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Trabalho Politicas Publicas Alcool e drogas

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
POLÍTICAS PÚBLICAS E PSICOLOGIA – ALGUNS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS: ALCOOL E OUTRAS DROGAS 
Política de redução de danos
Campinas - Swift
2020
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
POLÍTICAS PÚBLICAS E PSICOLOGIA – ALGUNS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS: ALCOOL E OUTRAS DROGAS 
Política de redução de danos 
Trabalho apresentado para a disciplina Políticas Públicas e Psicologia, sob a orientação do Professora Carolina Freire de
Carvalho de Carvalho.
Campinas - Swift
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
2.1 Álcool e outras drogas no mundo
2.2 Início da política de redução de danos no Brasil 
2.3 A política de redução de danos 
2.4 Contribuições de um programa Norte Americano
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
4 BIBLIOGRAFIA 
1 INTRODUÇÃO
No presente trabalho abordaremos o tema Álcool e outras drogas.
 Através de uma pesquisa bibliográfica levantamos dados a respeito do histórico de drogas no Brasil, surgimento da política de redução danos, aplicações práticas e questões atuais das mesmas. 
O uso de álcool e drogas não é um fenômeno atual e ao longo dos anos foi tomando seu lugar nas questões emergentes do convívio social e individual do ser humano. 
A política de redução de danos surgiu em meio a este contexto de emergência do uso de drogas e o impacto que gerava na vida de cada indivíduo. Elas foram estabelecidas para promover o uso consciente das substancias zelando pela segurança e bem estar do usuário. Tais políticas carregam grandes desafios que as impedem de serem efetivamente aplicadas até os dias atuais. 
Este trabalho visa ampliar nosso entendimento a respeito das políticas públicas e sensibilizar nossos olhares para o fenômeno do uso das drogas e suas consequências subjetivas. 
	
2 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
2.1 Álcool e outras drogas no mundo 
	
Estudos comprovam que o consumo de substâncias psicoativas data 6000 anos a.C e que era utilizado por motivos religiosos ou culturais. Segundo OBID (2011, apud Machado, Borini, 2013) o índice de consumo é tão alto que é constatado que as substâncias psicoativas continuaram acompanhando a humanidade ao longo dos anos. Houve um tempo que as drogas eram consideradas remédio por seu efeito anestésico, sendo assim passou-se de esfera religiosa para a esfera biomédica e da Justiça. 
A revolução industrial foi um grande marco na história do álcool, pois foi neste período que houve a evolução na destilação do álcool, com isso surgiu a problematização do uso abusivo de Drogas tanto lícitas, como ilícitas. 
Com o surgimento deste abuso de substâncias psicoativas, vários países adotaram medidas de intervenção a repressão, proibicionismo e a estratégia de guerra às drogas, a mesma “prioriza a redução da oferta de drogas e relega a segundo plano a prevenção ao uso, tendo como principais pilares o modelo moral e criminal”. E tem como objetivo criar uma sociedade livre das drogas. 
Em relação às políticas proibicionismo estão as seguintes medidas: ações baseadas no medo à repreensão, na persuasão moral e na intolerância ao uso de droga, que impõe a abstinência como pré-condição para o ingresso em um programa de tratamento. 
Na década de 80, surgiram movimentos sociais dos próprios usuários de drogas, como por exemplo, o Junkiebond na Holanda, que demandava melhores condições de vida e de saúde para os usuários. 
2.1 Início da política de redução de danos no Brasil
 No Brasil a questão das drogas era considerada uma problemática da segurança social do que algo relacionado com a saúde dos usuários. Na década de 80 ainda as drogas não eram consideradas responsabilidade do governo e o álcool apesar de ser lícito, era o maior causador de internações em hospitais psiquiátricos no país. 
Com a falta de assistência do governo para a saúde pública dos usuários de álcool e drogas, foi criando-se maneiras alternativas de ajudar, surgindo então comunidades terapêuticas e ações religiosas e não governamentais. Somente foi criado políticas públicas com atenção a saúde direcionado aos usuários de álcool e drogas após diversos fatores e o acontecimento do fenômeno da AIDS, na década de 80.
Como falado acima, a falta de políticas públicas voltadas a saúde do usuário teve um impacto muito grande no crescimento ainda demasiado do uso de drogas ilícitas no país, tendo em vista que o método a ser usado a respeito era o de encarceramento e a rotulação desses grupos e usuários. Com o crescimento de comunidades terapêuticas e o surto da AIDS, foi visto que o enfoque da doença não se dava somente nos grupos denominados ‘’grupos de risco’’ e sim em ‘’comportamentos de risco’’, fazendo então com que as primeiras políticas de redução de danos fossem criadas, afim de conseguir um contato com o usuário e além de orientá-lo, aconselhá-lo, também oferecer o direito à saúde e a liberdade individual daqueles que não conseguem interromper o uso da substância, mas que o possam fazer de modo seguro. 
Efetivamente a estratégia de redução de danos teve seu início em 89 em Santos/SP, onde a maior parte dos casos de AIDS através de drogas injetáveis ocorreram. 
Após vários questionamentos e pesquisas, foi visto que novamente o termo utilizado para direcionamento das políticas de redução de danos aos indivíduos que tinham um ‘’comportamento de risco’’, ainda era raso e ineficaz. Foi então remodelado o termo e ampliado a visão para ‘’situação de vulnerabilidade’’ onde não somente se olhava para o comportamento do indivíduo, mas as questões políticas, sociais, economias e as influencias que tinham no comportamento de cada um. Isso tornou a possibilidade de tornar o assunto um campo mais reflexivo e multideterminado.
A questão da vulnerabilidade tornou o entendimento da política de redução de danos maior, ampliando o atendimento não somente para a prevenção da AIDS mas para a saúde de todos. 
2.3 A política de redução de danos
As práticas de Redução de Danos não são somente atraentes pelo fato de serem mais humanizadas, mas também pelo baixo custo da mesma e por ser uma prática mais eficiente do que as abordagens tradicionais, pautadas no encarceramento do usuário. Além dos trabalhos feitos com os indivíduos que utilizam substâncias psicoativas, as práticas de RD visam munir de informações todos os possíveis envolvidos, como os familiares, cônjuges, amigos e pessoas que permeiam o cotidiano do usuário, fazendo com que isso tome uma dimensão comunitária.
É fundamental fazer a diferenciação entre políticas, programas e estratégias. As políticas são os princípios que norteiam, as diretrizes. Os programas visam a produção de tecnologias, planejando, por exemplo, como será o acesso dos usuários aos diferentes dispositivos. E por fim, as estratégias são as ações executadas diariamente. (GOMES; VECCHIA; 2016).
 	Os primeiros indícios de uma prática de RD no Brasil surgiu na década de 1980, nas cidades do Rio de Janeiro, Santos e Salvador, porém, a mesma só passa a ser uma prática utilizada no Sistema Único de Saúde após a PAIUAD (Política de Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas), no ano de 2003 (CRUZ, 2011). Um dos princípios que norteiam a RD é partir da subjetividade do sujeito, a promoção de saúde e a garantia de seus direitos enquanto cidadãos. A promoção de saúde envolve a participação do sujeito em uma melhoria em sua qualidade de vida, batendo de frente com a prática tradicional de medicalização, pois leva em consideração a emancipação do sujeito. 
 	A abrangência dos programas pode variar, assim, os programas que têm menor cobertura há uma menor abrangência e encontram-se em estruturação, e os que têm uma abrangência maior são os programas já estruturados e consolidados. 
 	Dentre as práticas observadas há a troca de seringas e outros materiais esterilizados; informações e aconselhamento; kit de redução de danos; terapias de substituição,e, o acesso aos serviços de saúde e assistência social. Os autores do artigo utilizado pelas alunas Julia Jhemilly e Larissa Thiely pautam seus resultados baseados no estudo bibliográfico das práticas de RD em diversos países, sendo esses: Brasil, Europa, EUA, Irã, Canadá, Índia, entre outros. Respectivamente, no que diz respeito as práticas, a troca e/ou fornecimento de seringas pode ocorrer em serviços de saúde, nas próprias cenas de uso e em farmácias, como citam os estudos da Tailândia (Kerr, T, Hayashi, K, Fairbairn, N, Kaplan, K, Suwannawong, P, Zhang, R, Wood, E., 2010) e Espanha (Bravo MJ, Royuela L, Barrio G, Fuente L, Suarez M, Brugal MT. 2007). As seringas também podem fazer parte dos kits de redução de danos, e a prática está associada a outras atividades, como a testagem para o vírus HIV e aconselhamento. Há aspectos negativos, como a distância entre os locais de troca, implicando em um amplo deslocamento do usuário para fazê-lo e também o assédio policial próximos a esses locais, causando desconforto a quem necessidade dos serviços.
 	Os serviços de informações e aconselhamento está presente e fundamenta-se em não só em trazer a informação aos usuários, mas também a seus familiares e a comunidade, seja de forma verbal, em materiais impressos ou grupos de ajuda mútua. A troca de informações entre usuários e ex-usuários também é dada como válida, sendo uma das formas mais eficientes para uma troca de conhecimentos. O conhecimento adquirido pode prevenir riscos e conscientizar sobre o uso seguro da droga. Assim como as informações e aconselhamento, o kit de redução de danos vem com informativos, utensílios para primeiros socorros como por exemplo, materiais para ferimentos, água destilada, entre outros. A distribuição do mesmo pode ser feita de diversas formas, inclusive nos espaços de cuidado com a saúde, ou por Agentes Redutores de Danos no local do uso. 
As terapias de substituição consistem, como o nome já diz, na substituição da droga que o usuário utiliza, por exemplo, o uso da metadona e do composto buprenorfina-naloxona, utilizadas no tratamento para a dependência de opiáceos (GOMES; VECCHIA; 2016). Um dos impactos negativos dessa prática é o alto custo que ela tem e o longo tempo de tratamento.
 O acesso aos serviços de saúde e de assistência social visa o cuidado integral do sujeito para além das práticas de RD, cuidando também das necessidades básicas do mesmo, como a higiene, repouso e alimentação. Os aspectos sociais também são levados em consideração, e são trabalhados em oficinas, rodas de conversa e escuta terapêutica. Busca-se propiciar para o usuário, além destes citados anteriormente, o lazer, a cultura e a educação. 
2.4 Contribuições de um programa Norte Americano
Como foi abordado pela resenha “Políticas de Redução de Danos no Brasil: contribuições de um programa norte americano”, o programa de pesquisa de uso de drogas injetáveis da Universidade da Califórnia de São Francisco, originalmente conhecido como UFO (Inglez-Dias, Hahn, Lum, Evans, Davidson, Page-Shafer, 2008). Neste estudo são discutidas as principais vertentes aprendidas pelos pesquisadores, que podem ser utilizadas para o ajuste das fragilidades dos programas de redução de danos. Neste programa são oferecidas as distribuições de seringas, assistência médica, referência de programas sociais e testes para HIV e hepatite C, em conjunto as vacinas para as mesmas. O estudo procura abranger todos os usuários, porém tem um foco da dinâmica da infecção e a prevenção de hepatite C (Sacks-Davis, Horyniak, Grebely, Hellard, 2012).
	O programa nos traz uma estratégia criada em torno da redução de danos e é possível destacar que suas características seriam de grande contribuição para as políticas públicas brasileiras. A partir de seus estudos e observações diários, foram identificadas maneiras de possíveis prevenções diante ao grande número de pessoas participantes, e de acordo com a pesquisa, 85% dos participantes consideram uma fonte confiável como medida de proteção (Levy, Evans, Stein, Davidson, Lum, Hanh, Page, 2010).
	 No Brasil, houve várias tentativas de implementações de políticas públicas de redução de danos, como em Santos, porém foram observadas algumas fragilidades (Brasilia: MS; 2002). Em certo momento, ela foi considerada como uma experiência piloto, ou seja, uma tentativa de sucesso, o que ocorreu no começo. Em seguida, foram implementados alguns programas distribuídos pelo país, porém nunca se tornando algo universal, pois durante o tempo foram sendo encontradas as dificuldades, como a falta de monitoramento durante as práticas, portanto, o vínculo era algo distante de ser alcançado. A verba não era suficiente e também a diferença entre a estrutura americana e a brasileira, pois a mesma acaba sendo muito precária. 
	O UFO pode ser uma estratégia como base, onde auxiliaria as políticas públicas brasileiras a enfrentarem algumas dessas dificuldades e fragilidades, sendo um possível suporte para o Brasil, que se encontra numa situação onde a demanda de usuários de álcool e drogas se tornou um assunto de posição central no país. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
Inglez-Dias A, Hahn JA, Lum PJ, Evans J, Davidson P, Page-Shafer K. Trends in methamphetamine use in young injection drug users in San Francisco from 1998 to 2004: the UFO Study. Drug Alcohol Rev 2008; 27(3):286-2.
Brasil. Ministério da Saúde (MS). Legislação em Saúde Mental 1990-2002. 3ª Edição. Brasília: MS; 2002.
Levy V, Evans J, Stein E, Davidson PJ, Lum PJ, Hanh JA, Page K. Are young injection drug users ready and willing to participate in preventive HCV vaccine trials? Vaccine 2010; 28(37):5947-5951.
Sacks-Davis R, Horyniak D, Grebely J, Hellard M. Behavioral interventions for preventing hepatitis C infection in people who inject drugs: a global sys- tematic review. Int J Drug Policy 2012; 23(3):176-184.
GOMES, Thaísa Borges; VECCHIA, Marcelo Dalla. Estratégias de redução de danos no uso prejudicial de álcool e outras drogas: revisão de literatura. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 23, n. 7, p. 2327-2338, July 2018 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232018000702327&lng=en&nrm=iso>. Acesso em  27 de Agosto de 2019.
Kerr, T, Hayashi, K, Fairbairn, N, Kaplan, K, Suwan nawong, P, Zhang, R, Wood, E. Expanding the reach of harm reduction in Thailand: Experiences with a drug user-run drop-in centre. Int J Drug Policy 2010; 21(3):255-258. Acessado 27 de Agosto de 2019. Disponível em: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0955-3959(09)00114-5
Bravo MJ, Royuela L, Barrio G, Fuente L, Suarez M, Brugal MT. More free syringes, fewer drug injectors in the case of Spain. Soc Sci Med 2007; 65:1773-1778. Acessado em 27 de Agosto de 2019. Disponívem em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17658207
CRUZ, M. S. Redução de Danos, prevenção e assistência. In: Prevenção ao uso indevido de drogas: capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias. Brasília: Ministério da Justiça/SENAD, 2011, pp. 155-177.
MACHADO, B. BOARINI, M. L. Política sobre drogas no Brasil: A estratégia de redução de danos. Universidade Estatual de Maringá. 2013. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000300006> Acesso em 30 de agosto de 2019

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