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Apostila-CNC

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Ministerio da Educação 
Secretaria de Educação Profissional e Tecnologica 
Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia de Santa Catarina. 
 
Comando Numérico Computadorizado Profº Deiwis Lellis Hoss 
Formatação: Ericson André Borghardt deiwis@ifsc.edu.br 1 
 
 
 
COMANDOS NUMÉRICOS COMPUTADORIZADOS 
CENTRO DE USINAGEM 
FANUC SERIES Oi –MC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chapecó, Outubro de 2012. 
 
 
Ministerio da Educação 
Secretaria de Educação Profissional e Tecnologica 
Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia de Santa Catarina. 
 
Comando Numérico Computadorizado Profº Deiwis Lellis Hoss 
Formatação: Ericson André Borghardt deiwis@ifsc.edu.br 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMANDOS NUMÉRICOS COMPUTADORIZADOS 
CENTRO DE USINAGEM 
FANUC SERIES Oi –MC 
 
 
 
O objetivo dessa apostila foi reunir conceitos, 
fundamentos de programação e operação de CNC – 
3D. Assim, alguns materias aqui apresentados foram 
coletados em livros, catálogos, revistas, apostilas e 
internet. Caso algum material esteja protegido por 
direitos autorais, por gentileza entrar em contato com o 
autor, através do e-mail: deiwis@ifsc.edu.br, para sejam 
tomadas as devidas providências. 
 
HOSS, Deiwis Lellis. COMANDOS 
NUMÉRICOS COMPUTADORIZADOS CENTRO 
DE USINAGEM FANUC Series Oi -MC. Chapecó: 
IFSC-SC, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministerio da Educação 
Secretaria de Educação Profissional e Tecnologica 
Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia de Santa Catarina. 
 
Comando Numérico Computadorizado Profº Deiwis Lellis Hoss 
Formatação: Ericson André Borghardt deiwis@ifsc.edu.br 3 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 5 
2 HISTÓRICO DO CNC ........................................................................................................................................... 6 
2.1 RESUMO HISTÓRICO ............................................................................................................................. 7 
3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CNC ........................................................................................................... 8 
3.1 VANTAGENS .......................................................................................................................................... 8 
3.2 DESVANTAGENS .................................................................................................................................... 8 
4 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DO CNC ........................................................................................................ 9 
4.1 MOTORES ............................................................................................................................................ 10 
4.1.1 Motores de Corrente Contínua ............................................................................................................... 10 
4.1.2 Motores de Passo .................................................................................................................................... 10 
4.1.3 Servomotores .......................................................................................................................................... 11 
5 ETAPAS DA USINAGEM COM TECNOLOGIA CNC ............................................................................................. 13 
5.1 RECEBIMENTO DO DESENHO .............................................................................................................. 13 
5.2 DESENHO EM CAD ............................................................................................................................... 13 
5.3 PLANEJAMENTO DO PROCESSO .......................................................................................................... 13 
5.4 LEVANTAMENTO DAS COORDENADAS ............................................................................................... 14 
5.5 PROGRAMAÇÃO .................................................................................................................................. 14 
5.6 SIMULAÇÃO GRÁFICA .......................................................................................................................... 14 
5.7 MONTAGENS ....................................................................................................................................... 15 
5.8 SETUP DE FIXAÇÃO E FERRAMENTAS .................................................................................................. 15 
5.9 EXECUÇÃO PASSO-A-PASSO ................................................................................................................ 15 
5.10 EXECUÇÃO DO LOTE ........................................................................................................................ 16 
6 COORDENADAS CARTESIANAS ........................................................................................................................ 17 
6.1 COORDENADAS ABSOLUTAS E INCREMENTAIS .................................................................................. 18 
6.2 COORDENADAS POLARES .................................................................................................................... 19 
7 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO ................................................................................................................... 21 
7.1 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO AUTOMÁTICA APT ......................................................................... 21 
7.2 LINGUAGEM EIA/ISO ........................................................................................................................... 21 
7.3 LINGUAGEM INTERATIVA .................................................................................................................... 21 
7.4 PRODUÇÃO GRÁFICA VIA "CAM" (COMPUTER AIDED MANUFACTURING) ........................................ 21 
8 ESTRUTURA DO PROGRAMA ........................................................................................................................... 22 
 
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8.1 CARACTERES ESPECIAIS ....................................................................................................................... 22 
8.2 FUNÇÕES ESPECIAIS ............................................................................................................................ 22 
9 SISTEMAS DE INTERPOLAÇÃO ......................................................................................................................... 24 
9.1 INTERPOLAÇÕES LINEARES ................................................................................................................. 24 
9.2 INTERPOLAÇÕES CIRCULAR ................................................................................................................. 25 
10 PONTOS DE REFERÊNCIA ................................................................................................................................. 26 
10.1 PONTO ZERO DA MÁQUINA: M ...................................................................................................... 26 
10.2PONTO DE REFERÊNCIA: R .............................................................................................................. 26 
10.3 PONTO ZERO DA PEÇA: W ............................................................................................................... 26 
11 FUNÇÕES PREPARATÓRIAS DE DESLOCAMENTO ............................................................................................ 27 
11.1 FUNÇÕES PREPARATÓRIAS (G) ....................................................................................................... 27 
11.2 LISTAS DAS FUNÇÕES PREPARATÓRIAS COMANDO FANUC Series Oi-MC ..................................... 27 
11.3 LISTA DAS FUNÇÕES MISCELÂNEAS OU AUXILIARES ...................................................................... 29 
12 EXERCÍCIOS 1 ................................................................................................................................................... 30 
13 SINTAXE DAS FUNÇÕES ................................................................................................................................... 37 
13.1 Interpolação Helicoidal ................................................................................................................... 40 
13.2 CICLOS FIXOS ................................................................................................................................... 50 
14 SUBPROGRAMAS ............................................................................................................................................. 61 
15 TABELAS E FÓRMULAS USADAS NA PROGRAMAÇÃO ..................................................................................... 62 
16 COMO EVITAR COLISÕES EM MÁQUINAS CNC ................................................................................................ 65 
17 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO ........................................................................................................................ 74 
18 EXERCÍCIOS 2 ................................................................................................................................................... 76 
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................ 82 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
Desde as antigas civilizações, o homem busca racionalizar e automatizar o seu trabalho, 
por meio de novas técnicas. A automação simplifica todo tipo de trabalho, seja ele físico ou 
mental. O exemplo mais comum da automação do trabalho mental é o uso da calculadora 
eletrônica. No cotidiano observa-se cada vez mais a automação e a racionalização dos trabalhos 
físicos em geral, por exemplo: Na agricultura veem-se novos e sofisticados tratores que 
substituem a enxada, e outros meios de produção. A cada nova geração de novos produtos, 
observa-se em cada modelo uma evolução que faz com que os esforços físicos e mentais sejam 
reduzidos. 
Hoje, controle numérico computadorizado (CNC) são máquinas encontradas em pequenas 
oficinas de usinagem as grandiosas companhias de manufatura. Na realidade quase não existem 
produtos fabris que não estejam de alguma forma relacionadas à tecnologia destas máquinas 
ferramentas inovadoras. 
O Controle Numérico (CN), e sua definição mais simples, é que todas as informações 
geométricas e dimensionais contidas em uma peça, conhecida por meio de desenhos e cotas 
(números), seriam entendidas e processadas pela máquina CNC, possibilitando a automação da 
operação. Atualmente, a utilização do Controle Numérico Computadorizado (CNC), é a saída 
mais apropriada para a solução dos mais complexos problemas de usinagem. Onde 
anteriormente se exigia uma máquina ou uma ferramenta especial, atualmente é feito com o CNC 
de uma forma muito simples. 
Em termos simples, o objetivo de uma máquina -ferramenta com CNC é fazer com que as 
ferramentas de corte ou usinagem sigam, automaticamente, uma trajetória pré-programada 
através de instruções codificadas, com a velocidade da trajetória e a rotação da ferramenta ou 
peça também pré-programadas. Há diversas formas de executar essa programação, algumas 
manuais, outras auxiliadas por computador (CAP – Computer Aided Programming). Existem 
também casos em que o próprio CNC pode ser utilizado para auxiliar na programação, usando 
métodos interativos com o operador. 
 
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2 HISTÓRICO DO CNC 
No processo de pesquisa para melhoria dos produtos, aliado ao desenvolvimento dos 
computadores, foi possível chegar às primeiras máquinas controladas numericamente. O principal 
fator que forçou os meios industriais a essa busca, foi à segunda guerra mundial. Durante a 
guerra, necessitavam-se de muitos aviões, tanques, barcos, navios, armas, caminhões, etc., tudo 
em ritmo de produção em alta escala e grande precisão. Grande parte da mão de obra masculina 
utilizada pelas fábricas como especializada, foi substituída pela feminina, o que na época 
implicava na necessidade de treinamento, com reflexos na produtividade e na qualidade. Diante 
deste desafio, iniciou-se o processo de pesquisa onde surgiu a máquina comandada 
numericamente. A primeira ação neste sentido surgiu em 1949 no laboratório de 
Servomecanismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), com a união da Força 
Aérea Norte americana (U.S. Air Force) e a empresa Parsons Corporation of Traverse City, 
Michigan. Foi adotada uma fresadora de três eixos para as experiências. Os controles e 
comandos convencionais foram retirados e substituídos pelo comando numérico, dotado de 
leitora de fita de papel perfurado, unidade de processamento de dados e servomecanismo nos 
eixos. A demonstração prática da máquina ocorreu em março de 1952, e o relatório final do novo 
sistema somente foi publicado em maio de 1953. Em 1956 surgiu o trocador automático de 
ferramentas, mais tarde em 1958, os equipamentos com controle de posicionamento ponto a 
ponto e a geração contínua de contornos, que foram melhorados por este sistema em 
desenvolvimento. A partir de 1957, houve nos Estados Unidos, uma grande corrida na fabricação 
de máquinas comandadas por CN, pois os industriais investiam até então em adaptações do CN 
em máquinas convencionais. A partir deste ano, com todos os benefícios que haviam obtido deste 
sistema, surgiram novos fabricantes que inclusive já fabricavam seus próprios comandos. Devido 
ao grande número de fabricantes, começaram a surgir os primeiros problemas, sendo que o 
principal foi á falta de uma linguagem única e padronizada. Em 1958, por intermédio da EIA 
(Eletronic Industries Association) organizou-se estudos no sentido de padronizar os tipos de 
linguagem. Houve então a padronização de entrada conforme padrão RS-244 que depois passou 
a EIA244A ou ASC II. A linguagem destinada a programação de máquinas era a APT 
(Automatically Programed Tools), desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 
1956, daí para frente foram desenvolvidas outras linguagens para a geração contínua de 
contornos como AutoPrompt (Automatic Programming of Machine Tools), ADAPT, Compact II, 
 
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Action, e outros que surgiram e continuam surgindo para novas aplicações. Com o aparecimento 
do circuito integrado, houve grande redução no tamanho físico dos comandos. Em 1967 surgia no 
Brasil as primeiras máquinas controladas numericamente, vinda dos Estados Unidos. A partir daí, 
observa-se uma evolução contínua e notável concomitantemente com os computadores em geral, 
fazendo com que os comandos (CNC) mais modernos, empreguem em seu conceito físico 
(hardware) tecnologia de última geração. Com isso, a confiabilidade nos componentes eletrônicos 
aumentou, aumentando a confiança em todo sistema. Obs: Comando CN é aquele que executa 
um programa sem memorizá-lo, e a cada execução, o comando deve realizar a leitura no veículo 
de entrada. O comando CNC é aquele que após a primeira leitura do veículo de entrada, 
memoriza o programa e executa-o de acordo com a necessidade, sem a necessidade de nova 
leitura. 
2.1 RESUMO HISTÓRICO 
 1940 -MARK I: primeiro computador construído por harvard e pela IBM; 
 1949 -contratos da PARSON COM A USAF para fabricarem máquinas 
equipadas com CN; 
 1952 -MIT E PARSON colocam em funcionamento o primeiro protótipo CN; 
 1957 -início da comercialização do CN; 
 1967 -primeiras máquinas do CN no BRASIL; 
 1970 -aplicações dos primeiros comandos a CNC; 
 1971 -fabricado pela ROMI o primeiro torno com comando CN (COMANDO SLO-
SYN); 
 1977 -comandos numéricos com CNC usando tecnologia dos microprocessadores; 
 1980 -sistemas flexíveis de fabricação são aplicados em larga escala; 
 
 
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3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CNC 
3.1 VANTAGENS 
As principais vantagens do CNC sobre o CN de acordo com Diniz (1990) referem-se 
principalmente às possibilidades de alterar o programa durante a sua execução, além de utilizar 
ciclos fixos de usinagem e empregar sub-rotinas. Desta forma, acentuam-se como principais 
vantagens no CNC: 
 Aumento da flexibilidade; 
 Redução nos circuitos de "hardware" e simplificação dos remanescentes bem como 
disponibilidade de programas automáticos de diagnósticos, diminuindo pessoal de 
manutenção; 
 Eliminação do uso de fita perfurada; 
 Aumento das possibilidades de corrigir programas (edição); 
 Possibilidade do uso de equipamentos periféricos computacionais; 
 “Display” para operação; 
 A intervenção de operador relacionada a peças produto é drasticamente reduzida ou 
eliminada; 
 Peças consistentes e precisas; 
 Repetibilidade; 
 Tempos de "setup" muito curtos; 
3.2 DESVANTAGENS 
 Investimento inicial elevado; 
 Manutenção exigente e especializada; 
 Não elimina completamente os erros humanos; 
 Necessitam operadores mais especializados; 
 Não tem vantagens tão evidentes para séries pequenas e muito pequenas. 
 
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4 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DO CNC 
A função mais básica de qualquer máquina CNC é o controle de movimento automático, 
preciso, e consistente. Todos os equipamentos CNC que tenha duas ou mais direções de 
movimento, são chamados eixos. Estes eixos podem ser preciso e automaticamente 
posicionados ao longo dos seus movimentos de translação. Os dois eixos mais comuns são 
lineares (dirigido ao longo de um caminho reto) e rotativos (dirigido ao longo de um caminho 
circular). 
 
figura 1 -funcionamento convencional 
 
Em vez de serem movimentadas virando manivelas manualmente como é feito em 
máquinas ferramentas convencionais, as máquinas CNCs têm seus eixos movimentados sob 
controle de servomotores do CNC, e guiado pelo programa de peça. Em geral, o tipo de 
movimento (rápido, linear e circular), para os eixos se moverem, a quantidade de movimento e a 
taxa de avanço (feed rate) é programável em quase todas as máquinas ferramentas CNC. A 
figura 1 mostra o controle de movimento de uma máquina convencional. A figura 2 mostra um 
movimento de eixo linear de uma máquina CNC. 
 
 
figura 2 -funcionamento automático 
 
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4.1 MOTORES 
Existem diversos tipos de motores que podem ser usados para movimentar uma máquina 
CNC. Entre as soluções mais usadas podemos citar a movimentação através de motores de 
passo, motor de corrente continua com encoder e Servomotores. 
4.1.1 Motores de Corrente Contínua 
São motores de custo elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, 
ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua. Podem funcionar 
com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e 
precisão. Por isso seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o 
custo muito mais alto da instalação, ou no caso da alimentação usada ser contínua. 
4.1.2 Motores de Passo 
Muitos dispositivos computadorizados (drives, CDRom etc.) usam motores especiais que 
controlam os ângulos de giro de seus rotores. Em vez de girar continuamente, estes rotores giram 
em etapas discretas; os motores que fazem isso são denominados 'motores de passo'. O rotor de 
um motor de passo é simplesmente um ímã permanente que é atraído, sequencialmente, pelos 
polos de diversos eletroímãs estacionários, como é ilustrado na figura 3. 
 
figura 3 – funcionamento do motor de passo 
 
Num motor de passo, o rotor é atraído por um par de pólos do estator e a seguir, por outro. 
 
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O controle é bem fácil de ser implementado, além disso, é a solução mais barata para fazer 
controle de posicionamento, porém como pontos negativos é o fato do motor induzir vibrações, e 
ter ainda por cima uma velocidade um pouco limitada. 
4.1.3 Servomotores 
O servomotor é uma máquina síncrona composta por uma parte fixa (o estator) e outra 
móvel (o rotor). O estator é bobinado como no motor elétrico convencional, porém, apesar de 
utilizar alimentação trifásica, não pode ser ligado diretamente à rede, pois utiliza uma bobinagem 
especialmente confeccionada para proporcionar alta dinâmica ao sistema. O rotor é composto por 
ímãs permanentes dispostos linearmente e um gerador de sinais (resolver) instalado para 
fornecer sinais de velocidade e posição. Sãoexigidos, dinâmica, controle de rotação, torque 
constante e precisão de posicionamento. As características mais desejadas nos servomotores 
são o torque constante em larga faixa de rotação (até 4.500 rpm), uma larga faixa de controle da 
rotação e variação e alta capacidade de sobrecarga. 
O circuito de controle é formado por componentes eletrônicos discretos ou circuitos 
integrados e geralmente é composto por um oscilador e um controlador PID (Controle 
proporcional integrativo e derivativo) que recebe um sinal do sensor (posição do eixo) e o sinal de 
controle aciona o motor no sentido necessário para posicionar o eixo na posição desejada 
conforme a figura 4. 
 
figura 4 – PWM do servomotor 
 
Os servos possuem três fios de interface, dois para alimentação e um para o sinal de 
controle. O sinal de controle utiliza o protocolo PWM (modulação por largura de pulso) que possui 
 
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três características básicas: Largura mínima, largura máxima e taxa de repetição. A largura do 
pulso de controle determinará a posição do eixo. 
Uma vez que o servo recebe um sinal de, por exemplo, 1,5 ms, ele verifica se o 
potenciômetro está na posição correspondente, se estiver, ele não faz nada. Se o potenciômetro 
não estiver na posição correspondente ao sinal recebido, o circuito de controle aciona o motor até 
que a posição seja correta. Na figura 5 é mostrado o exemplo de servomotores. 
 
 
figura 5 - Servomotores 
 
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5 ETAPAS DA USINAGEM COM TECNOLOGIA CNC 
A tecnologia de comando numérico computadorizado, CNC, trouxe vantagens como 
velocidade, precisão, repetitividade e flexibilidade. Mas, ao contrário do que se pode pensar, 
estas vantagens só tem efeito após a peça piloto ter sido usinada. Isto ocorre devido ao tempo 
necessário para obter uma única peça através do CNC, que é longo, chegando a ser superior à 
usinagem convencional. Normalmente em CNC, os seguintes passos são seguidos: 
5.1 RECEBIMENTO DO DESENHO 
Da mesma forma como no processo convencional, a primeira etapa da usinagem inicia-se 
através do recebimento do desenho da peça que deve ser analisado, interpretado e 
compreendido. 
5.2 DESENHO EM CAD 
O ideal para trabalhar em CNC é receber o desenho em CAD. Caso isto não ocorra e 
dependendo da complexidade da peça, deve-se desenha-la, pois muitas das coordenadas 
necessárias à programação estão implícitas nos desenhos cotados de forma padrão, e em muitos 
casos seu cálculo é complexo e sujeito a erros. Já, a obtenção de dados do desenho em CAD 
ocorre de forma rápida e precisa. 
É de grande importância definir neste momento o ponto de referência que será utilizado 
para a programação, ou seja, deve-se escolher o ponto zero-peça. Caso o desenho tenha sido 
recebido em CAD deve-se move-lo de modo que o ponto escolhido seja posicionado nas 
coordenadas X=0 e Y=0. 
5.3 PLANEJAMENTO DO PROCESSO 
Também, da mesma forma como ocorreria na usinagem convencional, deve-se realizar a 
etapa do planejamento do processo de usinagem. Esta é a etapa mais importante e mais 
complexa de todo o procedimento, pois envolve a definição da forma de fixação da peça na 
máquina, a definição da sequencia de usinagem, a escolha das ferramentas para cada etapa do 
processo e a determinação dos dados tecnológicos para cada ferramenta (velocidade de corte, 
velocidade de avanço, rotação da ferramenta, profundidade de corte, número de passadas, 
rotação da ferramenta, etc.). 
 
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Destaca-se nesta fase a definição da fixação da peça na máquina. Dependendo da peça 
em questão podem-se utilizar dispositivos padrões como uma morsa ou grampos de fixação, mas 
algumas vezes deve-se projetar e construir um dispositivo específico que atenda a características 
próprias de cada situação. Exemplo disto seria a necessidade de se soltar a peça no meio do 
programa para virá-la e fixá-la novamente para continuar a usinagem, mas garantindo as relações 
geométricas com a fixação inicial. 
5.4 LEVANTAMENTO DAS COORDENADAS 
Conhecida a forma de fixação da peça e o processo de usinagem pode se voltar ao CAD e 
realizar o levantamento das coordenadas que serão relevantes na programação. Devem-se 
prever pontos de entrada e saída da ferramenta e observar possíveis colisões com detalhes da 
peça e também com o próprio dispositivo de fixação. 
5.5 PROGRAMAÇÃO 
Tendo em mãos as coordenadas obtidas do desenho da peça e conhecendo a sequencia 
de operações pode-se escrever o programa. É importante que o programa seja bem comentado, 
facilitando as possíveis alterações e correções que possam ser necessárias. O uso de sub-rotinas 
deve ser explorado, tornando-o menor e de mais fácil manutenção. Devem-se explorar todos os 
recursos que a máquina oferece para tornar o programa menor e mais eficiente, tais como ciclos 
de desbastes internos, ciclos de furação, rotação de coordenadas e deslocamento de referência 
entre outros. No caso de se utilizar um software para a programação, deve-se fazer a transmissão 
do programa para a máquina. 
5.6 SIMULAÇÃO GRÁFICA 
Na realidade esta etapa ocorre juntamente com a programação, mas devido a sua 
importância será destacada como uma fase específica. A simulação gráfica é uma ferramenta que 
deve ser explorada ao máximo, pois permite detectar erros de programação que podem por em 
risco a peça, as ferramentas, o dispositivo de sujeição e até mesmo a máquina. 
Deve-se utilizar principalmente o recurso de zoom para verificar pequenos detalhes e 
também a simulação em ângulos diferentes (topo, frontal, lateral, etc.). Mesmo quando se utiliza 
um software de simulação gráfica, deve se realizar a simulação fornecida pela máquina, para 
garantir que o programa está funcional. 
 
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Uma observação importante é que algumas funções do programa só podem ser simuladas 
corretamente após realização do setup de ferramentas (que será discutido mais adiante), pois 
dependem dos valores do diâmetro para serem calculadas. Mesmo assim, é um bom momento 
para verificar a existência de erros grosseiros (sinal invertido, coordenadas trocadas, falta de uma 
linha, etc.). 
5.7 MONTAGENS 
É a primeira etapa de setup da máquina. Deve-se montar o dispositivo de fixação e as 
ferramentas. A montagem do dispositivo de fixação da peça é cercada de cuidados, pois se deve 
limpar cuidadosamente a mesa de trabalho da máquina e a superfície de apoio do dispositivo. 
Além disto, sua fixação deveobservar, quando necessário, o paralelismo com os eixos de 
trabalho, através da utilização de um relógio apalpador (normalmente fixado no fuso da máquina). 
Na montagem das ferramentas deve observar uma cuidadosa limpeza dos suportes além 
de garantir um bom aperto, evitando que ela se solte durante a usinagem. Durante a fixação das 
ferramentas nos suportes deve-se buscar manter o mais curta possível, de modo a evitar 
flambagens e vibrações, mas não se pode esquecer-se de verificar a possibilidade de impacto do 
suporte da ferramenta com obstáculos oferecidos pela peça ou pela fixação. 
Por fim, quando da instalação das ferramentas na máquina, devem-se ajustar os bicos de 
fluido refrigerante de modo que todas as ferramentas sejam refrigeradas. 
5.8 SETUP DE FIXAÇÃO E FERRAMENTAS 
Após a instalação do dispositivo de fixação e do ferramental deve-se informar ao CNC às 
características que os definem. No caso do dispositivo de fixação devem-se informar as 
coordenadas X e Y que foram utilizadas como referência na programação, ou seja, deve-se 
definir o zero-peça. 
Para cada ferramenta deve-se informar o seu diâmetro e o seu comprimento (referência do 
eixo Z). Após esta etapa pode-se realizar com segurança a simulação gráfica oferecida pelo CNC 
da máquina. 
 
5.9 EXECUÇÃO PASSO-A-PASSO 
Depois de realizado todo o setup da máquina e a depuração do programa através da 
simulação gráfica pode-se finalmente executar a primeira peça, denominada normalmente de 
 
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peça piloto, que sempre que possível não deve fazer parte do lote, já que existe grande 
possibilidade de ocorrerem falhas não previstas. Sua execução é realizada no modo passo-a-
passo, ou seja, cada linha do programa só será executada após liberação realizada pelo 
operador. Além disso, a velocidade de movimentação pode ser controlada permitindo realizar 
aproximações lentas e seguras. Pode-se ligar e desligar o fluido refrigerante a qualquer instante 
de modo a permitir melhor visualização dos movimentos. Esta etapa permite verificar detalhes 
não previstos na etapa de programação e não visualizados na simulação. 
Quando se encontra alguma linha com algum erro ou necessidade de alteração pode-se 
parar a usinagem, afastar a ferramenta da peça, alterar o programa e reiniciar a partir desta linha, 
continuando a analisar o programa. 
5.10 EXECUÇÃO DO LOTE 
Após a execução passo-a-passo ter sido concluída com sucesso e todas as correções 
necessárias terem sido realizadas pode-se passar a execução das peças do lote. É a etapa final 
onde as vantagens da tecnologia CNC vão surgir. 
Resumindo, tem-se as seguintes etapas: 
1 . Recebimento do desenho; 
2 . Desenho em CAD; 
3 . Planejamento do processo; 
4 . Levantamento das coordenadas; 
5 . Programação; 
6 . Simulação gráfica; 
7 . Instalação das ferramentas; 
8 . Setup de ferramentas; 
9 . Execução passo-a-passo; 
10 . Execução do lote. 
 
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6 COORDENADAS CARTESIANAS 
Todas as máquinas-ferramenta CNC são comandadas por um sistema de coordenadas 
cartesianas (fig. 6) na elaboração de qualquer perfil geométrico. 
 
figura 6 – coordenadas cartesianas para torno 
 
Um sistema de coordenadas garante a localização de um ponto. Em fresadoras utiliza-se 
um sistema de três coordenadas, padronizadas de X, Y e Z e que definem um ponto no espaço, 
como mostrado na figura 7. 
O sistema de eixos pode ser facilmente representado com auxílio da mão direita, onde o 
polegar aponta para o sentido positivo do eixo X, o indicador para o sentido positivo do Y, e o 
dedo médio para o sentido positivo do Z (Centro de Usinagem), conforme a figura 8. 
 
figura 7 – representação dos eixos figura 8 – Regra da mão direita 
 
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6.1 COORDENADAS ABSOLUTAS E INCREMENTAIS 
No sistema de programação CNC é possível utilizar dois tipos diferentes de coordenadas: 
 Coordenadas absolutas (G90); 
 Coordenadas incrementais (G91). 
 
Define-se como sistema de coordenadas absolutas o sistema de coordenadas onde o 
ponto a ser atingido pela ferramenta é dado tomando-se como referência o “zero-peça”. 
Define-se como sistema de coordenadas incrementais o sistema de coordenadas onde o 
ponto a ser atingido pela ferramenta é dado tomando-se como referência o ponto anterior. Para a 
utilização deste tipo de sistema de coordenadas deve-se raciocinar no Comando Numérico 
Computadorizado da seguinte forma: da posição em que parou a ferramenta, quanto falta para 
chegar ao próximo ponto? 
Para a programação CNC é fundamental conseguir analisar um desenho e obter dele suas 
coordenadas. Nos desenhos à seguir pode-se observar as coordenadas de uma figura bastante 
simples em duas situações diferentes. Nestes dois casos o sistema de coordenadas estará 
desenhado para auxiliar nesta tarefa. Observando o desenho da figura 9, deve-se analisar os 
dados da tabela com as coordenadas de cada vértice, indicados pelas letras A até H. 
 
 
figura 9 – sistema de coordenadas absolutas (G90) 
 
O exemplo anterior mostra o uso de coordenadas absolutas (baseadas em uma referência 
fixa). Pode-se trabalhar com coordenadas incrementais, que sempre se relacionam com o ponto 
 
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anterior (em outras palavras, a posição atual é sempre a origem). A figura 10 apresenta um perfil 
onde se considera o ponto A como sendo o ponto inicial. A tabela está preenchida com as 
coordenadas incrementais. 
 
figura 10 – Sistema de coordenadas incrementais (G91) 
 
Durante o desenvolvimento de um programa CNC pode-se utilizar tanto coordenadas 
absolutas como coordenadas incrementais, e alternar entre os sistemas a qualquer momento. 
6.2 COORDENADAS POLARES 
Até agora o método de determinação dos pontos era descrito num sistema de coordenadas 
cartesianas, porém, existe uma outra maneira de declarar os pontos: em função de ângulos e 
raios. Esse modo de programação é chamado de sistema de coordenadas polares. 
Exemplo de programação: 
 
PONTO RAIO ÂNGULO 
A 55 0 
B 55 60 
C 55 120 
D 55 180 
E 55 240 
F 55 300 
POLO X0 Y0 
 
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1) Preencha a tabela a seguir com as coordenadas absolutas (G90) de acordo com o 
desenho ao lado. 
 
 
 
2) Preencha a tabela a seguir com as coordenadas Incrementais (G91) de acordo 
com o desenho ao lado. 
 
 
Coordenadas Absolutas 
(G90) 
PONTO X Y 
A 
B 
C 
D 
E 
F 
G 
H 
Coordenadas Incrementais (G91) 
PONTO 
X Y 
DE PARA 
A B 
B C 
C D 
D E 
E F 
F G 
G H 
 
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7 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO 
São diversos os meios de elaboração de programas CNC, sendo os mais usados: 
7.1 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO AUTOMÁTICA APT 
No surgimento do CN, no início dos anos 50, a primeira linguagem de programação 
utilizada foi a APT (Automatic Programmed Tool). Atualmente só é utilizada como ferramenta 
auxiliar na programação de peças com geometrias muito complexas, principalmente para 
máquinas de 4 e 5 eixos. A linguagem APT é uma linguagem de alto nível. 
7.2 LINGUAGEM EIA/ISO 
Linguagem de códigos, também conhecida como códigos G. É na atualidade a mais 
utilizada universalmente, tanto na programação manual, como na programação gráfica, onde é 
utilizado o CAM. Os códigos EIA/ISO foram criados antes mesmo do aparecimento das máquinas 
CNC, eles eram usados nos escritórios em máquinas de escrever automáticas que utilizavam 
cartões perfurados. A linguagem EIA/ISO é considerada de baixo nível. 
7.3 LINGUAGEM INTERATIVA 
Programação por blocos parametrizados possui blocos prontos e não usa códigos. 
Para este tipo de programação a forma de programação e definido pelo fabricante do 
comando. Ex. linguagem MAZATROL aplicando às máquinas MAZAK. 
7.4 PRODUÇÃO GRÁFICA VIA "CAM" (COMPUTER AIDED MANUFACTURING) 
Não é mais uma linguagem de programação e sim uma forma de programar em que o 
programador deverá possuir os conhecimentos de: processos de usinagem; materiais; 
ferramentas e dispositivos para usinagem; informática para manipulação de arquivos; máquinas 
(avanços, rotações e parâmetros); domínio de um software de CAD e um de CAM. 
Descrevendo de uma maneira simplificada, o programador entra com o desenho da peça, 
que pode ser feito no próprio CAM ou em desenhos recebidos do CAD (Computer Aided 
Designe), define matéria -prima (tipo e dimensões), ferramentas e demais parâmetros de corte, 
escolhe o pós-processador de acordo com a máquina que fará a usinagem e o software de CAM 
se encarregará de gerar o programa, utilizando os códigos da linguagem EIA/ISO. 
 
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8 ESTRUTURA DO PROGRAMA 
A estrutura de programação para máquinas CNC utilizando a Norma ISO 6983 é 
estruturada com os seguintes dados: identificação, cabeçalho, dados da ferramenta, 
aproximação, usinagem do perfil da peça, fim de programa. 
O programa CNC é constituído de: 
 Caracteres: É um número, letra ou símbolo com algum significado para o 
Comando.(Exemplo:2, G, X, /, A, T). 
 Endereços: É uma letra que define uma instrução para o comando. (Exemplo: G, X, 
Z, F). 
 Palavras: É um endereço seguido de um valor numérico. (Exemplo: G01 X25 F0.3). 
 Bloco de Dados: É uma série de palavras colocadas numa linha, finalizada pelo 
caractere ; (Exemplo: G01 X54 Y30 F.12;) 
 Programa: É uma série de blocos de dados (Finalizada por M30). 
8.1 CARACTERES ESPECIAIS 
(;) - Fim de bloco: (EOB -End of Block). Todo bloco deve apresentar um caractere que 
indique o fim do bloco. 
/ - Eliminar execução de blocos, número sequencial de blocos. 
() - Comentário : Os caracteres parênteses permitem a inserção de comentários. Os 
caracteres que vierem dentro de parênteses são considerados comentários e serão ignorados 
pelo comando. 
MSG - Mensagem ao operador, exemplo: MSG ( “mensagem desejada” ). 
8.2 FUNÇÕES ESPECIAIS 
Função O (usada no comando Fanuc Series Oi - MC). Todo programa ou subprograma na 
memória do comando é identificado através da letra “O” composto por até 4 dígitos, podendo 
variar de 0001 até 9999. 
Para facilitar a identificação do programa, recomenda-se inserir um comentário, 
observando-se o uso dos parênteses. Ex.: O5750 (Flange do eixo traseiro); 
Função N 
Define o número da sequencia. Cada sequencia de informação pode ser identificada por 
 
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um número de um a quatro dígitos, que virá após a função N. Esta função é utilizada em desvios 
especificados em ciclos, e em procura de blocos. 
Exemplo: 
N50 G01 X10; 
N60 G01 Z10; 
Não é necessário programar o número de sequencia em todos os blocos de dados. A 
sequencia aparecerá automaticamente após a inserção de cada bloco de dados, a não ser que 
seja feita uma edição fora da sequencia do programa ou após sua edição completada. 
Função F 
Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação, mas este também pode 
ser utilizado em mm/min. O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se em 
conta o material, a ferramenta e a operação a ser executada. F0.3 ; ou F.3 ; 
 
 
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9 SISTEMAS DE INTERPOLAÇÃO 
Os sistemas de interpolação usados na programação de máquinas CNC são classificados 
em linear e circular. 
9.1 INTERPOLAÇÕES LINEARES 
A interpolação linear é uma linha que se ajusta a dois pontos. Por exemplo, você deseja 
mover só um eixo linear em um comando. Você quer mover o eixo X a uma posição com um 
avanço lento à direita do zero do programa. Considerando que o comando fosse X10. (assumindo 
o modo absoluto e em mm). A máquina removeria uma linha perfeitamente reta neste movimento 
(desde que só um eixo está movendo). 
Agora digamos que desejo para incluir um Y eixo movimento a uma posição de 10 
milímetros em relação ao zero do programa (e juntamente com o Y atuasse o X voltando a zero). 
Nós diremos que você está tentando fazer um chanfro na peça produto com este comando. Para 
caminhar numa linha perfeitamente reta e chegar ao ponto de destino programado nos dois eixos 
juntos, tem que haver uma sincronização dos eixos X e Y nestes movimentos. Também, se a 
usinagem ocorrer durante o movimento, uma taxa de movimento (feedrat) também deve ser 
especificado. Isto requer interpolação linear. 
 
 
O movimento 2 da figura 11, foi gerado com interpolação linear. Saiba que para máquina 
não ocorreu um único movimento, mas sim uma serie de movimentos minúsculos cujo tamanho 
do passo é igual à resolução da máquina, normalmente 0.001mm. 
Durante comandos de interpolações lineares, o controle precisa, automaticamente,calcular 
figura 11 – Interpolação linear 
 
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uma série de movimentos minúsculos, enquanto mantêm a ferramenta tão perto do caminho 
linear programado. Com as máquinas CNC de hoje, fica a impressão que a máquina está 
formando um movimento de linha perfeitamente reta. 
9.2 INTERPOLAÇÕES CIRCULAR 
Em modo semelhante, requerem muitas aplicações para máquinas CNC, por exemplo, que 
a máquina possa formar movimentos circulares. Aplicações para movimentos circulares incluem 
raio de concordância entre faces de peças, furos circulares de grandes e pequenos diâmetros, 
etc. Este tipo de movimento requer interpolação circular. Como com interpolação linear, o controle 
gerará minúsculos movimentos que se aproximam o máximo de caminho circular desejado. A 
figura 12 mostra o que acontece durante interpolação circular. 
 
 
figura 12 – interpolação circular 
 
A trajetória da ferramenta é percorrida com uma orientação circular, com qualquer raio, nos 
sentido horário e anti-horário, e com qualquer velocidade conforme os limites da maquina. 
Algumas informações são necessárias para a programação de arcos, tais como: 
 Ponto final do arco; 
 Sentido do arco; 
 Centro do arco (polo). 
 
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10 PONTOS DE REFERÊNCIA 
10.1 PONTO ZERO DA MÁQUINA: M 
 
 
 figura 13 – simbologia do zero máquina 
 
O ponto zero da máquina (fig. 13) é definido pelo fabricante da mesma. Ele é o ponto zero 
para o sistema de coordenadas da máquina e o ponto inicial para todos os demais sistemas de 
coordenadas e pontos de referência. 
10.2 PONTO DE REFERÊNCIA: R 
 
 
 figura 14 – simbologia do ponto de referência 
 
O ponto de referência (fig. 14) serve para aferição e controle do sistema de medição dos 
movimentos da máquina. Ao ligar a máquina, sempre se deve deslocar o carro até esse local, 
antes de iniciar a usinagem. Este procedimento define ao comando a posição do carro em relação 
ao zero máquina. 
10.3 PONTO ZERO DA PEÇA: W 
 
figura 15 – simbologia do zero peça 
 
O ponto zero peça (fig. 15) é definido pelo programador e usado por ele para definir as 
coordenadas durante a elaboração do programa. Recomenda-se colocar o ponto zero da peça de 
tal forma que se possam transformar facilmente as medidas do desenho da peça em valores de 
coordenadas positivas. 
 
 
 
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11 FUNÇÕES PREPARATÓRIAS DE DESLOCAMENTO 
11.1 FUNÇÕES PREPARATÓRIAS (G) 
As funções preparatórias indicam ao comando o modo de trabalho, ou seja, indicam à 
máquina o que fazer, preparando-a para executar um tipo de operação, ou para receber uma 
determinada informação. Essas funções são dadas pela letra G, seguida de um número formado 
por dois dígitos (de 00 a 99 no caso do comando Fanuc Series 0i-MC). 
As funções podem ser: 
MODAIS – São as funções que uma vez programadas permanecem na memória do 
comando, valendo para todos os blocos posteriores, a menos que modificados ou cancelados por 
outra função da mesma família. 
NÃO MODAIS – São as funções que todas as vezes que requeridas, devem ser 
programadas, ou seja, são válidas somente no bloco que as contém. 
11.2 LISTAS DAS FUNÇÕES PREPARATÓRIAS COMANDO FANUC Series Oi-
MC 
G00 - Avanço rápido 
G01 - Interpolação linear 
G02 - Interpolação circular horária 
G03 - Interpolação circulara anti-horária 
G04 - Tempo de permanência 
*G15 – Cancela a programação polar 
G16 – Ativa a programação polar 
*G17 – Seleção plano XY 
G18 – Seleção plano XZ 
G19 – Seleção plano YZ 
G20 – Referência de unidade de medida (polegada) 
G21 – Referência de unidade de medida (métrico) 
G22 – Ativa área de segurança 
G23 – Desativa área de segurança 
G28 – Retorna eixos para referência de máquina 
 
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*G40 – Cancela compensações ativas de raio e comprimento da ferramenta 
G41 – Ativa compensação do raio da ferramenta (à esquerda do perfil) 
G42 – Ativa compensação do raio da ferramenta (à direita do perfil) 
G43 – Ativa a compensação do comprimento da ferramenta (direção +) 
G44 -Ativa a compensação do comprimento da ferramenta (direção -) 
*G49 – Cancela a compensação do comprimento da ferramenta 
G50.1 -Cancela a imagem de espelho 
G51.1 – Ativa imagem de espelho 
G52 – Sistema de coordenada local 
G53 – Sistema de coordenada de máquina 
*G54 – Sistema de coordenada de trabalho 1 
G55 -Sistema de coordenada de trabalho 2 
G56 -Sistema de coordenada de trabalho 3 
G57 -Sistema de coordenada de trabalho 4 
G58 -Sistema de coordenada de trabalho 5 
G59 -Sistema de coordenada de trabalho 6 
G65 – Chamada de macro 
G68 – Sistema de rotação de coordenadas 
G69 -Cancela sistema de rotação de coordenadas 
G73 – Ciclo de furação intermitente 
G74 – Ciclo de roscamento (esquerda) 
G76 – Ciclo de mandrilamento 
G80 – Cancela ciclo fixo 
G81 – Ciclo de furação contínua 
G82 – Ciclo de furação contínua com dwell 
G83 – Ciclo de furação intermitente com retorno ao plano R 
G84 – Ciclo de roscamento (direita) 
G85 – Ciclo de mandrilamento (retração em avanço programado) 
G86 – Ciclo de mandrilamento (retração com eixo parado) 
G87 – Ciclo de mandrilamento (rebaixo interno) 
G88 – Ciclo de mandrilamento com retorno manual 
G89 – Ciclo de mandrilamento (dwell+retração com avanço programado) 
*G90 -Sistema de coordenadas absolutas 
 
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G91 -Sistema de coordenadas incrementais 
G92 – Estabelece nova origem 
G92S -Estabelece limite de rotação (RPM) 
G94 -Estabelece avanço mm/minuto 
G95 -Estabelece avanço mm/rotação 
G96 -Estabelece programação em velocidade de corte constante 
G97 -Estabelece programação em RPM C -Posicionamento angular do eixo árvore 
 
Obs.: os códigos G marcados * são ativados automaticamente ao se ligar a máquina 
11.3 LISTA DAS FUNÇÕES MISCELÂNEAS OU AUXILIARES 
M00 -Parada de programa 
M01 -Parada de programa opcional 
M02 -Final de programa 
M03 -Gira eixo árvore sentido horário 
M04 -Gira eixo árvore sentido anti-horário 
M05 -Parada do eixo árvore 
M08 -Liga refrigeração 
M09 -Desligarefrigeração 
M18 -Cancela modo posicionamento eixo árvore 
M19 -Eixo árvore em modo posicionamento 
M30 -Final de programa e retorno ao inicio 
M62 -Liga fluido da bandeja 
M63 –Desliga fluido da bandeja 
M74 -Liga o transportador de cavacos 
M75 - Desliga o transportador de cavacos 
M98 - Chamada de um sub-programa 
M99 - Retorno de um sub-programa 
 
NOTA: Para comandos de fabricantes diferentes uma mesma função pode ter significados 
diferentes, mas a maioria das funções, o seu significado é comum a quase todos os comandos. 
 
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12 EXERCÍCIOS 1 
Exercício 1 
No desenho abaixo, escolha um ponto para o zero-peça, ou seja, para a origem do sistema 
de coordenadas. Em seguida defina um sentido de usinagem e identifique os pontos meta. Para 
finalizar preencha a tabela de coordenadas utilizando o sistema absoluto. 
 
 
Exercício 2 
No desenho a abaixo, identificar os pontos meta no sentido anti-horário, a partir do ponto A 
já definido e preencher a tabela de coordenadas utilizando o sistema absoluto. 
 
 
 
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O1000 (EXER.02); 
N10 G90 G40 G94; 
N20 M6T01 (FRESA 10MM); 
N30 G97S6370 M3; 
N40 G54; 
N50 G00 X-4 Y41; 
N60 G43 Z1 H01; 
N70G42 X-10Y35D01; 
N80M98P0211001; 
N90G00 Z100; 
N100M30 
 
O1001(SUB 1000); 
G91G01Z-1 F1000; 
G90 G03 X-20 Y25 R10 
G01 Y12 
G02 X-32Y0 I-12 J0 
G1 X-35 Y0 
G3X-40 Y-5 R5 
G1 X-40 Y-25 
G3 X-20Y-25 R10 
Ponto
s 
X Y R I J 
A -10 35 
B -20 25 0 -10 
C -20 12 
D -32 0 12 -12 0 
E -35 0 
F -40 -5 5 0 -5 
G -40 -25 
H -20 -25 10 10 0 
I -10 -15 10 10 0 
J 10 -15 
K 20 -25 10 0 -10 
L 40 -25 10 10 0 
M 40 -5 
N 35 0 5 -5 0 
O 32 0 
P 20 12 12 0 12 
Q 20 25 
R 10 35 10 -10 0 
 
 
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N90G2X-10Y-15I10 
N100 G1X10Y-15 
N110 G2 X20Y-25I0J-10 
N120 G3X40Y-25 R10 
N130 G1X40Y-5 
N140 G3 X35Y0 R5 
N150 G1X32Y0 
N160 G2 X20Y12J12 
N170 G1X20Y25 
N180 G3X10Y35R10 
N190 G1X-10Y35 
N200M99 
 
 
Exercício 3 
Baseado nas cotas do exercício anterior, preencha a tabela usando coordenadas 
incrementais na figura abaixo. 
 
 
 
 
Exercício 4 
 
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Preencha a tabela com as coordenadas necessárias. Utilize o sistema absoluto ou 
incremental conforme for mais indicado. 
 
 
 
 
 
Exercício 5 
Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça 
correspondente. As coordenadas estão no sistema absoluto. 
 
Ponto
s 
Sistema X Y R I J 
A G90 0 0 
 
 
B 0 40 
C 16,38 40 
D 22,78 42,32 10
A
H 
 10 
E 50 70,02 
F 75 70,02 
G G91 0 -5 
H G90 53,44 44.99 
I 50 37.44 12
A
H 
8.56 -7.55 
J G91 0 -5.44 
K G90 62 20 12 12 0 
L 92 20 
M 100 0 
 
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Exercício 6 
Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça 
correspondente. As coordenadas estão no sistema incremental. O ponto inicial está indicado. 
 
 
 
 
 
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Exercício 7 
Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça 
correspondente. As coordenadas estão nos sistema absoluto e incremental. 
 
 
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13 SINTAXE DAS FUNÇÕES 
Função G00 – Aplicação: Movimento rápido (aproximação e recuo) 
 
Os eixos movem-se para a meta programada com a maior velocidade de avanço 
disponível na máquina. 
Sintaxe: 
G0 X__ _Y_ __ Z__ _ 
onde: 
X = coordenada a ser atingida 
Y = coordenada a ser atingida 
Z = coordenada a ser atingida 
 
A função G0 é um comando modal. Esta função cancela e é cancelada pelas funções G01, 
G02 e G03. 
 
Função G01 – Aplicação: Interpolação linear (usinagem retilínea ou avanço de trabalho) 
 
Com esta função obtém-se movimentos retilíneos entre dois pontos programados com 
qualquer ângulo, calculado através de coordenadas com referência ao zero programado e com 
um avanço (F) pré-determinado pelo programador. Esta função é um comando modal, que 
cancela e é cancelada pelas funções G00, G02 e G03. 
Sintaxe: 
G1 X__ _Y_ __ Z__ _F_ _ _ 
onde: 
X = coordenada a ser atingida 
Y = coordenada a ser atingida 
Z = coordenada a ser atingida 
F = avanço de trabalho (mm/min) 
 
Funções G02, G03 – Aplicação: Interpolação circular 
 
Esta função executa operação de usinagem de arcos pré-definidos através de uma 
 
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movimentação apropriada e simultânea dos eixos. Pode-se gerar arcos nos sentidos horário 
(G02) e anti-horário (G03), permitindo produzir círculos inteiros ou arcos de círculo, conforme ao 
exemplo da figura 18. 
 É necessário definir o planode trabalho dos eixos para o arco (fig 16). 
 Sentido horário ou anti-horário, tem por definição a vista na direção positiva para 
negativa do eixo que não faz parte do plano de trabalho. 
 a sintaxe abaixo para G02 também é válida para G03. 
 
 
figura 16 – definição do plano de trabalho 
 
Sintaxe: 
 
Para o plano X Y 
G17G02/G03X_ __ Y_ _ _Z_ __ R__ _F___ 
G17G02/G03X_ __ Y_ _ _I__ _J_ __ F___ 
 
Para o plano X Z 
G18G02/G03X_ __ Y_ _ _Z_ __ R__ _F___ 
G18G02/G03X_ __ Z_ _ _I__ _K_ __ F___ 
 
Para o plano Y Z 
G19G02/G03Y_ __ Z_ _ _R_ __F_ __ 
G19G02/G03Y_ __ Z_ _ _J_ __ K__ _F_ __ 
onde: 
 
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X ; Y; Z = posição final da interpolação 
I = centro da interpolação no eixo X 
J = centro da interpolação no eixo Y 
K = centro da interpolação no eixo Z 
Z = posição final do arco 
R = valor do raio (negativo para arco maior que 180 graus) 
F= avanço de trabalho (opcional, caso já esteja programado) 
O valor numérico que segue I, J, K é um vetor que parte do ponto de início do arco até o 
centro do arco, conforme a figura 17. 
 
 
figura 17 – definição do centro do arco 
 
Quando as coordenadas XYZ são omitidas (o ponto final é o mesmo ponto de partida) e o 
centro for especificado com I, J, ou K um arco de 360 graus é gerado, porém se for usado a 
função raio (R), um arco de zero grau é gerado. Exemplo G17 G02 R50 (a ferramenta não se 
move) 
 
figura 18 – exemplo de interpolação circular 
 
 
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Função C e R– Inserção de chanfro ou canto arredondado 
 
Um chanfro ou arredondamento pode ser inserido entre os seguintes movimentos: 
a) Entre uma interpolação linear e outra interpolação linear 
b) Entre uma interpolação linear e outra interpolação circular 
c) Entre uma interpolação circular e outra interpolação linear 
 
Sintaxe: 
C Usado para chanfro 
R Usado para raio 
 
figura 19 – exemplo de chanfro e arredondamento 
 
Para utilizar essas funções, deve-se programá-las no mesmo bloco da interpolação linear 
ou circular para que, em função do próximo movimento, seja criado um chanfro ou um 
arredondamento de canto, como mostrado na figura 19. 
13.1 Interpolação Helicoidal 
A interpolação helicoidal é um recurso usado para gerar movimentos em forma de espiral, 
conforme o exemplo da figura 21. Esse método é uma progressão lógica da interpolação circular 
em que a fresa se movimenta em três dimensões, progredindo para a profundidade do furo 
enquanto também realiza o movimento da interpolação circular. É um movimento em espiral ou 
helicoidal. Tal método é indicado para ferramentas com comprimentos mais longos, pois produz 
forças radiais menores e axiais mais elevadas que a interpolação circular e, portanto, menos 
 
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vibrações. 
A fresa, utilizada para interpolação helicoidal, deve ter capacidade de usinagem em rampa 
se a intenção for a furação, ou seja, a abertura de um furo a partir de superfície sólida, como 
mostrado na figura 20. 
 
figura 20 – furo com interpolação helicoidal 
 
Sintaxe: 
Em sincronismo com o arco XY 
G17G02/G03X__ _Y__ _I_ __J_ __(R_ __)Z_ _ _F_ __ 
Em sincronismo com o arco XZ 
G18G02/G03X__ _Y__ _I_ __K_ __(R_ __)Y_ _ _F__ _ 
Em sincronismo com o arco YZ 
G19G02/G03Y__ _Z__ _ J__ _K__ _(R_ __) X_ __ F_ __ 
 
 
figura 21 – Interpolação helicoidal (espiral) 
 
 
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Função G4 – Aplicação: Tempo de permanência 
Permite interromper a usinagem da peça entre dois blocos, durante um tempo programado. 
Por exemplo, para alívio de corte. 
Sintaxe: 
G4 F_ _ _ _ valores programados em segundos 
G4 S_ _ _ _ valores programados em nº. de rotações 
Função G15/G16 – Aplicação: ativa e desativa coordenada polar 
O sistema de coordenadas polares é um modo de programação onde as coordenadas são 
indicadas através de ângulos e raios. O código G15 cancela a coordenada polar e o código G16 
ativa a coordenada polar. 
 A direção positiva (+) do ângulo será um movimento no sentido anti-horário e 
o sinal negativo (-) será no sentido horário. 
 É necessário fazer a seleção do plano de trabalho 
 A informação de raio será o primeiro do plano selecionado e a informação deângulo 
será o segundo eixo, conforme a figura 22. 
O raio e o ângulo podem ser programados tanto em coordenada absoluta como 
incremental (G90 e G91). Quando o raio é especificado no modo absoluto ele tem início a partir 
do sistema de coordenadas (X0 Y0) e o ângulo programado em absoluto é considerado a partir 
da linha de referência positiva de X. 
Sintaxe: 
G17/G18/G19 G16 X/Y/Z_ _ _ X/Y/Z_ _ _ 
G15 
 
figura 22 – coordenadas polares 
 
 
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Nas figuras 23 e 24 são mostradas as diversas formas de programação e exemplos com 
coordenadas polares. 
 
Ângulo e raio em absoluto Raio em incremental e ângulo em absoluto 
 
 
Ângulo e raio em incremental Ângulo e raio em incremental 
 
figura 23 – formas de coordenadas polares 
 
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figura 24 – exemplos de coordenadas polares 
 
Funções G17, G18, G19 – Aplicação: Seleciona Plano de trabalho 
As funções G17, G18 e G19 permitem selecionar o plano no qual se pretende executar o 
perfil da peça (fig. 25). Estas funções são modais. Onde: 
G17 sendo plano de trabalho XY 
G18 sendo plano de trabalho XZ 
G19 sendo plano de trabalho YZ 
 
 
 
 figura 25 – plano de trabalho 
 
Observação: O plano G17 é o mais utilizado para gerar perfis e é ativada automaticamente 
ao se ligar a máquina. Porém em alguns casos é necessário trabalhar nos demais planos. 
Funções G40, G41 e G42 – Aplicação: Compensação de raio de ferramenta.Ministerio da Educação 
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As funções de compensação de raio de ferramenta foram desenvolvidas para facilitar a 
programação de determinados contornos. Através delas pode-se fazer programas de acordo com 
as dimensões do desenho, sem se preocupar com o raio da ferramenta, pois cabe a essas 
funções calcular os percursos da ferramenta, a partir do raio dela, o qual deve estar inserido na 
página “OFFSET”. Assim, a compensação de raio de ferramenta permite corrigir a diferença entre 
o raio da ferramenta programada e o atual, conforme mostrado na figura 26. 
Onde: 
G40 = desativar as compensações de ferramenta ativas. 
G41 = ativar a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha a esquerda 
do perfil da peça. 
G42 = ativar a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha a direita do 
perfil da peça. 
Para o cálculo dos percursos da ferramenta o 
comando necessita das seguintes informações: T 
(número da ferramenta) e D (número do corretor). 
Para ativar ou desativar a compensação de raio da 
ferramenta com as funções G41, G42 ou G40 temos que 
programar um comando de posicionamento com G0 ou 
G1, com movimento de pelo menos um eixo do plano de 
trabalho (preferencialmente os dois). 
 
 
 Figura 26 – compensação do raio da ferramenta 
Sintaxe: 
G41/G42X_ __Y_ __ Z_ _ _ 
G40 X__ _Y__ _Z_ __ 
 
Funções G43, G44 e G49 – Ativa e desativa a compensação do comprimento da 
ferramenta. 
Essas funções são utilizadas para ativar e desativar a compensação do comprimento da 
ferramenta, possibilitando a geração dos programas de acordo com o desenho da peça, sem se 
preocupar com a dimensão da ferramenta, sendo que: 
G43 = ativa o corretor de comprimento da ferramenta no sentido positivo (+) 
 
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G44 = ativa o corretor de comprimento da ferramenta no sentido negativo (-) 
G49 = cancela o corretor de comprimento da ferramenta 
O offset de comprimento de ferramenta estabelece a distância da ponta da ferramenta na 
posição “home” até a posição zero (em z) da peça a trabalhar (veja a figura 27). Esta distância é 
armazenada em uma tabela que o programador pode acessar usando uma palavra-chave tipo G 
ou um código da ferramenta. Uma máquina ferramenta que tenha um controle Fanuc usa o 
código G43. A palavra-chave G43 é acompanhada por uma letra auxiliar H e por um número de 
dois dígitos. O G43 diz ao controle para compensar o eixo-z, e o H e o número informa ao 
controle qual offset deve chamar da tabela de armazenamento de comprimentos da ferramenta. 
Um comando do tipo offset de comprimento da ferramenta é tipicamente acompanhado por um 
movimento no eixo-z para ativá-lo 
 
Figura 27 – compensação do comprimento da ferramenta 
Sintaxe: 
Para compensação 
G43/44Z_ __ H__ _ 
Para cancelamento 
G49Z___ ouH00 
Funções G50. 1 e G51.1 – Imagem espelho 
Pode-se obter imagem espelho de uma respectiva peça programada, a um eixo de 
simetria, através da função G51. 1, conforme o exemplo da figura 28. 
Sintaxe: 
G51.1X_ __Y_ __; 
G50.1; 
 
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Funções G52 – Sistema de coordenadas local – LCS 
O sistema de coordenada local (fig. 29) é utilizado para transladar a origem das 
coordenadas dentro do programa. Para isso, deve-se informar a distância entre o zero -peça ativo 
(G54, G55,...G59) e a nova origem desejada, juntamente com a função G52. 
Sintaxe: 
G52 X__ _Y__ _Z_ __ 
Figura 28 – exemplo de imagem espelho 
 
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Figura 29 -Sistema de coordenadas local – LCS 
 
Funções G53 – Sistema de coordenadas de máquina – MCS 
O ponto zero da máquina está estabelecido pelo fabricante da mesma. É a origem do 
sistema de coordenadas da máquina e é o ponto de início para todos os outros sistemas de 
coordenadas e pontos de referência da máquina, conforme a figura 30. 
Este comando cancela o sistema de coordenada de trabalho (G54, G55, G56,..., G59), 
fazendo com que o comando assuma o zero -máquina, como na figura 29, como referência. 
A função G53 não é modal, portanto somente é efetiva no bloco que a contém. Deve ser 
usada somente no modulo absoluto (G90). 
 
Figura 30 – Sistema de coordenadas 
 
 
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Funções G54 a G59 e G54. 1 P1 a G54.1 P48 – Sistema de coordenadas de trabalho 
– WCS 
O sistema de coordenada de trabalho define como zero um determinado ponto 
referenciado na peça. Este sistema pode ser estabelecido por uma das seis funções entre G54 a 
G59. 
Os valores para referenciamento devem ser inseridos na página “TRAB” e representa a 
distância para cada eixo do zero -máquina ao zero peça. 
A sintaxe para este grupo de funções é somente programar a própria função, isto é, G54, 
G55, G56, G57, G58 ou G59. 
Na falta de indicação de uma dessas funções, o comando assume o ultimo programado 
automaticamente. Portanto, se algum valor estiver inserido na página “TRAB”, referente ao 
sistema de coordenadas de trabalho G54 a G59, o zero peça será transladado, mesmo sem 
programar a referida função. 
Além dos seis zero – peças convencionais (G54 a G59), o comando dispõe de mais 48 
zero-peça. Estes são ativados através das funções G54.1 P1 a G54.1 P48 e seus valores 
também são exibidos na página”TRAB”. 
Sintaxe: 
G54.....G59 
G54. 1 P1....G54 P48 
 
Funções G68 e G69 – Rotação do sistema de coordenadas 
Um perfil programado pode ser rotacionado. O uso dessa função possibilita que haja uma 
modificação em um programa utilizando o código de rotação, sempre que a peça tiver sido 
colocada em algum ângulo rotacionado em relação ao perfil previamente programado. 
Além disso, quando existir um perfil que deva ser rotacionado várias vezes, o tempo para 
elaboração e o tamanho do programa podem ser reduzidos em função desse recurso. O exemplo 
pode ser visto na figura 31. 
Sintaxe: 
G_ _ _ (G17, G18, ou G19); 
G68 X__ _Y_ __ R___ (ângulo de rotação a partir da linha positiva X) 
... 
G69 
-Quando XY (que indicam o centro de rotação) são omitidos, a posição atual onde a função

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