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Aula Contrato de Trabalho

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CONTRATO DE TRABALHO
CLT, art. 442. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
	Crítica: definição tenta conciliar duas correntes: contratualista e acontratualista.
	Prevalece a teoria contratualista.
Conceito: 
Contrato de Trabalho é o acordo expresso (escrito ou verbal) ou tácito firmado entre uma pessoa física (empregado) e outra pessoa física, jurídica ou entidade (empregador), por meio do qual o primeiro se compromete a executar, pessoalmente, em favor do segundo um serviço de natureza não eventual, mediante salário e subordinação jurídica.
	Nota típica: subordinação jurídica
 
CARACTERÍSTICAS
	Contrato de direito privado
	Contrato sinalagmático
	Contrato consensual
	Contrato intuitu personae quanto ao empregado
	Contrato de trato sucessivo
	Contrato de atividade
	Contrato oneroso
	Contrato dotado de alteridade
MORFOLOGIA DO CONTRATO
	Elementos Essenciais (jurídico-formais):
	Capacidade das partes
	Quanto ao empregador
	Quanto ao empregado
b) Licitude do objeto
	Distinção entre o trabalho ilícito (OJ 199 SDI1/TST) e o trabalho proibido ou irregular (Súmula 386 TST)
c) Forma regular ou não proibida
d) Higidez de manifestação da vontade
A) CAPACIDADE DAS PARTES
	Empregador: pessoa natural, jurídica ou ente despersonalizado, desde que com capacidade civil
	Empregado: 
CLT, art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.
	Pode firmar recibos de pagamento
	Não pode dar quitação (rescisão do contrato de trabalho)
CAPACIDADE DAS PARTES
*
Código Civil, art. 5º
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Alguns trabalhos proibidos para menores de 18 anos
	Vigilante – Lei 7.102/1983 (21 anos)
	Mototaxista ou Motoboy – Lei 12.009/2009 (21 anos)
	Lista TIP (Convenção 182 OIT) – Decreto 6.481/2008
	CF, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (
 
Alguns trabalhos proibidos para menores de 18 anos
*
B) LICITUDE DO OBJETO
Objeto ilícito
OJ-SDI1-199 JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDA-DE. OBJETO ILÍCITO (título alterado e inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 
É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. 
Objeto proibido
SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EM-PREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 167 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. (ex-OJ nº 167 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999) 
C) FORMA REGULAR OU NÃO PROIBIDA
	Regra geral: contrato não solene, expresso ou tácito (CLT, art. 442)
	Questão forma  prova
	Algumas exceções (contratos obrigatoriamente por escrito):
Contrato de aprendizagem
Contrato do atleta profissional de futebol (Lei 9.615/1998)
Contrato de trabalho temporário (Lei 6.019/1974) 
Contrato de artista (Lei 6.533/1978)
ANOTAÇÃO NA CTPS
CLT, Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. 
§ 2º  A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) obedecerá aos modelos que o Ministério da Economia adotar.  (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
ANOTAÇÃO NA CTPS
*
Art. 14.  A CTPS será emitida pelo Ministério da Economia preferencialmente em meio eletrônico.    
 
Parágrafo único. Excepcionalmente, a CTPS poderá ser emitida em meio físico, desde que:   
I - nas unidades descentralizadas do Ministério da Economia que forem habilitadas para a emissão;    
II - mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta;    
III - mediante convênio com serviços notariais e de registro, sem custos para a administração, garantidas as condições de segurança das informações.    (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 15.  Os procedimentos para emissão da CTPS ao interessado serão estabelecidos pelo Ministério da Economia em regulamento próprio, privilegiada a emissão em formato eletrônico.    (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
CLT, art. 29.  O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia.    (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
 
§ 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja êle em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta.
§ 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação.
§ 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 5o O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. 
Art. 52 - O extravio ou inutilização da Carteira de Trabalho e Previdência Social por culpa da empresa sujeitará esta à multa de valor igual á metade do salário mínimo regional.
§ 8º  O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação.   (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
CLT, art. 40.  A CTPS regularmente emitida e anotada servirá de prova:
I - Nos casos de dissídio na Justiça do Trabalho entre a emprêsa e o empregado por motivo de salário, férias ou tempo de serviço;  
II – revogado  
III - Para cálculo de indenização por acidente do trabalho ou moléstia profissional. 
  
 
SÚMULA 12 (TST) CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum“
SÚMULA 225 (STF) Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira profissional.
D) HIGIDEZ DE MANIFESTAÇÃO DA VONTADE
	Manifestação livre de vícios 
	Contrato de trabalho  contrato de adesão?
	Elemento de menor importância
2. Elementos naturais
	Jornada
	Salário
	Intervalos intrajornada
3. Elementos acidentais
	Condição: evento futuro e incerto. Ex: art. 475, §2º
Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.
§ 2º - Se o empregadorhouver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.
	Termo: evento futuro e certo. Ex: contrato por prazo determinado – CLT, art. 443 e Lei 9.601/98.
MODALIDADES DE CONTRATO DE TRABALHO
	Contratos Expressos e Contratos Tácitos:
	Expresso: verbal ou escrito
	Contratos que exigem a forma escrita: 
Temporário (Lei 6.019/74)
Artista profissional (Lei 6.533/78)
Contrato por tempo determinado ou contrato provisório (Lei 9.601/98)
b) Tácito: conjunto de atos e omissões que indicam a pactuação.
2. Contratos individuais e contratos plúrimos
	Contrato individual de trabalho: um único empregado no polo ativo da relação de emprego.
b) Contrato plúrimo ou de equipe: um empregador contrata conjuntamente vários empregados.
	Contrato coletivo
3. Contratos por prazo indeterminado, por prazo determinado e intermitente
Art. 443.  O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.                       (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
	Contrato por prazo indeterminado: é regra geral
Aspectos gerais:
	Princípio da continuidade da relação de emprego (Súmula 212)
	Princípio da condição mais benéfica
Aspectos específicos:
	Interrupção e suspensão contratuais
	Estabilidades e garantias no emprego
	Efeitos rescisórios
SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
b) Contratos por prazo determinado (a termo)
	Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo (art. 443, §2º, a)
	Atividades empresariais de caráter transitório (art. 443, §2º, b)
	Contrato de experiência (art. 443, §2º, c)
	Contratos tipificados em leis específicas
	Lei 9.601/98
Prazos legais
Prorrogação
CLT, art. 445. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2(dois) anos, observada a regra do art. 451.
CLT, art. 451. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.
SUM-188 CONTRATO DE TRABALHO. EXPERIÊNCIA. PRORROGAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O contrato de experiência pode ser prorrogado, respeitado o limite máximo de 90 (noventa) dias.
Nova contratação
CLT, art. 452. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
Novo contrato por prazo determinado só após seis meses do término do contrato anterior.
Se não for observado esse intervalo  contrato por prazo determinado.
Hipóteses excepcionais:
	Expiração do primeiro contrato dependeu de execução de serviços especializados.
	Expiração do primeiro contrato dependeu da realização de certos acontecimentos.
	
Extinção antecipada
	Pelo empregador: indenização correspondente à metade da remuneração devida até o final
CLT, art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. 
SUM-125 CONTRATO DE TRABALHO. ART. 479 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O art. 479 da CLT aplica-se ao trabalhador optante pelo FGTS admitido mediante contrato por prazo determinado, nos termos do art. 30, § 3º, do Decreto nº 59.820, de 20.12.1966.   
Extinção antecipada
*
	Pelo empregado: indenização dos prejuízos que causar a extinção antecipada
CLT, art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.   
§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. 
	Extinção antecipada do contrato por prazo determinada com cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão
CLT, art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
	Rescisão será igual a do contrato por prazo indeterminado.
Extinção antecipada do contrato por prazo determinada com cláusula assecuratório do direito recíproco de rescisão
*
Contrato por prazo determinado – Lei 9.601/98 
Art. 1º As convenções e os acordos coletivos de trabalho poderão instituir contrato de trabalho por prazo determinado, de que trata o art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, independentemente das condições estabelecidas em seu § 2º, em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no número de empregados.
	Não se aplica o art. 451: o contrato poderá ser prorrogado sem que se transforme em contrato por prazo indeterminado.
	Não se aplica o disposto nosso arts. 479 e 480 da CLT (indenização pelo término antecipado do contrato)
Contrato por prazo determinado 
*
Contratos de trabalho por prazo determinado em leis específicas
	Contrato de trabalhador rural por pequeno prazo: Lei 11.718/2008 (alterou a Lei 5.889/73 – trabalho rural)
	Contrato de trabalho por obra certa: Lei 2.959/56 – empregador construtor, que exerça a atividade em caráter permanente 
	Contrato de trabalho do atleta profissional: Lei 9.615/1998 (Lei Pelé) – o contrato de trabalho do atleta profissional tem prazo determinado com vigência nunca inferior a 3 meses nem superior a 5 anos.
	Contrato de trabalho do artista: Lei 6.533/1978 – pode ser por prazo determinado ou indeterminado.
Contratos de trabalho por prazo determinado em leis específicas
*
c) Contrato Intermitente
CLT, art. 443. (...)
§ 3o  Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.                          (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
*
Trabalho intermitente
	Contrato por escrito
	Valor da hora de trabalho deve constar no contrato e não pode ser inferior ao valor da hora do salário mínimo ou ao devido aos demais empregados que exerçam a mesma função     
Art. 452-A.  O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.   
            
	Convocação pelo empregador com três dias corridos de antecedência, através de qualquer meio eficaz de comunicação
§ 1o  O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
	O empregado tem prazo de um dia útil para responder. Se silenciar  recusa.
§ 2o  Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.  
	Recusa do empregado não significa ausência de subordinação.
§ 3oA recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. 
	Se aceitar a oferta: a parte que descumprir pagará em 30 dias multa de 50% da remuneração devida, permitida a compensação em igual prazo.
§ 4o  Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.  
	Período de inatividade não é tempo à disposição
	Pode o trabalhador prestar serviços a outros contratantes
§ 5o  O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes.   
	Verbas recebidas ao final de cada trabalho prestação:
§ 6o  Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:  
I - remuneração;        
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;         
III - décimo terceiro salário proporcional;      
IV - repouso semanal remunerado; e      
V - adicionais legais.   
	Recibo de pagamento deve conter a discriminação das parcelas
§ 7o  O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6o deste artigo.  
	FGTS e contribuição previdenciária recolhidos com base no que foi pago no período mensal
	O empregado deve receber o comprovante desses pagamentos.
§ 8o  O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.  
	Férias: a cada 12 meses, um mês de férias, quando não poderá ser convocado pelo mesmo empregador.
§ 9o  A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.       
Direitos e deveres no Contrato de Trabalho
	Pelo empregado:
Dever de prestar serviços
Dever de obediência
Dever de probidade
Dever de diligência
Dever de fidelidade
Dever de observar as normas de segurança e medicina do trabalho
	Pelo empregador:
Dever de pagar salário
Dever de probidade
Dever de não discriminar o empregado
 
Direitos e deveres no Contrato de Trabalho
*
Direitos Intelectuais e invenções do empregado
Lei 9.279/98 (Lei da Propriedade Industrial)
	Invenção do empregado contratado para inventar
Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado.
 § 1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao salário ajustado.
Direitos Intelectuais e invenções do empregado
*
Art. 89. O empregador, titular da patente, poderá conceder ao empregado, autor de invento ou aperfeiçoamento, participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração da patente, mediante negociação com o interessado ou conforme disposto em norma da empresa.
 Parágrafo único. A participação referida neste artigo não se incorpora, a qualquer título, ao salário do empregado.
	Invenção do empregado desvinculada do contrato de trabalho
Art. 90. Pertencerá exclusivamente ao empregado a invenção ou o modelo de utilidade por ele desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador.
Invenção do empregado desvinculada do contrato de trabalho
*
	Invenção do empregado com recursos do empregado
Art. 91. A propriedade de invenção ou de modelo de utilidade será comum, em partes iguais, quando resultar da contribuição pessoal do empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, ressalvada expressa disposição contratual em contrário.  
(...)
 § 2º É garantido ao empregador o direito exclusivo de licença de exploração e assegurada ao empregado a justa remuneração.
Indenização por danos extrapatrimoniais e materiais trabalhistas
CRFB/88, art. 5º
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
CLT, Título II-A – Do Dano Extrapatrimonial (introduzido pela Lei 13.467/2017) – arts. 223-A a 223-G
Dano material: afeta direito patrimonial
Dano extrapatrimonial: afeta direito imaterial, como honra, dignidade, intimidade, imagem e outros. Abrange: dano moral,
dano estético e dano existencial.
São lesões aos direitos da personalidade, à dignidade da pessoa humana.
Indenização por danos extrapatrimoniais e materiais trabalhistas
*
Art. 223-A.  Aplicam-se à reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho apenas os dispositivos deste Título. 
	Não pode afastar a aplicação da Constituição Federal.
Art. 223-B.  Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.   
	Pessoa jurídica também pode sofrer dano extrapatrimonial.
	O titular do direito pode ser o empregado ou o empregador.
	Dano moral reflexo ou em ricochete
Art. 223-C.  A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.                        
	Rol exemplificativo
Art. 223-D.  A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica.
Art. 223-E.  São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão.
	Responsabilidade solidária (CC, 942) 
Art. 223-F.  A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo. 
	São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. (Súmula 37 STJ)
§ 1o  Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.   
§ 2o  A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais. 
*
Art. 223-G.  Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:                 
I - a natureza do bem jurídico tutelado;                      
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;                      
III - a possibilidade de superação física ou psicológica;                      
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;                    
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;                    
VII - o grau de dolo ou culpa;
VIII - a ocorrência de retratação espontânea;
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;
X - o perdão, tácito ou expresso; 
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;  
XII - o grau de publicidade da ofensa.
 
Requisitos para a existência do direito à indenização 
Responsabilidade Civil Subjetiva:
	Ação ou omissão
	Dano
	Nexo de causalidade
	Culpa ou dolo
Responsabilidade objetiva: 
	Ação ou omissão
	Dano
	Nexo de causalidade
CC, art. 927. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida peloautor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
*
CLT, art. 223-G (...)
§ 1o  Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:   
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;                     
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;                     
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;                    
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido
	ADI 6050
 
§ 2o  Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao salário contratual do ofensor.   
§ 3o  Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização. 
Assédio Moral
	Conduta reiterada, de violência psicológica, desestabilizando e prejudicando o equilíbrio psíquico e emocional do empregado, deteriorando o meio ambiente do trabalho e podendo resultar em enfermidades graves.
	Mobbing; terror psicológico no trabalho
	Assédio vertical descendente: superior hierárquico  empregado
	Assédio vertical ascendente: empregado  superior hierárquico
	Assédio horizontal: empregado  empregado 
	Enquadramento assédio vertical descendente:
CLT, art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
	Enquadramento assédio horizontal:
CLT, art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
Trabalho em condições análogas à de escravo
	“Trabalho forçado”, “trabalho escravo”.
	Convenção n. 29 da OIT – Convenção sobre o Trabalho Forçado (1930), ratificada pelo Brasil:
 “1. Para fins desta Convenção, a expressão “trabalho forçado ou obrigatório” compreenderá todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente.” 
	Conceituação clássica: trabalhador coagido a permanecer prestando serviços, impossibilitando ou dificultando o seu desligamento. Restrição à liberdade de locomoção.
	Coação moral (“servidão por dívidas” – truck system, vedado no art. 462, §2º, da CLT)
Trabalho em condições análogas à de escravo
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	Convenção n. 105 da OIT – Convenção sobre a Abolição do Trabalho Forçado (1957), ratificada pelo Brasil
Art. 1 — Qualquer Membro da Organização Internacional do Trabalho que ratifique a presente convenção se compromete a suprimir o trabalho forçado ou obrigatório, e a não recorrer ao mesmo sob forma alguma:a) como medida de coerção, ou de educação política ou como sanção dirigida a pessoas que tenham ou exprimam certas opiniões políticas, ou manifestem sua oposição ideológica à ordem política, social ou econômica estabelecida;
b) como método de mobilização e de utilização da mão-de-obra para fins de desenvolvimento econômico;
c) como medida de disciplina de trabalho;
d) como punição por participação em greves;
e) como medida de discriminação racial, social, nacional ou religiosa.
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Art. 2 — Qualquer Membro da Organização Internacional do Trabalho que ratifique a presente convenção se compromete a adotar medidas eficazes, no sentido da abolição imediata e completa do trabalho forçado ou obrigatório, tal como descrito no art. 1 da presente convenção.
	Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
	Código Penal
 Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
 I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
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§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
 I – contra criança ou adolescente;         
 II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.  
Trabalho escravo ou em condições análogas à de escravo:
Trabalho forçado
Jornada exaustiva
Trabalho degradante
Conceito: exercício do trabalho humano em que há restrição, em qualquer forma, à liberdade do trabalhador e/ou quando não são respeitados os direitos mínimos para o resguardo da dignidade do trabalhador.
Elementos indicadores:
	Aliciamento de trabalhadores de outros Municípios ou Estados, utilizando-se de intermediadores de mão de obra
	Trabalho em localidades distantes e de difícil acesso
	Prestação de serviços sob vigilância armada e com retenção de documentos ou objetos pessoais
	“servidão por dívidas” (truck system)
	Alojamentos sem condições de habitação e instalações sanitárias sem condições de higiene
	Fornecimento inadequado de alimentação e água potável
Elementos indicadores 
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Falta de fornecimento de EPI
Transporte sem segurança dos trabalhadores
Descumprimento de normas básicas de medicina e segurança do trabalho
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CRFB/88, art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Declaração de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da OIT (1998)
	liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva – C. 87 e 98; 
	eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório – C. 29 e 105; 
	a efetiva abolição do trabalho infantil – C. 138 e 182; e
	a eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação – C. 100 e 111.
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Trabalho Decente
	Pontos básicos (cf. OIT): a liberdade de trabalho; a igualdade no trabalho; a proibição do trabalho infantil; a liberdade sindical.
	“É um conjunto mínimo de direitos do trabalhador que corresponde: à existência de trabalho; à liberdade de trabalho; à igualdade no trabalho; ao trabalho com condições justas, incluindo a remuneração, e a preservação de sua saúde e segurança; à proibição do trabalho infantil; à liberdade sindical; e à proteção contra os riscos sociais.” (Claudio Monteiro de Brito Filho) 
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https://www.youtube.com/watch?v=YsxWccqgPQk

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