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Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 1 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Aula 03 Curso: Contabilidade p/ TCE MG Professor: Feliphe Araújo C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 2 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 2 - Receitas e Despesas Antecipadas ................................................... 4 3 - Provisões Ativas e Passivas .......................................................... 10 3.1 – Provisão e Passivo Contingente........................................................................................... 12 3.1.1 – Mensuração da Provisão .............................................................................................. 14 3.1.2 – Evento Futuro ............................................................................................................... 15 3.1.3 – Mudança na Provisão ................................................................................................... 16 3.1.4 – Uso de Provisão ............................................................................................................ 16 3.1.5 – Perda Operacional Futura ............................................................................................ 17 3.1.6 – Cálculo e Constituição de uma Provisão ...................................................................... 17 3.2 – Ativo Contingente ................................................................................................................ 21 3.3 - Provisões do Passivo ............................................................................................................ 22 3.4 – Provisões redutoras do Ativo .............................................................................................. 23 3.4.1 – Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) ................................ 24 4 – Folha de Pagamentos ................................................................... 29 4.1 – Salários brutos ..................................................................................................................... 29 4.2 – Descontos ............................................................................................................................ 31 4.3 – Salários líquidos ................................................................................................................... 34 4.4 – Férias e 13º Salário .............................................................................................................. 34 4.4.1 – Férias e adicional de férias ........................................................................................... 35 4.4.2 – Décimo Terceiro Salário ............................................................................................... 36 5 – Resumo da Aula ........................................................................... 40 6 – Questões Comentadas ................................................................. 45 7 – Lista de Exercícios ..................................................................... 103 8 – Gabarito ..................................................................................... 126 9 – Referencial Bibliográfico ............................................................ 126 Aula 03 – CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Despesas antecipadas, receitas antecipadas. Folha de pagamentos: cálculos, tratamento de encargos e contabilização. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 3 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Olá queridos alunos, tudo bem? Hoje vamos tratar dos seguintes assuntos: Receitas e Despesas Antecipadas, Provisões, Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) e Folha de Pagamentos. Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Vamos começar a nossa aula! Um forte abraço, Feliphe Araújo. 1 - INTRODUÇÃO C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 4 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Em atendimento ao princípio da competência, as receitas e despesas são registradas no momento em que ocorrem, independente do seu recebimento ou pagamento. Por causa desse princípio, a receita de venda de uma mercadoria é contabilizada no momento da entrega da mercadoria, que é quando ocorre a transferência de propriedade. Porém, a empresa pode receber o valor da venda antes que efetue a operação de comercialização de mercadoria. Assim, as receitas não são reconhecidas no momento do recebimento dos recursos, mas apenas nos períodos a que se referem. Por exemplo: A empresa Aprovados Ltda. recebe o valor de R$ 10.000,00 do cliente X, em maio/14, referente ao adiantamento para aquisição de mercadorias que serão entregues agosto/14. Quando o cliente efetua o pagamento, gera uma obrigação para a empresa e um direito para o cliente de receber o bem. Lançamento do recebimento do dinheiro é: D – Caixa (Ativo circulante) C – Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 10.000,00 Explicação do lançamento: Quando uma empresa recebe adiantamento de clientes ocorre um aumento da conta Adiantamento de Clientes (obrigação) e um aumento de caixa (entrada de bens numerários). O cliente passa a ser credor da empresa Aprovados, por isso, creditamos a conta Adiantamento de Clientes. Ativo Natureza Devedora Entrada de Bens (Dinheiro) Debita Passivo Natureza Credora Aumento de Obrigações Credita Em agosto de 2014, quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a receita pelo lançamento abaixo: D – Adiantamento de clientes (Passivo circulante) C – Receita de vendas (Resultado) 10.000,00 Explicação do lançamento: Quando uma empresa entrega as mercadorias que já tinham sido pagas pelo cliente ocorre uma saída de obrigações (Adiantamento de Clientes) e um aumento de receita (realização da receita por meio da entrega das mercadorias). Passivo Natureza Credora Saída de Obrigações Debita Receita Natureza Credora Aumento de receita (Venda) Credita 2 - Receitas e Despesas Antecipadas C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H AE LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 5 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Acabamos de ver uma hipótese de receita antecipada classificada no passivo circulante. Porém, devemos distinguir esta classificação com a de uma receita antecipada à conta de receitas diferidas, no passivo não circulante. O exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no passivo não circulante – receitas diferidas - é o aluguel recebido antecipadamente, quando não houver cláusula de restituição. A existência de cláusula de não restituição é primordial para classificação dessa receita antecipada em receitas diferidas. As expressões receitas antecipadas e receitas diferidas têm a mesma ideia, qual seja, identificar receitas recebidas de forma antecipada, mas que ainda não foram, respectivamente, realizadas. Em outras palavras, as receitas foram transferidas (diferidas) para serem apropriadas em períodos futuros (por exemplo, mensais ou anuais) por não competirem, respectivamente, aos períodos em que foram recebidas (ou aos períodos em que ocorreram o recebimento antecipado da receita). Porém, a classificação de receita antecipada como receita diferida no passivo não circulante veio com a entrada em vigor da Lei 11.941/09. Vamos analisar o histórico. Antes da entrada em vigor da Lei 11.941/09, existia um grupo chamado de “Resultado de Exercícios Futuros” que era apresentado no balanço patrimonial entre o Passivo Exigível a Longo Prazo (também extinto por essa mesma Lei) e o Patrimônio Líquido. De acordo com a doutrina predominante, uma receita é considerada como de exercício futuro quando: 1) corresponder a recebimento antecipado que, efetivamente, contribuirá para a formação de resultado de exercício futuro; 2) o valor assim recebido não for passível de devolução pela empresa, nem estiver vinculado a futuro fornecimento de bens ou prestação de serviços (pois, nesse caso, representaria um adiantamento de clientes, classificável no Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante, conforme o caso). O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP 449/08, convertida na Lei 11.941/2009. De acordo com as alterações, o saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deve ser reclassificado para o passivo não circulante em conta representativa de receita diferida. Base Legal: Lei nº 6.404/76, artigo 299-B. Portanto, o aluguel recebido antecipadamente é uma receita antecipada que, quando não houver cláusula de restituição (devolução) do dinheiro recebido, deve ser classificada no passivo não circulante como receita diferida. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 6 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Conforme explicamos inicialmente e com base no histórico recente das bancas, este tem sido o entendimento. Claro, devemos ficar atentos as possíveis ressalvas que as questões de concursos colocarem nos enunciados. Atualmente, em regra, a receita antecipada deve ser classificada no passivo circulante e a receita diferida no passivo não circulante. Vamos agora abordar as despesas antecipadas. A Lei 6.404/76, em seu art. 179, afirma que as contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; O texto destacado refere-se as despesas antecipadas. Geralmente, são valores desembolsados pela empresa de forma antecipada, representando saídas de caixa, sem haver a ocorrência imediata da despesa. O exemplo mais comum, que as bancas cobram em suas provas, é a despesa com seguro. A conta para registrar o pagamento do seguro antecipado é seguros a vencer ou seguros pagos antecipadamente. Na aquisição do seguro, a empresa efetua o pagamento antecipado do prêmio, referente a cobertura para a proteção do bem contra sinistro, em relação a um período futuro. No momento do pagamento, não ocorre a despesa. Assim, inicialmente, o pagamento antecipado é registrado como um direito (despesa antecipada), no ativo. Dentro do período de cobertura do seguro, de acordo com o regime de competência, a despesa é lançada mensalmente. Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. efetuou, em 01/07/14, o pagamento de R$ 1.200,00, referente ao seguro de veículo, com vigência de 12 meses a partir dessa data. - Valor total do seguro: R$ 1.200,00; - Vigência de 01/07/14 a 30/06/15 (12 meses); - Despesa mensal de seguro: R$ 100,00 (1.200/12); Na data do pagamento, em 01/07/14, o lançamento será: D – Seguros a Vencer (Ativo Circulante) C - Caixa (Ativo Circulante) ................... 1.200,00 Explicação do lançamento: Quando uma empresa paga antecipadamente um seguro ocorre uma entrada de direitos (Seguros a vencer) e um saída de bens numerários (dinheiro). Ativo Natureza Devedora Entrada de Direitos Debita Caixa Ativo Natureza Devedora Saída de bens (dinheiro) Credita C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 7 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Em 31/07/14, a parcela mensal do seguro será apropriada como despesa no resultado: D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado) C - Seguros a Vencer (Ativo) ....................... 100,00 Explicação do lançamento: Ativo Natureza Devedora Diminuição de Direitos Credita Despesa Natureza Devedora Aumento de despesa Debita Em 31/08/14, bem como nos meses subsequentes, até terminar o contrato (30/06/2015), devemos efetuar o mesmo lançamento referente a parcela mensal do seguro. Para consolidar o aprendizado, vamos as questões. (ESAF/ATRFB/2009) Determinada empresa, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, pagou a quantia de R$ 1.524,00 de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30 de setembro de 2007. A apólice pertinente a essa transação cobre riscos durante o período de primeiro de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008. Considerando o princípio da competência de exercícios, o Contador da empresa registrou o pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer. No balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2007, após as apropriações de praxe, o saldo desta conta, "Seguros a Vencer", deverá ser de a) R$ 1.260,00. b) R$ 381,00. c) R$ 1.055,00. d) R$ 1.172,20. e) R$ 1.143,00. Resolução: - Valor total do seguro: R$ 1.524,00; - Vigência de 01/10/07 a 30/09/08 (12 meses); - Despesa mensal de seguro: R$ 127,00 (1.524/12); Até dezembro, devemos apropriar três meses como despesa de seguro, totalizando R$ 381,00 (127,00 x 3). Assim, em 31/12/07, o saldo da conta seguros a vencer será de R$ 1.143,00 (1.524,00 - 381,00). Portanto, o gabarito é a letra E. C óp ia r eg is tr ad a pa raR A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 8 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Expliquei acima o método mais rápido de responder à questão. Vou detalhar abaixo outra maneira de resolução. (1) Lançamento do pagamento: D - Seguros a Vencer (Ativo) C - Caixa (Ativo circulante) .............. 1.524,00 (2) Apropriação da despesa no mês de outubro: D - Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado) C - Seguros a Vencer (Ativo) ............... 127,00 (3) Apropriação da despesa no mês de novembro: D – Prêmio de seguros (resultado) C - Seguros a Vencer (Ativo) ............... 127,00 (4) Apropriação da despesa no mês de dezembro: D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado) C - Seguros a Vencer (Ativo) ................... 127,00 Razonete da conta seguros a vencer em 31/12/2007: Seguros a Vencer (1) 1524 127 (2) 127 (3) 127 (4) 1524 381 1143 Gabarito: Letra E. (FCC/Auditor Fiscal – ISS Teresina/2016) Uma empresa contratou os serviços de uma transportadora pelo prazo de um ano e o valor total do contrato negociado foi R$ 1.200.000,00. O contrato foi assinado em 01/09/2015, entrou em vigor imediatamente, sendo que o volume mensal a ser transportado já estava estabelecido em cláusula contratual e era constante durante todo prazo contratado. A empresa efetuará o pagamento do valor total no final do prazo do contrato, e este somente poderá ser rescindido antecipadamente com o pagamento integral do valor contratado, sem qualquer desconto. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 9 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Os valores evidenciados na Demonstração do Resultado de 2015 e os saldos das contas do Balanço Patrimonial em 31/12/2015, decorrentes do contrato assinado e efetivado em 01/09/2015, foram: (A) Despesas com Transporte = R$ 400.000,00 e Despesas Antecipadas = R$ 400.000,00. (B) Despesa com Transporte = R$ 400.000,00 e Contas a pagar = R$ 400.000,00. (C) Despesa com Transporte = R$ 400.000,00; Contas a pagar = R$ 400.000,00 e Despesas Antecipadas = R$ 800.000,00. (D) Despesas Antecipadas = R$ 1.200.000,00 e Contas a pagar = R$ 1.200.000,00. (E) Despesa com Transporte = R$ 400.000,00; Contas a pagar = R$ 1.200.000,00 e Despesas Antecipadas = R$ 800.000,00. Resolução: Pessoal, essa é uma questão bem interessante e pode ser uma novidade de outras bancas. Uma parte da doutrina contábil entende que, mesmo sem ocorrer o efetivo pagamento antecipado, a empresa deve registrar uma despesa antecipada em casos específicos, como por exemplo os prêmios de seguros, quando parcelados ou financiados. A despesa será apropriada de acordo com o regime de competência. Assim, o lançamento correto na data da assinatura do contrato é: D – Despesas Antecipadas (Ativo) .................. 1.200.000,00 C – Contas a Pagar (Passivo) ......................... 1.200.000,00 Depois, a empresa deve apropriar mensalmente a despesa com transporte: - Despesa mensal com transporte: R$ 100.000,00 (1.200.000/12). Até 31/12/2015, devemos apropriar quatro meses (setembro a dezembro) como despesa com transporte, na DRE, totalizando R$ 400.000,00 (100.000 x 4). Portanto, em 31/12/2015, o saldo da conta despesas antecipadas será de R$ 800.000,00 (1.200.000 – 400.000). O saldo de contas a pagar não foi alterado, porque o pagamento ocorrerá somente ao final do contrato. Assim, temos que: Despesa com Transporte = R$ 400.000,00; Contas a pagar = R$ 1.200.000,00 e C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 10 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Despesas Antecipadas = R$ 800.000,00. Gabarito: Letra E. O tratamento das Provisões, Passivos e Ativos Contingentes é realizado, de forma geral, pelo Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários entendam a sua natureza, oportunidade e valor. Contudo, caso exista outro Pronunciamento Técnico que trate de algum tipo específico de provisão, o CPC 25 estabelece que deverá ser aplicado o pronunciamento específico em vez da regra geral contida no CPC 25 (item 5 do CPC 25). Já adianto para vocês a diferença básica entre provisões e ativos ou passivos contingentes por meio de um esquema: As principais bancas de concurso do país não têm obedecido os pronunciamentos do CPC, no que se refere as provisões. De acordo com os pronunciamentos, só existem provisões do passivo. Para as bancas, as provisões podem ser retificadoras do ativo ou aumentativas do passivo. Provisões são estimativas realizadas em relação a valores que provavelmente serão perdidos no futuro, porém, há incertezas em relação ao montante ou a data em que a perda se efetivará. Logo, trata-se de um passivo de prazo ou valor incerto. Provisão Deve, necessariamente, ser reconhecida no patrimônio por meio de um lançamento Ativos e Passivos Contingentes não devem ser reconhecidos por meio de lançamento, mas apenas evidenciados em notas explicativas, se os critérios para divulgação do CPC 25 forem satisfeitos. 3 - Provisões Ativas e Passivas C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 11 de 126 www.exponencialconcursos.com.br O CPC 25 – Provisões, Ativos Contingentes e Passivos Contingentes - não se aplica às provisões utilizadas para ajustes de valor contábil do ativo (item 7, CPC 25). Em alguns países, a depreciação, os créditos de liquidação duvidosa (as perdas prováveis com direitos a receber) e as perdas estimadas com estoques, entre outras, são tratadas como provisões, mas tais ajustes não estão no âmbito do presente CPC 25. Assim, em virtude da incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação, as provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos derivados de apropriações por competência. Portanto: (a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e (b) os passivos derivados de apropriaçõespor competência são passivos a pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do que nas provisões. Os passivos derivados de apropriação por competência são frequentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas separadamente. Por exemplo, as despesas de férias e 13º salário não deveriam ser reconhecidas como provisionamento, pois registra uma obrigação de valor e existência certos. Assim, devemos chamar as apropriações pelo regime de competência de Férias a Pagar, por exemplo, e não de Provisão para Férias. Porém, vamos ver que as bancas continuam a utilizar as expressões provisão para férias e provisão para 13º Salário, devido a sua ampla aplicação na contabilidade, apesar de estarem incorretas, do ponto de vista técnico. As provisões propriamente ditas, de acordo com o CPC 25, estão ligados a litígios judiciais ou administrativos contra a empresa (provisões passivas) ou de iniciativa da empresa (provisões ativas). Além disso, são provisões passivas as garantias que a empresa fornece a seus clientes. Como exemplo de provisão do passivo, temos a provisão para indenizações trabalhistas, provisões tributárias e cíveis; e do ativo (mesmo que não admitido pelo CPC 25, as bancas continuam a utilizar), a provisão para devedores duvidosos. Esta conta está sempre presente nas questões de concurso. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 12 de 126 www.exponencialconcursos.com.br De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes: Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu prazo ou valor. Porém, neste Pronunciamento Técnico o termo “contingente” é usado para passivos e ativos que não sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. Adicionalmente, o termo passivo contingente é usado para passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento. Este Pronunciamento Técnico distingue entre: (a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e (b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são: (i) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou (ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação). PROVISÃO É um passivo de prazo ou de valor incertos. PASSIVO CONTIGENTE É uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque: não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. 3.1 – Provisão e Passivo Contingente ou ou C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 13 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. Uma obrigação legal é aquela decorrente de contrato, legislação, ou outra ação de lei. Uma obrigação não formalizada, por sua vez, decorre de ações passadas da entidade, seja via padrão estabelecido no passado, políticas publicadas ou declaração atual suficientemente específica, que a comprometam com outras partes, ainda que de forma não formalizada. Logo, se a entidade cria a expectativa válida com outras partes de que cumprirá alguma responsabilidade, ela assume uma obrigação não formalizada. Não se pode considerar obrigações aquelas a surgirem em fatos geradores futuros, nem aquelas que dependam de eventos futuros para se materializarem. É hora de praticar!!!! (ESAF/AFC - STN/2013) São condições para o reconhecimento de provisões: a) a existência de uma obrigação presente, legal ou não formalizada, consequente de um evento passado, ter uma provável necessidade de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação e que permita ser efetuada uma estimativa suficiente de segurança do valor da obrigação. b) identificação de uma obrigação passada como consequência de um evento financeiro, representando uma provável exigência de saída de fluxo de caixa, que poderá impactar em eventos futuros mesmo que a probabilidade para a definição efetiva de valor não seja formada por uma base de cálculo determinada por um critério definido e aceito de forma corrente. c) verificação da probabilidade ainda que remota da identificação de uma obrigação futura consequente de um evento presente, que exista uma provável necessidade de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para Uma provisão deve ser reconhecida quando a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 14 de 126 www.exponencialconcursos.com.br liquidar a obrigação e que possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. d) ocorrência de um evento presente com possibilidade remota de que a entidade venha a incorrer em saídas de recursos financeiros no futuro, sem a existência de uma obrigatoriedade legal mesmo que não seja efetuada em uma base confiável para definição de valor. e) perspectiva de um evento presente resultar em obrigação, mesmo que seja baseado em eventos remotos, e ainda que a possibilidade de estimativa do valor venha a ser efetuada em basessuficientemente seguras para atender à competência de exercício. Resolução: A banca cobrou a literalidade do CPC 25. Assim, uma provisão deve ser reconhecida quando: Gabarito: Letra A. O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço. A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse momento. Exemplo A entidade vende bens com uma garantia segundo a qual os clientes estão cobertos pelo custo da reparação de qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente dentro dos primeiros seis meses após a compra. Se forem detectados defeitos menores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de 1 milhão. Se forem detectados Uma provisão deve ser reconhecida quando a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 3.1.1 – Mensuração da Provisão C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 15 de 126 www.exponencialconcursos.com.br defeitos maiores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de 4 milhões. A experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, para o próximo ano, 75 por cento dos bens vendidos não terão defeito, 20 por cento dos bens vendidos terão defeitos menores e 5 por cento dos bens vendidos terão defeitos maiores. De acordo com o item 24 do CPC 25, a entidade avalia a probabilidade de uma saída para as obrigações de garantias como um todo. O valor esperado do custo das reparações é: (75% x 0) + (20% x $ 1 milhão) + (5% de $ 4 milhões) = $ 400.000. Lançamento: D – Despesa com provisão (Resultado) C – Provisão para Garantias (Passivo) ............ 400.000,00 Observem que, no caso das provisões para garantias, o percentual de itens com defeitos é utilizado para cálculo do valor a ser provisionado. No caso das demais provisões, veremos que o percentual não é utilizado para cálculo do valor a ser contabilizado no passivo, mas apenas como parâmetro para verificar se a provisão será registrada ou não. Item 48 do CPC 25: 48. Os eventos futuros que possam afetar o valor necessário para liquidar a obrigação devem ser refletidos no valor da provisão quando houver evidência objetiva suficiente de que eles ocorrerão. O efeito de possível legislação nova (evento futuro) deve ser considerado na mensuração da obrigação existente (provisão) quando existe evidência objetiva suficiente de que a promulgação da lei é praticamente certa (evidência objetiva suficiente de que eles ocorrerão). A variedade de circunstâncias que surgem na prática torna impossível especificar um evento único que proporcionará evidência objetiva suficiente em todos os casos. Exige- se evidência do que a legislação vai exigir e também de que a sua promulgação e a sua implementação são praticamente certas. Em muitos casos não existe evidência objetiva suficiente até que a nova legislação seja promulgada. 3.1.2 – Evento Futuro C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 16 de 126 www.exponencialconcursos.com.br CPC 25: Exemplo 2A – Terreno contaminado – é praticamente certo que a legislação será aprovada Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quando é requerida a fazê-la nos termos da legislação de um país em particular no qual ela opera. O país no qual ela opera não possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem contaminando o terreno nesse país há diversos anos. Em 31 de dezembro de 20X0 é praticamente certo que um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será aprovado rapidamente após o final do ano (evento futuro). Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – O evento que gera a obrigação é a contaminação do terreno, pois é praticamente certo que a legislação requeira a limpeza. Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação – Provável. Conclusão – Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos de limpeza (ver itens 14 e 22). Assim, no caso em questão, que se refere a uma legislação ainda não aplicada, mas que é praticamente certa (evidência objetiva suficiente de que eles ocorrerão) que será aplicada em um momento futuro, o valor necessário para liquidar a obrigação deve levar em consideração os eventos futuros para estimar o valor da provisão. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida. Iremos ver exemplo de reversão mais à frente. Uma provisão deve ser usada somente para os desembolsos para os quais a provisão foi originalmente reconhecida. Somente os desembolsos que se relacionem com a provisão original são compensados com a mesma provisão. Reconhecer os desembolsos contra uma provisão que foi originalmente reconhecida para outra finalidade esconderia o impacto de dois eventos diferentes. 3.1.3 – Mudança na Provisão 3.1.4 – Uso de Provisão C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 17 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Ou seja, se a empresa tem registrada uma provisão para indenizações trabalhistas, este valor não pode ser utilizado para pagamento, por exemplo, de uma provisão tributária. Assim, cada provisão só pode ser utilizada para a finalidade a qual foi criada, no caso do nosso exemplo, para pagamento da indenização trabalhista. Provisões para perdas operacionais futuras não devem ser reconhecidas. As perdas operacionais futuras não satisfazem à definição de passivo, nem os critérios gerais de reconhecimento da provisão. Lembrem-se de que as provisões são registradas para fatos geradores que já ocorreram. Por exemplo, quando um empregado entra na justiça contra uma empresa pleiteando valores não recebidos durante o período em que trabalhou, estamos diante de um passivo contingente, que pode ser reconhecido como provisão ou não, dependendo da probabilidade de perda, o qual veremos mais à frente. Observe que o fato gerador já ocorreu, porque o empregado já trabalhou. Logo, não se refere a perdas futuras. Vamos ver a constituiçãode uma Provisão na prática. Exemplo: Suponhamos que determinada entidade seja alvo de uma ação judicial trabalhista, originada na reclamação de um antigo empregado que acusa a empresa de não pagamento de gratificações por produtividade. Inicialmente, os advogados da empresa avaliam ser provável que a empresa não seja responsabilizada, pois, os recibos de pagamentos dos empregados estão, todos, devidamente assinados. Por meio deles, pôde-se verificar que a empresa efetuou os pagamentos correspondentes, conforme demonstrado nos comprovantes de rendimentos fornecidos. Como os advogados da empresa avaliam ser provável que a empresa não seja responsabilizada, devemos entender que não há uma "obrigação presente" e, portanto, nenhuma provisão deverá ser reconhecida nas demonstrações financeiras do exercício. Voltando ao nosso exemplo, no curso do processo o empregado traz provas que se contrapõem às da empresa. Testemunhas e outros documentos evidenciam que, apesar das folhas de pontos demonstrarem o pagamento das gratificações para períodos mensais, a empresa não efetuou o pagamento com os valores corretos, baseado em relatório do setor de produção. A partir destas novas evidências, os advogados da empresa entendem que a Justiça pode vir a dar razão aos empregados e, portanto, no curso do processo judicial e na 3.1.5 – Perda Operacional Futura 3.1.6 – Cálculo e Constituição de uma Provisão C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 18 de 126 www.exponencialconcursos.com.br ocasião de novo balanço, avaliam ser provável que a empresa venha a ser responsabilizada, fato que implicará no pagamento de indenização ao empregado. Como o resultado da ação judicial, provavelmente, será em desfavor da empresa, surge, a partir do momento em que é feita esta nova avaliação, uma "obrigação presente, cuja saída de recursos no futuro seja provável". Além disso, por se tratar de uma ação judicial, os advogados podem estimar, com algum grau de confiança, os valores a que a entidade estará obrigada a desembolsar no futuro, em caso de responsabilização. Portanto, neste cenário, faz-se necessário o reconhecimento de uma provisão à data do balanço, a fim de que seja apresentada nas demonstrações financeiras esta obrigação presente. Assim, para o nosso exemplo, os advogados indicam os seguintes cenários para a empresa: Cenários prováveis Desembolso (R$) Probabilidade Hipótese 1 10.000,00 10% Hipótese 2 25.000,00 60% Hipótese 3 32.000,00 30% Vejam que, dos cenários traçados, o mais provável de acontecer é a hipótese 2, com 60% de chance. Neste cenário, a empresa estaria obrigada ao pagamento de indenização no montante de R$ 25.000,00 ao empregado. Sendo assim, frente à análise dos peritos na data do balanço, a empresa deve contabilizar uma Provisão para Riscos Trabalhistas, no mesmo montante. O lançamento seria o seguinte: Lançamento no Diário D - Despesa com Provisão para Riscos Trabalhistas C - Provisão para Riscos Trabalhistas (Passivo) 25.000,00 A contrapartida pela constituição de qualquer provisão será, sempre, uma conta de despesa, conforme evidenciado acima. A reversão das provisões, por sua vez, se dá em contrapartida de contas de receita. Ou seja, se, por algum motivo, a empresa faz uma nova estimativa e descobre o que o valor provável de indenização é, na verdade, de R$ 15.000,00, ela deverá reverter parte da provisão anterior, pelo seguinte lançamento na data do novo balanço: Lançamento no Diário C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 19 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Provisão para Riscos Trabalhistas (Passivo) a Reversão de Provisão para Riscos Trabalhistas (Receita) 10.000,00 Percebam que as estimativas nos cenários não é algo estático, elas devem ser realizadas frequentemente pela companhia, no mínimo a cada data de balanço, a fim de que as estimativas correntes sejam as melhores possíveis. Se a administração entender que não há mais obrigação presente que implique na saída de recursos econômicos (por exemplo, os advogados da empresa passam a acreditar, novamente, que a probabilidade de a empresa vencer a causa trabalhista é maior que a de perdê-la), a provisão deverá ser revertida. É importante que se ressalte que, no reconhecimento de provisões, a entidade não deve considerar como base o valor mais “pessimista” possível, mas o mais provável de acontecer. Por isso que, no exemplo anterior relativo ao tópico de cenários, a entidade provisionou o valor referente ao cenário “hipótese”, pois este era o mais provável de ocorrer. Assim, o valor a ser apurado para as provisões deverá ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço (item 36, CPC 25). Por fim, vamos supor que a empresa foi condenada ao pagamento da indenização do valor inicialmente reconhecido, ou seja, R$ 25.000,00. O lançamento, neste caso, seria apenas no sentido de registrar a saída dos recursos (o desembolso) em contrapartida da provisão, reduzindo seu saldo: Lançamento no Diário Provisão para Riscos Trabalhistas a Caixa ............... 25.000,00 Contudo, como estamos falando de uma estimativa, pode ser que a empresa seja condenada a indenizar seu funcionário com, apenas, R$ 20.000,00. Nesta situação, a empresa precisaria fazer dois lançamentos: 1) um no sentido de registrar o desembolso: Provisão para Riscos Trabalhistas a Caixa .............. 20.000,00 2) e outro para reverter o excesso de valor provisionado: Provisão para Riscos Trabalhistas (Passivo) a Reversão de Provisão para Riscos Trabalhistas (Receita) 5.000,00 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 20 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Explicado o assunto, vamos resumir como as bancas gostam de cobrar as questões sobre esse tópico. Assim, temos três possíveis situações: 1) Perda provável: Se há uma obrigação presente que provavelmente requer uma saída de recursos, a Provisão deve ser reconhecida e divulgada em nota explicativa. 2) Perda possível (não provável): Se há uma obrigação possível ou uma obrigação presente que pode requerer, mas provavelmente não irá requerer, uma saída de recursos, nenhuma Provisão deve ser reconhecida, mas é exigida a divulgação em nota explicativa para o Passivo Contingente. 3) Perda remota: Se há uma obrigação possível ou uma obrigação presente cuja probabilidade de uma saída de recursos é remota, nenhuma Provisão é reconhecida e nem divulgada. Esquematizando: Vamos praticar!!!!! (FGV/SEFAZ–RJ/2011) Em resposta a uma circularização, os advogados da entidade auditada assim classificaram as chances de perda nos processos judiciais em que aquela (auditada)era ré: Natureza Valor Risco Trabalhista R$ 3.700.000,00 Remota Trabalhista R$ 6.000.000,00 Provável Fiscal R$ 300.000,00 Possível Considerando a situação acima e sabendo que o contador adotou os procedimentos corretos, consoante a regulamentação do CFC para estimativas Tratamento contábil das Provisões e do Passivos Contingentes Provável Contabiliza e divulga em notas explicativas a Provisão Possível (não provável) Não contabiliza a Provisão, mas divulga em notas o Passivo Contingente Remota Não contabiliza e não divulga em notas o Passivo Contingente C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 21 de 126 www.exponencialconcursos.com.br e contingências, o auditor deverá certificar-se de que (sabendo que os saldos são relevantes) a) não foram mencionados quaisquer dos valores acima, uma vez que ainda não houve decisão judicial definitiva. b) apenas as contingências fiscais devem ser contabilizadas. c) todas as contingências acima devem ser contabilizadas. d) em relação à contingência trabalhista enquadrada como remota, não deve ser feito registro no balanço patrimonial nem ser mencionada em notas explicativas. e) a contingência trabalhista classificada como provável não deve ser contabilizada. Resolução: De acordo com a nossa esquematização, temos que: Assim, a contingência trabalhista remota no valor de R$ 3.700.000,00 não deve ser registrada no balanço patrimonial nem ser mencionada em notas explicativas. Gabarito: Letra D. Os ativos contingentes são caracterizados em situações nas quais, como resultado de eventos passados, há um ativo possível cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. As entidades não devem reconhecer os ativos contingentes, exceto quando há realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é Tratamento contábil das Provisões e do Passivos Contingentes Provável Contabiliza e divulga em notas explicativas a Provisão Possível (não provável) Não contabiliza a Provisão, mas divulga em notas o Passivo Contingente Remota Não contabiliza e não divulga em notas o Passivo Contingente 3.2 – Ativo Contingente C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 22 de 126 www.exponencialconcursos.com.br adequado, bem como sua divulgação. Quando a probabilidade de entrada de recursos for provável, o ativo contingente deve ser divulgado em notas explicativas. Esquematizando: Segue um quadro sobre as despesas que geram obrigações (provisões do passivo), de acordo com as bancas: Resultado Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante Despesa com IR Provisão para Imposto de Renda (IR) Despesa com CSLL Provisão p/ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Despesa de férias Provisão para férias Despesa 13º salário Provisão para 13º salário Lembramos que as despesas acima não deveriam ser reconhecidas como provisionamento, pois registra uma obrigação de valor e existência certos. Assim, devemos chamar as apropriações pelo regime de competência de Férias a Pagar, por exemplo, e não de Provisão para Férias. Porém, vamos ver que as bancas continuam a utilizar as expressões provisão para férias e provisão para 13º Salário, devido a sua ampla aplicação na contabilidade, apesar de estarem incorretas, do ponto de vista técnico. A própria legislação do imposto de renda reforça, pois admite a constituição, como custo ou despesa operacional, das seguintes provisões (Lei no 9.249, de 1995, art. 13, I, e RIR/1999, art. 335): Provisões constituídas para o pagamento de férias de empregados (RIR/1999, art. 337); Tratamento contábil dos Ativos Contingentes Praticamente certa O ativo não é contigente; Deve ser considerado um Ativo; Provável Não contabiliza, mas divulga em notas o Ativo Contingente; Possível (não provável) Não contabiliza e não divulga em notas; Não é Ativo; 3.3 - Provisões do Passivo C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 23 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Provisões para o pagamento de décimo terceiro salário (RIR/1999, art. 338); Provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida em lei especial a elas aplicável (RIR/1999, art. 336); Segue um quadro sobre as despesas que geram reduções nos respectivos ativos (contas retificadoras do ativo), de acordo com as bancas: Resultado Retificadora do Ativo Despesa com ajuste do valor do estoque Provisão para ajuste ao valor de mercado Despesa com devedores duvidosos Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) * Despesa com perdas de investimentos Provisão para perdas em investimentos Lembramos que as despesas acima não deveriam ser reconhecidas como provisionamento, pois, de acordo com o CPC 25, provisão é um passivo de prazo ou valor incertos. Portanto, de acordo com o CPC 25, o nome correto dessas contas é: Resultado Retificadora do Ativo Despesa com ajuste do valor do estoque Perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado Despesa com devedores duvidosos Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) * Despesa com perdas de investimentos Perdas estimadas em investimentos 3.4 – Provisões redutoras do Ativo C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 24 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Aprofundando o assunto: Antigamente, o registro das possíveis perdas de contas a receber era feito na conta “Provisão para Devedores Duvidosos” ou “Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa”, pois entendia-se que seria uma provisão de ativos, em uma conta retificadora. Atualmente, atendendo as Normas Internacionais de Contabilidade, o nome mais apropriado para a conta que registra as possíveis perdas de contas a receber é “Perdas Estimadas com Devedores Duvidosos”. Entende-se que estão estimando o valor com perdas de devedores duvidosos e não mais provisões, que é algo incerto. Assim, em conformidade com os pronunciamentos contábeis, só existem provisões do passivo. Por isso, nas provas, o correto é ter a nomenclatura “Perdas Estimadas com Devedores Duvidosos”para registro das possíveis perdas de contas a receber. Embora seja contrária as normas internacionais de contabilidade, as bancas continuam a nomear a conta “Provisão para Devedores Duvidosos” ou “Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa” para registro das possíveis perdas de contas a receber, entendendo que seria uma provisão do ativo. Resumindo: 1. Só existem provisões do Passivo. O nome correto da conta para registro das possíveis perdas de contas a receber é “Perdas Estimadas com Devedores Duvidosos”. 2. Porém, as bancas continuam a utilizar a nomenclatura antiga, considerando a conta “Provisão para Devedores Duvidosos” para registro das possíveis perdas de contas a receber, entendendo que seria uma provisão do ativo. Assim, você só utiliza o item 2 se não houver alternativas com o item 1. Com o tempo, as bancas vão mudar para o novo posicionamento. Tenho que explicar, porque algumas bancas continuam a utilizar o entendimento antigo, mesmo sabendo que o correto é considerar a conta “Perdas Estimadas com Devedores Duvidosos” para registro das possíveis perdas de contas a receber. Em atendimento a Lei das Sociedades Anônimas e ao Princípio da Prudência, deve ser constituída a Perda Estimada para Devedores duvidosos (PEDD). 3.4.1 – Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 25 de 126 www.exponencialconcursos.com.br As Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa se referem a ajustes no valor contábil de direitos a receber, em contas como “Contas a Receber”, “Duplicatas a Receber”, ou outra denominação, que ficam sujeitas ao risco de perda pelo não recebimento integral dos direitos, em razão da inadimplência dos clientes. A PECLD, em regra, é calculada mediante a aplicação de um percentual médio dos créditos não recebidos nos últimos três anos. O nome mais apropriado para essa conta, de acordo com as normas internacionais de contabilidade, é Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD), embora o nome usualmente utilizado na contabilidade seja Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD), sendo este amplamente utilizados pelas bancas nas questões de concurso. O pronunciamento técnico CPC 25 ratifica o explicado acima, quando define provisão como passivo de prazo ou valor incertos. Em alguns países o termo “provisão” é também usado no contexto de itens tais como depreciação, redução ao valor recuperável de ativos e créditos de liquidação duvidosa: estes são ajustes dos valores contábeis de ativos e não são tratados no CPC 25. A PECLD não é mais dedutível para fins de imposto de renda. Ao contrário, as perdas efetivas são dedutíveis, conforme Lei nº 9.430/1996: Art. 9º As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real, observado o disposto neste artigo. § 1º Poderão ser registrados como perda os créditos: I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário; II - sem garantia, de valor: a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa; c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento; III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 26 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Continuando, para os créditos decorrentes de operações com garantia, como a alienação fiduciária ou a hipoteca, não é adequado constituir PECLD. No caso de clientes em recuperação judicial, o credor deve reconhecer como PECLD apenas o valor que o devedor não se compromete a pagar. Lembrando que, embora não seja mais dedutível do imposto de renda, as entidades devem continuar reconhecendo as perdas na contabilidade, para que os balanços sejam um reflexo da verdadeira situação da empresa. Para o cálculo do imposto de renda, os valores das perdas devem ser ajustados no LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real. Exemplo: a empresa Sortudos possui valores a receber de clientes no montante de R$ 20.000,00, em 31.12.13. A taxa de inadimplência é de 3%. Vamos supor que a conta de PECLD ainda não possuía valores. 1. Ao final do período, deve ser constituída uma perda de: D – Despesa com PECLD (resultado) C – PECLD (Ret. Ativo) ...................... 600,00 = (3% X 20.000) No balanço patrimonial, a conta PECLD aparece após valores a receber: Ativo 19.400,00 Duplicatas a Receber ou clientes 20.000,00 (-) Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (600,00) 2. No caso de os créditos serem considerados incobráveis, devemos dar baixa na conta duplicatas a receber mediante um crédito em contrapartida com um débito na conta PECLD. Considerando o exemplo acima, vamos supor que no ano de 2014 os R$ 600,00 foram considerados incobráveis. Portanto, a baixa de uma duplicata no valor de R$ 600,00 seria contabilizada conforme abaixo: D – PECLD (Retificadora do ativo) C – Duplicatas a Receber (ativo) ...................... 600,00 3. Se as perdas com inadimplência superarem o valor da provisão para perdas estimadas, o excesso deverá ser contabilizado em conta do resultado. Considerando o valor da conta PECLD de R$ 600,00 e as perdas no ano de 2014 no valor de 800,00, o lançamento será: D – PECLD (ret. do ativo) ............................... 600,00 D – Perdas com clientes (resultado) ................. 200,00 (800,00 – 600,00) C – Duplicatas a receber (ativo) ...................... 800,00 C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 27 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Quando a entidade contabiliza uma perda estimada para créditos de liquidação duvidosa, ela o faz baseada em estimativas, pois não sabe precisar, ao certo, qual montante de débitos de seus clientes não serão honrados. A reversão da PECLD é a contabilização que se faz necessária para reconhecer que parte dos valoresconsiderado perdidos pela entidade foram, ao longo do exercício seguinte, recebidos de seus clientes. Exemplo: do valor de R$ 600,00 identificados como PECLD no balanço patrimonial, R$ 400,00 foram considerados incobráveis e o restante, no valor de R$ 200,00, foi recebido em razão do pagamento dos clientes. Portanto, a parcela de R$ 200,00 deve ser revertida como receita, para o resultado, mediante o seguinte lançamento: D – PECLD (retificadora do Ativo) C – Reversão de provisão (receita – resultado) .......... 200,00 Os R$ 400,00 de créditos considerados incobráveis devem ser baixados, conforme já vimos, mediante o lançamento a seguir: D – PECLD (Retificadora do ativo) C – Duplicatas a Receber (ativo) ............................. 400,00 Para finalizar, meus alunos, preste bem atenção, porque o método abaixo é muito utilizado pelas bancas nas suas questões sobre esse assunto. Exemplo: A empresa Sortudos apresentou no balanço patrimonial de 2013 a conta Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) com saldo de R$ 500,00. Ao final do exercício de 2014 a empresa possuía duplicatas a receber no valor de R$ 100.000,00, com experiência de perdas no recebimento de créditos, ocorrida nos últimos três anos, em média de 2%. Assim, ao contabilizar uma nova provisão no exercício de 2014: a) Qual valor deve constar no balanço da conta PECLD? O saldo da PECLD no balanço é de R$ 2.000,00 (2% X 100.000,00). b) qual o valor da despesa que deverá compor o resultado do exercício: Neste caso, aproveitamos o saldo da conta PECLD do ano de 2013 e só contabilizamos o complemento no resultado. Assim, o valor da despesa de 2014 com PDD é R$ 1.500,00 (2.000,00 - 500,00). D – Despesa com devedores duvidosos (resultado) C – PECLD (retificadora do Ativo) ...................... 1.500,00 Vamos praticar! C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 28 de 126 www.exponencialconcursos.com.br (FCC/Apoio Especializado – Contabilidade TRF 3ª/2014) Em 31/12/2012, a empresa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00 em duplicatas a receber de clientes e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa (EPCLD) no valor de R$ 7.500,00. Em fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$ 4.000,00, se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A. a) reduziu o total do Ativo. b) reconheceu um Passivo. c) reduziu o Patrimônio Líquido. d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD). e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado. Resolução: Razonete das contas antes de reconhecer o evento: Duplicatas a Receber 150.000 EPCLD 7.500 Os valores considerados incobráveis de um ativo a receber devem ser baixados da conta EPCLD, tendo como contrapartida a própria conta de ativo retificada. (1) Lançamento: D - EPCLD (Retificadora do Ativo) C - Duplicatas a Receber de Clientes (Ativo) ................. 4.000,00 (2) Registro do fato no razonete: Duplicatas a Receber 150.000 4.000 (1) 146.000 EPCLD (1) 4.000 7.500 3.500 Este lançamento tem por objetivo espelhar que aquele ativo a receber não tem mais motivo de existir, porque a empresa não irá recebê-lo. Portanto, ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A. reduziu o saldo da estimativa (EPCLD) de R$ 7.500,00 para R$ 3.500,00 (7.500 – 4.000). A resposta da questão é a letra D. Vamos, agora, verificar os erros das outras alternativas: a) incorreta. Não houve alteração no saldo total do ativo, pois uma conta foi debitada e outra foi creditada, no mesmo valor. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 29 de 126 www.exponencialconcursos.com.br b) incorreta. Conforme lançamento realizado, verificamos que não há reconhecimento de Passivo. c) incorreta. Não ocorreu alteração do PL, conforme lançamento acima. e) incorreta. O reconhecimento da despesa de Perdas com Clientes de Liquidação Duvidosa é feito no momento em que se estima o quanto do montante a receber não será honrado pelos credores, e não no momento em que parte ou todo o montante estimado é dado como incobrável. Gabarito: Letra D. A folha de pagamentos é um documento obrigatório elaborado pelas entidades, com ou sem fins lucrativos, que discrimina os nomes de seus empregados e os respectivos salários brutos, descontos e salários líquidos a serem pagos. O salário bruto (ou a remuneração bruta) compreende: Salário básico (ou piso salarial da categoria); Horas extras; Gratificações (exemplo: chefia); Salário-família; e Salário-maternidade; Segue os principais conceitos ligados a salários: Salário básico É o valor recebido pelo empregado pela execução do seu trabalho, em regra, mediante pagamento mensal Salário-família É um benefício pago aos trabalhadores de baixa renda; O empregador paga o salário família e, depois, compensa com o valor devido de INSS. É uma despesa do governo Salário-maternidade É um benefício pago as trabalhadoras que vão ter filhos. O empregador paga o salário-maternidade e, depois, compensa com o valor devido de INSS. É uma despesa do governo 4 – Folha de Pagamentos 4.1 – Salários brutos C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 30 de 126 www.exponencialconcursos.com.br O salário bruto deve ser contabilizado de acordo com o regime de competência. Exemplo: A folha de pagamento do mês de setembro de 2014 da empresa Sortudos Ltda. apresentava os seguintes valores: Salários brutos = 10.000,00 Descontos = 1.000,00 Salários líquidos = 9.000,00 A empresa só efetua o pagamento dos salários no dia 05 de outubro. 1) Reconhecimento da despesa de salários no mês de setembro: D – Salários (despesa de salários) C – Salários a pagar (Passivo) 10.000,00 Explicação do lançamento: Despesa de salários Natureza Devedora Debita Passivo Natureza Credora Entrada de obrigações Credita 2) Contabilização do pagamento dos salários no dia 05 de outubro: D – Salários a pagar (Passivo) C – Caixa 9.000,00 Explicação do lançamento: Passivo Natureza Credora Saída de obrigações Debita Ativo Natureza Devedora Saída de bens numerários (dinheiro) Credita A contabilização dos descontos será explicada no tópico 4.2. A empresa efetivamente paga o valor do salário-família e do salário- maternidade aos seus funcionários. Porém, o salário-família e o salário- maternidade são despesas do governo e não da empresa. Assim, esses valores serão recuperados pela empresa no momento do recolhimento das contribuições previdenciárias (INSS). A contabilização do salário-maternidade no livro diário é a seguinte: 3) Lançamento do salário-maternidade a pagarda funcionária no momento do reconhecimento da despesa de salários: D - Salário-maternidade a recuperar (ativo) C - Salários a pagar (passivo) C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 31 de 126 www.exponencialconcursos.com.br 4) Lançamento da compensação do salário-maternidade com o INSS devido pela empresa: D - INSS a recolher (passivo) C - Salário-maternidade a recuperar (ativo) O lançamento do salário-família equipara-se ao lançamento do salário- maternidade. Nas relações de trabalho, além dos salários brutos, a empresa tem a obrigação de recolher os encargos sociais, FGTS e contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento (INSS patronal). Estes são registrados como custo ou despesas da empresa, de acordo com o regime de competência. 5) Lançamentos das despesas com INSS e FGTS: D - Encargos sociais (INSS + FGTS) - Despesa C - INSS a recolher (passivo) C - FGTS a recolher (passivo) Os descontos correspondem às retenções e compensações que são descontadas pela entidade (empregador) do salário bruto dos funcionários. As retenções são os valores que a empresa tem a responsabilidade legal de descontar e recolher a terceiros ou ao Governo, por exemplo, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), o INSS dos segurados (empregados), a contribuição sindical etc. FGTS É um depósito mensal em uma conta na Caixa Econômica Federal, em nome do empregado, de 8% do seu salário. Tem por objetivo protegê-lo em caso de demissão por justa causa. É despesa da empresa. Contribuição Previdenciária (INSS) Patronal É um tributo devido pela empresa mediante o recolhimento de um percentual sobre a folha salarial. Geralmente, as bancas utilizam o percentual de 20%. É despesa da empresa. 4.2 – Descontos C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 32 de 126 www.exponencialconcursos.com.br O IRRF e o INSS dos segurados são despesas dos empregados, que são retidos pelo empregador. Esclarecer que essas despesas estão incluídas dentro do valor do salário bruto do empregado. Contabilização das retenções (IRRF e INSS dos segurados): D - Salários a pagar (Passivo) C - INSS a recolher (passivo) – parte previdência do empregado C - IRRF a recolher (passivo) – imposto de renda – pessoa física O valor dos salários a pagar (obrigação) diminui, porque a empresa é obrigada a reter os valores de INSS dos segurados e de IRRF para recolhimento aos cofres públicos. Assim, a empresa só efetua o pagamento do salário líquido ao empregado. Já as compensações são valores que devem ser descontados dos salários brutos dos empregados e que não serão repassados a terceiros. Os casos mais comuns de compensações são o adiantamento de salários e os empréstimos aos empregados. Exemplo: Lançamento no diário de um adiantamento concedido. Esse adiantamento é um direito da empresa em relação aos empregados, porque caracteriza uma despesa antecipada, logo, deve ser contabilizado em conta do ativo. Registro do adiantamento: D - Adiantamento aos empregados (ativo) C - Caixa (ativo) Depois de reconhecida a despesa de salários, o empregado pode efetuar o desconto do funcionário referente ao adiantamento, mediante o seguinte lançamento: Contribuição Previdenciária (INSS) Segurado É o valor da contribuição do empregado ao INSS para receber no futuro uma aposentadoria; É descontado do salário recebido pelo trabalhador. É uma despesa do empregado. Imposto de Renda Retido na Fonte É o valor retido do salário do empregado pela empresa para posterior entrega aos cofres públicos. Acontece quando o salário bruto do empregado for superior às faixas de incidência do imposto de renda. É uma despesa do empregado. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 33 de 126 www.exponencialconcursos.com.br D - Salários a pagar (passivo) C - Adiantamento aos empregados (ativo) Vamos fazer um exemplo englobando todos os conceitos estudados até aqui. Exemplo: A folha de pagamento do mês de setembro de 2014 da empresa Sortudos Ltda. apresentava os seguintes valores: Salários dos funcionários = 10.000,00 INSS patronal = 20% + 2% (contribuições ao sistema S, como o SENAC) INSS segurado = 11% Salário maternidade = R$ 1.000,00 FGTS = 8% Qual o valor das despesas com pessoal dessa empresa no mês de setembro? Resolução: A empresa só vai pagar de salário aos funcionários R$ 8.900,00 dos R$ 10.000,00, porque R$ 1.100,00 refere-se ao INSS dos segurados. 1) Lançamento da despesa de salário e o desconto do INSS segurado: D - Salários e ordenados (despesa) ................... 10.000,00 C - INSS retido a recolher (passivo) .................... 1.100,00 (11% X 10.000) C - Salários a pagar (passivo) ............................ 8.900,00 * De acordo com a legislação, o governo federal obriga as empresas a fazerem uma retenção de INSS e do IRRF para ser recolhido ao estado. Os 10.000,00 são despesas da empresa que são destinados aos funcionários. Estes só ganham os 10.000,00 depois de trabalharem. Aí a empresa, de acordo com a obrigação imposta pela legislação, vai lá onde o funcionário e diz: olha, preciso reter um percentual do seu salário para recolher ao estado visando a sua aposentadoria. Pronto, a empresa vai lá e faz isso. Observem que os 1.100 (11% x 10.000) não são da empresa, mas sim dos funcionários. A empresa só tem a obrigação de “pegar” e passar ao estado, pois é mais fácil concentrar na empresa essa retenção para ser recolhido do que cada funcionário fazer isso individualmente, beleza? Assim, a empresa gastou R$ 10.000,00 com funcionários. Depois, já ganho os R$ 10.000,00, que passaram a ser dos funcionários, a empresa é obrigada a “pegar” um percentual desse valor, 11% para o nosso exemplo, e recolher ao estado em nome do funcionário, por isso, despesa do funcionário. C óp ia r eg is tr ad a pa ra R A P H A E LL A B A R B O S A ( C P F : 0 62 .3 28 .7 44 -7 1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo Prof. Feliphe Araújo 34 de 126 www.exponencialconcursos.com.br 2) Lançamentos das despesas com INSS e FGTS: D - Encargos sociais (INSS + FGTS) ................... 3.000,00 C - INSS a recolher (passivo) ............................ 2.200,00 C - FGTS a recolher (passivo) .............................. 800,00 (8% X 10.000) 3) Lançamento do salário-maternidade a pagar da funcionária: D - Salário-maternidade a recuperar* (ativo) C
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