Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NARRATIVAS MIDIÁTICAS Profª. Me Danielle Gaspar E-mail: danielle.Yasaka@estacio.br AULA INAUGURAL • Conteúdo da disciplina Disciplina híbrida HISTÓRIA DA MÍDIA apresenta a cronologia das inovações tecnológicas na área de comunicação e como provocaram mudanças e novos hábitos na sociedade, já a disciplina NARRATIVAS MIDIÁTICAS pretende observar COMO SE ESTRUTURA A NARRATIVA NOS DIVERSOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. EMENTA ❑ Século XXI - novo PARADIGMA (Amadurecimento da web e a proliferação de novas modalidades narrativas fora dos controles tradicionais dos meios de comunicação) ❑ Conceitos como MEDIAÇÃO e MIDIATIZAÇÃO devem ser revistados assim como questões sobre identidade e diversidade explorados, pois são temas que têm protagonizado no cenário das narrativas midiáticas. ❑ NOVAS FORMAS DE PRODUÇÃO, NOVOS MODOS DE NARRAÇÃO E DE RECEPÇÃO. É uma ERA DA CONEXÃO em que o espectador/leitor/ouvinte assume novos papéis nos processos de produção de conteúdo, questionando antigos padrões e paradigmas. EMENTA 1. Compreender como se processa a produção de sentido na sociedade atual e entender o papel das narrativas midiáticas nesta construção semântica. 2. Promover uma visão crítica do aluno com relação ao seu futuro papel como agente no processo de produção midiática. OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS ❑ Promover o conhecimento sobre os desdobramentos das narrativas midiáticas no cenário contemporâneo. ❑ Oferecer conceitos e ferramentas para uma análise crítica das narrativas midiáticas; ❑ Analisar narrativas referentes a diversas mídias; ❑ Promover exercícios criativos que estimulem o aluno na construção de narrativas impressas e áudio visuais/digitais. RECOMENDAÇÃO O aluno deve consultar ao ROTEIRO DE ESTUDOS, disponibilizado no SAVA (WebAula), com indicações para o antes, durante e depois da aula. 1.1 - O conceito de narrativa. 1.2 - Os elementos estruturantes da narrativa. 1.3 - A origem do conceito de gênero discursivo. 1.4 - A matriz de gênero recriada pelo Cinema - matriz para o audiovisual. UNIDADE I UNIDADE I: A NARRATIVA E SEUS ELEMENTOS ESTRUTURANTES UNIDADE II UNIDADE II - NARRATIVAS MIDIÁTICAS 2.1 - Narrativas do real e narrativas da ficção. 2.2 - A Linguagem jornalística\ documental para mídia impressa. 2.3 - Características das narrativas audiovisuais I. As narrativas do rádio. 2.4 - Características das narrativas audiovisuais II. A linguagem cinematográfica. 2.5 - A ideia e o roteiro. Como pensar a estrutura da narrativa audiovisual. 2.6 - Os gêneros ficcionais da TV: infotainement, reality show, novelas e séries. 2.7 - Narrativas do consumo. UNIDADE III UNIDADE III - NARRATIVAS EM PLATAFORMAS INTERATIVAS 3.1 - As narrativas nas plataformas digitais: webséries, blogs, videologs e redes sociais. 3.2 - Storytelling e a narrativa transmídia. 3.3 - As narrativas dos games e em HQ News. 3.4 - Narrativas do eu. Redes sociais e fanfictions. UNIDADE IV UNIDADE IV - O PAPEL DAS NARRATIVAS MIDIÁTICAS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SENTIDO 4.1- A centralidade das mídias. Mediação e Midiatização. 4.2- Identidade, alteridade e diversidade. 4.3- Responsabilidade da máquina midiática x responsabilidade do comunicador. E M P R E E N D E D O R IS M O PROCEDIMENTOS DE ENSINO Nesta disciplina as metodologias de aprendizagem ativas, ou atividades dos créditos híbridos, são propostas nas aulas: 7, 9, 12 e 14. Por se tratar de DISCIPLINA HÍBRIDA, os métodos expositivos ou tradicionais vão ceder espaço a metodologias de aprendizagem ativa, baseadas em 04 ROTEIROS DE APRENDIZAGEM a serem cumpridos fora do espaço da sala de aula, de modo a garantir a intervenção e participação do aluno em sala na forma de QUALITATIVA com o professor, com os demais estudantes e com o conteúdo. • ARISTÓTELES. A Poética. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 1999. • Jenkins, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2009. • MARTIN-BARBERO, Jesus. Dos Meios às Mediações. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2013. • Palacios,Fernando; Terenzzo, Martha. O Guia Completo do Storytelling. Rio de Janeiro: Alta Books, 2016. ❑ BIBLIOGRAFIA BÁSICA • BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. • FIGUEIREDO, Vera Lúcia Follain. Narrativas Migrantes: Literatura, Roteiro e Cinema. Rio de Janeiro: Editora PUC/Rio :7Letras, 2010. • Van Sijll, Jennifer. NARRATIVA CINEMATOGRAFICA: CONTANDO HISTORIAS COM IMAGENS EM MOVIMENTO. Rio de Janeiro: WMF Martins Fontes, 2017. • XAVIER, Adilson. Storytelling. Histórias que deixam marcas. Rio de Janeiro: Best Seller Ltda, 2015. ❑ BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR E M P R E E N D E D O R IS M OO verbete NARRATIVA, no Dicionário de Análise do discurso de Charadeaux, sugere que "para que haja narrativa, inicialmente é preciso a representação de uma sucessão temporal de ações; em seguida, que uma transformação mais ou menos importante de certas propriedades iniciais dos actantes seja bem sucedida ou fracassada, enfim é preciso que uma elaboração da intriga estruture e dê sentido a essa sucessão de ações e de eventos no tempo". ESTA CARACTERÍSTICA VAI DETERMINAR UM DIFERENCIAR PARA O QUE SE ENTENDE POR NARRATIVA. O CONCEITO DE NARRATIVA E M P R E E N D E D O R IS M O LOCALIZAÇÃO: os estudos clássicos da narrativa. O TEATRO GREGO E, EM ESPECIAL O GÊNERO DRAMÁTICO DA TRAGÉDIA, E A SUA CONSTITUIÇÃO. ❑ A questão da intriga como característica inerente à tragédia, ao determinar uma oposição binária entre nó e desfecho. ❑ Charadeau (2004) desenvolve o conceito de unidade da ação, isto é uma estrutura composta de COMEÇO, MEIO E FIM. Este modelo clássico de estrutura: 1- o prólogo - exposição não problemático 2- o nó - introdução da tensão 3- o desfecho que pode resolver ou não a tensão Há outros conceitos que devem ser explorados na obra de Aristóteles como os conceitos de MIMESIS (representação), MITO e CATARSE. . A POÉTICA DE ARISTÓTELES E M P R E E N D E D O R IS M ONo século XX, alguns estudiosos importantes para os estudos da Narrativa serão os FORMALISTAS RUSSOS. Vladimir Propp observar a estrutura de 600 contos populares russos publicados em uma coleção por Alexandr Afanassiév (1855-61). E a partir desta análise, identifica sete personagens e 31 funções ou sintagmas narrativos. São estes os sintagmas: ESTUDOS DA NARRATIVA E M P R E E N D E D O R IS M O 1. Afastamento: uma personagem se desloca de um local familiar, seguro. 2. Interdição: existe algo que a personagem não deve fazer, um aviso, uma intimação. Não cumprir pode levar a uma pena ou castigo ? mas geralmente leva ao problema apresentado na história. 3. Transgressão: a personagem desobedece. 4. Interrogação: aparece uma antagonista, um agressor surge procurando encontrar meios para atacar a personagem ? geralmente perguntando à própria vítima. ESTUDOS DA NARRATIVA E M P R E E N D E D O R IS M O 5. Informação: a personagem informa o agressor sobre quem ela é, entregando assim também os meios pelos quais a antagonista procurará atacá-la. 6. Engano: o agressor tenta enganar a vítima. 7. Cumplicidade: de forma inocente, a personagem se deixa engrupir pelo agressor. 8. Dano/vilania: surge o problema, o cerne da narrativa. 9. Mediação: entra em cena o herói para corrigir o dano. 10. Início da ação contrário: o herói aceita ir contra o agressor. 11. Partida: o herói sai de seu lar para cumprir sua missão. 12. Função do doador: surge uma personagem actante, na forma de doador, o qual ajudará o herói de alguma maneira. Para isso, o herói precisa passar por uma prova. ESTUDOS DA NARRATIVA E M P R E E N D E D O R IS M O 13. Reação do herói: o herói supera a prova e é ajudado pelo doador. 14. Recepção do objeto mágico: não precisa ser um objeto mágico, mas também um conselho. É o prêmio da prova superada. 15. Deslocamento: o herói se dirige para o local do conflito. 16.Luta: o herói se atraca ao agressor. 17. Marca: durante a luta, o agressor deixa uma marca no herói. 18. Vitória: o bem vence o mal. 19. Reparação: o dano é corrigido. 20. Volta: o herói retorna para casa. 21. Perseguição: o herói é perseguido pelo agressor ou seu ajudante. ESTUDOS DA NARRATIVA E M P R E E N D E D O R IS M O 22. Socorro: o herói se salva ou é salvo por outrem. 23. Chegada incógnita: o herói retorna sem se identificar. 24. Pretensões falsas: alguém se faz passar pelo herói. 25. Tarefa difícil: herói precisa cumprir uma prova que mostre quem diz ser. 26. Tarefa cumprida: o herói supera a prova. 27. Reconhecimento: o herói é identificado ? às vezes, graças à marca deixada pelo agressor. 28. Desmascaramento: o pretenso herói é desmascarado. 29. Transfiguração: o herói é encoberto por uma aura que o muda fisicamente. 30. Punição: o agressor, seus ajudantes e/ou o pretenso herói são punidos 31. Casamento: o herói se casa, geralmente com a personagem envolvida no dano. ESTUDOS DA NARRATIVA E M P R E E N D E D O R IS M O Na segunda metade do século XX, novos estudos darão continuidade às investigações e formulações teóricas sobre as narrativas. Roland Barthes, Gérard Genette e A.J. Greimas numa perspectiva estruturalista. A psicologia Junguiana vai inspirar principalmente estudiosos como o pesquisador americano, de mitologia e religião comparada, Joseph Campbell, que estudou esses símbolos universais contidos nos mitos de diversas culturas, Joseph Campbell. Em 1949, ele lança o livro O Herói de mil Faces, que propõe um modelo narrativo intitulado, A JORNADA DO HERÓI. NOVOS ESTUDOS DA NARRATIVA E M P R E E N D E D O R IS M ONovas correntes também surgem a partir do pensamento de Umberto Eco e Paul Ricoeur, em que os estudos narrativos passaram a também incluir os textos não ficcionais (como a crônica histórica e o jornalismo). NOVOS ESTUDOS DA NARRATIVA
Compartilhar