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Serviço Social Formação Social, Histórica e Política do Brasil Juliana Lima Arruda Aula 1 Os primeiros passos do Brasil: o período colonial O povo brasileiro foi constituído a partir de uma mistura entre diferentes culturas, unidas diante da realidade da colonização. As desigualdades que hoje vemos em nossa sociedade, são reflexos deste longo e conturbado processo de consolidação desta nação. Resumo: O Brasil é um país voltado para todos? ATIVIDADE Charge de Miguel Paiva, O estado de São Paulo, 05/10/88 – ed. Histórica, p. 3. Desigualdade Social Necessidade de Reforma Agrária Preconceito racial e de gênero. Cidadania incompleta Problemas (não muito) atuais Cerca de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da linha de extrema pobreza definida pelo governo federal. Dos 16,2 milhões em extrema pobreza, 4,8 milhões não tem nenhuma renda e 11,4 milhões tem rendimento per capita de R$ 1 a R$ 70. Além das estatísticas A compreensão dos acontecimentos em seu contexto. Anacronismo História como um processo, com rupturas e permanências. A compreensão Histórica para o Serviço Social “A sociedade colonial desdenhava as mulheres brancas portuguesas que quisessem permanecer solteiras. Essas não tinham espaço na vida social da Colônia. Nessa época, foi criado o mito da “encalhada”, ou seja, mulheres rejeitadas. O ideal de toda mulher casada com um colono era o casamento e a fecundação de uma prole numerosa”. (Ribeiro, n.d) As permanências culturais Os aspectos políticos e econômicos e as mudanças rápidas. As mentalidades e as mudanças a longo prazo. (Lucien Febvre) Nosso objeto é o “homem e suas ações no tempo”. (Marc Bloch) Não naturalizar os processos históricos. RUPTURAS E PERMANÊNCIAS á ó é áPor que uma an lise hist rica necess ria para entender esta cena? ATIVIDADE Antecedentes do descobrimento - Busca por especiarias e ouro - Pioneirismo português - O Novo Mundo e um novo europeu O Brasil colonial PACTO COLONIAL 1530 – Início da colonização Capitanias hereditárias/ Governos Gerais ORGANIZANDO O NOVO TERRITÓRIO Grande propriedade Cultivo da cana-de-açúcar Os Engenhos de açúcar ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA Engenho de açúcar ã íA escravid o ind gena - A questão da alma - Jesuítas e a catequese A sociedade colonial São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul. ãA escravid o africana O lucro do tráfico A escravidão na África Escravidão africana não é natural Sociedade Colonial Qual foi a justificativa de Padre ôAnt nio Vieira para a ãescravid o africana? “[...] no engenho de açúcar o escravo certamente sofre mais que Jesus Cristo, mas que deve ser paciente e ver na servidão um ‘milagre’ ou signo da providência divina. Pelo batismo, a providência livrou sua alma do inferno para onde certamente iria se permanecesse livre e gentio na sua terra de origem” Padre Antônio Vieira ATIVIDADE “Ontem plena liberdade, a vontade por poder... Hoje (...) Nem são livres p'ra morrer. Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?! (...)” Castro Alves, Navio Negreiro (1869) Os navios negreiros - Sincretismo religioso - Quilombos “Folga, nego, branco não vem cá; Se vier, o diabo há de levar. Samba, nego, branco não vem cá; Se vier, pau há de levar.” óCantiga de Quilombo, dança folcl rica alagoana A resistência negra Vídeo Ecos da Escravidão – Caminhos da Reportagem Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xR549adx5Go Portugueses no Brasil - Nem todos possuíam terras - Vieram pessoas pobres ou mesmo prisioneiros - Havia comerciantes, profissionais liberais, funcionários do governo A sociedade colonial Os proprietários de terras e familiares - Patriarcalismo - Reclusão das mulheres ricas A sociedade colonial Jean Baptiste Debret – Um jantar brasileiro, 1827. O que esta imagem nos aponta sobre a sociedade colonial? Atividade á íUm funcion rio a passeio com sua fam lia, /1837 1839. Novos arranjos sociais - Poucas mulheres no primeiro século - Afrouxamento das regras europeias - Igreja Católica distante - Mestiçagem O que é um país para todos? BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 51-68 (“A história, os homens e o tempo”). BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo, UNESP, 1992. REIS, José Carlos. Tempo, História e Evasão. Campinas: Papirus Editora, 1994. Ribeiro, Arilda. MULHERES E EDUCAÇÃO NO BRASIL-COLÔNIA. Histedbr/Unicamp,n.d.In:http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_titulos.html SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos. Engenhos e escravos na sociedade colonial. SP: Cia das Letras, 1995. SILVA, Maria Beatriz Nizza.(coord) Dicionário da História da colonização portuguesa no Brasil. Lisboa : Verbo, 1994. Referências
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