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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO
AS CONTRIBUIÇÕES, EQUÍVOCOS E CONSEQUÊNCIAS DA PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: ASPECTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS
PORTFÓLIO – 2 
CICLO – 3 DE APRENDIZAGEM
TUTORA: ALESSADRA CORREA FARAGO
ALUNO: ELIAS JOSE LIMA DA COSTA
RA: 8057207
JI-PARANÁ – RO
2020
Contribuições da Psicogênese da Língua Escrita para a Alfabetização
A Psicogênese da Língua Escrita, obra feita através de uma pesquisa das psicólogas argentinas Emília Ferreiro e Ana Teberosk no México e na Argentina, surgiu da inquietação das autoras pelo fracasso escolar nestes países e da necessidade de superar os métodos artificiais e mecânicos que vigoravam na época, sendo publicada no Brasil em 1986.
Emília e Teberosk basearam sua pesquisa na Psicolinguística e na teoria do Construtivismo de Piaget, porém ressaltando que o construtivismo se limita aos processos cognitivos e não embasa os processos linguísticos.
Segundo Mendoça (2011), “as autoras buscavam superar o artificialismo dos métodos das cartilhas, práticas mecânicas de métodos tradicionais para que o aprendiz construísse e adquirisse seu próprio conhecimento”. O princípio desta teoria surgiu por acreditarem que a aquisição da alfabetização se dá pela interação sujeito/objeto de conhecimento (código escrito), onde tentam descrever coerentemente o que é comum a todos os processos individuais de alfabetização, pois [...] a criança, já antes de chegar à escola, tem ideias e faz hipóteses sobre o código escrito, descrevendo os estágios linguísticos que percorre até a aquisição da leitura e da escrita. (MENDONÇA, 2011).
A princípio, segundo a teoria da psicogênese da língua escrita, o ensino vinha sendo centrado em “como se ensina” passando a partir desse novo paradigma a repensar em “como se aprende”, levando em conta o ponto de vista do aprendiz. Isso marcou o início de um novo paradigma educacional e teve uma grande contribuição na prática escolar na qual falaremos a seguir.
Ao se deparar com o código escrito, a criança o relaciona com a linguagem seguindo os seguintes estágios:
· Pré-silábico: no primeiro momento ocorre a distinção entre o objeto, as letras, números e sinais, ou seja, se antes a criança pensava que o nome de um objeto se escreve com o desenho, letra, rabisco, garatujas e sinais gráficos do mesmo na tentativa de representar a coisa através da grafia, passa a compreender que não há essa ligação, quando aprende por exemplo a escrita do próprio nome, passando assim para um segundo momento.
· Silábico: ao perceber que o nome de um objeto representa a grafia do objeto e não o próprio objeto, a criança entra na fase da distinção entre a quantidade e variedade de letras, indiscriminando quais e quantas letras irão ser usadas em uma palavra, escrevendo qualquer letra que para ela faça sentido; 
· Silábico-alfabético: ao ser questionada sobre a quantidade de letra que escreve e a quantidade de sons que produzimos, a criança passa por uma nova fase, o silábico-alfabético, porém desconsidera a ligação do valor sonoro e da sílaba podendo escrever uma letra para cada sílaba falada. Nessa fase o discurso oral entre professor e aluno e atividades de vinculação entre letra e fonema será essencial para que ela atinja o ultimo nível: o alfabético. 
A criança quando atinge o nível alfabético, segundo Mendonça (2001),
Acredita que as palavras escritas devem representar as palavras faladas, com correspondência absoluta de letras e sons. Já estão alfabetizados, porém terão conflitos sérios, ao comparar sua escrita alfabética e espontânea com a escrita ortográfica, em que se fala de um jeito e se escreve de outro.
No decorrer da aprendizagem a criança vai aprendendo que há diferenças entre o valor fonético e a ortografia correta. Esta teoria traz uma contribuição muito importante no processo de ensino-aprendizagem para aqueles educadores que entram a fundo em sua pesquisa e consegue desvendar o processo psicológico do aluno e usar isso em favor da aprendizagem.
Equívocos e consequências da má interpretação da Psicogenese da Lingua Escrita na prática escolar
Desde que o construtivismo foi implantado no Brasil, baseado na obra Psicogênese da Língua Escrita, ele foi adotado pelos principais sistemas públicos de ensino causando uma grande mudança no meio educacional. Nesse tempo, vem abalando as crenças e os fundamentos da alfabetização tradicional, mudando drasticamente a linha de ensino das escolas e levando os professores a um grande conflito metodológico. (MENDONÇA, 2011).
Esta teoria, desde então, causou uma grande polêmica entre alguns educadores do Brasil por afirmarem que o papel do ensino, da escola e do professor ficou em desarmonia com o processo de alfabetização devido à falta de métodos e as receitas prontas que supostamente garantia a alfabetização de crianças na fase inicial escolar, por outro lado, alguns educadores se equivocaram e considerar o construtivismo como um método, principalmente após alguns pesquisdores brsileiros como (GROSSI, 1985, 1995; WEISZ, 1988) didatizarem os níveis conceituais linguísticos levando à construção de contúdos pré-elaborados, como afirma Mendonça (2011, p. 45): Evidentemente, nem o construtivismo, nem a Psicogênese da língua escrita são métodos, mas ainda hoje é comum, ao se questionar um alfabetizador sobre qual é seu método de ensino, obter-se a resposta: “método construtivista”.
A troca da didática tradicional pela didática pré-silábica causou uma grande confusão entre os educadores. Segundo Lagôa (1991), “tornou-se comum ver um educador que se diz construtivista ainda usando a silabação em exercícios de memorização.” O autor ainda relata que mesmo em São Paulo onde o empenho do uso do construtivismo foi mais forte, era comum ver professores dividindo palavras em sílabas ou usando jornal e literatura infantil para que os alunos cortassem as palavras e dividissem em sílabas. 
Dentre os equívocos causados pela má interpretação do construtivismo o principal foi a visão que se teve nas salas de aula de que as crianças por si próprias teriam erros construtivos na escrita em função do nível em que se encontravam, e ao mesmo tempo, que superariam esses erros sozinhas segundo o construtivismo, excluindo o papel do professor nesse processo de aprendizagem, ou seja, acriança aprende sozinha. Morais (2010) afirma que outros problemas em decorrencia disso foi: o abandono do ensino sistemático das correspondências grafema-fonema, o descaso com a caligrafia e o não ensino de ortografia. 
Esse coflito ficou conhecido como, desinvenção da alfabetização, como afirma Soares (2004, p. 12): 
A alfabetização é uma parte constituinte da prática da leitura e da escrita, ela tem uma especificidade, que não pode ser desprezada. É a esse desprezo que chamo de “desinventar” a alfabetização. É abandonar, esquecer, desprezar a especificidade do processo de alfabetização.
A leitura e a escrita é um processo que acontece de forma técnica e social, porém elas são indissociável, pois existe uma interdependencia entre a alfabetização da leitura e da escrita de forma técnca e social.
Conclusão sobre minha percepção pessoal a respeito de concepção de aprendizagem e do Construtivismo
Em decorrencia dos estudos feitos a respeito da psicogenese da lingua escrita e suas contribuiçoes, considero que o construtivismo será a base para minha futura docência, pois na minha opinião suas propostas se apresenta como as mais eficientes no processo de alfabetização.
Os motivos pelo qual afirmo a eficiência do construtivismo no processo educativo se dá pela sua caracteristica diferenciada em colocar o aluno como sujeito do próprio conhecimento em um processo de “construção do conhecimento”, pois ninguém pode conhecer nosso interior melhor que nos mesmos. Em uma análise geral, a principal caracteristica do construtivismo é que o aprendizado se constrói pelo aprendiz apartir de estímlos promovidos pelo educador, tendo o aluno um papel ativo nesse processo, pois o conhecimento acontece de dentro para fora, intermediado pelo professore exigindo uma maior participação do aluno nese processo.
Referencias
LAGÔA, A. Dez anos de construtivismo no Brasil. Nova Escola, São Paulo, v. 48, p. 10-18, 1991.
MENDONÇA, O. S. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, v. 2. Disponível em: <file:///D:/PASTA%20DE%20PORTF%C3%93LIOS/Portf%C3%B3lios%20do%205%C2%B0%20per%C3%ADodo/Mendon%C3%A7a.%20Psicogen.%20da%20Lingua%20escrita.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2020.
MORAIS, A. G. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. In: Revista Brasileira de Educação, nº 25, Rio de Janeiro, jan./abr. 2004.

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