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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Curso Bacharelado em Serviço Social EDICILENE MELO PINHEIRO SES: 0411 PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL DIANTE DO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA TOMÉ- AÇU/PA 2019 EDICILENE MELO PINHEIRO A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL DIANTE DO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Nome do Tutor – Orientador- Edilane Silva dos Santos TOMÉ- AÇU/PA 2019 LISTAS DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - MAPA DO MUNICÍPIO DE TOMÉ AÇU .................................................6 FIGURA 2 - O FLUXOGRAMA ABAIXO FAZ A RELAÇÃO ENTRE O SUPERVISOR, O VISITADOR, O CRAS E O COMITÊ GESTOR LOCAL.........................................12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ................................................................................6 2.1 HISTÓRICO DO MUNICIPÍO DE TOMÉ AÇU ............................................................. 6 2.2 PROGRAMA CRIANÇA FELIZ .................................................................................... 7 2.3 O PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA ........................ 8 2.4 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL ......................................................................... 9 2.5 ATUAÇÃO DO SUPERVISOR, ASSISTENTE SOCIAL NO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA ...................................................................... 11 3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL ......... 13 4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 14 5 OBJETIVOS DA PESQUISA ......................................................................................... 15 5.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 15 5.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 15 METODOLOGIA DE PESQUISA ..................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 17 5 1. 1 INTRODUÇÃO O assistente social é um profissional responsável por atender as demandas sociais, ou seja, ele atua no cerne da questão social, busca garantir direitos e atua em prol de quem necessita. Ele está inserido em diversos espaços sócio ocupacionais dentre os quais pode-se citar a assistência social, a saúde e a educação. Na assistência social ele atua em vários setores, tanto na proteção social básica quanto na especial. Como afirma a resolução 109 do Conselho de Assistência Social foi normatizado todos os serviços considerados como socioassistenciais organizando-os em níveis de complexidade a equipe técnica do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) deve contar com o assistente social dentre outros profissionais, além disso, há outros serviços que demandam esse profissional como o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos). A proteção social básica conta com diversos serviços que estão referenciados ao CRAS, o Programa Criança Feliz (PCF) é um dos mais recentes, este foi instituído pelo decreto nº 8.869, de 05 de Outubro 2016 e está fundamentado pela lei nº 13.257, de 08 de março de 2016 que trata do Marco Legal pela Primeira Infância. O programa tem como púbicas gestantes, crianças de zero até três anos desde que sua família esteja inserida no Cadastro Único para Programas Sociais, crianças até seis anos beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), e crianças de até seis anos que se encontra longe do convívio familiar por motivo de aplicação de medida de proteção. De acordo com o guia citado a equipe do programa deve ser composta por visitadores que devem ter o ensino médio ou superior e 1 supervisor que deve ter o nível superior e preferencialmente ser psicólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional ou assistente social. Mediante a isso o presente trabalho visa abordar sobre atuação do Assistente Social enquanto supervisor do Programa Criança Feliz no município de Tomé-Açu/PA, para tanto será verificado quais as atribuições do supervisor do programa criança feliz, Identificado se são utilizados instrumentais técnicos do assistente social na supervisão do Programa Criança Feliz e será descrito como se dá o atendimento as demandas no Programa Criança Feliz no município de Tomé- Açu. O interesse pelo tema surgiu no decorrer dos estágios realizados no CRAS, mais especificamente no PCF quando se vivenciou a atuação do profissional assistente social como supervisor. 6 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 2.1 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE TOMÉ AÇU Como destacado no site da Prefeitura o Município de Tomé-Açu pertence a mesorregião do nordeste paraense e município polo da microrregião de Tomé-Açu, este está localizado no nordeste do Estado do Pará , a uma latitude 02º25'08" sul e longitude 48º09'08" oeste, estando a uma altitude de 45 metros do nível do mar. O município possui uma população estimada em 61.095 habitantes distribuídos em 5.145,325 km² de extensão territorial. No mapa abaixo ilustra-se a localização do referido município. Figura 1 – Mapa do Município de Tomé-Açu FONTE: Disponível em: <https://www.weather-forecast.com/locations/Tome-Acu/forecasts/latest>. Acesso em 11 nov, 2019. Os primeiros habitantes da região do Rio Acará-Mirim foram identificados como Tembé, cujas tribos cultivavam uma agricultura de subsistência. Faziam parte da nação Tenetehara, que em tupi guarani significa: “nós somos gente verdadeira”, os quais partilhavam com os índios Guajará do Estado do Maranhão a mesma língua e tradição culturais. O primeiro homem branco que ocupou o território de Tomé-Açu foi o português José Maria de Carvalho, que também foi o primeiro comerciante de madeira na foz do Igarapé Tomé-Açu, sendo atualmente Fazenda Tomé-Açu. Logo após o comércio madeireiro chegou o Sr. Agapito Joaquim de Cristo, que adquiriu, por aforamento, o terreno onde hoje está localizada a cidade de Tomé-Açu, que naquela época foi denominada de Fazenda Bela Vista (PREFEITURA, 2019). https://www.weather-forecast.com/locations/Tome-Acu/forecasts/latest 7 Entretanto Tomé-Açu, como distrito de Acará, era considerado uma aglomeração urbana importante do município de Acará. Em 1952 os habitantes de Tomé-Açu iniciaram um movimento de emancipação política em relação a administração do município de Acará. O Governador do Estado, através da Lei nº 1.12 7 de 10 de maio de 1955, autorizou a criação do município de Tome Açu, juntamente com um conjunto de novos municípios e nomeação de novos prefeitos, porém o Supremo Tribunal Federal declarou a lei inconstitucional em 4 de outubro de 1955. O personagem nomeado pelo governador para esse período foi Anthódio de Araújo Barbosa, que se constitui no primeiro prefeito de Tomé Açu. Destaca-se ainda sobre a economia do município que é baseada na agricultura tradicional, hoje comercial como pimenta do reino, cultura do Açaí cultura da mandioca, cacau, cupuaçu, acerola, maracujá, pitaya, muruci, goiaba.Deve destacar- se que as práticas agrícolas desses colonos se fundamentaram no cultivo e plantio de cultura de valor comercial como a cultura do dendê em parceria com as empresas Biopalma da Amazônia empresa da VALE e BBB Belém Bioenergia Brasil. A brasileira Petrobras e portuguesa Galp Energia foram o meio para concretizar o acordo entre os dois países. Nasce assim a BELEM BIOENERGIA BRASIL, com os primeiros plantios em 2011, com o apoio, inclusive do Governo Brasileiro, o que possibilitou sua fixação em Tomé-Açu, e a Empresa de cultivo de dendê Agropalma, Implantados nessa colônia os imigrantes, nas décadas seguintes, utilizando métodos modernos de agricultura, conseguiram desenvolver a cultura da pimenta-do-reino, obtendo sucesso a ponto de o Pará se tornar um dos maiores produtores do país. É também exposto que o município de Tomé-Açu é um município agrícola carinhosamente apelidada de A terra da Pimenta, pelo fato de que os primeiros japoneses a cultivavam nessa região e elevaram o Brasil, pela primeira vez, à condição de produtor mundial de pimenta-do-reino. Hoje também conhecido como polo industrial da cultura de dendê. 2.2 PROGRAMA CRIANÇA FELIZ O Programa Criança Feliz, lançado em outubro de 2016, tem como ponto central a visita semanal de técnicos às casas das famílias de baixa renda para acompanhar e estimular o desenvolvimento das crianças até os 3 anos de idade. O público-alvo é formado por gestantes e crianças de 0 a 3 anos de idade desde que 8 sua família esteja inclusa no cadastro único para programa Sociais, e até os 6 anos aquelas crianças com algum tipo de deficiência e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ainda são acompanhadas as crianças de até 6 anos que estão afastadas do convívio familiar em função de medidas protetivas. Estados e municípios não têm gastos. Os repasses de recursos para a supervisão, capacitação, contratação e remuneração dos visitadores são de responsabilidade do governo federal (MDS, 2019). O Ministério do Desenvolvimento Social. Aprova em 2016, a Lei n.º 13.257 instituiu o MARCO LEGAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA, importante avanço nas políticas públicas voltadas para o início da vida. “Foi a primeira vez que um país estruturou um projeto integrado com várias áreas, como saúde, educação, assistência social, cultura e meio ambiente O Guia de Visita Domiciliar (2017, p. 15) descreve que a equipe do programa pode ser formada por um Supervisor profissional de Nível Superior (Psicólogo, Assistente Social, Pedagogo ou Terapeuta Ocupacional), e Visitadores Profissionais de Ensino Médio. Ainda segundo o Guia de Visita Domiciliar (2017, p. 9) o Programa Criança Feliz tem caráter intersetorial, ou seja, envolve várias políticas públicas com a finalidade de promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, considerando sua família e seu contexto de vida. Sendo assim, o Criança Feliz agrega as políticas de assistência social, educação, cultura, saúde, direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, entre outras, tendo sua coordenação na Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Expõem-se ainda no guia a importância de destacar que a efetivação da intersetorialidade dependerá de uma agenda articulada no âmbito local. Nesse sentido, merece destaque o papel do Comitê Gestor Intersetorial municipal do Programa Criança Feliz. Esse comitê gestor deve ser composto por representantes de todas as políticas públicas. 2.3 PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA Conforme o relatório disponibilizado pelo Programa Criança Feliz do município de Tomé-Açu o mesmo foi implantado através da resolução nº 19 de 24 de novembro de 2016 tendo base na resolução CNAS nº 7, de 18 maio de 2016 que trata do II Plano http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 9 Decenal da Assistência social, sendo fundamentado também no Marco Legal da Primeira Infância – Lei nº 13.257/2016 e está alocado na proteção social básica vinculado ao Centro de Referência da Assistência Social-CRAS, dentro da política de assistência Social. De acordo com a resolução nº 19 o Programa Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social – SUAS, corresponde a participação da política de assistência social no Programa Criança Feliz, criado pelo Decreto nº 8.869, de 05 de outubro de 2016. Ainda com base nos dados coletados o termo de adesão ao programa no município de Tomé-Açu foi assinado pela coordenadora de Programas da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (SETAS) Jesuína Siqueira do Carmo no dia 01 de dezembro de 2016 com a meta de atender 200 famílias em todo território. A Secretária da SETAS Joicy Pereira Portilho, foi quem geriu e organizou para que o PCF fosse posto em prática na gestão da Excelentíssima prefeita Aurenice Ribeiro. O programa tem como sua base composta de um supervisor e 7 visitadoras atuantes no município. Assim, o Programa faz parte da política de Assistência Social no âmbito da Proteção Social Básica visa, dentre os objetivos a serem alcançados, promover o desenvolvimento humano a partir do apoio e do acompanhamento do desenvolvimento infantil integral na primeira infância e integrar, ampliar e fortalecer ações de políticas públicas voltadas para o público alvo que são as gestantes, crianças na primeira infância e suas famílias. 2.4 ATUAÇÂO DO ASSISTENTE SOCIAL O Conselho Federal de Serviço Social – CFESS enfatiza que o Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área social a ter aprovado sua lei de regulamentação profissional, a Lei 3.252 de 27 de agosto de 1957, posteriormente regulamentada pelo Decreto 994 de 15 de maio de 1962. Foi esse decreto que determinou, em seu artigo 6º, que a disciplina e a fiscalização do exercício profissional caberiam ao Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e ao Conselhos Regionais de Assistente Sociais (CRAS). Com base na história do Serviço Social e segundo o CFESS, os Conselhos Profissionais, em sua criação, não privilegiavam o contato com os profissionais na busca de um diálogo reflexivo acerca da atuação do assistente social. Foi com esse 10 novo momento histórico (aprovação da Lei 8.662/93), que as relações se estreitaram entre os profissionais e os Conselhos, passando a ser um espaço de discussões politizadas e críticas no que desrespeitam aos direitos, deveres, competências e contribuições do assistente social bem como a fiscalização dos campos de atuação dos profissionais. Outros documentos significativos importantes para a profissão de Serviço Social, dentre eles: o Código de Ética (Lei 8.662/93), o Estatuto do Conjunto, os Regimentos Internos dos Conselhos, o Plano Nacional de Fiscalização da profissão, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS Lei 8.742/93), Sistema Único da Assistência Social (SUAS Lei 12.435/11) etc. Segundo CFESS (2008), desde seus primórdios aos dias atuais, a profissão tem se redefinido, considerando sua inserção na realidade social do Brasil, entendendo que seu significado social se expressa pela demanda de atuar nas sequelas da questão social brasileira, que em outros termos, se revela nas desigualdades sociais e econômicas, objeto da atuação profissional, manifestas na pobreza, violência, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre outras. Como profissional, o assistente social tem “função de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, a assistente social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e prestação de serviços”. (CRESS, 2009). A atuação do assistente social se faz desenvolvendoou propondo políticas públicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e benefícios construídos e conquistados socialmente, principalmente, aqueles da área de seguridade social. Entretanto, segundo CFESS (2008), as instituições que requisitam o profissional de Serviço Social se ocupam de problemáticas relacionadas: • Crianças moradoras de rua, em trabalho precoce, com dificuldades familiares ou escolares, sem escola, em risco social, com deficiências, sem família, drogadictas internadas, doentes; • Adultos: Desempregados, drogadictos, em conflito familiar ou conjugal, aprisionados, em conflito nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, organizados em grupos de interesses políticos em defesa de direitos, portadores de deficiências; 11 • Idosos: Asilados, isolados, organizados em centros de convivência, hospitalizados; • Doentes: Minorias étnicas e demais expressões da questão social. • As instituições que têm contratado o (a) Assistente Social, em geral são: Prefeituras, entidades assistenciais e de apoio à luta por direitos, sistema judiciário e presidiário, sistema de saúde, empresas, sindicatos, sistema previdenciário, ONG’s, centros comunitários, escolas, fundações, universidades, centros de pesquisa e assessoria. Desse modo, verifica-se que o profissional de Serviço Social atua abrangendo diversos públicos atendendo as necessidades identificadas na realidade do indivíduo ao desempenhar o seu papel no seu âmbito de trabalho. 2.5 ATUAÇÕES DO SUPERVISOR, ASSISTENTE SOCIAL, NO PROGRAMA CRIANÇA FELIZ NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU/PA. No Guia de Visitar Domiciliar (2017, p. 15) cita-se que profissional de serviço social atua no programa criança feliz enquanto supervisor, a ele cabe as funções de acompanhar, dar apoio as visitadoras planejando e desenvolvendo o trabalho das mesmas e nas visitas domiciliares, com reflexões e orientações. É especificado as atribuições do profissional, bem como a visibilização de atividades em grupos com as famílias visitadas, a articulação dos encaminhamentos para a inclusão das famílias na rede, mobilização dos recursos na rede e da comunidade e levar para debate no Grupo Gestor Municipal as situações complexas, lacunas e outras questões operacionais. 12 Figura 2 - O fluxograma abaixo demonstra a relação entre o supervisor, o visitador, o CRAS e o Comitê Gestor local. FONTE: Disponível em: <https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Guia%20para%20Visita%20Domiciliar%2 0-%20Programa%20Crian%C3%A7a%20Feliz%20-%2021-06-2017.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2019. https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Guia%20para%20Visita%20Domiciliar%20-%20Programa%20Crian%C3%A7a%20Feliz%20-%2021-06-2017.pdf https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Guia%20para%20Visita%20Domiciliar%20-%20Programa%20Crian%C3%A7a%20Feliz%20-%2021-06-2017.pdf 13 3. PROBLEMATIZAÇÕES DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. O assistente social luta para diminuir os riscos sociais e pela garantia dos direitos do cidadão, direitos que estão na emenda da Constituição Federal de 1988 e na maioria das vezes é necessário a intervenção do profissional para que seja respeitado, ou seja saia do papel e venha para a vida cotidiana do cidadão. Para se ter uma vida digna o ser humano precisa vencer inúmeros desafios que lhe é imposto dia a dia impedindo-o de ter pelo menos o mínimo para sua existência, e o assistente Social é um profissional que precisa estar preparado, capacitado, competente e qualificado para intervir diante das questões sociais em prol do indivíduo que vive em situação de vulnerabilidade social ou risco social. O Profissional de Serviço Social precisa conhecer o âmbito de moradia dos excluídos para poder atender as suas reais necessidades, precisa estar centralizado para poder construir propostas de enfrentamento das demandas detectadas na realidade dos usuários, e assim fazer intervenção junto ao indivíduo para melhorar as condições de vida deles. De acordo com Iamamoto (2001, p. 28), “O Serviço Social tem como tarefa decifrar as formas e expressões da questão social na contemporaneidade e atribuir transparência às iniciativas voltadas à sua reversão ou enfrentamento imediato”. Segundo (PIERITZ, 2013, p. 118) Assim, entendendo que os assistentes sociais trabalham com as expressões da questão social em seu cotidiano, trabalham também diretamente com os sujeitos que vivenciam as expressões da questão social, que requer um profissional criativo, competente, e que desvele as expressões da questão social, como também desvele quais as alternativas, opções e caminhos para revertê-la. 14 4. JUSTIFICATIVA O PCF, como discutido acima, é um programa relativamente novo no município de Tomé-Açu e a nível de Brasil, e com a vivência nos estágios I, II e III verificou-se a relevância que ele tem para com as famílias atendidas, bem como a necessidade de atendimento as demandas da família. Com o projeto de intervenção executado sobre o compartilhamento de conhecimentos viu-se o quanto é primordial a atuação dos profissionais que atuam nesse programa, especialmente do supervisor que é quem articula a atuação dos visitadores para que as famílias se tornem protagonistas de sua história. Assim, surgiu o interesse em investigar sobre a relação que a formação profissional da supervisora tem com a atuação enquanto supervisora, pois acredita- se que o presente trabalho tem importância porque agregará conhecimento para a atuação desse profissional em outros espaços, como também para acadêmicos e demais profissionais afins. 15 5. OBJETIVOS DA PESQUISA Em seguida será exposto os objetivos gerais e específicos da pesquisa. 5.1 OBJETIVOS GERAL Analisar de que forma se dá a atuação do assistente social enquanto supervisor o Programa Criança Feliz no município de Tomé-Açu. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Verificar a atuação do supervisor do programa criança feliz • Identificar se são utilizados instrumentais técnicos do assistente social na supervisão do Programa Criança Feliz • Descrever como se dá o atendimento as demandas no Programa Criança Feliz no município de Tomé-Açu. 16 6. METODOLOGIA DE PESQUISA Para o alcance dos objetivos deste trabalho serão feitas pesquisas em sites, artigos, será feito um levantamento bibliográfico em livros, revistas, assim como será realizada uma pesquisa de campo com uma entrevista semiestruturada para melhor descrever e analisar o objeto estudado. O estudo caracteriza-se como qualitativo, pois busca a análise de uma realidade. Conforme Matos e Vieira (1991, p. 40), a pesquisa é feita a partir do levantamento de referências teóricas “já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, página de web sites” sobre o tema a estudar. Segunda autora (SEANZONIERI, 2010), esta modalidade é usada quando está direcionada para responder à pergunta “qual”, realizada pelo pesquisador por meio de observação, entrevista, coletada de dados e outras que expressem o pensamento do sujeito ou o fenômeno, enquanto elemento de pesquisa. 17 REFERÊNCIAS CONSELHO Federal de Serviço Social: CFESS. [S. l.], 2017. Disponível em: http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/o-cfess. Acesso em: 5 nov. 2019. CONSELHO Regional de Serviço Social-CRESS: Serviço Social. [S. l.], 2019. Disponível em: http://cress-sc.org.br/#. Acesso em: 7 nov. 2019. CRESS: Perfil Profissional do Assistente Social.In: MINISTÈRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL PROGRAMA CRIANÇA FELIZ. [S. l.], 2018. Disponível em: http://novo.cress- se.org.br/perfil-profissional-do-assistente-social/. Acesso em: 8 nov. 2019. EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL: Tipificação Nacional Serviços Socioassistenciais. [S. l.], 2009. Disponível em: http://prattein.com.br/home/index.php?option=com_content&view=article&id=192:tipificacao- nacional-de-servicos-socioassistenciais-resolucao-109-do-cnas&catid=110:legislacao-e- politicas-publicas&Itemid=201. Acesso em: 13 nov. 2019. IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2006. MINISTÈRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL PROGRAMA CRIANÇA FELIZ: Guia para Visita Domiciliar. [S. l.: s. n.], 2017. Disponível em: file:///C:/Users/EDICILENE/Downloads/Guia%20para%20Visita%20Domiciliar%20- %20Programa%20Criança%20Feliz%20-%2021-06-2017.pdf. Acesso em: 16 nov. 2019. MINISTÉRIO DA CIDADANIA: Secretaria especial do desenvolvimento social. [S. l.], 2019. Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/crianca-feliz. Acesso em: 4 nov. 2019. PIERITZ, Vera Lúcia Hoffmann. et al. Serviço Social em Foco. Indaial: UNIASSELVI, 2013. Montibeller, Cristina. Questão Social e Serviço Social/ Cristina Montibeller. Indaial: UNIASSELVI, 2015. Reisdeörfer, Lara Aparecida Lissarassa. Fundamentos Históricos, teóricos e metedológico do Serviço social/ Lara Aparecida Lissarassa Reisdeörfer, Indaial: UNIASSELVI, 2013. Ruaro, Gisele de Cássia Galvão. Instrumento e Processo de Trabalho em Serviço Social/Gisele de Cássia Galvão Ruaro, Juliana Maria Lazzarini. Indaial: UNIASSELVI, 2013. SEANZONERI, Ana Maria. Metodologia da pesquisa qualitativa na saúde. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. WEATHER Forecaster: Tome Acu Weather Forecaster. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.weather-forecast.com/locations/Tome-Acu/forecasts/latest. Acesso em: 11 nov. 2019. Wengrzynovski, Silvana Braz. O Serviço Social no Capitalismo/ Silvana Braz Wengrznovski. Indaial: UNIASSELVI, 2015.
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