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Oficina 4 Dependencia de álcool e drogas no Brasil (PMSUS)

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/ Página 1 de 10 
Objetivos: 
1. Definir o cenário epidemiológico da dependência química no Brasil. (drogas ilícitas e álcool) 
2. Abordar os princípios, diretrizes e proposições vinculados às políticas públicas destinada ao 
dependente químico. (História - guerra às drogas/ mudanças nas políticas) 
3. Elucidar a política de redução de danos: ações, diretrizes e benefícios 
4. Entender o atendimento no consultório de rua para indivíduos moradores de rua, seus 
elementos essenciais e componentes. 
5. Explanar as consequência da nova política de droga - 13840/19 na organização do RAPS e 
seu impacto para o uso de álcool e drogas. 
 
A substância ilícita mais consumida no Brasil é a maconha: 7,7% dos brasileiros de 12 a 65 anos já a usaram 
ao menos uma vez na vida. Em segundo lugar, fica a cocaína em pó: 3,1% já consumiram a substância. Nos 
30 dias anteriores à pesquisa, 0,3% dos entrevistados afirmaram ter feito uso da droga. 
Aproximadamente 1,4 milhão de pessoas entre 12 e 65 anos relataram ter feito uso de crack e similares alguma 
vez na vida, o que corresponde a 0,9% da população de pesquisa, com um diferencial pronunciado entre 
homens (1,4%) e mulheres (0,4%). Nos 12 meses anteriores ao levantamento, o uso dessa droga foi reportado 
por 0,3% da população. O relatório da pesquisa destaca, porém, que esses resultados devem ser observados 
com cautela, uma vez que o inquérito domiciliar não é capaz de captar as pessoas que são usuárias e não se 
encontram regularmente domiciliadas ou estão em situações especiais, como por exemplo vivendo em abrigos 
ou em presídios. 
Isso porque olevantamento foi domiciliar. Mas os usuários de crack compõem uma população 
majoritariamente marginalizada, que vive em situação de rua. Desse modo, importante reforçar que o 
levantamento corrobora o grave problema de saúde pública que é o uso de crack no Brasil. Mas faz isso 
justamente por mostrar, a partir da visibilidade diminuta dentro dos lares, que o consumo dessa substância no 
país é um fenômeno do espaço público. 
Medicamentos sem prescrição Outro dado destacado pelos pesquisadores diz respeito ao uso dos analgésicos 
opiáceos e dos tranquilizantes benzodiazepínicos. Nos 30 dias anteriores à pesquisa eles foram consumidos 
de forma não prescrita, ou de modo diferente àquele recomendado pela prescrição médica, por nada menos 
que 0,6% e 0,4% da população brasileira, respectivamente. “É um número que revela um padrão muito 
preocupante, e que faz lembrar o problema norte-americano de uma década atrás, em termos de classe de 
substâncias”, alerta o coordenador do levantamento. 
Com relação às drogas lícitas, uma boa notícia: o consumo do tabaco parece estar diminuindo. “Outras 
pesquisas têm mostrado que há um declínio com relação ao uso do cigarro convencional. Por outro lado, têm 
chamado atenção para formas emergentes de fumo, com a ascensão de aparatos como cigarros eletrônicos e 
narguilés. Ainda assim, cerca de um terço (33,5%) dos brasileiros declarou ter fumado cigarro industrializado 
pelo menos uma vez na vida. E, nos 30 dias anteriores à pesquisa, foram 13,6%, o que corresponde a 20,8 
milhões de pessoas. 
Álcool: Grande parte dos dados considerados mais alarmantes com relação aos padrões de uso de drogas no 
Brasil não estão relacionados porém às substâncias ilícitas, e sim ao álcool. Mais da metade da população 
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brasileira de 12 a 65 anos declarou ter consumido bebida alcóolica alguma vez na vida. Cerca de 46 milhões 
(30,1%) informaram ter consumido pelo menos uma dose nos 30 dias anteriores. E aproximadamente 2,3 
milhões de pessoas apresentaram critérios para dependência de álcool nos 12 meses anteriores à pesquisa. 
A relação entre álcool e diferentes formas de violência também foi abordada pelo 3° Levantamento, 
apresentando um panorama contundente. Aproximadamente 14% dos homens brasileiros de 12 a 65 anos 
dirigiram após consumir bebida alcoólica, nos 12 meses anteriores à entrevista. Já entre as mulheres esta 
estimativa foi de 1,8%. A percentagem de pessoas que estiveram envolvidos em acidentes de trânsito enquanto 
estavam sob o efeito de álcool foi de 0,7%. 
Cerca de 4,4 milhões de pessoas reportaram ter discutido com alguém sob efeito de álcool nos 12 meses 
anteriores à entrevista, sendo que destes 2,9 milhões eram homens e 1,5 milhões, mulheres. A prevalência de 
ter reportado que “destruiu ou quebrou algo que não era seu” sob efeito de álcool também foi estaticamente 
significativa e maior entre homens do que entre mulheres (1,1% e 0,3%, respectivamente). 
Risco de morte: A percepção do brasileiro quanto às drogas atrela mais risco ao uso do crack do que ao 
álcool: 44,5% acham que o primeiro é a droga associada ao maior número de mortes no país, enquanto apenas 
26,7% colocariam o álcool no topo do ranking. “Mas os principais estudos sobre o tema, como a pesquisa de 
cargas de doenças da Organização Mundial de Saúde, não deixam dúvidas: o álcool é a substância mais 
associada, direta ou indiretamente, a danos à saúde que levam à morte”, pondera Bastos. “Tanto o álcool 
quanto o crack, porém, representam grandes desafios à saúde pública. Os jovens brasileiros estão consumindo 
drogas com mais potencial de provocar danos e riscos, como o próprio crack. Além disso, há uma tendência 
ao poliuso [uso simultâneo de drogas diferentes]. Por isso é tão importante atualizar os dados epidemiológicos 
disponíveis no país, para responder às perguntas de um tema como o consumo de drogas, que se torna ainda 
mais complexo num país tão heterogêneo quanto o Brasil”, completa. 
 
Em 1914, o número de dependentes de ópio e cocaína nos Estados Unidos crescia. Em virtude disso, o País 
decide tornar ilegal o consumo dessas substâncias por meio do Harrison Narcotic Act. Essa se torna a primeira 
política moderna que se tem resgistro para colocar as drogas na ilegalidade. 
Não demorou muito, em 1918, para uma comissão do governo identificar que a partir dessa legislação 
floresceu um mercado ilegal de compra e distribuição de narcóticos. E o consumo aumentou ao invés de 
diminuir. 
Já na década de 1920, o Harrison Narcotic Act, que apenas limitava o consumo à prescrição médica se tornou 
uma proibição generalizada. Além disso, na mesma época, no ano de 1919, foi ratificada a 18ª emenda à 
constituição dos Estados Unidos que proibia a fabricação, venda e transporte de “bebidas 
intoxicantes” (aquelas com teor alcoólico maior que 0,5%.). 
No ano seguinte, foi aprovada a Lei Seca nos EUA que perdurou durante 13 anos até ser revogada em 1933. 
Essa proibição tinha como intenção diminuir a criminalidade e evitar acidentes de trânsito. No entanto, suas 
principais consequências foram de eliminar diversos empregos legais, aumento da taxa de homicídios e 
geração de altos custos econômicos para garantir o cumprimento da lei. 
Em 1937, o consumo de maconha se tornou ilegal, colocando a erva no mesmo patamar de outras substâncias 
mais perigosas, como a cocaína e a heroína. Com isso, teve início o combate ao narcotráfico nos moldes atuais, 
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com ampla violência, estigmatização e exclusão social de consumidores e principalmente de dependentes, 
criminalização até mesmo de pequenos produtores e condenações com longas penas. 
Em contrapartida ao que se desejava, em 1914, a partir das primeiras leis de proibição, iniciou-se um ciclo de 
repressão que aumentou o preço da droga, que valorizou o tráfico, que estimulou o consumo, e que aumentou 
ainda mais a repressão. E, liderados pelos Estados Unidos, outros países na América Latina seguiram esse 
exemplo que se tornou ainda mais duro a partir de 1971 no governo Nixon. 
No Brasil, a virada para o século XX, período em que os EUA começam suas restrições a substâncias 
psicoativas, foi marcada por uma forte tensão entre classes e revoltas de grupos afrodescendentes. 
O processo acelerado de urbanização e industrialização foi acompanhado decondições miseráveis de trabalho 
e de existência para a maior parte da população. Essas questões sociais vinham sendo tratadas com políticas 
repressivas, higienistas e de regulamentação do mercado de trabalho. 
“Diante da necessidade de conter essa ameaça e de formar uma classe trabalhadora constituída de indivíduos 
saudáveis e dóceis, o combate ao uso de determinadas substâncias psicoativas (ou a determinadas formas de 
uso das mesmas, como no caso do álcool) foi uma das estratégias de enfrentamento da luta das classes 
populares insatisfeitas com suas condições de existência.” 
Ou seja, os governos e as elites brasileiras viram no proibicionismo uma grande oportunidade de reprimir as 
classes trabalhadoras. 
A configuração atual das políticas de álcool e drogas no Brasil se origina do paradigma proibicionista que data 
da virada do século e teve seus parâmetros desenhados na década de 1980 quando passa a se basear em uma 
lógica explicitamente belicista. A ditadura militar foi um período de forte endurecimento nas políticas 
antidrogas no Brasil, contribuindo para a acentuação da violência policial. 
Ademais, os efeitos mais visíveis da “guerra às drogas” no Brasil são o extermínio e o encarceramento em 
massa da população jovem, pobre e negra. Tornando o Brasil o terceiro país com a maior população carcerária 
do mundo, atrás apenas dos EUA e da China. 
Desde a nova Lei de Drogas (Lei no 11.343, de 2006), o número de presos por tráfico aumentou 339%. 
“No Brasil, a política da guerra às drogas afeta desproporcionalmente as regiões periféricas dos centros 
urbanos […] É pela mira do fuzil que o Estado brasileiro olha para as favelas e periferias. E, no que se refere 
à política de drogas, a estratégia prioritária adotada pelos governos é a do confronto e a da guerra. As táticas 
para combater o mercado ilegal de drogas são bem conhecidas por todos: incursões policiais frequentes, 
fazendo uso irrestrito de armamento pesado, com o objetivo declarado de desmantelar organizações 
criminosas e apreender substâncias ilícitas” 
Segundo dados do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN), da 
população carcerária brasileira de 2020, 32,39% da população carcerária está presa por crimes relacionados à 
drogas, destes, 92,18% são homens. 
Dos presos por crimes considerados hediondos (como estupro, sequestro, tortura), 54,01% estão presos por 
tráfico de drogas, 1,41% por tráfico internacional de drogas e 6,64% por associação ao tráfico. Além disso, 
66,31% da população carcerária brasileira é preta ou parda e 21,22% entre 18 e 24 anos. 
ALTERNATIVAS À GUERRA ÀS DROGAS 
Portugal passou por uma epidemia de heroína no final dos anos 1990, que deixava um óbito por dia em todas 
as classes. Nesse período, cerca de 1% da população do país europeu era dependente da droga, usada 
majoritariamente por via injetável, aumentando a transmissão de HIV e hepatite C. 
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O problema se tornou tão grave que o governo reuniu um grupo de especialistas (psicólogos, psiquiatras, 
epidemiologistas, enfermeiros, juristas) que pudesse compreendê-lo a fundo e traçar um plano de solução. 
A partir disso, Portugal se tornou pioneiro na descriminalização das drogas. O que o torna original foi que o 
país não legalizou o consumo dessas substâncias, mas fez com que se tornassem contravenções e não crimes. 
Ou seja, uma pessoa pega fumando maconha não vai presa, ela é encaminhada a Comissão para a Dissuasão 
da Toxicodependência, onde é avaliado se seu consumo representa dependência, risco à saúde ou à sociedade. 
Dependendo do diagnóstico feito pelos profissionais, a pessoa pode sair dali com uma multa, com a orientação 
de se apresentar a centros de atividade, programas de formação ou centrais de emprego, com uma vaga de 
trabalho ou com um encaminhamento para tratamento médico. 
Desde os anos 2000, o consumo de drogas pesadas como heroína, cocaína e ecstasy caiu para quase zero desde 
o início dessa prática em Portugal. Enquanto a cannabis, considerada uma droga branda, aumentou. Além 
disso, 49% dos usuários de heroína estão em tratamento. O que guiou Portugal durante esse processo foi focar 
nas pessoas e não nas substâncias, o que também ajuda a diminuir a estigmatização dos dependentes. 
A Holanda, por sua vez, há quase 30 anos tolera o consumo da cannabis como forma de experimento social. 
O consumo é permitido em coffeeshops regulamentadas que tem uma quantidade de limite para manter em 
estoque e um limite de venda por pessoa. No entanto, a produção da droga não é legalizada. Hoje, o caso da 
Holanda pode comprovar que tolerar a venda da maconha não aumenta o consumo. 
No Brasil, em maio de 2016, o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), reuniu dez jovens de 
favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Salvador para participar de uma oficina de formação três dias 
sobre política de drogas no Rio de Janeiro. Dali surgiu o coletivo Movimentos, 
“Uma das primeiras lições aprendidas nos dois primeiros anos do Movimentos foi a de que falar sobre política 
de drogas com e a partir da perspectiva das favelas e das periferias significa abordar temas mais amplos e 
complexos, que incluem: a dificuldade de acesso a serviços públicos de qualidade para quem faz uso 
problemático de drogas; a ausência de políticas públicas para a juventude dos territórios periféricos; os 
desafios de comunicar sobre a necessidade de mudanças política de drogas em um contexto de concentração 
da mídia nas mãos de poucos e influentes veículos; a necessidade de repensar o papel das polícias na sociedade 
brasileira e sua atuação em favelas e periferias, entre muitas outras questões.” 
A sociedade civil já está se organizando para ajudar o Estado brasileiro a construir uma alternativa à guerra 
para o nosso país. 
A crítica sobre a guerra às drogas não é sobre “liberar todas as drogas” ou “defender bandidos”, mas sim 
reconhecer que o problema público de consumo e tráfico de drogas vem sido combatido por meios que não 
resolvem o problema, pelo contrário, só aumentam os ciclos de violência, produção, tráfico e uso de drogas 
ilícitas. 
GUERRA CONTRA DROGAS AS POPULAÇÕES PERIFÉRICAS: Os últimos dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de 
Segurança Pública mostram que o Brasil atingiu a marca das 60 mil mortes em 2016. No país com o maior número 
absoluto de homicídios no mundo, a taxa mais alta de mortes violentas concentra-se na faixa dos 21 anos (Cerqueira 
et al., 2017). Entre 2005 e 2015, a taxa de homicídios entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 17% – isso significa que, 
nesse mesmo período, 318 mil jovens foram assassinados no país (ibidem). Embora não seja possível estimar quantas 
dessas mortes estão relacionadas às drogas, sabemos que boa parte delas é provocada pela violência causada pel o 
combate militarizado ao “narcotráfico”. Só que a guerra às drogas não atinge a juventude de forma homogênea: hoje, 
no país, os jovens negros têm mais chance de serem assassinadas. 
Segundo a Associação Internacional de Redução de Danos (IRHA), “Redução de Danos é um conjunto de 
políticas e práticas cujo objetivo é reduzir os danos associados ao uso de drogas psicoativas em pessoas que 
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não podem ou não querem parar de usar drogas. Por definição, redução de danos foca na prevenção aos danos, 
ao invés da prevenção do uso de drogas; bem como foca em pessoas que seguem usando drogas”. 
Foi a partir de 1926, na Inglaterra, com a publicação do Relatório Rolleston que a RD teve seu marco inicial 
(O’HARE, 1994; MESQUITA, 1994; WODAK, 1998). Esse relatório foi elaborado por um grupo de médicos 
que indicava que a melhor maneira de tratar pacientes dependentes de morfina ou heroína era promover a 
administração das drogas por um médico, que deveria, além de preescrever, monitorar o uso dessas 
substâncias naquela pessoa. 
A partir de 1993, começam a surgir vários programas de redução de danos no Brasil,alguns deles com troca 
de seringas usadas por novas. Em 1998, tínhamos cerca de 200 programas em diversos municípios do Brasil. 
Em 2006, Fonseca (2006) apontava um número menor; outros dados são apontados no Brasil por conta de a 
redução de danos entrar como princípio norteador na Política Nacional de Saúde Mental, fazendo com que 
diversos serviços de saúde mental fossem implementados sob a ótica das estratégias de redução de danos. 
No início do século XXI, com a implantação dos programas de redução de danos, o contato com os usuários 
de várias drogas aumentou e foi possível acompanhar a entrada de crack nas cenas grupais de uso de drogas. 
De imediato, o crack passa a ser a droga de escolha de vários usuários e novas estratégias de redução de danos 
começam a ser pensadas e testadas como forma de intervenção para o manejo dos usuários de crack. 
A troca de cachimbos foi uma das estratégias pensadas, mas na prática se tornou ineficaz; o porte de cachimbo, 
sua especificidade, o material do qual ele é feito, tamanho, comprimento, ou seja, as características individuais 
de cada cachimbo tornaram a prática de troca descrente (DOMANICO, 2006). Fez-se, então, as oficinas de 
construção de cachimbos que até o momento parece ser uma prática assertiva, na medida em que ajuda o 
usuário a construir seu próprio cachimbo para que não haja seu compartilhamento, evitando a transmissão de 
doenças como Tuberculose e Hepatite C. 
Outra ação importante para usuários de crack é a distribuição de protetores labiais e piteiras para uso 
individual. Isso quer dizer que, caso haja compartilhamento do cachimbo, deve ser adicionada uma piteira de 
uso individual. 
Atualmente, a redução de danos aparece como princípio norteador dos serviços de saúde mental e de 
aids/hepatites virais do Brasil. Há ações de assistência, como serviços de baixa exigência para o tratamento 
ao uso de drogas e ações de prevenção, como serviços de distribuição de insumos para o uso de drogas. 
Há, ainda, o trabalho de diversas Organizações Não Governamentais e coletivos que atuam com práticas de 
prevenção relacionadas ao uso de drogas baseadas na redução de danos em festas e espaços de uso de drogas, 
fazendo orientação ao uso e socorro em caso de intoxicação. 
São diferentes estratégias para diferentes drogas, como cocaína inalada e drogas sintéticas. 
Mas enganam-se as pessoas que acreditam que as estratégias de redução de danos estão focadas somente nas 
drogas qualificadas como ilícitas. Boa parte das estratégias de redução de danos foram desenvolvidas para as 
drogas qualificadas como lícitas; estratégias para o consumo do tabaco e do álcool são implementadas por 
diferentes atores de diferentes serviços. 
Um grande teórico canadense que morou nos Estados Unidos teorizou sobre a redução de danos num livro 
clássico traduzido no Brasil e lançado em 1999: Redução de danos: estratégias práticas para lidar com 
comportamentos de alto risco. Nesse livro, além do histórico e das estratégias da RD, ele descreveu os cinco 
princípios que até hoje são reconhecidos como os princípios básicos da redução de danos associados ao uso 
de drogas (MARLLAT, 1999). São eles: 
1. A RD é uma alternativa de saúde pública para modelos moral/criminal e de doença do uso e da 
dependência de drogas. 
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2. A RD reconhece a abstinência como resultado ideal, mas aceita alternativas que reduzam danos. 
3. A RD surgiu principalmente como uma abordagem de “baixo para cima”. 
4. A RD promove acesso a serviços de baixa exigência como alternativa para abordagens tradicionais de 
alta exigência. 
5. A RD baseia-se nos princípios do pragmatismo empático versus idealismo moralista. 
As estratégias de redução de danos têm sido implementadas com mais frequência desde 1984 e, de lá para cá, 
as diversas formas de uso seguro de drogas têm sido discutidas com usuários e trabalhadores do campo das 
drogas como forma de aprimorar as ações de prevenção e assistência. No início, acreditava-se que a RD era 
um conjunto de estratégias de prevenção; depois, com o desenvolvimento das ações e teorização dos seus 
princípios, pode-se perceber que a RD comporta ações de assistência. 
Longe de ser apologia ao uso de drogas, a RD é uma forma de garantir o direito às informações relacionadas 
ao uso de drogas — informações que podem garantir ao usuário o direito de uso de drogas de forma mais 
segura, minimizando os riscos sociais e à saúde. 
A relação constitutiva da redução de danos, entre acesso aos territórios e ativação do protagonismo do usuário, 
segue sendo uma das dimensões importantes para se manter uma consistência a respeito do que seriam práticas 
em redução de danos ou sobre como as práticas no SUS passam a ser orientadas por esse conceito. 
Entretanto, ainda se observa pouca incorporação, na história das práticas em redução de danos no Brasil, da 
tradição inglesa em que a centralidade encontra-se no manejo médico na administração de drogas, como o uso 
terapêutico de maconha para controle de fissura entre usuários de crack, a utilização de salas de uso sob 
supervisão médica, entre outras. 
A influência da prática holandesa mais pautada no protagonismo do usuário a partir do território encontrou 
terreno propício nas apostas estratégicas do SUS, do Movimento AIDS e da Reforma Psiquiátrica brasileira, 
que acumularam bastante experiências sobre a clínica do território, a escuta ampliada, o trabalho em equipe e 
a construção de redes. 
O conceito de redução de danos, operando como diretriz para o SUS, conecta um conjunto de práticas que têm 
em comum a defesa dos direitos dos usuários dentro de uma perspectiva não criminalizadora, portanto, que se 
pauta por uma ética alternativa à ética da abstinência como meta universal, entendendo que os problemas de 
saúde que podem decorrer do uso de drogas exigem uma abordagem singular e processual. 
 
O Grupo de Trabalho identificou que o usuário de crack que se apresenta “disfuncional”, isto é, com rupturas 
de suas relações sociais, apresenta uma relação precária com os espaços terapêuticos hoje ofertados pela rede 
de saúde. Neste sentido, ações de promoção, prevenção e cuidados primários no espaço da rua como os 
Consultórios de Rua devem ser ampliadas para um número maior de municípios, em especial os de grande 
porte, com objetivo principal de levar o cuidado a usuários que se encontram desassistidos e sem vinculações 
com os serviços de saúde. 
As abordagens desenvolvidas in loco privilegiam a redução de danos como estratégia de aproximação e 
cuidado dos usuários fora de ambientes institucionalizados. A população alvo desse dispositivo é constituída 
por usuários de álcool e outras drogas em situação de rua. Os PCRs buscam reduzir a lacuna assistencial 
histórica nas políticas de saúde para a questão da prevenção e tratamento dos transtornos associados ao 
consumo do álcool e de outras drogas. 
Atualmente, 34 projetos de Consultório de Rua vêm sendo desenvolvidos, financiados em forma de edital. Os 
PCRs são compostos por uma equipe volante e interdisciplinar de profissionais da saúde mental, da atenção 
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básica e da área de assistência social, sendo imprescindível a presença de profissionais redutores de danos. 
Deverão ser oferecidas ações de cuidados básicos de saúde, atividades de abordagem, orientação, prevenção 
e assistência, e manejo das demandas para tratamento voltado para o uso de álcool e outras drogas. 
A população em situação de rua (PSR) é definida como um grupo populacional heterogêneo que possui em 
comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia 
convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e 
sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário 
ou como moradia provisória (BRASIL, 2009). 
A equipe de Consultóriode Rua é constituída por profissionais que atuam de forma itinerante, ofertando ações 
e cuidados de saúde para a população em situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde, 
sendo responsabilidade dessa equipe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, ofertar cuidados em saúde 
mental para (BRASIL, 2017): 
De acordo com o Ministério da Saúde, o Consultório na Rua é parte de uma estratégia maior denominada 
“Programa Crack, é possível vencer”, criada pelos ministérios da Saúde, Justiça, Educação e Desenvolvimento 
Social e Combate à Fome e Secretaria de Direitos Humanos, e que tem as ações desenvolvidas em três eixos 
(prevenção, cuidado e autoridade), sendo o eixo cuidado desenvolvido por alguns pontos da Rede de Atenção 
Psicossocial, entre as quais estão: o CAPS AD III, as unidades de acolhimento, os leitos de saúde mental, o 
Consultório na Rua e a formação técnica para profissionais de nível médio e superior (BRASIL, 2014b). 
Além disso, algumas diretrizes são propostas no atendimento às PSR, entre elas podemos destacar alguns 
pontos importantes para auxiliar o profissional de saúde no atendimento integral, são eles (BRASIL, 2012b): 
 
As equipes de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório oferecem suporte 
clínico e apoio a esses pontos de atenção, coordenando o cuidado e prestando serviços de atenção à saúde de 
forma longitudinal e articulada com os outros pontos de atenção da rede (BRASIL, 2017) 
COMPOSIÇÃO Os Consultórios na Rua são formados por equipes multiprofissionais, podendo fazer parte 
delas as seguintes profissões: 
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A: enfermeiro, psicólogo, assistente social ou terapeuta ocupacional; 
B: agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico em saúde bucal, cirurgião-dentista, 
profissional/professor de educação física ou profissional com formação em arte e educação. As equipes dos 
Consultórios na Rua podem ser organizadas em três modalidades : 
Modalidade I: equipe formada minimamente por 4 (quatro) profissionais, entre os quais 2 (dois) destes 
obrigatoriamente deverão estar conforme a letra A (descrição acima) e os demais entre aqueles descritos nas 
letras A e B; 
Modalidade II – equipe formada minimamente por 6 (seis) profissionais, entre os quais 3 (três) destes 
obrigatoriamente deverão estar conforme a letra A (descrição acima) e os demais entre aqueles descritos nas 
letras A e B; 
Modalidade III – equipe da Modalidade II acrescida de um profissional médico. 
As atividades devem ser realizadas de forma itinerante, com cumprimento de carga horária mínima semanal 
de 30 horas, porém seu horário de funcionamento deverá ser adequado às demandas das pessoas em situação 
de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno, em todos os dias da semana. 
Todas as ações realizadas pelas eCR devem ser registradas no Sistema de Informação em Saúde para Atenção 
Básica (Sisab), por meio da Estratégia e-SUS AB! Para a realização das atividades, as equipes dispõem de 
uma base de saúde móvel, servindo tanto como meio de deslocamento para elas quanto para o envio e 
transporte de medicamentos e materiais necessários para os atendimentos. 
Outro elemento imprescindível de todo trabalho realizado com a população em situação de rua é a construção 
de vínculos por meio do diálogo, dos cuidados e da escuta atenta das demandas existentes entre as pessoas 
atendidas. Para tanto, além do diálogo e da escuta, oficinas artísticas envolvendo o uso da música, da pintura, 
dos desenhos, da dança e de outras atividades dirigidas, são utilizadas quando possíveis. Nesse sentido, as 
equipes reconhecem que essas atividades realizadas na rua permitem com que os atendidos sintam-se mais à 
vontade para a participação e construção desse relacionamento proveitoso, como uma via de mão dupla em 
termos de aprendizado e conhecimento. 
A conscientização por meio da educação surge, mais uma vez, como ferramenta de libertação e cuidado dentro 
dos relacionamentos estabelecidos entre profissionais e atendidos, conforme as estratégias elaboradas de 
acordo com os princípios do Consultório na Rua. 
As equipes reconhecem que as pessoas em situação de rua não dispõem de saúde, de acesso à educação e dos 
direitos que deveriam ter por uma cidadania levada a sério, portanto, se propõem a ser um elo entre a rua, o 
ensino/aprendizado e a própria saúde. Sendo assim, levar os sujeitos a refletirem sobre suas vidas, condições 
e possibilidades, é dar espaço também para que a redução de danos surja nesse relacionamento entre 
profissionais da saúde e pessoas vivendo nas ruas. 
Conversar sobre as medicações, ensinar sobre os efeitos do álcool e das drogas no organismo e explicar sobre 
a necessidade existente de que se cuide da própria saúde antes de qualquer próximo passo, acabam fazendo 
parte da estratégia utilizada pelas equipes. 
DESAFIOS DE ATUAÇÃO DOS CONSULTÓRIOS NA RUA: Dentre os principais desafios de atuação 
dos Consultórios na Rua, está o estigma social que circunda a situação de quem vive nas ruas e acaba 
prejudicando ainda mais o acesso dessas pessoas a serviços de saúde básicos. 
A falta de documentação e a burocracia encontrada nos serviços são barreiras a se lidar pelos profissionais e 
usuários morando nas ruas da mesma forma. A questão do preconceito é latente. Seja entre os profissionais, 
que são postos a teste quando desempenham pelas primeiras vezes esses tipos de atendimento, seja pelos 
próprios moradores, que olham para suas condições como indignas de respeito ou atenção. 
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A recorrência das drogas, a desistência de tratamentos por parte de alguns dos atendidos nas ruas e outras 
problemáticas, podem surgir e constituírem questões a serem entendidas e enfrentadas pela equipe e a pessoa 
em voga, caso seja essa a demanda. Ajudar quem têm necessidades torna-se sempre o objetivo final de todos 
os atendimentos. 
Em abril, a nova Política Nacional sobre Drogas (PNAD) foi aprovada pelo governo federal. Uma das 
principais mudanças refere-se ao tratamento dos dependentes químicos, com a adoção da abstinência como 
abordagem preferencial. Até então, a estratégia privilegiava a redução de danos (RD). Outra novidade é o 
estímulo às comunidades terapêuticas. 
A política anterior estava em vigor desde 2002 e replicava um modelo adotado por países como Portugal e 
Canadá. O propósito da RD é diminuir os riscos de danos biológicos, psicossociais e econômicos aos quais 
estão expostos os dependentes químicos. A distribuição de seringas individuais (principalmente para evitar 
transmissão do vírus HIV) é a principal medida. O tratamento tem como base a informação, o atendimento 
médico e a garantia de acesso a políticas públicas. 
A abordagem não visa retirar a droga do usuário, mas possibilitar a superação do vício de acordo com a 
necessidade e a vontade individual, considerando os fatores genéticos e ambientais envolvidos. Apesar disso, 
o abandono da adição é desejável. 
Já a terapia de abstinência cessa o uso da droga pelo dependente químico. Durante esse período, podem ser 
administrados medicamentos que atenuem os efeitos da falta da substância que era consumida pelo paciente. 
Os sintomas incluem agitação, irritação e mal-estar. Para isso, é necessário o tratamento adequado e equipes 
especializadas. 
Os profissionais envolvidos devem trabalhar as motivações e objetivos de vida do paciente, buscando construir 
um projeto terapêutico e de reabilitação cognitiva e social. Leitos hospitalares devem estar disponíveis para 
acolher, proteger e tratar os dependentes. 
O tratamento que passa a ser adotado a partir de agora parte da premissa que o dependente químico não reúne 
condições para controlar o uso de substâncias nocivas. “Em razão desse descontrole, ele não vai conseguir 
dosar minimamente o uso da droga para evitar os danos”, defende Quirino Cordeiro, secretário nacional de 
cuidadose prevenção às drogas do Ministério da Cidadania, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. 
Visões Distintas: 
A nova PNAD é analisada por diferentes pontos de vista entre organizações de classe envolvidas diretamente 
no tratamento de usuários de drogas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de 
Psiquiatria (ABP), por exemplo, são favoráveis à mudança. A justificativa das entidades está na ineficiência 
do método de redução de danos. 
“A RD acabou não atingindo aquilo que se buscava. Essa nova política está alinhada ao que a pensamos”, 
explica Carmita Abdo, presidente da ABP. Em entrevista ao jornal O Globo, Sabrina Presman, psicóloga e 
presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), explica que, embora a 
ênfase e a meta a partir da nova PNAD sejam a abstinência, as medidas de redução de danos não estão 
totalmente excluídas. A troca de seringas, a terapia de substituição de opióides e a testagem de HIV ainda são 
previstas na nova PNAD. 
“Se o paciente não está motivado a parar, a gente incentiva a redução de danos”, complementa Sabrina, que 
também é diretora de uma clínica particular de atendimento a dependentes químicos. Ela afirma, ainda, que 
não existe um tratamento aplicável a todos os pacientes. “A dependência química é uma doença multifatorial. 
Não há uma estratégia única”, acrescenta. Contrário às novas diretrizes, entende que o cuidado aos 
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dependentes químicos deve ser realizado em parceria com políticas públicas, com a adoção de ações de 
diversas áreas de conhecimento. 
Comunidades terapêuticas: Outra mudança diz respeito ao local preferencial para o atendimento, que 
anteriormente eram os ambulatórios dos Centros de Atendimento Psicossocial (Caps). A internação 
compulsória figurava como último recurso. Agora, a nova PNAD incentiva o encaminhamento do paciente 
para as chamadas comunidades terapêuticas (CTs). 
Em geral, essas organizações já promovem a abstinência. Cerca de 82% delas são vinculadas a igrejas e 
organizações religiosas, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Seu foco não é o 
tratamento, mas o acolhimento dos dependentes químicos por meio de uma rotina de atividades religiosas. 
O desenvolvimento do lado espiritual seria um auxílio à terapia. Em entrevista ao Jornal do Comércio, de 
Porto Alegre, Pedro Ferreira, membro da Comissão Nacional de Estudos de Dependência Química da ABP, 
destaca bons resultados alcançados pela estratégia. “Estudos recentes de neurociências têm apontado para 
redução de compulsão por drogas em pacientes que passam a desenvolver o que chamam de despertar 
espiritual”. 
No mês de março, o Ministério da Cidadania ampliou o número de vagas gratuitas para dependentes químicos 
nas CTs e assinou três portarias que instituem o cadastramento, a fiscalização e a certificação das entidades.

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