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RESENHA - PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA CONTRIBUIÇÕES, EQUÍVOCOS E CONSEQUÊNCIAS PARA A ALFABETIZAÇÃO

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ATIVIDADE: Análise de Texto
Texto: Psicogênese da Língua Escrita : Contribuições, Equívocos e Consequências para a Alfabetização
Autores: Onaide Schwartz Mendonça; Olympio Correa de Mendonça.
	O texto “Psicogênese da Língua Escrita: Contribuições, Equívocos e Consequências para a Alfabetização” de Onaide Schwartz Mendonça e Olympio Correa de Mendonça, é resultado da análise da pesquisa sobre Psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, iniciada em 1974 e publicada no Brasil em 1986.
	Ao nos aprofundarmos no texto de Onaide, percebemos de maneira tão clara a importância de que todo professor alfabetizador conheça e se aproprie do conceito da psicogênese da língua escrita, para que, equívocos deixem de se converter em consequências negativas.
	Em pleno século XXI, no auge de 2017, é possível notar semelhanças ou uma grande proximidade do real cenário da alfabetização com o texto escrito por Ferreiro há mais de 40 anos, e o que causa mais estranhamento é o quanto a humanidade evoluiu nesse tempo e ainda assim, professores não conseguem se apropriar e aplicar um processo de alfabetização idealizado há décadas, ou mesmo compreender os estágios de alfabetização e mediar da melhor forma possível.
	A Psicogênese da Língua Escrita, estudada por Ferreiro, tem bases fortes no construtivismo. Sabe-se que há mais de 20 anos o sistema educacional brasileiro, influenciado primeiro pela teoria piagetiana e pela concepção construtivista de Paulo Freire, adotou o construtivismo. Entretanto, é de conhecimento que a adoção do construtivismo, na rede pública de São Paulo, não teve os efeitos esperados na teoria, muito pelo despreparo e interpretação errônea de professores, coordenadores e gestores das secretarias de educação. 
	Ferreiro, em sua teoria descreveu como o aprendiz se apropria de conceitos e das habilidades de ler e escrever, e que todo esse processo passa por fases, a primeira é a pré-silábica, depois silábico sem valor sonoro, e por fim o nível alfabético. 
Todavia, embora, enquanto professor em formação, o indivíduo estude os níveis de alfabetização, há ainda uma forte tendência ao tradicionalismo, ou seja, a grande maioria dos professores, dizem compreender a Psicogênese da Língua Escrita, o conceito do construtivismo, mas ainda se pegam alfabetizando por meio de silabação e/ou decoração das famílias silábicas.
O grande equívoco do professor é esquecer que, como disse Paulo Freire, a Leitura de mundo, precede a leitura da palavra”, sendo assim, ao chegar na escola, a criança e/ou adulto alfabetizando, não vem como uma folha em branco, trazem consigo experiências anteriores, vivências, valores e cultura peculiares, de grande relevância no processo educacional.
Talvez, a grande confusão que a maioria dos professores faça quanto ao que é o construtivismo seja o grande problema que impeça o processo educacional de ser mais eficiente e, consequentemente, o aluno de aprender e apreender efetivamente.
Todavia, um dos grandes equívocos é considerar o construtivismo e a Psicogênese da Escrita como métodos, uma das consequências desse equívoco é não saber diferenciar alfabetização de letramento, é de suma importância para o professor saber a diferenciar esses processos, pois da sua compreensão dependerão os resultados da alfabetização em sala de aula.
Dentre os equívocos provenientes da interpretação errônea ou da falta de conhecimento do real conceito da Psicogênese da Escrita e do construtivismo, alguns podem acarretar consequências gravíssimas para todo o processo educacional, dentre eles, “Não precisa ensinar, a criança aprende sozinha”, é um dos mais graves, pois se o professor limitar-se a responder questionamentos dos alunos, a aprendizagem da leitura e da escrita estarão comprometidas, uma vez que alfabetizar exige um trabalho sistemático com objetivos determinados, concentração, persistência e determinação.
Todas as “lendas” que envolvem a teoria construtivista, levaram a educação brasileira aos níveis em que se apresentam atualmente. A grande maioria dos professores desconhecem o real significado do construtivismo, se valendo do fato de ser um mero “mediador” do conhecimento, da ideia errônea de não poder corrigir os erros dos alunos, de não poder utilizar as sílabas na alfabetização, de deixar o aluno escrever do seu jeito.
Esses equívocos nos levam a consequências conhecidas e criticadas por toda a sociedade brasileira, o que vemos a cada ano, são alunos que chegam ao ensino médio, pouco sabendo ler, escrever e/ou interpretar textos, levando os mais velhos a questionar o construtivismo e se mostrarem saudosos do tradicionalismo radical de décadas anteriores.
Em suma, durante o processo de aquisição da escrita o professor não pode esquecer da grande importância da conhecer a Psicogênese da Escrita a fundo e buscar subterfúgios para que o aluno aprenda e apreenda de maneira efetiva, buscando contextualizar com a realidade na qual os alunos estão inseridos, lembrando sempre que a significação é de grande relevância para que o aprendizado se dê de maneira efetiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para alfabetização. São Paulo: UNESP, UNIVESP: 2011, pg. 36-57.

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