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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA ICET – Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Engenharia elétrica DONISETE OLIVEIRA DA SILVA LUCAS SILVA DOS SANTOS LUIZ PAULO LUCAS APRESENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Brasília-DF 2018 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA ICET – Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Engenharia elétrica DONISETE OLIVEIRA DA SILVA LUCAS SILVA DOS SANTOS LUIZ PAULO LUCAS APRESENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Trabalho de conclusão de curso apresentado à universidade paulista UNIP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduação em Engenharia Elétrica. Orientador: José Everardo Co-orientador: Nívia Naves Garcia Brasília-DF 2018 APRESENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Trabalho de conclusão de curso apresentado à universidade paulista UNIP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduação em Engenharia Elétrica. Aprovado em: ___/___/____ BANCA EXAMINADORA ______________________________ ___/___/____ Prof.º José Everardo Universidade Paulista – UNIP ______________________________ ___/___/____ Prof.º Nívia Naves Garcia Universidade Paulista – UNIP Dedicamos este trabalho as nossas famílias e amigos, que fazem parte da nossa caminhada. Gloria a Deus AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por nos dar saúde e força para vencermos essa batalha, agradecemos aos nossos familiares e amigos, que sempre nos apoiaram em todas as situações, estando conosco em todos os momentos, e a esta Universidade, aos professores que sempre se emprenharam em nos passar o conhecimento e mesmo com as dificuldades nos deram o suporte necessário para realizar este trabalho, a direção e a coordenação que contribuíram de forma efetiva para nossa formação, e a todos que participaram de forma direta ou indireta dessa formação. RESUMO O intuito deste trabalho é mostrar as novas tecnologias em sistemas de distribuição de energia elétrica, que merece ter um estudo mais aprofundado, pois é muito importante para o avanço da área de distribuição de energia. Para isso o trabalho se propõe a demonstrar a necessidade de sistemas de automação em ambientes críticos, como é o caso das subestações de potência, a eletricidade é necessária nesses ambientes, porém é muito perigosa, então é fundamental que se tenha o menor contato possível com os equipamentos envolvidos. Relata também quais são os dispositivos utilizados, os protocolos de comunicação empregados e o quanto eles são necessários para que haja confiança, efetividade e segurança nos diversos serviços realizados por meio da eletricidade, seja realizando manobras em redes de distribuição ou manutenções em subestações de potência. Os dispositivos inseridos em um sistema de automação substituem seres humanos perante máquinas e equipamentos, pois manipulam e absorvem dados agilizando processos. Devido à alta tensão nesses ambientes os operadores e pessoas correm riscos de choques elétricos, explosões e exposição a arcos elétricos, sendo necessário o uso destes dispositivos. O estudo busca exibir quais são as vantagens em se automatizar subestações enfatizando a segurança, melhorando os sistemas por meio do uso das redes inteligentes. Baseado em livros e normas relacionados a este tema o estudo busca ainda servir como base para pessoas que desconhecem este tipo de automação, e necessitem de auxílio. Contudo, este trabalho trata de conceituar os elementos necessários para se automatizar subestações, e expor como são usados nesses ambientes para facilitar e otimizar processos, demonstrando sua importância para os sistemas elétricos que estão sempre em constante desenvolvimento necessitando de aprimoramentos. Palavras-chave: Automação; Subestação; Relés; Redes Inteligentes. ABSTRACT The purpose of this work is to show the new technologies in electricity distribution systems, which deserves to have a more in-depth study, as it is very important for the advancement of the area of energy distribution. For this purpose, the work proposes to demonstrate the need for automation systems in critical environments, as is the case of power substations, electricity is needed in these environments, but it is very dangerous, so it is fundamental to have as little contact as possible with the equipment involved. It also reports on the devices used, the communication protocols used and how much they are needed to ensure reliability, effectiveness and safety in the various services performed through electricity, whether performing maneuvers in distribution networks or maintenance in power substations. Devices inserted in an automation system replace human beings with machines and equipment, as they manipulate and absorb data streamlining processes. Due to the high voltage in these environments, operators and people are at risk of electric shocks, explosions and exposure to electric arcs, making if necessary the use of these devices. The study seeks to demonstrate the advantages of automating substations by emphasizing safety by improving systems using smart grids. Based on books and standards related to this theme, the study also seeks to serve as a basis for people who are unaware of this type of automation and need help. However, this work tries to conceptualize the elements necessary to automate substations, and to expose how they are used in these environments to facilitate and optimize processes, demonstrating their importance for the electrical systems that are always in constant development needing improvements. Key words: Automation; Substation; Relays; Smart Grid. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Geração, transmissão e distribuição 15 Figura 2 – Estrutura do CLP 19 Figura 3 – Ligação de um transdutor 25 Figura 4 – Arquitetura distribuída 27 Figura 5 – relés sepam, Série 20,40 e 80 30 Figura 6 – Reconfiguração automática Pós falta 33 Figura 7 – Blocos de pesquisa 36 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Exemplos de redes de comunicação SCADA 21 Tabela 2 – Exemplo de estrutura de hierarquia Scada 22 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR Norma Brasileira CLP Controlador Lógico Programável IHM Interface Homem Máquina IED Dispositivo Eletrônico Inteligente ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica IEC Comissão Eletrotécnica Internacional CEPEL Centros de Pesquisa de Energia Elétrica RI Redes Inteligentes CEMIG Companhia Energética de Minas GeraisSAGE Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia SCADA Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 12 1.1. Problema de pesquisa ..................................................................................................... 13 1.2. Objetivos do trabalho ....................................................................................................... 13 1.2.1. Objetivo Geral............................................................................................................. 13 1.2.2. Objetivos Específicos .............................................................................................. 13 2. AUTOMAÇÃO DE SUBESTAÇÕES ........................................................................................ 14 2.1. DISPOSITIVOS UTILIZADOS ........................................................................................... 17 2.2. EQUIPAMENTOS DO SISTEMA LÓGICO ..................................................................... 17 2.2.1. Unidade de Aquisição de Dados ........................................................................... 17 2.2.2. Unidade de Aquisição de Dados e Controle ...................................................... 18 2.2.3. Controladores Lógicos Programáveis ................................................................. 18 2.2.4. IHM ................................................................................................................................ 20 2.2.5. SCADA .......................................................................................................................... 20 2.3. PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO.............................................................................. 22 2.4. EQUIPAMENTOS DO SISTEMA FÍSICO........................................................................ 23 2.5. RELÉS DE PROTEÇÃO ..................................................................................................... 25 3. NORMAS NECESSÁRIAS EM SUBESTAÇÕES AUTOMATIZADAS ................................ 28 3.1. NORMA IEC 61850 ............................................................................................................. 28 3.2. NBR 14039 ........................................................................................................................... 30 4. UTILIZANDO SISTEMAS INTELIGENTES EM SUBESTAÇÕES AUTOMATIZADAS .... 32 4.1. SMART GRID ....................................................................................................................... 32 4.2. IEDS ...................................................................................................................................... 32 4.3. CENÁRIO BRASILEIRO ..................................................................................................... 34 4.4. PROGRAMA BRASILEIRO DE REDES INTELIGENTES ............................................ 36 5. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 39 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 40 12 1. INTRODUÇÃO Com o objetivo de melhorar o processo industrial foi criada a automação, que é muito importante nos dias de hoje e é usada em vários segmentos na indústria e nos domicílios para comodidade das pessoas, ela melhora os sistemas elétricos e se faz eficiente em muitas situações, reduzindo tempo e desperdício de recursos. A introdução de tecnologias em subestações pela automação é uma das consequências deste processo, ela foi tratada neste trabalho a fim de envolver os parâmetros necessários para sua efetivação na prática, demonstrando quais os equipamentos e dispositivos que são usados no processo, detalhando o seu funcionamento e relatando sobre redes de comunicação que são comumente usadas, bem como a interface homem máquina que é usada em processos já existentes, o trabalho também propôs quais são os métodos aplicados e sua importância para a sociedade e para as pessoas que trabalham diretamente em ambientes críticos como subestações, como forma de conhecimento e aplicação na prática. O aspecto da segurança em serviços e operações que são realizados em subestações também é tratado, o uso dos sistemas de automação se tornou necessário auxiliando operadores, dando mais segurança e confiabilidade a todas as pessoas que lidam com manobras e manutenções em subestações. A evolução da automação se tornou clara com a substituição do homem por máquinas que desenvolvem as suas tarefas cada vez mais rápido e eficiente, a eletrônica com a digitalização, uso de CLP’s (controladores lógicos programáveis) e os elementos físicos como relés digitais, válvulas e atuadores, agilizaram este processo, as soluções empregadas nas subestações de potência são baseadas nessa evolução como a supervisão e comandos a distância, que tornou as operações mais simplificadas e seguras. Dentre os dispositivos mais importantes de um sistema de automação de subestação de potência, destacam-se os relés de proteção, este trabalho destacou o seu uso como um elemento englobado nos IEDs, que são sistemas inteligentes. Buscou se por meio de obras literárias e artigos, obter informações relevantes para auxiliar nas fases de um projeto de sistemas de automação de redes de distribuição, especificamente uma subestação. 13 1.1. Problema de pesquisa No contexto mais amplo a automação acontece em vários níveis e em muitos setores, e é de grande importância para a comodidade das pessoas, atualmente existem muitos mecanismos e equipamentos para proteção, porém, devido à elevada tensão em subestações, as pessoas envolvidas neste meio estão em constante perigo. Neste sentido, qual a importância de se automatizar subestações e quais os meios necessários? 1.2. Objetivos do trabalho 1.2.1. Objetivo Geral Analisar a importância de automatizar subestações e mostrar os meios para sua elaboração na prática, mostrando equipamentos e dispositivos que são necessários para sua efetivação, demonstrando as normas que são usadas, explorando os meios para sua efetivação na prática. 1.2.2. Objetivos Específicos Conceituar os elementos que são necessários para que se possa automatizar uma subestação, bem como sistemas de comunicação utilizados; Abordar a relevância da automação para a segurança em manobras e operações que acontecem em ambientes críticos e abordar as normas utilizadas; Procurar soluções em automação de subestação, utilizando Smart Grid. 14 2. AUTOMAÇÃO DE SUBESTAÇÕES Subestação é um conjunto de condutores, aparelhos e equipamentos destinados a modificar as características da energia elétrica (tensão e corrente), permitindo a sua distribuição aos pontos de consumo em níveis adequados de utilização. (MAMEDE FILHO, 2015, p.422). Em linhas gerais as subestações podem ser classificadas como: Subestação central de transmissão, que é construída perto de usinas que produzem energia, é tem a função de elevar a tensão das fontes geradoras para os grandes centros de consumo. Subestação receptora de transmissão: é construída próxima a grandes blocos de carga, e que através de linhas de transmissão se conecta a subestação central. Subestação de subtransmissão: É construída em geral no centro de um grande bloco de carga, que é alimentada pela subestação receptora, do qual dão origem aos alimentadores de distribuição primários, que alimentam diretamente a rede, os transformadores de distribuição e as subestações de consumidor. Subestação de consumidor: É construídaem propriedade particular e é alimentada por redes de distribuição primária, que se originam de subestações de subtransmissão. Geralmente as concessionárias de serviço público possuem requisitos próprios para elaboração de projetos de subestações de consumidor, que estabelecem critérios de segurança como proteções e aterramentos, os critérios utilizados pelas concessionárias são de normas de fornecimento em tensão primária e secundária, que no seu todo está compatível com a Norma Brasileira de Instalações Elétricas da Alta Tensão- NBR-14039:2003. (MAMEDE FILHO, 2015, p.422). A figura 1 demonstra de forma simplificada como é feito a distribuição de energia elétrica da fonte até o consumidor final. 15 Figura 1 – Geração, transmissão e distribuição. Fonte: Elétrica (2011). O processo de automatizar subestações vem se desenvolvendo ao longo do tempo, diminuindo tempo em manobras e tornando as manutenções mais eficazes, sendo necessárias novas tecnologias para suprir a essa demanda, modernizando os sistemas e diminuindo tempo em manutenções e operações em subestações. Automatizar uma subestação significa dota-la de recursos de inteligência artificial utilizando os relés estáticos ou digitais. Digitalizar uma subestação significa aplicar o mesmo princípio, porém utilizando os relés digitais gerenciados, por um sistema que permite desenvolver desde simples atividades de comando, proteção e medição, até atividades mais complexas, tais como a recomposição operacional de uma subestação após um evento de falta de tensão de alimentação (MAMEDE FILHO, 2015, p.537). Para que os equipamentos funcionem de forma adequada é necessário que se tenha manutenção periódica. Entende-se por manutenção as ações que servem para prever, evitar ou corrigir desvios ocorridos durante operação e continuidade de trabalho apresentado por uma instalação ou equipamento. No caso de negligência, a 16 empresa pode vir a arcar com os prejuízos, prezando pelo bem estar físico das pessoas que tenham contato direto ou indireto com a instalação. (OSETORELETRICO,2011). De acordo com o item 10.5.1 da NR 10: “Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecidas sequência a seguir: a) Seccionamento; b) Impedimento de reenergização; c) Constatação da ausência de tensão; d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização. O item 10.4.4 da NR 10 propõe que as instalações elétricas devem ser inspecionadas e controladas periodicamente e suas instalações tenham condições seguras de funcionamento. A falta de manutenção adequada ocasiona muitas vezes a perda da vida útil da máquina ou equipamento, além de oferecer riscos as pessoas envolvidas, muitos setores da economia estão modernizando seu sistema de manutenção para que não venham a ter prejuízo, investindo cada vez mais em mão de obra qualificada e equipamentos inteligentes que possam prever anomalias causadas por erros humanos ou equipamentos defeituosos. Existem vários tipos de equipamentos e dispositivos dentro de uma subestação como equipamentos para medição, controle, transformação entre outros, que são muito importantes para o seu perfeito funcionamento, contudo este capítulo tratou dos dispositivos do sistema de automação. Há muito tempo as tecnologias estão dentro de subestações, e veem sendo cada vez mais aperfeiçoadas de acordo com o que o sistema necessita, com esta necessidade surgiu o que foi chamado de “ilha de dados”, que fornece informações das carências do sistema de automação de subestações Medidor digital de faturamento Relés de Proteção Controle de Bays Oscilógrafa Monitoração para otimização de uso dos ativos 17 Monitoração de qualidade de energia UTR- unidade terminal remota – supervisão SSC Imagens – informações para operação, manutenção e segurança empresarial. Monitoração de equipamentos auxiliares (Nobreaks e telecomunicação). Anunciadores de alarmes Registro de eventos – Data logger A ilha de dados pode ser alterada para determinada subestação, dependendo da aplicação que usuário necessite o que se mantem como característica em relação à ilha de dados e a segurança operacional dentro da instalação de uma subestação de energia elétrica (OSETORELETRICO, 2016). 2.1. DISPOSITIVOS UTILIZADOS Muitos são os dispositivos e equipamentos necessários para se automatizar uma subestação, e basicamente dividem-se em elementos lógicos, que desempenham o papel de processar as informações e tomar as decisões com base nas informações recebidas, e o sistema físico, que por meio de sensores e atuadores, recolhem os dados e realizam comandos, de acordo com as informações que são manuseadas pelo sistema lógico, a seguir serão abordados os elementos que compõe estes dois sistemas. 2.2. EQUIPAMENTOS DO SISTEMA LÓGICO Os equipamentos do sistema lógico desempenham o papel de controlar e analisar as variáveis da planta de automação. A seguir são demonstrados alguns elementos deste sistema. 2.2.1. Unidade de Aquisição de Dados De forma geral são equipamentos que recebem informações do processo e enviam para um sistema de supervisão e controle que está acima dele, os dados são tratados e disponibilizados através de monitores e papeis. Dependendo dos dados a unidade de controle toma as decisões, referentes ao processo (Mamede Filho, 2015, p.528). As unidades de aquisição de dados e controle são constituídas pelos controladores lógicos programáveis e pelas unidades térmicas remotas. 18 Existem ainda as unidades dedicadas que são constituídas por relés digitais e unidades de Inter travamento, e exercem a função de requisitar dados e comandar manobras de máquinas e equipamentos, usando os seguintes meios: Entrada de dados analógicos: São variáveis presentes no processo e caracterizados por tensão, corrente frequência, vazão, pressão. Saída de dados analógicos: São variáveis fornecidas aos componentes do sistema para que se possa ajustar sua lógica, como medidores de energia. Entrada de dados digitais: São informações requisitadas junto aos equipamentos sobre o seu estado operacional, tais como disjuntores chaves seccionadoras etc. Saída de dados digitais: São as ocorrências desejadas de mudança de estado dos equipamentos tais como disjuntores se estão abertos ou fechados, de forma que possa atuar a distância sobre os mesmos. 2.2.2. Unidade de Aquisição de Dados e Controle “É um conjunto de cartões eletrônicos que possuem funções especificas de entradas e saídas, além de unidades logicas de memorização” (MAMEDE FILHO, 2015, p. 528). Dentro dessas unidades existem os dispositivos de entrada (classificados como entradas digitais e entradas analógicas) e os dispositivos de saída (classificados como saídas digitais e saídas analógicas). 2.2.3. Controladores Lógicos Programáveis Conforme definição da norma IEC 61131-1, o CLP é um “sistema eletrônico digital, desenvolvido para uso em ambiente industrial, que usa uma memória programável para armazenamento interno de instruções do usuário, que realiza funções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, para controlar, através de entradas e saídas, vários tipos de máquinas e processos”. O CLP é basicamente um computador que é aplicado em industriais com três módulos básicos, mostrados na figura 3 (Parede; Gomes; Horta 2011, p.48). Unidade central de processamento (UCP). Bloco de memória. Módulos de entrada e saída. 19 O CLP possui ainda outros blocos: Fonte de alimentação. Terminal de programação. Bloco de comunicações. Interface homem-máquina Figura 2 – Estrutura do CLP. Fonte: Parede; Gomes; Horta (2011, p. 48. A estrutura física do CLP é um conjunto de circuitos eletrônicos interligados formados por processadores, memórias, barramentos, dispositivos de entrada e saída, fonte de alimentação e terminal de programação. Ao analisarmos o CLP quanto a sua arquitetura e forma construtiva, podemos compará-lo com um computador especialmente adaptado para aplicações industriais. Em razão de suas características físicas, ele pode funcionar em ambientes industriais agressivos, pois suportam variações de temperatura, vibrações, ruídos elétricos, pequenas variações na tensão etc. Por tudo isso, é considerado um equipamento robusto. (Parede; Gomes; Horta, 2011, p.18). Os CLP têm um papel muito importante nos sistemas de automação em subestações gerenciando os dados que são fornecidos pelos dispositivos instalados dentro da subestação através dos seus módulos de entrada e saída. Os módulos de entrada e saída de um CLP conectam a interface com o sistema externo. Existem diversos tipos de módulos (analógicos, digitais e inteligentes), com número variável de entradas e saídas. Os módulos de entrada do CLP recebem sinais dos sensores e das botoeiras de campo. Os módulos de saída comunicam aos atuadores qual será a ação de controle ou sinalização. 20 A maioria das aplicações com controladores lógicos programáveis necessita de uma interface homem-máquina (IHM). Em um processo produtivo, o operador precisa interagir com o processo ou a máquina, comandando operações, alterando parâmetros, visualizando situações e recebendo diagnósticos. 2.2.4. IHM Interface homem-máquina (IHM), ou, em inglês, machine-man interface (MMI), é um dispositivo que se comunica diretamente com o CLP, utilizado para visualizar dados do processo que executem funções de monitoramento, controle de máquinas, processos e instalações industriais de toda a planta elétrica. É por meio da IHM que o operador pode interagir com o sistema controlado, exercendo uma função extremamente importante, pois, com as informações recebidas da IHM, ele pode realizar intervenções que mantenham a segurança, o bom funcionamento e a disponibilidade de serviços. Seus principais componentes são: visor (display), teclas e botões para navegação ou inserção de dados, barramentos para placas de expansão, portas de comunicação e software. (Parede; Gomes; Horta, 2011, p.152). São necessários, que as telas do sistema supervisório sejam fieis aos dispositivos instalados dentro do ambiente pra que se possam minimizar os erros de operação, para conectar os diversos tipos de dados é necessário que se tenha uma rede de comunicação para isso, utilizam-se protocolos de comunicação. Estes dados obtidos pelos CLP’s necessitam de ser repassados para computadores, isto é feito por meio de software. 2.2.5. SCADA Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados, ou abreviadamente SCADA, resumidamente são programas que fazem o acúmulo das informações obtidas pelos IDE’s, valores analógicos e digitais em tempo real, exemplos típicos de rede de comunicação SCADA são mostrados na tabela 1. Segundo MAMEDE FILHO, este software conta com as seguintes funções: Processador de totalizadores (medição de energia); Processador de dados calculados; Processador de sequência de eventos; Processador de medidas analógicas; 21 Processador de estados digitais; Processador de controle supervisório (comando). Tabela 1 - Exemplos de redes de comunicação SCADA. Fonte: o setor elétrico (2010). O sistema SCADA tem como principal função obter dados de todo a planta, utilizando-se de equipamentos de medição proteção e controle que são embasados em dispositivos eletrônicos inteligentes os chamados (IED’s). A estrutura hierárquica dos sistemas SCADA, é mostrada na tabela 2, dependendo das características internas de cada subestação, o cliente pode desejar um número maior ou menor de variáveis de controle, para se adequar a esta necessidade o sistema irá ficar mais complexo necessitando de um plano de manutenção mais robusto e de um investimento inicial maior tendo em vista que o projeto ficara maior e será necessário agregar mais dispositivos no sistema (OSETORELETRICO, 2016). 22 Fonte: o setor elétrico (2016). 2.3. PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO Pode-se dizer que um protocolo de comunicação é um idioma no qual dois ou mais equipamentos conversam O protocolo de comunicação e um conjunto de regras definidas em que consta o formato no qual a mensagem deve ser transmitida entre os participantes da rede. A simbologia e os caracteres usados para questionar sobre certo evento ou responder a determinada questão e a velocidade com que essa informação flui de um lado a outro, por exemplo, são detalhes que devem ser padronizados em um protocolo. Existem diversos tipos de protocolos disponíveis no mercado, para fazer a melhor escolha é necessário, fazer a relação custo benefício de cada um. De acordo com Mamede Filho, (2015) devem-se analisar duas características típicas de sistemas: Sistemas proprietários: que são programas desenvolvidos por um fabricante e este dispõe do direito de disponibilização e comercialização, sendo responsável pela parte física e lógica, ou seja, hardware e software possuem a vantagem de redução de tempo de resolução de problemas, e também a compatibilização de hardware e software, mas possuem a desvantagem de não permitirem alterações e novas facilidades por meio Tabela 2 - Exemplo de estrutura de hierarquia scada 23 do cliente. Sistemas abertos: são sistemas que são desenvolvidos por pessoas e vendidos para as empresas independem da origem do hardware, os clientes por sua vez podem desenvolver adaptações por meio dele, além do custo ser menor, possuem desvantagem de consequentemente, não ter uma compatibilização entre o hardware e software. Nas áreas de supervisão, controle e monitoramento surgiram vários protocolos de comunicação. Os mais conhecidos, por serem protocolos abertos, são Modbus, DNP3 e IEC 60870- 5-101. Dentre os três protocolos principais, o protocolo MODBUS é o mais antigo e foi regulamentado na década de 70, sua estrutura é a de mestre e escravo, um mestre dispositivos IEDs que fazem à comunicação a qual todos os outros estão ligados a ele, as informações recebidas, são armazenadas no computador sem nenhuma organização sendo responsabilidade do operador organizar essas informações para leitura e escrita, dez anos depois em 1980 surgiu o protocolo IEC 60870-101 que foi dominante na Europa que possui basicamente a mesma estrutura do protocolo MODBUS de mestre e escravo, porém com mais funcionalidades atendendo as necessidades do setor elétrico, que carregam as informações de forma mais organizadas definindo se o tipo de leitura é analógica ou digital. Em 1990 foi especificado o protocolo DNP3, que foi feito de acordo com o protocolo IEC 608070- 101, incorporando o TCP/IP além das características de rede que conhecemos hoje. (OSETORELETRICO, 2016) Os protocolos necessitam de um meio físico que permita a interligação desses dispositivos na velocidade e condições exigidas pelo fabricante, possibilitando a construção de uma rede de comunicação. Tais informações normalmente são transmitidas ou questionadas de forma serial, ou seja, bit a bit, por meio de sinal elétrico ou ótico. Em geral, protocolo e meio físico são ditados pelo fabricante. 2.4. EQUIPAMENTOS DO SISTEMA FÍSICO Para que o sistema de automação possa coletar dados, ou realizar comandos a distância são necessários equipamentos instalados dentro da subestação, a seguir os dispositivos mais importantes que são utilizados. Transformador de Corrente: é um equipamento capaz de reduzir a 24 corrente que circulano seu primário para um valor inferior no secundário compatível com a medição, mantendo as mesmas proporções de valores. (MAMEDE FILHO, p 296). Transformador de potencial: é um equipamento capaz de reduzir a tensão do circuito primário para níveis compatíveis com a tensão máxima suportável pelos aparelhos de medida no secundário, mantendo as mesmas proporções de medida (MAMEDE FILHO, 2015, p. 301). Os transformadores de medida são necessários, pois as tensões e correntes dentro de uma subestação são elevados, de outra forma não seria possível conectar os dispositivos de medição diretamente na rede elétrica. Transdutores: apoiando aos transformadores de potencial e os transformadores de corrente estão os transdutores, “que são equipamentos capazes de converter medidas elétricas em valores proporcionais de tensão e corrente” (Mamede Filho, 2015, p.533), Na figura 4, é possível ver um exemplo de ligação de um transdutor na rede elétrica. Segundo Mamede Filho Os transdutores convertem, medem e enviam sinais a seus respectivos receptores, que correspondem as seguintes medidas elétricas: Tensão, em valor eficaz; Corrente, em valor eficaz; Potência ativa; Potência reativa; Potência aparente; Consumo de energia ativa. Existem dois tipos de transdutores, os de saída serial, que possuem: entrada de tensão máxima de 500V/20-800HZ; entrada de corrente máxima de 5A/20- 800HZ; saída serial (RS485), que será mencionado mais à frente; e alimentação de 110/240V com consumo aproximado de 3 VA. Além dos transdutores com saída analógica, que possuem: entrada de tensão máxima de 500V/20-800HZ; entrada de corrente máxima de 5A/20-800HZ; saída de 4-20ma; e alimentação de 110/240V com consumo aproximado de 3 VA 25 Figura 3 – Ligação de um transduto Fonte: Mamede Filho (2015, p.534). 2.5. RELÉS DE PROTEÇÃO São dispositivos que fazem atuar os sistemas de manobra, esse equipamento, quando ligado a uma instalação, tem como função permitir o funcionamento de outros aparelhos conectados ao mesmo ou em outro circuito elétrico que estejam ligados a ele, devido a uma alteração nas condições do equipamento pela passagem da corrente elétrica. Ele funciona basicamente como uma chave automática comutadora que atua pela alteração de algumas variáveis predeterminadas como temperatura, corrente elétrica, ar e campo magnético. No sistema de automação os relés utilizados podem ser analógicos ou digitais, os analógicos são mais simples possuem a função de proteger por meio de contatos abertos e fechados de acordo com o comando, os relés digitais por sua vez, possuem muitas funções desempenhando um papel de grande importância. Relés digitais tem comunicação via interface serial, que é feita por meio de cabos concêntricos ou fibra óptica, que permitem que seus valores possam ser ajustados, além de fornecer dados, oriundos de distúrbios, 26 além de leituras de valores de medição, ainda é possível fazer ajustes dos parâmetros do relé digital devido à mudança de configuração da subestação (MAMEDE FILHO, 2015, P.538) Relés analógicos, eletromecânicos ou estáticos tem a necessidade de serem ligados a dispositivos auxiliares, que são os transdutores, já mencionados anteriormente (MAMEDE FILHO, 2015, P.538). Em subestações faz se o uso de relés convencionais e relés digitais, o primeiro é utilizado em subestações já existentes e são instalados juntos a cada bay no pátio de manobra da subestação, o segundo que são mais completos são utilizados em instalações novas e são instalados dentro de gabinetes distribuídos a cada bay. Ambos os reles são monitorados pelo sistema de supervisão e controle. Relés digitais:o sistema de controle de uma subestação atualmente faz uso de relés digitais, que fazem parte dos sistemas inteligentes IDEs, que são utilizados em subestações novas, para que o usuário, em subestações antigas o cliente deverá arcar com os custos de substituição dos relés convencionais por unidades numéricas, esta solução é implementada por meio de instalação de gabinetes distribuídos em cada bay da subestação onde estão instaladas as proteções digitais, com os relés auxiliares para aquisição de dados digitais das chaves e disjuntores, os transdutores para aquisição dos dados analógicos como tensão e corrente, Existe ainda a Unidade terminal remota que assume a função da unidade de aquisição de dados e controle (centro de aquisição de dados da proteção e Centro de Aquisição de Dados Analógicos). Que é conectada ao centro de supervisão e controle instalado na casa de comando da subestação, a arquitetura distribuída demonstra como mostrado na figura 5 (MAMEDE FILHO, 2015, p. 542) 27 . Figura 4 – Arquitetura distribuída Fonte: Mamede filho (2015, p. 543). Os relés têm um papel fundamental, pois de acordo com o que forem projetados, realizam comandos e servem de proteção dos dispositivos e circuitos do sistema. Para que todos os dispositivos citados operem com confiabilidade é necessário, monitoramento remoto e visualização em tempo real, para esta função são usados sistemas supervisórios, com telas gráficas dos equipamentos e da planta do sistema, apresentando na tela valores de tensão, corrente, potência, frequência, etc. Em subestações de energia elétrica são peça fundamental. 28 3. NORMAS NECESSÁRIAS EM SUBESTAÇÕES AUTOMATIZADAS Dentro de uma subestação existem muitos dispositivos que são perigosos, podendo causar sérios danos aos seres humanos, este capítulo trata da importância da prevenção contra choques elétricos e arcos voltaicos que acontecem devido a manutenções e operações ocorridas dentro de subestações. A operação remota evita muitos acidentes, pois retira os operadores dos ambientes críticos e os coloca centralizados em centros de operações onde realizam comandos à distância. Contudo é necessário que as pessoas envolvidas sejam treinadas e capacitadas para que haja maior confiabilidade, a seguir será feita uma abordagem de algumas normas importantes para automatizar uma subestação. 3.1. NORMA IEC 61850 O avanço da tecnologia no campo da eletrônica e redes de computadores trouxe ferramentas mais adequadas para os sistemas de automação em subestações, neste sentido surgiu a norma IEC 61850. Ela propõe uma arquitetura de comunicação única entre todos os dispositivos, independente da função que este exerce na subestação ou de seu fabricante. Esta norma foi publicada em 2004, mas vem sendo desenvolvida desde a década de 1990 envolvendo grandes entidades de pesquisas mundiais, como o Electric Power Ressarce Institute (EPRI), Ingeneering Eletrothecnical Comitê (IEC), Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), só para citar alguns. A norma tem grande aceitação nas Américas, Europa e Ásia e já está se firmando como um padrão mundial (OSETORELÉTRICO, 2010). O processo de digitalização de equipamentos eletrônicos cresce cada vez mais rápido. Com isto espera-se que cada dispositivo, cada switch ou qualquer componente eletrônico possua algum tipo de configuração, monitoramento e/ou controle. Para manusear o grande número de dispositivos e permitir que estes se comuniquem, a IEC61850 – Redes de Comunicação e Sistemas em Subestações, tem um papel muito importante. (OSETORELÉTRICO, 2010). Além de especificar elementos de protocolos (como bytes são transmitidos na 29 rede), a IEC61850 provê um modelo compreensivo de como dispositivos do sistema de potência devem organizar dados de maneira consistente para todos os tipos e marcas de dispositivos. Isso elimina muito do esforço de configuração não relacionado ao sistema de potência, uma vez que os dispositivos podem se configurar. Alguns dispositivos usam um arquivo SCL para configurar os objetos e o engenheiro precisa apenas importar este arquivo para configurar estedispositivo. Assim a aplicação cliente pode extrair as definições de objeto do dispositivo através da rede. O resultado é uma grande economia no custo e no esforço de configuração dos dispositivos IEC 61850. Modelar um dispositivo para um sistema de automação de uma subestação é escolher aquele que mais se aproxima da realidade, para isso é necessário saber as características de cada elemento do sistema de abertura e fechamento, para que as suas funções sejam mais bem aproveitadas e o sistema possa armazenar suas informações, registrando a passagem de corrente nos contatos, para que sua vida útil aumente. De acordo com o modelo IEC 61850, estas funcionalidades estão distribuídas em todos os dispositivos do sistema tais como TCs, TPs, placas de rede CPUs, disjuntores, chaves seccionadoras entre outros, as transformações vêm acontecendo há vários anos, uma das consequências deste processo é a substituição de cabos feitos de cobre por fibras óticas, para melhorar a velocidade e consequentemente tendo uma redução dos custos, pois ocupam menos espaço e consequentemente as calhas e canaletas serão menores propiciando um visual melhor dentro de uma subestação, a norma IEC 61850, enfrenta uma grande dificuldade de aceitação, pois cada empresa possui sua característica difundida, com um modelo muito parecido, mas com pequenas diferenças. (OSETORELETRICO, 2010). Os sistemas de automação de subestações (SAS) têm evoluído de forma significativa, com o uso dos relés de proteção microprocessados. Os protocolos existentes atendem diversos sistemas existem muitas subestações utilizando protocolos e normas internacionais, a fim de atender as necessidades do SAS, porém estes protocolos não são suficientes. A norma IEC 61850 define meios de integração de dispositivos que são aplicados aos dispositivos individuais dos sistemas de automação de subestações, a característica principal da norma é que ela permite que o SAS seja considerado plataforma aberta de proteção e automação de subestações. Um sistema de automação de subestação utilizando o IEC 61850 30 realiza a comunicação de modo tanto horizontal quanto vertical dependendo das informações que trafegam pela rede. A busca pela padronização dos protocolos de comunicação existentes resultou na norma IEC 61850. 3.2. NBR 14039 Esta Norma estabelece um sistema para o projeto e execução de instalações elétricas de média tensão, com tensão nominal de 1,0 kV a 36,2 kV, à frequência industrial, de modo a garantir segurança e continuidade de serviço (NBR 14039,2003). Segundo a NBR 14039: Em uma subestação unitária com capacidade instalada menor ou igual a 300 kVA, a proteção geral na média tensão deve ser realizada por meio de um disjuntor acionado através de relés secundários com as funções 50 e 51, fase e neutro (onde é fornecido o neutro), ou por meio de chave seccionadora e fusível, sendo que, neste caso, adicionalmente, a proteção geral, na baixa tensão, deve ser realizada através de disjuntor. Os relés que possuem as funções 50 e 51 que realizam a proteção de sobre corrente de fase podem ser parametrizados um exemplo de relés configuráveis está representado na figura 6. Figura 5 – Relés sepam, Série 20,40 e 80. Fonte: schneiderelectric (2016). Os sistemas digitais inteligentes possuem funções que se adequam as normas existentes ganhando cada vez mais espaço em gerenciamento de energia, 31 seja por meio de redes de distribuição até subestações de energia elétrica. As normas classificadas como de proteção ou elaboração de projetos devem ser seguidas para que o sistema funcione de forma correta, elas são a base para o correto funcionamento de um sistema de automação. 32 4. UTILIZANDO SISTEMAS INTELIGENTES EM SUBESTAÇÕES AUTOMATIZADAS Com o intuito de melhorar sistemas de energia elétrica foram criados os dispositivos inteligentes, que possuem funções de grande utilidade para um gerenciamento de energia mais eficiente e dinâmico. 4.1. SMART GRID O termo smart grid (rede inteligente) refere se a tecnologia atribuída a sistas de distribuição e transmissão de energia elétrica, dotando as de recursos de tecnologias da informação e com elevado grau de automação. Com os sistemas de energia elétrica melhorados, é possível atender melhor às necessidades das unidades consumidoras. Várias concessionárias pelo mundo já utilizam ou tem pesquisas em andamento sobre smart grid, na América do norte, América do sul, Ásia e Oceania. As redes inteligentes trazem vantagens para as concessionárias em relação aos sistemas elétricos já existentes, pois com o uso será possível identificar instantaneamente uma queda nos sistemas de energia e realizar manobras de comando a distância para que o sistema seja reestabelecido o mais rápido possível, além de possibilitar que se conheça o sistema melhor como um todo, para que se possa planejar melhor a distribuição e fornecimento de energia elétrica e saber onde estão as falhas do sistema elétrico possibilitando identificar fraudes, mediante monitoramento da rede elétrica. Em subestações de energia elétrica a utilização de smart grid transmite confiabilidade, pois o sistema poderá transmitir em tempo real o estado de funcionamento dos dispositivos de forma mais avançada tornando a coleta de dados ferramentas para futuras manutenções e melhorias da rede elétrica. 4.2. IEDS Os elementos dos sistemas de proteção, comando e supervisão e controle estão evoluindo de forma rápida para atender as necessidades dos sistemas elétricos, tornando-se complexos por isso a necessidade de implementar inovações 33 tecnológicas, o uso de dispositivos numéricos atendeu a esta necessidade e evoluíram para os dispositivos eletrônicos inteligentes os IEDs, que apresentam muitas funções em relação aos dispositivos que eram utilizados tais como relés de proteção eletromecânicos e estáticos, funções que são muito importantes foram adicionadas como medição, proteção e controle na comunicação, por aquisição de dados dos sistemas elétricos. Com todas estas funções os IEDs, devem possuir muitas funcionalidades utilizando de tecnologias micro processada, eles possuem ainda a capacidade de se integrar a sistemas de comunicação de redes locais. (Revistaosetoreletrico, 2016). Os dispositivos eletrônicos inteligentes são responsáveis por coletar as informações que são fornecidas para o sistema SCADA, muitas são as variáveis coletadas como: Medidas digitais: que são o estado que os dispositivos se encontram fisicamente como os disjuntores, sua posição aberta ou fechada, chaves seccionadoras, e todos os elementos que mandam sinais digitais 0 ou 1. (Revistaosetoreletrico, 2016). Medidas analógicas, que são medidas reais de tensão, corrente, potência, frequência entre outras que são fornecidas por meio de transformadores de corrente, transformadores de potencial, transdutores entre outros. Comando e controle dos dispositivos executam comando para fechamento abertura por meio de meio físico que são encaminhados para os equipamentos, e verificam o correto funcionamento das variáveis de acordo com a lógica implementada na planta de automação, com possibilidade de configurações. Gerenciamento de comunicação: É onde se faz o tratamento das informações para que sejam entendidas pelo sistema hierárquico superior, fornecidas de forma estruturada por meio de protocolo de comunicação. (Revistaosetoreletrico, 2016). A seguir um exemplo de aplicação em circuitos automatizados em sistemas de energia elétrica Quando houver curtos circuitos em linhas de distribuição, o sistema identifica onde é exatamente o ponto de falta e faz o comando e abertura dos religadores e chaves seccionadoras, que isolam o trecho que está em curto e executa o comando de fechamento dos recursos de alimentação,sem a necessidade de interferência humana as manobras podem ser feitas em segundos e suprem a necessidade dos 34 consumidores que estão conectados a esta linha. É possível analisar este funcionamento na figura 7, que representa um sistema de manobras automáticas realizadas após uma falta de energia elétrica. Entre o disjuntor DJ 1 da saída do alimentador até o religador RL 2 no circuito, logo após o disparo da proteção e o encerramento do ciclo programado, o sistema irá comandar a abertura do religador RL2 isolando o trecho sob falta, e comanda o fechamento da seccionadora SC4 de recurso de alimentação entre os alimentadores. (Revistaosetoreletrico,2016). Figura 6 – Reconfiguração Automática Pós Falta Fonte: o setor elétrico, (2016). O exemplo anterior descreve de forma sintética os benefícios de um sistema de automação preciso e eficiente, demandando sistemas mais sofisticados e operadores com conhecimento mais elevado, as operações e manutenções se tornam mais simples. 4.3. CENÁRIO BRASILEIRO No Brasil existem alguns órgãos que se empenham em implantar novas tecnologias no sistema elétrico dentre eles o Cepel (Centro de Pesquisas de Energia 35 Elétrica) desenvolve tecnologias para os sistemas elétricos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em cooperação com instituições públicas e privadas, tanto no Brasil quanto no exterior, o centro desenvolve projetos e, realiza serviços de laboratórios, além de prestar suporte ao Ministério de Minas e Energia. (CEPEL,2016). A Cepel destaca a adesão ao conceito de sistemas abertos, ou seja, sistemas que evoluem e se adaptem as demandas de geração e conceitos tecnológicos. (CEPEL,2016) Algumas das tecnologias contempladas dentro desta linha de pesquisa são: Comunicação, aquisição e tratamento de dados, através do domínio de ampla biblioteca de protocolos de comunicação, que são nativos, incluindo ICCP e IEC61850 e suporte ao Common Information Model (CIM) para troca de informações entre diferentes sistemas; Arquiteturas computacionais de alto desempenho e confiabilidade (hardware e software); Tecnologias utilizadas para interface homem-máquina; Bancos de dados; Simulação e análise de redes em tempo real; Simulação de redes, em tempo real, para que se possa treinar operadores; Controle de geração. As soluções para supervisão e controle de sistemas elétricos vêm sendo desenvolvidas em parceria com as maiores empresas do setor, em especial as empresas Eletrobrás de geração e transmissão - Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul - e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), bem como outras grandes empresas transmissoras de energia do país (CEPEL,2016). Esta linha de pesquisa está relacionada às de tratamento da informação e de inteligência computacional que é aplicada as operações de sistemas elétricos e planejamento, Operação e Análise de Redes Elétricas. Para seu desenvolvimento, conta com recursos do Laboratório Avançado de Supervisão e Controle que fica localizado na unidade de fundão (CEPEL, 2016). O principal produto desenvolvido sob esta linha de pesquisa é o SAGE (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia). 36 O SAGE é um órgão que tem o objetivo de supervisionar controlar e fazer a gestão dos sistemas elétricos. Ele é utilizado por concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e pelo operador nacional do sistema (ONS). O sistema utilizado possibilita tanto a aquisição, armazenamento e análise em tempo real das informações necessárias para a operação de um sistema elétrico, de qualquer ponto, sejam a partir de um centro local, regional ou nacional. Para que o SAGE execute em tempo real a sua organização gira em torno de um gerenciador de base de dados de alto desempenho, onde são tratados todos os alarmes e são organizados em listas por sobreposição e filtragem, e onde são tratadas falhas do sistema computacional (CEPEL,2016). Em resumo o SAGE implementa as funções recebidas do sistema elétrico SCADA, e provem suporte de múltiplos protocolos de comunicação de aquisição e distribuição. Através de programas e aplicativos denominados visores além de controlar a interação do operador com o sistema computacional, ele também suporta todos os recursos full-graphics de última geração (CEPEL, 2016). 4.4. PROGRAMA BRASILEIRO DE REDES INTELIGENTES Dentro dessa demanda por redes inteligentes a ANEEL criou o PROJETO ESTRATÉGICO DE P&D – que expos os pontos mais relevantes de pesquisa para o setor elétrico brasileiro para que se possa realizar uma migração tecnológica do sistema elétrico brasileiro. Em conformidade com a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000 (alterada pelas Leis nº 10.438, de 26 de abril de 2002, nº 10.848, de 15 de março de 2004, nº 11.465, de 28 de março de 2007, nº 12.111, de 09 de dezembro de 2009, e nº 12.212, de 20 de janeiro de 2010), as prestadoras de serviços de distribuição, transmissão ou geração de energia elétrica, excluindo as concessionárias que geram as energias alternativas, como solar, biomassa, eólicas e pequenas centrais hidrelétricas, devem aplicar anualmente um percentual mínimo de investimento em projetos de pesquisa e desenvolvimento P&D. (ANEEL,2016). O programa P&D tem o objetivo de adequar os recursos humanos e financeiros nos projetos elétricos que demonstrem aplicabilidade e originalidade, criando novos equipamentos e fazendo o aperfeiçoamento das redes existentes, 37 aprimorando a prestação de serviços contribuindo assim para a melhoria da segurança do fornecimento de energia elétrica, preservando o meio ambiente e diminuindo a dependência tecnológica que o país possui. (Redesinteligentesbrasil,2016). A figura 7 demonstra como Os Blocos de Pesquisa foram distribuídos, o bloco 1 trata da motivação a adesão das redes inteligentes. O bloco 2 abordou a medição, desde os equipamentos em si até os impactos da sua implantação nos procedimentos internos das distribuidoras de energia elétrica e na relação com os clientes Os blocos 3 e 4 tratam também de tendências e opções tecnológicas e seus impactos no modelo de distribuição de energia elétrica. O bloco 5 abordou os requisitos necessários para suportar as tecnologias para que seja possível a integração e automação de geração distribuída, e armazenamento de energia para veículos elétricos. O bloco 6 por sua vez trata das questões políticas, visando à viabilização da migração das redes de energia elétrica no Brasil. Enfim o bloco 7 que trata da visão dos consumidores perante as mudanças que podem vir a ocorrer por conta das redes inteligentes. ). Figura 7 – Blocos de pesquisa 38 Fonte: redes inteligentes brasil, (2016). As concessionárias estão com projetos de redes inteligentes em andamento como é o caso da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) que possui um projeto chamado de Cidades do futuro que visa implantar a arquitetura Smart Ggrid e tem o objetivo de estabelecer um modelo funcional de referência para dar base a futuras decisões para implementação em grande escala, o projeto avalia ainda o impacto nos processos de negócios da CEMIG, bem como a capacitação dos profissionais que vão lidar com esta tecnologia. (Redesinteligentes,2016). 39 5. CONCLUSÃO O intuito deste trabalho era de fornecer informações referentes as tecnologias usadas em automação de subestações, e mostrar como os dispositivos são utilizados e como são importantes para sistemas automáticos de energia, atentando se para o papel das normas, que são de fundamental importância para que o sistema funcione de forma adequada e eficiente e mostrando a atual forma do sistema elétrico brasileiro, no que diz respeito a supervisão e controle. O campo de aplicação de automação de subestações é muito vasto tendo muitas variáveis ainda a seremexploradas, o trabalho desenvolvido buscou elencá- las da melhor forma possível, os sistemas abertos de gerenciamento de energia que são a base para que novas tecnologias possam surgir, as concessionárias de energia estão cientes de que os sistemas inteligentes otimizam tempo e evitam problemas futuros na rede elétrica, a automação de subestações traz muitas vantagens paras as empresas, profissionais e concessionárias de energia, portanto com as informações obtidas, fica evidente que os sistemas elétricos inteligentes estarão cada vez mais presentes nos ambientes de subestações e distribuição de energia elétrica. 40 REFERÊNCIAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV - Dezembro 2003. ANEEL. CHAMADA NO 011/2010 PROJETO ESTRATÉGICO: “PROGRAMA BRASILEIRO DE REDE ELÉTRICA INTELIGENTE”. Disponível em:<http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/PeD_2008-ChamadaPE11- 2010.pdf>Acesso em: 03 de abril. 2018. ANEEL. Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/pt/programa-de-p-d>. Acesso em: 03 de abril. 2018. CPDEE, Automação do setor elétrico norma IEC 61850-6. Disponível em:<http://www.cpdee.ufmg.br/~renato/ProjetodePesquisa/PJ07a- CEMIG- DesenvolvimentodeSoftwareparaconversaoautomaticadediagramasdesubestacoes/X OMEF0XX_R00.pdf/>. Acesso em: 20 de maio.2018. CEPEL. SAGE- Sistema aberto de gerenciamento de energia. Disponível em:< http://www.cepel.br/produtos/sage-sistema-aberto-de-gerenciamento-de- energia.htm>. Acesso em 27 de abril. 2018. CEPEL. Supervisão e controle de sistemas elétricos em tempo real. Disponível em:<http://www.cepel.br/linhas-de-pesquisa/menu/supervisao-e-controle-de- sistemas-eletricos-em-tempo-real.htm>. Acesso em 27 de abril .2018. CPFL energia. 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Disponível em:<http://redesinteligentesbrasil.org.br/o-projeto.html>. Acesso em: 25 de maio 2018. Revista o setor elétrico. Capítulo IX Exemplos de automação em sistemas de supervisão e controle de subestações e redes de distribuição. Disponível em: < http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/ed56_fasc_automacao_ capIX.pdf / >.Acesso em: 25 de maio .2018. Revista o setor elétrico. Dispositivo de proteção-parte-1. Disponível em:< http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed50_marco_protecao_ seletividade_capIII.pdf/ >. Acesso em: 15 de maio 2018. Revista o setor elétrico. Redes de comunicação em subestação de energia elétrica- Norma IEC 61850. Disponível em: < https://pt.scribd.com/document/326644939/Ed54-fasc-automacao-subestacoes- capVII-pdf>. Acesso em 25 de abril 2018. Revista o setor elétrico. Redes inteligentes. Disponível em:< http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed65_fasc_smartgrid_c ap1.pdf > Acesso em 5 de maio 2018. SCHNEIDER electric. Parametrizando a função de sobre corrente nos relés SEPAM. Disponível em:<http://www.schneiderelectric.com/resources/sites/SCHNEIDER_ELECTRIC/cont ent/li ve/FAQS/283000/FA283915/pt_BR/PARAM%2050-51.pdf/ >. Acesso em 30 de maio 2018. XI CONNEPI. Dispositivos eletrônicos inteligentes IED’S e a norma IEC 61850: União que está dando certo. Disponível em:< http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/1639/ 917>. Acesso em: 15 de maio 2018 http://redesinteligentesbrasil.org.br/o-projeto.html http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/ed56_fasc_automacao_capIX.pdf http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/ed56_fasc_automacao_capIX.pdf http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed50_marco_protecao_seletividade_capIII.pdf http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed50_marco_protecao_seletividade_capIII.pdf https://pt.scribd.com/document/326644939/Ed54-fasc-automacao-subestacoes-capVII-pdf https://pt.scribd.com/document/326644939/Ed54-fasc-automacao-subestacoes-capVII-pdf http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed65_fasc_smartgrid_c http://www.schneiderelectric.com/resources/sites/SCHNEIDER_ELECTRIC/content/live/FAQS/283000/FA283915/pt_BR/PARAM%2050-51.pdf/ http://www.schneiderelectric.com/resources/sites/SCHNEIDER_ELECTRIC/content/live/FAQS/283000/FA283915/pt_BR/PARAM%2050-51.pdf/ http://www.schneiderelectric.com/resources/sites/SCHNEIDER_ELECTRIC/content/live/FAQS/283000/FA283915/pt_BR/PARAM%2050-51.pdf/ http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/1639/ http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/1639/
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