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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR DANIELE AQUINO DE OLIVEIRA SILVA MARIA LUIZA DE LIMA RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA CURITIBA 2020 DANIELE AQUINO DE OLIVEIRA SILVA MARIA LUIZA DE LIMA RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA Produção textual interdisciplinar apresentada as disciplinas de Avaliação na Educação, História da Educação,Teorias e Práticas do Currículo, Sociologia da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula; do curso de Pedagogia Semidistancial, 3º semestre, Polo Curitiba. CURITIBA 2020 SUMARIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 2. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO .................................................................................. 5 3. ANALISE DA SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM ............................. 6 4. ABORDAGEM DA TEORIA Á PRATICA. .............................................................. 8 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 10 REFERENCIAS ......................................................................................................... 11 4 1. INTRODUÇÃO A educação está inserida em nossas vidas desde o início dos tempos. Ao decorrer dos anos, foi se adaptando de acordo com as vivências apresentadas pela sociedade. Tivemos inumeras e importantes fases de desenvolvimento do ensino. Todas essas fases foram essenciais para que dentro da educação houvesse respeito pelo aprendizado e principalmente pelo desenvolvimento humano. Neste trabalho, relataremos as formas de ensinos e abordagens utilizadas em sala de aula, levando em conta a Situação Geradora de Aprendizagem proposta e refletindo, ainda que em caráter exploratório, a respeito da formação do professor. Será explanado as várias tentativas do processo de alfabetização, nos chamados Métodos de Ensino, suas características e analise da importância da educação na vida do aluno, partindo de metodologias e ensinamentos teóricos. Devendo construir a importância das “relações entre a teoria e prática”, sobre sa perspectivas necessidades dos alunos. É importante salientar que tudo será embasado de acordo com as matérias estudadas durante o semestre. 5 2. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO No início da história da educação, a sociedade apresentava a necessidade de adquirir novas formas de sobrevivência. Isso resultou na transformação do homem, levando-o a possuir o pensamento científico como fundamento. Com o passar dos anos, foi-se descobrindo mais a respeito desse desenvolvimento através do aprendizado. Passamos por muitas fases históricas e com isso também a educação evoluiu. Desde o período pré-histórico até o surgimento de diversas classes sociais os aprendizados foram evoliundo, a educação então era oferecida somente para a burguesia. Um grande marco também foi a educação católica para catequisação e alfabetização dos indígenas e o ensino técnico para que a sociedade pudesse aprender oficios, assim contribuindo para o aumento do capitalismo. Diante disso, em cada fase da história, foram reconhecidas necessidades educacionais para o desenvolvimento social e estatal. A educação, compreendida como um processo de apropriação de conhecimentos, valores, hábitos, comportamentos, entre outras coisas é um elemento importante para a produção da existência humana e para que o indivíduo se torne apto à vida social. (HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, PG. 14) Todas essas fases foram marcadas por métodos de ensino e importantes autores que passaram a defender diferentes formas de educação e desenvolvimento social. Desde então, alguns desses autores surgiram com pensamentos que ajudaram a desenvolver também o psico-social humano, ampliando saberes. Até hoje suas ideias são consideradas para os curriculos e leis atuais que regem o ensino educacioal e garante o aprendizado da sociedade desde os anos iniciais. Dentre alguns dos métodos existentes, abordaremos o ensino tradicional e o construtivista, baseando-se nas vivências dos personagens Carolina e Pedro. O ensino tradicional valoriza o conhecimento e, quanto mais conteúdo o aluno aprende, melhor avaliado ele é pela instituição. Além de exigir bom desempenho, as escolas tradicionais tendem a ser mais rígidas também em regras de comportamento, como horário, frequência, uso de uniformes, e atitudes dentro da escola. O Construtivismo é o método alternativo de ensino mais difundido no Brasil. Inspirado nas ideias do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), esse tipo de ensino foca no aprendizado como construção, onde a criança entende o mundo por assimilação e sempre com uso da sua realidade como referência, 6 ou seja, ela utiliza de conhecimentos que já possui para compreender o novo. No Construtivismo, a escola não tem um currículo rígido e propõe atividades que ajudam na ampliação do conhecimento infantil já existente. (Disponível em https://lunetas.com.br/saiba-diferenciar-tipos-de-ensino-e-acerte-na- escolha-por-escola/) 3. ANÁLISE DA SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM De acordo com o relato dos personagens Carolina e Pedro, há uma diferenciação na abordagem realizada em sala de aula pelas professoras. Pode-se observar que a primeira teve uma vivência e contato com o cotidiado de uma metodologia tradicional. A professora Lourdes neste caso é o centro do conhecimento, é ela quem expressa os ensinamentos e o aluno é visto como receptor de conteúdos e segue à risca um planejamento engessado. Neste formato de ensino, o aluno não participa ativamente do processo de aprendizado, e é utilizado o método de avaliação somativa para identificar os conteúdos absorvidos em sala. Este tipo de aprendizagem é considerado um aprendizado mecânico. A avaliação somativa é aquela que é conclusiva, que se realiza e momentos finais de determinadas etapas de trabalho, fornece informações relevantes sobre a apropriação dos conhecimentos por parte dos estudantes após um período de estudos e enfatiza o acumulo daquilo que foi aprendido. Ela está presente nas avaliações bimestrais e nos exames finais realizados em sala de aula [...]. Também fornece dados sobre a aprendizagem dos estudantes, porém não permite, em geral, que se trabalhe com o estudante sobre aquelas dificuldades identificadas, pois ele já avançou no seu processo de escolarização. (LIVRO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO, PG. 234) No segundo caso, o estagiário Pedro participou ativamente de um processo educacional Construtivista, baseando-se no planejamento diário realizado pela professora Melissa. Pode-se observar que a mesma utitilzou o aluno como o centro do conhecimento, levando em consideração suas dificuldades e capacidades para moldar o ensino à suas necessidades. Foi considerado o conhecimento prévio do aluno, utilizando o método de aprendizagem significativa, aonde é explorado a bagagem de conhecimento que o aluno já possui sobre determinado conteúdo por sua vivência e assim, explora-se o tema de diversas formas para que ele realmente retenha o conhecimento, pois fará uma relação direta com seu cotidiano, facilitando assim o aprendizado. 7 Por aprendizagem significativa, entendo , aquilo que provoca profunda modificação no indivíduo. Ela é penetrante, e não se limita a um aumento de conhecimento, mas abrange todas as parcelas de sua existência. (CARL ROGERS). Essa prática de ensino é abordada por muitos autores, de formas diferenciadas, podemos perceber que ela utiliza um processo o qual o aluno é levado em consideração, todas as suas vivências, sentimentos, dificuldades e tornandopossivel que evoluam, aprendam e cresçam em vários sentidos. Para esse processo de ensino são administradas várias formas de avaliar o aprendizado do aluno. Nos anos iniciais é muito comum utilizar o processo de avaliação diagnóstica, que para Luckesi consiste em: [...] ser o instrumento dialético de diagnóstico para o desenvolvimento, uma vez que a pedagogia está interessada na transformação social e não na sua conservação. Desse modo, a avaliação pedagógica deve ter o objetivo de redefinir novas diretrizes nas ações educacionais. Devemos ressaltar que esse modelo não garante menos rigor nas avaliações, mas exigirá maior desempenho por parte dos educadores ao que diz respeito a formulação das avaliações. A dedicação técnica e cientifica no preparo deste tipo de material, trará maior chance de eficácia no aprendizado, que consequentemente, favorecerá para que de fato ocorra uma transformação no sistema educacional. O que Luckesi propôs, foi a reflexão de novas diretrizes pedagógicas, que devem ser práticas para que como pedagogos possamos construir uma sociedade em que os membros que a compõem participem ativamente e democraticamente. 8 4. ABORDAGEM DA TEORIA Á PRATICA. Analisando as práticas pedagógicas, cabe observar o vértice existente entre a teoria e a prática, como se elas não fossem o complemento uma da outra. Pode-se dizer que a constituição de uma formação docente se dá antes e durante o decorrer de sua vida profissional, assim como social. Cria-se um consenso de que formação docente envolve tanto as habilidades teóricas, quanto as práticas, desenvolvidas ao decorrer da vida escolar. Quando um docente se apropria de conhecimentos teóricos e práticos, a compreensão da aprendizagem se torna mais simples, o que dá a liberdade para que o docente possa escolher as ferramentas e os melhores métodos para aplicar em seu trabalho. As críticas e dificuldades encontradas, são resolvidas com mais clareza e expertise. Acredita-se também, que o maior desafio para os profissionais da área é compreender e desenvolver as teorias dentro da pratica de acordo com sua interação, moldando e dando forma aos seus saberes. A relação entre a teoria e a pratica na sala de aula pode se tornar complexa, dependendo do cenário em que se encontra. Tanto a teoria quanto a prática por si só já são desafiadoras, juntos tornam-se um cubo multifacetado, que por vezes pode ser difícil a compreensão. [...] portanto, como pressupostos a participação e envolvimento do professor, em seu processo de formação continuada. É uma metodologia que fortalece a interação comprometida do professor na construção do conhecimento e que move a aproximação e o estreitamento dos vínculos entre teoria e prática (COVER, 2011, 75). Como um profissional da área, é de extrema importância conhecer bem as teorias relacionadas á assuntos competentes a sala de aula, uma vez que todo o conhecimento adquirido, absorvido e processado se torna a base sólida para o ensino. Saber reunir todo o material e identificar qual a melhor forma de passar esse ensinamento adiante é o objetivo de todo docente. A maneira como todas as informações são processadas e projetadas também muda conforme o docente responsável pela tarefa, uma vez que cada pessoa tem uma forma de pensar, compreender e até mesmo fazer críticas, no entanto, devem repassar de forma neutra, sem inserir sua própria opinião a respeito do assunto. É neste momento que temos o 9 outro fator importante que está atrelado na teoria, a prática. Diz-se que na teoria é uma coisa e na pratica é outra. Pode-se considerar isso como um paradoxo, onde é e ao mesmo tempo não é. Na teoria, tudo parece racionalmente possível, enquanto na pratica nem tudo parece ser possível de ser executado conforme a teoria, mas independente disso, tudo que é realizado praticamente, foi fundado na teoria, embora nem todas as práticas consigam ser executadas de acordo com a teoria e é nesse momento que o paradoxo é questionado. A realização pratica envolve muitas variáveis dentro de uma sala de aula, tais como o método de aplicação, os alunos, o nível de conhecimento, os interesses entre outros, é por isso que na prática pode acabar não dando tão certo. A pratica é um fator indispensável para o aprendizado, pois é por meio dele que todo o conhecimento teórico é de fato absorvido e ao mesmo tempo a teoria é ainda mais indispensável, pois é por meio dele que as praticas podem ser executadas com a máxima precisão. Dentro de uma sala de aula a relação teórica e prática andam sempre de mãos dadas, uma não funciona sem a outra e o docente é quem faz a ponte e a conexão entre o conhecimento e o aprendizado. [...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção” que se faz mediante a reflexão ativa da realidade onde se desenvolve a prática pedagógica. (PAULO FREIRE, 2002, p.12) 10 CONCLUSÃO Acreditamos que a formação do docente deve ser crítica e reflexiva, dando prioridade para o desenvolvimento do aluno em todas as suas capacidades. A teoria e a prática são importantes e fornecem meios para o desenvolvimento pedagógico. São exercicios que contribuem também para a prática docente. Com análise e preparo, o pedagogo é capaz de desenvolver o aprendizado necessário tanto para educação quanto para a sociedade, pois as práticas pedagógicas procuram atender as expectativas educacionais existentes em diferentes comunidades. Sendo assim, os valores presentes nos impactos sociais determinam a construção dessa prática que são inicialmente necessárias seja na escola ou na comunidade atendida. Consideramos a teoria e suas práticas fundamentais, pois trazem consigo a realidade relacionada aos aspectos das várias culturas e vivências encontradas em sala de aula, buscando a construção histórica dos sujeitos individuais e coletivos. É preciso que as práticas pedagógicas se reorganizem conforme a vida, o cotidiano existente para que tenhamos em sala de aula um desenvolvimento ampliado, assegurando aos nossos alunos que tenham capacidade de desenvolvimento social e humano. . 11 REFERENCIAS CICONE, Reinaldo Barros; MORAES, Leandro Eliel Pereira de. História da Educação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. ARCAS, Paulo Henrique. Avaliação na educação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. LUCKESI, Cipriano. Avaliação e Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995. CARVALHO, Cicefran Souza de. A Aprendizagem Cooperativa no Ensino da Matemática. 1ª edição. Curitiba: Apris, 2019. COVER, I. A relação teoria e prática no processo de formação docente. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2011. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1997. Saiba diferenciar tipos de ensino e acerte na escolha da escola. Disponível em < https://lunetas.com.br/saiba-diferenciar-tipos-de-ensino-e-acerte-na- escolha-por-escola/>. Acesso em 06 de maio de 2020 às 15:02.
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