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normas jurídica

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Atividade sobre o capítulo 5º do livro Rizzatto (Parte A)
 01 O que é norma jurídica?
 A norma jurídica é um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos — e das pessoas jurídicas e demais entes. É uma regra de conduta social; sua finalidade é regular as atividades dos sujeitos em suas relações sociais. A norma jurídica imputa certa ação ou comportamento a alguém, que é seu destinatário.
02 Quais os modais deônticos com os quais a norma jurídica opera?
 Pertencendo ao mundo da ética, daquilo que “deve ser” — o mundo das normas, a norma jurídica opera com modais deônticos.
 Tais modais são basicamente três: de proibição, de obrigatoriedade e de permissão.
 Dessa forma, a norma jurídica, ao se dirigir ao destinatário, proíbe e obriga, isto é, aquele que deve cumprir seu comando estará diante de uma proibição (“É proibido fumar neste estabelecimento”) ou de uma obrigação (“É obrigatório o uso de crachá de identificação para a entrada neste setor”). 
03 Analise a seguinte proposição: “Tudo o que não está proibido ou determinado como obrigatório, está permitido”.
 O modal de permissão não gera um comando que deve ser obedecido (é proibido! É obrigatório!). Ele dá uma prerrogativa ou faculdade ao destinatário, para que este dela se utilize quando quiser. Por exemplo: “É permitido o uso de traje de banho neste shopping Center”. Não é Obrigatório ir a traje de banho, nem é proibido ir; é possível ir; basta que o indivíduo queira.
04 Quais ou quais os traços distintivos da norma jurídica em relação às demais normas?
A norma jurídica em si constitui sempre um comando, ordem, prescrição. A natureza da norma
Jurídica é um “dever ser”, um mandamento dirigido a certo destinatário, proibindo, impondo ou.
Permitindo determinada ação ou conduta. Dúvida que está diante de uma ordem, de um “dever ser” negativo, de uma norma proibitiva,
Portanto.
Porém, quando se examina, por exemplo, o art. 121 do Código Penal (CP), a prescrição não surge na expressão lógica. Diz o citado artigo: “Matar alguém: Pena — reclusão, de seis (seis) a 20 (vinte) anos”. Como não está escrito logicamente, numa ordem direta, que “é proibido matar alguém”, alguns autores chegam a afirmar que normas jurídicas como estas não prescrevem condutas, mas sim são hipóteses que, uma vez ocorridas, geram a punição.
Mas essa posição não é a mais correta. Não importa a formulação lógica da norma jurídica elaborada pela autoridade competente, que a aprovou. O que vale é o conteúdo intrínseco da norma, a sua natureza; o que a norma é em si mesma. E, nesse sentido, é claro que toda norma jurídica é uma ordem, uma prescrição.
 A norma jurídica em si é sempre prescritiva; a sua essência é sempre um “dever ser”. Não importa que, ao ser transposta para uma organização linguística e lógica, tal como escrita num Código ou numa lei qualquer, a forma apresentada como resultado final não mostre nitidamente esse “dever ser”. Qualquer que seja a forma pela qual uma norma jurídica se mostre, guarda-a em sua natureza.
Intrínseca, em sua essência, uma ordem que “deve ser” cumprida, sob pena de aplicação de uma sanção.
 Assim, por exemplo, a apresentação da norma do CP citada “Matar alguém : Pena — reclusão,
de 6 (seis) a 20 (vinte) anos” não se confunde com a norma jurídica em sua essência, que diz: “É
proibido matar”.
05 Como explicar as normas jurídicas sem sanção?
 São normas que cumprem uma função “não estritamente normativa”, consideradas meramente formais, cuja finalidade é orientar ou dificultar certos atos; são, por exemplo, normas que fixam critérios de classificação, como o Código Civil (CC) faz ao estabelecer as classificações legais das coisas. Vejam-se ,também, no CDC as definições de consumidor e fornecedor, contidas, respectivamente, nos Arts.
2º, caput, e 3º, caput: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”; “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”. Não há dúvida que normas jurídicas desprovidas de sanção existem. Trata-se agora de
explicar como é que isso pode acontecer. A explicação não está diretamente ligada a aspectos da própria norma jurídica, mas ao âmbito
em que ela está inserida. Em outras palavras, a norma jurídica não existe isoladamente: convive de forma complexa, conectada a outras normas, naquilo que a doutrina chama de “ordenamento
jurídico”. Este é, portanto, o conjunto das normas jurídicas.
É no contexto do ordenamento jurídico que se pode entender a existência de normas jurídicas
sem sanção. É ele, por sua vez, estudado e interpretado num formato que permite seu funcionamento e que
dá sentido a si mesmo, como um todo complexo de normas que se inter-relacionam. Tendo em vista sua estrutura é que se poderá dizer, por exemplo, que tal norma deve ser cumprida, e outra não deve, porque é inconstitucional.
06 Qual a diferença entre normas jurídicas substantivas e normas jurídicas adjetivas?
As primeiras, as substantivas ou materiais, são as que criam, declaram e definem direitos, deveres e relações jurídicas. São, por exemplo, as normas do Código Civil, Código Penal, Código Comercial, Código de Defesa do Consumidor etc.
As outras, as adjetivas ou processuais, são as que regulam o modo e o processo, para o acesso ao Poder Judiciário. São, por exemplo, as normas do Código de Processo Civil, do Código de Processo Penal, as normas processuais da Lei do Inquilinato, as normas processuais da
Consolidação das Leis do Trabalho etc.
07 Como é composto o sistema jurídico?
 O Sistema é uma construção científica composta por um conjunto de elementos. Estes se inter-relacionam mediante regras. Tais regras, que determinam as relações entre os elementos do sistema, formam sua estrutura. 
Os elementos são as normas jurídicas, e a estrutura do sistema jurídico é formada pela hierarquia, pela coesão e pela unidade, de tal sorte que, por exemplo, a norma jurídica fundamental (a Constituição Federal) determina a validade de todas as outras normas jurídicas de hierarquia inferior.
08 O que se quer dizer com “formulação logica da norma jurídica”?
 Não se deve confundir a “norma jurídica em si” com sua “formulação lógica”. 
 Pode ocorrer, contudo, que a “formulação lógica” da norma jurídica não tenha características de “dever ser”. Tal fato tem levado estudiosos a confundir a natureza da norma jurídica com a maneira como ela está expressa. Assim, quando uma norma enuncia: “É proibido fumar”, ninguém duvida que está diante de uma ordem, de um “dever ser” negativo, de uma norma proibitiva.
09 Defina sanção e apresente sua função?
 A sanção é a consequência jurídica — imputação de certa ação, comportamento ou efeito jurídico — que atinge o destinatário da norma jurídica, ou o ato jurídico praticado, quando ele descumpre a prestação prevista. O destinatário não precisa necessariamente ser forçado a cumprir a determinação da sanção. Pode, por exemplo espontaneamente acatá-la, pagando a multa, desocupando o imóvel etc.
10 Quais as diferenças entre coerção e coação?
A coerção e a coação são dois termos que têm sido utilizados praticamente como sinônimos.
Coerção, do latim cortine, tem estreita relação com a lei em si, com o poder legal da autoridade estatal de coagir, de reprimir. Coação, do latim colacione, tem o sentido amplo da ação de compelir alguém a fazer ou não fazer alguma coisa. É o constrangimento direto ou
Indireto, mas eficiente, exercido sobre uma pessoa com o escopo de lhe impedir a livre manifestação de vontade. Pode, pois, ser física ou psíquica e moral. Tanto a coação como a coerção é, assim, elementos intrínsecos da sanção e agem em.
Momentos diferentes.

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