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Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Disciplina: Hidráulica Aplicada Professor: Emerson C. Rodrigues ESCOAMENTO UNIFORME EM CONDUTOS SOB PRESSÃO CONCEITOS CONDUTOS FORÇADOS: • São aqueles nos quais o fluido escoa com uma pressão diferente da pressão atmosférica, podendo ser maior, como em instalações de linhas de recalque, ou menor, como em instalações de linhas de sucção, ambas pertencentes a projetos de instalações de bombeamento. • Os condutos forçados são geralmente circulares e de seção constante (L ≥ 4000D). NÚMERO DE REYNOLDS: v D v D Re = = Em que: v →velocidade do fluido → m/s D →diâmetro da canalização→ m ν→viscosidade cinemática→ m2/s ρ→ massa específica→ kg/m3 μ→ viscosidade dinâmica→ kg/(m.s) REGIMES DE ESCOAMENTO DE ACORDO COM (Re): Re ≤ 2.000 → regime laminar → as partículas fluidas apresentam trajetórias bem definidas e não se cruzam, se movem em camadas ou lâminas seguindo trajetórias retas. 2.000 ≤ Re ≤ 4.000 → regime de transição → região em que a perda de carga não pode ser determinada com segurança, o regime de escoamento não é bem definido. Re ≥ 4.000 → regime turbulento → movimento desordenado das partículas, podendo ocupar diversas posições. VISCOSIDADE: • É a propriedade que determina o grau de resistência do fluido à força cisalhante ou força de deformação. • Lei de Newton da Viscosidade. No S.I. μ= 𝑁.𝑠 𝑚2 RUGOSIDADE INTERNA DAS PAREDES DOS CONDUTOS: • A altura uniforme das asperezas será indicada por ε e denominado rugosidade uniforme. • Rugosidade absoluta (ε): valor médio das alturas das irregularidades. • Rugosidade relativa (ε/D): relação entre ε e D. Fonte: Azevedo Netto (1998) ESCOAMENTO OU REGIME PERMANENTE: • É constância das características do escoamento no tempo, em uma seção definida. Aquele em que as grandezas físicas de interesse não variam, com o decorrer do tempo, em um ponto previamente escolhido, do fluido. ESCOAMENTO INCOMPRESSÍVEL: • Escoamento para o qual a variação de massa específica é considerada desprezível, caso contrário o escoamento é dito compressível. • MECÂNICA DOS FLUIDOS; • FLUIDOS; • SISTEMA; • VOLUME DE CONTROLE; • TRAJETÓRIA; • LINHA DE CORRENTE; • TUBO DE CORRENTE; • VAZÃO VOLUMÉTRICA • VAZÃO EM MASSA • VAZÃO EM PESO No SI 𝑚3 𝑠 No SI 𝐾𝑔 𝑠 No SI 𝑁 𝑠 • EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE regime permanente regime permanente Fluido incompressível EQUAÇÃO GERAL DO MOVIMENTO • Fundamentada na 2ª Lei de Newton do movimento. O fluido circula em um volume de controle. • Para regime permanente e fluido incompressível e em uma só direção obtemos a equação de Bernoulli. No SI todos os termos em metros. 2 2 1 1 2 2 1 2 v P v P + + z + + z = constante 2 2g g = 2 v P + + z H 2g = energia total por unidade de peso ou carga total 1 2H H= energia potencialenergia de pressão energia cinética EXEMPLO 01: Para o escoamento da água em um tubo, como representado na figura abaixo. Calcular as velocidades, a vazão em volume, vazão em massa e a vazão em peso. Considerar o escoamento como ideal e em regime permanente. Resultado: EXEMPLO 02: Uma caixa d’água de 1,5 m de altura está apoiada sobre uma laje de 4,5 m de altura e alimenta a tubulação de um chuveiro. Considerando que o diâmetro da tubulação próximo ao chuveiro na seção (2) é ½ polegada e que esta seção está a 2,0 m do solo, determinar para fluido ideal: a) A vazão em volume de água; b) A vazão em volume de água considerando que a altura da laje é 10 m. Dado: g = 9,8 m/s2. Resultado: EQUAÇÃO DA ENERGIA NA PRESENÇA DE UMA MÁQUINA • POTÊNCIA DO FLUIDO M B M T H H se a máquina for uma bomba, H - H se a máquina for uma turbina = = M B T N = Q H N = Q H no caso de uma bomba N = Q H no caso de uma turbina • POTÊNCIA DE UMA BOMBA • POTÊNCIA DE UMA TURBINA B B N η = N B B B B γ Q HN N = = η η NT < N T T N η = N T T T T N =N η = Q H η N < NB EXEMPLO 03: Em um pequeno edifício, uma bomba é utilizada para recalcar água de um reservatório subterrâneo para uma caixa d´agua situada no topo do edifício. A tubulação de recalque tem diâmetro de ½” e a vazão de água é 3 L/s. O reservatório subterrâneo tem grandes dimensões e está aberto para a atmosfera. Considerando a água um fluido ideal, determine: a) A altura manométrica da bomba; b) A potência da bomba (em HP), considerando que o seu rendimento é 65 %. Dados: ρ(água) = 1 g/cm3; g = 9,8 m/s2; 1”=2,54 cm e 1 HP =745,7 W. Resultado: EQUAÇÃO DA ENERGIA PARA FLUIDO REAL 1 2 p1,2H = H + H p1,2N = Q H • POTÊNCIA DISSIPADA 1 M 2 p1,2H + H = H + H EQUAÇÃO DA ENERGIA PARA FLUIDO REAL COM A PRESENÇA DE UMA MÁQUINA EXEMPLO 04: Na instalação da figura, a máquina é uma bomba e o fluido é água. A bomba tem uma potência de 5 kW e seu rendimento é 80%. A água é descarregada com uma velocidade de 5 m/s pelo tubo cuja a área é 10 cm2. Determinar a perda de carga do fluido entre (1) e (2) e a potência dissipada ao longo da tubulação. Dados: γágua = 10 4 N/m3 ; A tubos = 10 cm 2, g = 9,8 m/s2 Resultado: PERDA DE CARGA: • É um termo genérico designativo do consumo de energia desprendido por um fluido para vencer as resistências do escoamento. Essa energia é dissipada sob a forma de calor. • Para exemplificar, seriam necessários 100 m de tubulação para a água ter um aumento de temperatura de 0,234 ºC. CLASSIFICAÇÃO: • Perda de carga distribuída ou perda por atrito (hf) • Perda de carga localizada ou singular (hs) • Perda de carga total (Hp1,2) p1,2 f sH = h + h PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA (hf) • Regime permanente, fluido incompressível; • Condutos longos; • Conduto cilíndrico - seção transversal constante; • Velocidade constante; • Rugosidade uniforme; • Trecho considerado sem máquinas; CÁLCULO DA PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA (hf) • Equação Universal; • Equação de Darcy–Weisbach • Equação de Hazen–Willians; • Equação de Flamant; • Equação de Fair–Whipple–Hisiao; • Equação para tubos de PVC; 2 f L v h = f D 2g f = coeficiente de atrito D = diâmetro do tubo (m) L = Comprimento do tubo (m) v = velocidade média do escoamento (m/s) g = aceleração da gravidade (m/s2) • Pode ser utilizada para qualquer tipo de líquido (fluido incompressível) e para tubulações de qualquer diâmetro e material. EQUAÇÃO UNIVERSAL EQUAÇÃO DE DARCY–WEISBACH → Perda de carga unitária (m/m) 2 v J = f D 2g Equação de Darcy-Weisbach ou Equação Universal fh = J L 2 2 5 8 f Q J = g D Q v = A Sendo que, 2πA = D 4 • PERDA DE CARGA UNITÁRIA DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO (f) PARA CONDUTOS COMERCIAIS: • f pode ser representado graficamente de acordo com a proposta de Nikuradze. Fonte: Adaptado de Guedes, H. A. S. et all, 2015. REGIÃO I: • Regiões de escoamento laminar (Re ≤ 2000); • O coeficiente de atrito é calculado de acordo com a Equação de Poiseuille; • Por meio da equação, o valor de f pode ser calculado para qualquer que seja a rugosidade relativa Ɛ/D. Equação de Poiseuille REGIÃO II, III, IV: • Regiões de escoamento turbulento (Re ≥ 4000); • A equação foi obtida por Colebrook e White através da aplicação da teoria da turbulência e comprovada por experimentação. Equação de Colebrook e White REGIÃO II: • Região de escoamento turbulento de parede lisa, em que f = f (Re) e independente de ε/D; • Pode-se usar na expressão de Colebrook e White, desprezando- se o primeiro termo; • A Expressão de Prandtl é válida para 104 ≤ Re≤ 3,4.106. Equação de Prandtl REGIÃO III: • Região de escoamento turbulento de parede intermediária, em que f = f (Re, Ɛ/D); • Para esta situação, a Equação de Colebrook e White deve ser utilizada e é válida para 14 < Ɛ/D.Re.f < 200. Equação de Colebrook e White REGIÃO IV: Região de escoamento de parede rugosa ou de escoamento francamente turbulento em que f = f (ε/D) e independente de Re; Pode-seusar a Equação de Colebrook e White , desprezando-se o segundo termo. Equação de Nikuradze DIAGRAMA DE ROUSE DIAGRAMA DE MOODY Quadro 8.6 Problema tipo Dados Incógnitas 1º Passo 2º Passo 3º Passo 4º Passo 5º Passo I D, Q hf, v Calcular v = Q/A Calcular 𝑅𝑒 = 𝑉𝐷 𝜐 Determinar e/D Com valores de Re e de e/D, encontrar f no diagrama (Moody) Calcular ℎ𝑓 = 𝑓𝐿𝑉2 𝐷2𝑔 (Darcy) II D, hf v, Q Calcular 𝑅𝑒 𝑓 = 2𝑔ℎ𝑓𝐷 3 𝐿𝜐2 Determinar D/e Com os valores de Re 𝑓 e de D/e encontrar f no diagrama (Rouse) Calcular 𝑉 = ℎ𝑓𝐷2𝑔 𝑓𝐿 Calcular Q = Av III hf, Q D, v Assumir um primeiro valor de f: f1 Com f1 calcular 𝐷1 = 5 𝑓8𝐿𝑄2 ℎ𝑓𝜋2𝑔 Calcular 𝑅𝑒 = 4𝑄 𝜋𝐷1𝜐 Determinar e/D1 Com esses valores, encontrar no diagrama um novo valor para f: f2. Repetir as operações até que fn+1 = fn (Moody) IV hf, v D, Q Assumir um primeiro valor de f: f1 Com f1 calcular 𝐷1 = 𝑓𝐿𝑉2 ℎ𝑓2𝑔 Calcular 𝑅𝑒 = 𝑉𝐷1 𝜐 Determinar e/D1 V v, Q D, hf Calcular A = Q/v Conhecido D, o problema recai no tipo I - - - VI v, D hf Q Calcular Q = Av Conhecido Q, o problema recai no tipo I - - - Fonte: Azevedo Netto (1998) EXEMPLO 05 (PROBLEMA TIPO I): Uma tubulação de aço rebitado, com 0,30 m de diâmetro e 300 m de comprimento, conduz 130 L/s de água a 15,5 °C. A rugosidade do tubo ε = 0,003m. Determinar a velocidade média e a perda de carga. A viscosidade cinemática da água a 15,5 ºC é 1,132 x 10-6 m2/s (ver tabela de propriedades dos fluidos). EXEMPLO 06 (PROBLEMA TIPO II): Dois reservatórios estão ligados por uma canalização de ferro fundido (ε = 0,000260 m) com 0,15 m de diâmetro e 360 m de extensão. Determinar a velocidade e a vazão no momento em que a diferença de nível (perda de carga) entre os dois reservatórios igualar-se a 9,30 m. Admitir a temperatura da água como sendo de 26,5 ºC. A viscosidade cinemática da água a 26,5 ºC é 0,000000866 m2/s (ver tabela de propriedades dos fluidos). EXEMPLO 07 (PROBLEMA TIPO III): Determinar o diâmetro necessário para que um encanamento de aço (ε = 0,000046 m) conduza 19 L/s de querosene a 10 ºC, com uma perda de carga que não exceda 6 m em 1200 m de extensão. Calcular velocidade e perda de carga para o diâmetro adotado. A viscosidade cinemática do querosene a 10 ºC é 0,00000278 m2/s (ver tabela de propriedades dos fluidos). EXEMPLO 08 (PROBLEMA TIPO IV): Uma canalização nova de aço com 150 m de comprimento transporta gasolina a 10 ºC de um tanque para outro, com uma velocidade média de 1,44 m/s. A rugosidade dos tubos pode ser admitida igual a 0,000061 m. Determinar o diâmetro e a vazão da linha, conhecida a diferença de nível (perda de carga) entre os dois depósitos, que é de 1,86 m. A viscosidade cinemática da gasolina a 10 ºC é 0,000000710 m2/s (ver tabela de propriedades dos fluidos). Fonte: Azevedo Netto (1998) Fonte: Azevedo Netto (1998) Fonte: Azevedo Netto (1998) Fonte: Azevedo Netto (1998) EXEMPLO 09: Uma estação elevatória recalca 110 L/s de água de uma canalização nova de aço, de 250 mm de diâmetro e 800 m de extensão. Calcular a perda de carga distribuída. EXEMPLO 10: Uma estação elevatória recalca 250 L/s de água de uma canalização de aço usada a 10 anos, de 300 mm de diâmetro e 300 m de extensão. Calcular a perda de carga distribuída. EXEMPLO 11: Uma estação elevatória recalca 200 L/s de água de uma canalização antiga de aço, de 350 mm de diâmetro e 600 m de extensão. Calcular a perda de carga distribuída. 1,85 f 1,85 4,87 10,643 Q h = L C D 1,85 1,85 4,87 10,643 J Q C D = • C = coeficiente adimensional que depende da natureza das paredes da tubulação - Quadro 8.3 em Azevedo Netto (1998). • Essa equação pode ser aplicada para qualquer tipo de conduto e de material. • Limite de aplicação: diâmetro de 50 a 3.500 mm e velocidade de até 3m/s, ou seja, em praticamente todos os casos do dia-a-dia. 2,63 0,54Q = 0,279 C D J 0,63 0,54v = 0,355 C D J EQUAÇÃO DE HAZEN–WILLIANS Q = vazão (m/s); D = diâmetro do tubo (m); L = comprimento (m) ; J = Perda de carga unitária (m/m); hf = perda de carga (m). Fonte: Azevedo Netto (1998) EXEMPLO 12: Uma adutora fornece a vazão de 100 L/s, através de uma tubulação de cobre, diâmetro 200 mm e 1 km de comprimento. Determinar a perda de carga na tubulação, por meio da equação de Hazen- Williams. • Fazer os cálculos para tubos novos, usados a +/- 10 anos e usados a +/- 20 anos. • Faça uma análise dos resultados. 1,75 -1,25J = 4 b v D • Equação usada para tubos de parede lisa de uma maneira geral, tubos de plástico de pequenos diâmetros (12,5-100 mm) , como os empregados em instalações hidraúlicas prediais de água fria. EQUAÇÃO DE FLAMANT Coeficiente b Material do tubo 0,00023 ferro ou de aço usados (acima de 10 anos) 0,000185 ferro e aço ou canalização de concreto (novo) 0,000140 chumbo 0,000130 cobre 0,000120 plástico (pvc, etc) V = velocidade (m/s); D = diâmetro do tubo (m); J = Perda de carga unitária (m/m). EQUAÇÃO FAIR-WHIPPLE-HISIAO (Recomendadas pela ABNT) • Usada para encanamentos de diâmetro entre 12 e 50 mm, ou seja, para instalações domiciliares (prediais); • Aplicável a escoamento de água; • Para tubos de aço ou ferro galvanizado conduzindo água em condições normais (20 ºC). • Para tubos de cobre ou latão conduzindo água quente. Q = vazão (m3/s) D = diâmetro do tubo (m) J = Perda de carga unitária (m/m) EQUAÇÃO PARA TUBOS DE PVC • Usada para temperatura ambiente; • Para 3x10-3 ≤ Re ≤ 1,5x105. • Usada para temperatura ambiente; • Para 1,5x105 ≤ Re ≤ 106. V = velocidade (m/s); D = diâmetro do tubo (m); J = Perda de carga unitária (m/m). PERDA DE CARGA LOCALIZADA (hs ) • Estas perdas, também conhecidas como singulares ou secundárias, ocorrem sempre que haja mudança no módulo e, ou na direção da velocidade. • Todas as perdas localizadas podem ser expressas por: 2 s v h = K 2g • Sendo K obtido experimentalmente para cada caso. • O valor de K para várias singularidades é encontrado no Quadro 7.2 em Azevedo Netto (1998). Fonte: Azevedo Netto (1998) EXEMPLOS, SINGULARIDADES: EXEMPLO 13: Uma tubulação de cobre, com 180 m de comprimento e 100 mm de diâmetro, transporta para um reservatório a vazão de 11 L/s. No conduto há algumas singularidades que são mostrados na tabela abaixo, calcular a perda de carga distribuída, a soma das perdas de cargas localizadas e a perda de carga total. Fonte: Adaptado de Baptista & Lara (2012) MÉTODO DO COMPRIMENTO EQUIVALENTE • O método consiste em adicionar à canalização existente, apenas para efeito do cálculo da perda de carga, comprimentos de tubo (de mesmo diâmetro que o da canalização existente) que causaria a mesma perda de carga na peça especial. • O cálculo pode ser feito com uma das equações já vistas para a perda de carga distribuída. • O valor do Leq para vários singularidades é encontrado no Quadro 7.6 em Azevedo Netto (1998). • COMPRIMENTO EQUIVALENTE Fonte: Adaptado de Guedes, H. A. S. at all, 2015. Fonte: Azevedo Netto (1998) Para tubulações de ferro e aço e com boa aproximação para cobre e latão. Fonte: Baptista & Lara (2012) Para tubos de plástico, cobre ou ligas de cobre. EXEMPLO 14: A tubulação da figura abaixo é de PVC e tem diâmetro de 150 mm. (a) Determinar a vazão adotando f = 0,024 pelo método dos comprimentos equivalentes e (b) determinar a vazão para fluido ideal. Fonte: Adaptado de Guedes, H. A. S. at all, 2015. 1 M 2 p1,2H + H = H + H 2 2 1 1 2 2 1 M 2 p1,2 v P v P + + z + H = + + z + H 2g γ 2g γ • Se ponto 1 e 2 tiverem sujeitos à pressão atmosférica e se a diferença de energia cinética for desprezível. • A equação de Bernoulli, quando aplicada entre dois pontos que apresenta uma bomba, o ponto 1 deve estar a montante e o ponto 2 a jusante da mesma. 2 2 1 1 2 2 1 M 2 p1,2 v P v P + + z + H = + + z + H 2g γ 2g γ M2 1 p1,2H = z - z + H M G p1,2H = H + H z2 – z1 → desnível geométrico EXEMPLO 15: Determine a altura manométrica e a potência transmitida pela bomba (no SI), para recalcar 110 L/s de água. As tubulações de sucção e recalque são de aço soldado velho e seus comprimentos de 150 m e 1350 m, respectivamente. A viscosidade cinemática da água a 25.3 ºC é encontrada na tabela de propriedades dos fluidos e o valor da rugosidade também é tabelado. Dados: diâmetro de sucção, DS = 400 mm, diâmetro de recalque, DR = 350 mm, ρágua = 1 g/cm 3 e g = 9,8 m/s2. EXEMPLO 16: Determine a altura manométrica e a potência transmitida pela bomba (no SI), para recalcar 44,5 L/s de água. As tubulações de sucção e recalque são de cobre novo e seus comprimentos de 17 m e 2080 m, respectivamente. Dados: diâmetro de sucção, DS = 300 mm, diâmetro de recalque, DR = 250 mm, ρágua = 1 g/cm 3 e g = 9,8 m/s2. Fonte: Adaptado de Baptista & Lara (2012). Exercício 01: Na instalação da figura deseja-se conhecer a carga manométrica da bomba, a perda de carga total e o desnível ∆G entre os dois reservatórios de água. Dados: Potência fornecida ao fluido N = 0,75 KW; diâmetro D = 3 cm; Q = 3L/s; f = 0,02; γágua = 10 4 N/m3 ; g = 9,8 m/s2. A viscosidade cinemática da água é 10-6 m2/s (ver tabela de propriedades dos fluidos). EXERCÍCIOS PROPOSTOS Fonte: Adaptado de Franco Brunetti (2008). Exercício 02: Determine a perda de carga total da tubulação de cobre. Dados: vazão igual a 0,02 m3/s, coeficiente de atrito igual a 0,0016 m; g = 9,8 m/s2. L1 = 8 m ; L2 = 3m; L3 = 3m; L4 = 30 m. Exercício 03: Uma tubulação de ferro fundido, com 10 cm de diâmetro e 300 m de comprimento, conduz 0,02 m3/s de água. A rugosidade do tubo ε = 0,00024 m. Determinar a velocidade média e a perda de carga. A viscosidade dinâmica da água é 0,001 Pa.s e a massa específica é igual 1000 Kg/m3. Exercício 04: Calcular a perda de carga unitária de uma tubulação de plástico (pvc) com diâmetro igual a 0,1 m, onde água escoa a uma velocidade igual a 1,2 m/s. Utilizar a Equação de Flamant. REFERÊNCIAS AZEVEDO NETTO. Manual de Hidráulica. 8 ed. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, 1998. BAPTISTA, M., LARA, M. Fundamentos da Engenharia Hidraúlica. 3 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2010. BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos . 2 ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2011.
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