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Av1 Dir Trabalho II

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA AMAZONIA 
 
GRADUAÇÃO – DIREITO 
 
CCJ0234 – DIREITO DO TRABALHO II 
 
Turma: 3001 
 
DATA: 12/04/2020 
 
ALUNO (A): Diego Maia Lopes 
 
Matrícula: 202002005335 
 
AVALIAÇÃO – AV1 (no mínimo 20 linhas) 
 
Questão 1 – Explique as Estabilidades: Gestante e Acidente do Trabalho. 
Informe o prazo da estabilidade provisória de cada uma, e se cabe em contrato 
determinado. 
Na estabilidade da Gestante explique os efeitos jurídicos quando ocorre a 
demissão no período da estabilidade e na Estabilidade decorrente de acidente 
de trabalho detalhe os requisitos necessários. 
Tudo devidamente fundamentado da CLT, CF/88, Legislação Previdenciária e 
Súmula TST (5.0) 
 
A estabilidade decorrente da gestão da empregada é prevista primeiramente 
pelo art. 10, II, b do ADTC, e nos artigos 391 e 391-A, em que proíbe o 
rompimento do contrato por motivo de gravidez. Assegura também que seja 
proibido o estabelecimento de regulamentos que restrinjam o direito da mulher 
ao emprego. O referido artigo do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias prevê ainda o período em que se garante a estabilidade, sendo 
desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Cabe explicar 
que a expressão “confirmação da gravidez” se dá desde a data da concepção 
da gravidez. 
Convém explicar que mesmo o empregador não tendo conhecimento do fato, a 
estabilidade ainda é garantida, conforme o entendimento pacificado pela 
Súmula 244 do TST. O mesmo verbete normativo ainda esclarece algumas 
questões sobre a aplicação da estabilidade no caso de gravidez, em que a 
reintegração só será autorizada caso se der no período de estabilidade posta 
na lei. Caso não seja possível a reintegração, o empregador deverá indenizar 
com os salários devidos e direitos trabalhistas que a empregada teria direito até 
o fim da estabilidade. Ainda fica estabelecido pela a súmula e pelo art. 391-A 
da CLT, que a garantia também se dará no curso do aviso prévio trabalhado ou 
indenizado e no caso de admissão mediante os contratos por tempo 
determinado. 
Em relação à estabilidade no caso de empregado acidentado, também 
conhecida como estabilidade provisória híbrida, dispõe a Lei de Benefícios da 
Previdência Social, nº 8.213/1991 no art. 118, onde determina que o segurado 
após sofrer acidente de trabalho, é garantido o prazo de doze meses de 
manutenção do seu contrato de trabalho, após a cessação do auxílio-doença 
acidentário, independente de recebimento de auxílio-doença ou não, bastando 
o afastamento pela Previdência tenha acontecido. Ou seja, é assegurada a 
estabilidade de doze meses após o retorno do empregado ao seu posto de 
trabalho. 
Detalhe é que, os requisitos necessários para que a estabilidade seja formada 
de fato, se baseia na Súmula 378 do TST em que estabelece dois critérios para 
o enquadramento da estabilidade. Primeiro o cumprimento do período para a 
aquisição do direito ao afastamento, sendo superior a 15 dias e a percepção do 
auxílio-doença previdenciário. Por tanto o direito à estabilidade só se concretiza 
quando o licenciado se afasta em período maior ao previsto para a garantia do 
seguro e o recebimento do auxílio-doença, não podendo o empregador demitir 
o trabalhador neste período sem justa causa. 
Ainda pela Súmula 378 do STS, II, nos casos de doenças ocupacionais que se 
manifestam após o término do contrato, em que provada o nexo de 
causalidade, isto é, seja consequência da atividade laboral, poderá o 
empregado reivindicar o direito a estabilidade, suportando o direito a 
indenização.

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