geral do Trabalho. Oficiam junto ao Tribunal Superior do Trabalho e nos ofícios na Câmara de Coordenação e Revisão . SUBPROCURADOR GERAL PROCURADOR DO TRABALHO REGIONAL DO TRABALHO PROCURADOR DO TRABALHO 23 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? Os membros do Ministério Público do Trabalho gozam de prerrogativas e princípios institucionais. Os membros do MPT não podem ser removidos sem que concordem com a mudança ou que haja motivo de interesse público (são inamovíveis). Após dois anos de efetivo exercício, só podem perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado, pois adquirem vitaliciedade. 3) O MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR NO CONTEXTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO Fonte: www.mpm.gov.br O Ministério Público Militar - MPM foi criado em 1920 com o advento do Código de Organização Judiciária e Processo Militar. Em 1951, foi contemplado com Estatuto próprio, formando o Ministério Público da União, ao lado dos demais ramos federais, sendo atualmente regido pela Lei Complementar nº 75/93. Compete ao Ministério Público Militar o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça Militar: I - promover, privativamente, a ação penal pública; II - promover a declaração de indignidade ou de incompatibilidade para o oficialato; III - manifestar-se em qualquer fase do processo, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção. Incumbe ao Ministério Público Militar: I - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial-militar, podendo acompanhá-los e apresentar provas; II - exercer o controle externo da atividade da polícia judiciária militar. ÓRGÃOS DO MPM São órgãos do Ministério Público Militar: I - o Procurador-Geral da Justiça Militar; II - o Colégio de Procuradores da Justiça Militar; III - o Conselho Superior do Ministério Público Militar; IV - a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Militar; V - a Corregedoria do Ministério Público Militar; VI - os Subprocuradores-Gerais da Justiça Militar; VII - os Procuradores da Justiça Militar; VIII - os Promotores da Justiça Militar. A CARREIRA DO MPM A carreira do MPM é constituída pelos cargos de Promotor da Justiça Militar, Procurador da Justiça Militar e Subprocurador-Geral da Justiça Militar, cujos ofícios são as Procuradorias da Justiça Militar, nos Estados e no Distrito Federal, e a Procuradoria-Geral da Justiça Militar, em Brasília - DF, respectivamente. Também integram a estrutura orgânica da Instituição o Colégio de Procuradores da Justiça Militar, composto por todos os Membros do MPM, o Conselho Superior do Ministério Público Militar, a Câmara de Coordenação e Revisão e a Corregedoria. 24 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? SUBPROCURADOR GERAL PROCURADOR DA JUSITÇA MILITAR DA JUSTIÇA MILITAR PROMOTOR DA JUSTIÇA MILITAR PROCURADORIAS DA JUSTIÇA MILITAR Fonte: www.mpm.gov.br O Ministério Público Militar mantém representações em 12 estados da Federação, sendo que no Rio Grande do Sul elas estão presentes em três cidades: Porto Alegre, Bagé e Santa Maria. As 14 Procuradorias da Justiça Militaratuam na 1ª instância, os Membros de 1º grau - Promotor e Procurador da Justiça Militar - oficiam perante as Auditorias Militares Federais, com atribuições exclusivamente criminais previstas na Constituição Federal, Lei Complementar e Estatutos pertinentes, atuando judicial e extrajudicialmente. http://www.mpm.gov.br/ 25 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 4) O MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS NO CONTEXTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO Fonte: www.mpm.gov.br O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios integra o Ministério Público da União e trabalha para garantir o respeito à Lei e aos interesses da sociedade do Distrito Federal. Ou seja, apesar de pertencer à estrutura do MPU, o MPDFT não cuida de matérias da competência da Justiça Federal, mas sim das que competem as Justiças Estaduais. Seus integrantes atuam perante o Poder Judiciário do Distrito Federal. Como distinguir o que é atribuição do MPF e o que seria do MPDFT? A primeira providência é verificar se os crimes foram cometidos contra bens, serviços ou interesses da União. Se há interesse da União, a atuação vai ser do MPF. Exemplo: bingos e caça-níqueis – a competência é da justiça estadual, ou seja, do MPDFT, no que diz respeito à repressão, porque se trata de jogo de azar, uma contravenção. Se os bingos forem irregulares (funcionarem sem autorização legal), a atribuição é do MPF, porque esse tipo de fiscalização cabe à Caixa Econômica Federal. Os crimes porventura detectados que sejam atribuição do MPF – como evasão de divisas, sonegação de tributos, contrabando – são enviados pelo Ministério Público Estadual ao MPF para investigação. O que se verifica é uma atuação coordenada entre o MPF e os MPs Estaduais na repressão a esses crimes. A ATUAÇÃO DO MPDFT O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios atua em diversas áreas, tais como: criminal, meio ambiente, patrimônio público, saúde, educação, infância e juventude e filiação, etc. A atuação tanto acontecerá nas Procuradorias como nas Promotorias. ATUAÇÃO NAS PROCURADORIAS Procuradorias de Justiça Cíveis Procuradorias de Justiça Criminais Procuradorias de Justiça Criminais Especiais Procuradorias Cíveis Atuam nos processos de natureza cível perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, fiscalizando a aplicação da Lei, quando há interesse público e existe a participação de incapazes no processo. As Procuradorias de Justiça Cíveis atuam em processos que tratam de Direito de Família, como ações de alimentos, divórcio, separação judicial, guarda, tutela e curatela. E em processo de outras áreas cíveis, como nos Mandados de Segurança, nas desapropriações, na Ação Civil Pública e na Ação de Usucapião. Procuradorias de Justiça Criminais Trabalham nos processos de natureza criminal perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Os processos criminais chegam ao Tribunal de Justiça por meio de recursos dos Promotores de Justiça ou dos Defensores do réu. No Tribunal de Justiça, o Procurador de Justiça observa a regularidade e legalidade destes Processos Criminais, elaborando parecer sobre o que verificou. Nestas Procuradorias, os Procuradores de Justiça trabalham nos Processos Criminais que se originam nas Varas Criminais, nas Varas de Entorpecentes e Contravenções Penais etc. ÓRGÃOS DO MPDFT São órgãos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça; 26 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? III - o Conselho Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; IV - a Corregedoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; V - as Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; VI - os Procuradores de Justiça; VII - os Promotores de Justiça; VIII - os Promotores de Justiça Adjuntos. DO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA O Procurador-Geral de Justiça é o Chefe do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. O Procurador-Geral de Justiça será nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes de lista tríplice elaborada pelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, precedida de nova lista tríplice. Concorrerão à lista tríplice os membros do Ministério Público do Distrito Federal com mais de cinco anos de exercício nas funções da carreira e que não tenham sofrido, nos últimos quatro anos, qualquer condenação definitiva ou não estejam respondendo a processo penal ou administrativo. O Procurador-Geral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por deliberação da maioria absoluta do Senado Federal, mediante representação do Presidente da República. O Procurador-Geral designará, dentre os Procuradores de Justiça, o Vice-Procurador-Geral de Justiça, que o substituirá em seus impedimentos. Em caso de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente do Conselho Superior, até o seu provimento definitivo. Compete ao Procurador-Geral de Justiça exercer as funções atribuídas ao Ministério Público no Plenário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, propondo as ações cabíveis e manifestando-se nos processos de sua competência. Incumbe ao Procurador-Geral de Justiça, como Chefe do Ministério Público: I - representar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - integrar, como membro nato, o Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, o Conselho Superior e a Comissão de Concurso; III - designar o Procurador Distrital dos Direitos do Cidadão; IV - designar um dos membros e o Coordenador de cada uma das Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; V - nomear o Corregedor-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; VI - decidir, em grau de recurso, os conflitos de atribuições entre órgãos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; VII - determinar a abertura de correição, sindicância ou inquérito administrativo; VIII - determinar a instauração de inquérito ou processo administrativo contra servidores dos serviços auxiliares; IX - decidir processo disciplinar contra membro da carreira ou servidor dos serviços auxiliares, aplicando as sanções que sejam de sua competência; X - decidir, atendendo a necessidade do serviço, sobre: a) remoção a pedido ou por permuta; b) alteração parcial da lista bienal de designações; XI - autorizar o afastamento de membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, ouvido o Conselho Superior, nos casos previstos em lei; XII - dar posse aos membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; XIII - designar membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para: a) funcionar nos órgãos em que a participação da Instituição seja legalmente prevista, ouvido o Conselho Superior; b) integrar comissões técnicas ou científicas, relacionadas às funções da Instituição, ouvido o Conselho Superior; c) assegurar a continuidade dos serviços, em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou suspeição do titular, na inexistência ou falta do substituto designado; d) acompanhar procedimentos administrativos e inquéritos policiais, instaurados em áreas estranhas à sua competência específica, desde que relacionados a fatos de interesse da Instituição; XIV - homologar, ouvido o Conselho Superior, o resultado de concurso para ingresso na carreira; XV - fazer publicar o aviso de existência de vaga, na lotação e na relação bienal de designações; XVI - propor ao Procurador-Geral da República, ouvido o Conselho Superior, a criação e a extinção de cargos da carreira e dos ofícios em que devam ser exercidas
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