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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS CURSO DE DIREITO 2020 RESENHA CRÍTICA: FILME “MILAGRE NA CELA 7”. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – ESTRUTURA BÁSICA DOCENTE: EDSON ALVES DISCENTES: CARLA ALINE BELCHIOR BANDEIRA SUZANE DA SILVA E SILVA SUSIELEN DA SILVA E SILVA TURMA: 3004 - NOTURNO RESENHA Filme: Milagre na Cela 7. Produção: Lanistar Media e Motion Content Group. Apresentação: https://www.netflix.com.br. Direção: Mehmet Ada Oztekin. Elenco: Aras Bulut Iynemli (Memo), Nisa Sofiya Aksongur (Ova) e Deniz Baysal (Professora Mine) País de Origem: Turquia 1983. Duração: 2h 12m, Faixa Etária: 16 anos, lançado em 2019. O filme “Milagre na Cela7”, o diretor Mehmet Ada Oztekin disserta como um pai preso de forma injusta em 22 de janeiro de 1983, com o regime ditador da Turquia, conseguiu viver de forma livre com sua filha, mais pra isso precisou de ajuda de outras pessoas e passou por maus tratos quando desacreditado pelas autoridades da penitenciária. Separado de sua, um homem com deficiência intelectual precisa provar sua inocência ao ser preso pela morte da filha de um comandante. Um homem conhecido como Memo, mais seu nome de batismo era Mehmet Koyuncu, tem uma filha que se chama Ova de 4 anos de idade. Ova é como toda criança de sua idade, que gosta de alguns personagens em alta para sua idade, nesse caso especifica é a menina Heidi, desde quando leu o livro sobre a história de Heidi, que também perdeu seus pais, assim como Ova que perdeu sua mãe, sendo criada por seu pai Memo e sua avó Fatma. Em uma das voltas da escola para casa Ova e Memo, se deparam com uma mochila vermelha da Heidi, a menina fica encantada. Vendo que a vontade da menina em ter a mochila era tanta, Memo teve a brilhante ideia de fazer maçãs caramelizadas e vender no dia seguinte, que haverá um desfile https://www.netflix.com.br/ em comemoração ao dia das crianças (22 Nixon 1983 – 22 de Janeiro de 1983). Moravam em um vilarejo afastado, e ao chegar a casa Fatma percebe que Ova estar inquieta e pergunta o que lhe teria acontecido? Logo a menina responde que está chateada com uns colegas da escola que chamam seu pai de maluco, e a menina volta à pergunta sua avó, meu pai é maluco vó? Com muita ternura no seu olhar e em sua voz, Fatma responde: seu pai não é como os outros pais, é uma criança da mesma idade que você, o que o torna especial. E que não importava o que os outros falassem seu pai sempre foi um homem bom. E chega o dia do desfile escolar em homenagem ao dia das crianças, Memo vende todas as maçãs caramelizadas e se dirige com Ova a loja que estava a Mochila da Heidi, uma linda mochila vermelha chamativa. Mas se deparam com Seda e seu pai um Comandante do Exército, que estavam comprando a Mochila da Heidi, Memo sem saber o que fazer pega na menina e diz que aquela é a mochila da Heidi, o pai da menina sem qualquer cerimonia empurra Memo, é quando outros populares falam senhor ele é lento das odeias. E Ova grita o chamando de pai e encerra ali, qualquer forma de compra da mochila. Ao retornarem para casa, Ova ler novamente o Livro da História de Heidi para seu pai e sua avó, e pede para que seu pai não vire anjo igual sua mãe virou. O ano de 1983, no qual se passava o filme, o regime militar da época era autoritário, havia enfrentamentos armados e um soldado não satisfeito com a situação resolve deserdar e se esconde numa ruína abandonada, deixando sua farda e armamento para trás. Em uma de suas pastagem com as ovelhas, Memo encontra as crianças da Escola que Ova estuda, e novamente ver Seda com a mochila vermelha da Heidi, então fica fascinado, vendo seu interesse pela mochila, Seda não retorna com as outras crianças para o piquenique que estava acontecendo com os pais e seus filhos em comemoração ao dia das crianças. Seguem rumo as ruinas abandonadas e Seda sobe em umas pedras escorregadias e deixa Memo apreensivo, por se tratar de um local perigoso. Seda escorrega, bate com a cabeça numa das pedras e cai n’água, Memo pula logo atrás de Seda, sacode a menina e ver que a mesma não tem nenhuma reação, e chora. Os pais e as outras crianças do piquenique saem a procura de Seda, e encontram na beira do rio nos braços de Memo, o pai da menina vendo que sua filha estava morta dispara contra Memo, e os demais pais o contém assim como as outras mães consolam a mãe de Seda. Memo por ser uma pessoa com deficiência intelectual não consegue explicar para as autoridades quando interrogado como foi o acidente ocorrido com Seda, e o pai da menina por ser influente na justiça vigente, viu a oportunidade de que o suposto assassino de sua filha pagasse pelo crime e fosse enforcado para servir de exemplo para outros crimes contra crianças. O pai de Seda o Tenente Coronel Aydin, não ouve as explicações de Memo e resolve alterar seu depoimento e o declara culpado com confissão fazendo com que Memo assine com seu polegar a mesma. Seguindo os trâmites Memo é levado para a penitenciária e leva uma surra dos soldados comandados pelo pai de Seda. No momento que é levado a viatura que o conduzirá para penitenciária, do lado de fora da Delegacia a avó e filha de Memo, após passar a noite anterior em frente, veem ele sendo levado e se desesperam, ficando também Memo desnorteado e ao ouvir os gritos de Ova ele retribui dizendo: o Gigante Caolho viu Ova, ela imediatamente entende a mensagem do pai. Na penitenciária já inserido entre os presos, Memo pega outra surra dos outros presos por saberem que é “Assassino de Criança”, ficando na enfermaria por 10 dias para se recuperar para a forca. O Tenente Coronel ao saber do estado de Memo, liga para o Capitão Faruk, responsável pela prisão de Memo, e pede que não mate ele, quer ver o suposto assassino de sua filha, morto na forca. No decorrer do filme foram aparecendo questionamentos, como o de Ova que encontrou o soldado que deserdou, e o mesmo disse a menina que viu o acidente ocorrido e que seu pai não teve culpa. Ova fica feliz e pede para o homem ficar ali que ia chamar sua avó, para outra pessoa saber o que realmente havia acontecido e lhe traria pão e queijo. Ao retornar com sua avó o homem não se encontra mais e Ova fica desolada e sua avó pensa ser fruto de sua imaginação. Por dez dias consecutivos Ova, vai as ruinas abandonadas e não ver o homem, sua avó preocupada vai até as ruinas acompanhada da professora Mine, que pergunta a Ova o porque de suas faltas a escola. Ova diz à professora que espera pelo homem que viu que seu pai não tem culpa no ocorrido. E a professora promete que se ela voltar à escola levará Ova para visitar seu pai. Por se tratar de uma visita ao presidio e aos pedidos específicos do Tenente Coronel ao tratamento de Memo, Ova e a professora Mine encontraram dificuldades, a professora segue em conversa com o Diretor responsável pelo presidio e a menina vai para um muro alto e começa a chamar por seu pai, e canta uma música peculiar deles “ LINGO LINGO! GARRAFAS!” como se fosse em português lá lá lá! Memo que estava pegando sol na área do presidio pensou que era sua imaginação e quando percebeu que se tratava de Ova, emocionado respondeu aos chamados da menina, mais logo foram contidos pelos guardas do presidio. Ova diz ao pai que tem uma testemunha que encontrou no Gigante de Pedra Caolho, como os dois chamavam as ruinas abandonadas. No presidio que Memo estava haviam outros presos por diversos outros motivos, e com o passar dos dias os presos de cela, a cela 7 onde Memo se encontrava seus colegas foram vendo que Memo era gentil, carinhoso, tinha uma filha como poderia fazer mal a outra criança? Houve um atentado contra a vida de um dos colegas de Memo, ao defendê-lo Memo ganha uma gratidão e junto com os demais colegas de cela, conseguem um jeito de Ova ir visitar seu pai, com ajuda de pessoas externas ao presidioe outras internas do presidio, Ova entra e ver seu pai no beliche da cela e ao vê-la Memo demora até acreditar, emocionando todos os colegas de cela, foi uma reencontro de muito amor entre pai e filha, duas crianças que estavam separadas que quando se reencontraram foi uma das cenas mais lindas do filme. Ova conheceu alguns dos colegas de cela de Memo, e um especial lhe chamou atenção, por ficar observando um desenho em forma de árvore que estava na parede. Mas como toda mentira é descoberta, a professora encontrou o bilhete deixado por Ova para sua avó, explicando que estava indo visitar seu pai, que no calor do momento a senhora Fatma tem um infarto e vira anjo. A professora liga para a penitenciária e o Diretor ficou de checar a informação, chegando na cela, o Diretor pergunta a Memo onde está Ova e Memo por achar se tratar de uma brincadeira, mostra com os gestos de dedo que a menina está escondida debaixo da cama. Ao retornar para casa Ova fica sabendo por Mine que sua avó Fatma virou anjo. Desolada Ova e diz que sua avó havia lhe dito que não viraria anjo até ela crescer. Consolando Ova a professora Mine resolve cuidar da menina, até que se resolva a situação do pai de Ova. Com a insistência dos colegas de cela de Memo, para que o Diretor converse com Ova, sobre a testemunha que diz ter visto o ocorrido. O diretor conversa com Ova na presença da professora, e resolve pedir para o Capitão Faruk procurar o soldado desertor e que é testemunha do que ocorreu com a filha do Tenente Coronel. Encontraram o desertor e o próprio Capitão Faruk lhe perguntou sobre o ocorrido e o soldado lhe contou, que a menina subiu para as pedras que Memo dizia que era perigoso, a menina seguiu em frente, escorregou, bateu com a cabeça e caiu no rio, Memo foi socorrê-la e o acusaram. Antes de o Diretor chegar ao quartel onde se encontrava a testemunha, o pai da Seda foi até o desertor e perguntou se ele havia visto, o rapaz relata novamente e o pai da Seda vai para trás e dispara um tiro na cabeça do ex- soldado, e disse que ele estava tentando fugir, matando a testemunha do incidente que ocorreu com Seda, ou por orgulho, ou petulância queria que alguém no caso o Memo pagasse com a vida o que aconteceu com sua filha Seda. Buscando uma solução para que Memo não fosse levado a forca, seus colegas da Cela 7 criaram um plano tanto arriscado mais precisavam tentar, pois se tratava da visa de um inocente. Com ajuda do Diretor do presidio e do Capitão Faruk, Memo foi substituído por outro preso que se ofereceu pra forca como forma de se redimir pelo que havia feito no passado, lembra-se do senhor que Ova viu que ele olhava para o desenho de uma árvore na parede, esse preso havia assassinado sua filha, por acreditar em quem não devia ceifando assim a vida de sua filha e a enterrando debaixo de uma árvore. Com ajuda interna do presidio e externa, conseguiram que a troca fosse feita e o Tenente Coronel não conseguiu chegar a tempo para reconhecer o homem enforcado, no dia seguinte o Diretor e o Capitão Faruk foram até Ova e a professora, entregam uma latinha como lembrança pelo homem que lhe trouxe seu pai de volta. Memo e Ova ficam muito felizes e fazem o Diretor e o Capitão chegarem à conclusão que fizeram a coisa certa. E ainda ajudaram pai e filha a saírem do país, e retornamos as imagens iniciais do filme, onde Ova aparece adulta, vestida de noiva e com a latinha de lembrança nas mãos, e a notícia que naquele dia precisamente (14 de Temmuz 2004 – 14 de Julho de 2004), a pena de morte foi abolida que a Grande Assembleia Nacional Turca, tomou sua decisão final. Lembrando que a ultima pena de morte na Turquia foi executada em 1984. Diante do exposto fica nossa insatisfação com o regime autoritário da Turquia, que perdura até os dias atuais, onde o Presidente é sobre tudo uma figura cerimonial, que em qualquer lugar do mundo o poder prevalece e perpassa por valores e julgamentos, que pode sofrer represália se não tiver conhecimentos da Legislação Vigente, a confiança de seus familiares e amigos que lutam por acreditarem na sua integridade pessoal e perante a sociedade. Na Constituição Brasileira, quando o Estado não possui elementos necessários para justificar a prisão do suposto criminoso e mesmo assim a faz, e no final do processo verifica-se que o individuo foi preso injustamente, nasce, então o direito de indenização por parte do sujeito em face do Estado. Como nos diz o art.5°, inciso LXXV da Constituição Federal de 1988. “Art.5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade, nos termos seguintes: LXXV – O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença.
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