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Arte Bizantina

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Arte Bizantina
Surge na época em que o cristianismo começa a ser reconhecido como religião, assim que começa o crescimento da mesma. A arte bizantina se contextualiza na arte paleocristã, que tem a arte contida na fé em Jesus Cristo, sendo principalmente apresentada em catacumbas e sepulcros, e assim a arte bizantina tinha como objetivo de divulgar a fé crista, assim podendo ser considerada o primeiro estilo da arte cristã, na qual durou certa de mil anos, e inseriu varias culturas e foi referencia a diversos países, tendo o mosaico e a arquitetura como uso de expressão, assim ajudando os analfabetos a se orientarem nas passagens bíblicas.
• Períodos:
- Constantiniano: inicio da arte bizantina, aparições da arte greco-romana e oriental, na qual elas se misturam, utilização de mosaicos e afrescos.
- Justiniano: ápice da arte bizantina, sendo o Templo de Santa Sophia a principal referencia arquitetônica desse período, tendo uma decoração naturalista, ornamentos elaborados e a produção de esculturas com o metal, a iconoclastia imposta pelo império, levou a ruínas diversas obras desse período, e assim no século IX, volta-se a ter aparições religiosas nas obras, o que foi usado para catequizar as pessoas.
- Macedoniano: volta da arte após o a fase iconoclasta, durante tal fase, as construções de igrejas passam a ter hierarquias, e o interior das cúpulas, absides e partes superiores tinham figuras celestes, teve também a introdução de esculturas de mármore, e nesse mesmo tempo, o catolicismo é dividido em apostólica romana e ortodoxa.
- Comneniano: arte mais espiritual, tendo roubo de obras em 1204, e os artistas fogem para outras cidades.
- Paleologuiano: empobrecimento dos materiais, e os afrescos dominam na produção artística, pois era de baixo curto, também tendo o realismo nas imagens juntamente com as narrativas
• Características:
- Recebeu influencias greco-romana e oriental, misturando tais aspectos;
- Teve presença marcante do uso de cores;
- Freqüência de temas religiosos (cristianismo);
- Decoração representava riqueza e poder, mostrando o autoritarismo do imperador (representava Deus/Jesus na terra, e sua esposa como Maria);
- O imperador quem estabelecia e organizava as artes;
- Uso do frontalidade, refletindo autoridade e respeito;
- Sacerdotes determinavam a postura, gestos, vestimentas, mantos, símbolos, nas obras;
- Personagens sagrados com a “aureola” em suas cabeças;
- Sendo os artistas não possuindo a liberdade de expressão.
• Arquitetura: sendo mais vista em igrejas, marcada pelo luxo dos adornos (herança oriental) e pela complexidade dos edifícios. Sua característica básica eram as cúpulas sustentadas por colunas ou arcos, criando espaços grandiosos, sendo que os palácios demonstravam as riquezas arquitetônicas dos bizantinos, e obtinham a planta em cruz grega e o capitel cúbico. 
Tendo como principal obra a Igreja de Santa Sophia, com uma fachada sóbria, mas um interior ricamente decorado com mosaicos e ícones, possuindo ouro em seus adornos.
As igrejas bizantinas tinham diversas particularidades, possuindo uma cabeceira com três absides, na qual os fieis não tinham acesso (uma em que o oficiante concedia bênçãos, a central para o altar com os assentos do clero, e a terceira para os ornamentos litúrgicos), sendo separadas por uma barreira ou cancela com ícones, chamada iconostasio, que com o tempo foi se transformar em uma parede, que isola a classe clerical.
Sendo na cidade de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolve-se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos com orientais, destacando-se por colunas com mosaicos decorativos. 
• Mosaicos: foi uma forma de expressão artística, principalmente em seu ápice, que foi o reinado de Justiniano, chamada de Era de Ouro, tal arte serviu para retratar o Imperador e a Imperatriz, destacando os profetas. A representação do imperador ao lado de virgem Maria e Jesus significava que o imperador também tinha poder em relação à igreja. Sendo os mosaicos feitos de pequenos vidros coloridos (dourado predominava) colados na parede em cimento fresco, sendo as imagens do imperador e religiosas como principais temas.
Nos mosaicos as pessoas são representadas com corpos alongados e rígidos, cabeças e pés pequenos, com grandes olhos, sem movimentação de cena, sugerindo um novo ideal de beleza. Aplicavam os mosaicos dentro das igrejas e monumentos, com cores intensas e materiais nobres, que refletiam a luz. 
Os mosaicos serviam de orientação para os cristãos, principalmente os analfabetos, era geralmente apresentando imagens da vida crista. 
Sendo as imagens representadas de frente e na vertical, evidenciando sua grandiosidade espiritual. A perspectiva e o volume eram ignorados.
• Pintura: a pintura (juntamente com a escultura) não se sobressai, já que o movimento iconoclasta se torna um obstáculo, sendo destruidores das imagens religiosas, temendo que isso fosse despertar ações pagãs nos fieis.
Na pintura se destaca: pinturas de ícones, representações de santos em painéis (presentes até hoje), as miniaturas, representações simples e claras dos fatos mais importantes e dos principais episódios sagrados, usadas nas ilustrações de livros, e os afrescos (técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação).
Uma das técnicas utilizadas era a têmpera, sendo preparar os pigmentos junto a goma feita de material orgânico (gema de ovo), assim fixando melhor as cores.
• Escultura: influencia oriental, sendo referencia da degeneração do império romano do ocidente. Tendo suas características principais: uniformidade, rigidez, falta de naturalidade, folhagens estilizadas e presença da geometria.
As esculturas tinham grande produção em marfim, principalmente em obras de baixo relevo, formada por pequenos painéis que se fecham. Obtendo a imagem do imperador e a presença da frontalidade, também são característicos, sendo imagens simbólicas que eram enviadas as embaixadas.

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