Buscar

momento de inercia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Este arquivo contém todo o conteúdo da Unidade 5 desta disciplina. O material final 
- com a formatação da Unigranrio - estará disponível em breve. 
 
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO DIDÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe de produção NEAD 
Curso: Física 
Coordenador: Elvio Machado Martins Junior 
Disciplina: Mecânica dos Sólidos 
Prof. Conteudista: Reniene Maria dos Santos Bandeira 
Designer Instrucional: Roberta Prevedello 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Capítulo 5. Momento de Inércia 
 
Para início de conversa… 
Neste capítulo discutiremos o conceito de momento de inércia de uma área, bem 
como determinaremos sua intensidade dentro de uma área geométrica qualquer. 
Poderemos elaborar alguns passos nesse estudo, como: desenvolver o método para 
determinar o momento de inércia e mostrar como determinar os momentos de inércia 
de uma área em relação aos eixos e o momento polar; identificar o momento de 
inércia de uma área composta, levando em conta que o cálculo do momento de inércia 
de uma área pode ser realizado como sendo a adição e/ou a subtração dos momentos 
de inércia de suas subáreas; e, por fim, introduzir um teorema de eixos paralelos 
trabalhando com eixos de referências a fim de definir o momento de inércia. 
Com base nesse conteúdo, você poderá avançar em trabalhos futuros, como a 
determinação da tensão normal a partir de flexão em vigas que apresentam área de 
seção composta, assunto relevante para o estudo de estruturas. 
Então, vamos começar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos de Aprendizagem 
Assimilar o conceito de Momento de Inércia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Formulação Geral 
 
O nível de dificuldade ou a resistência em se alterar o estado de um corpo denomina-
se de momento de inércia. Esta relação da resistência à rotação com o momento de 
inércia é diretamente proporcional, ou seja, quanto maior o momento de inércia de 
determinado corpo, maior será a dificuldade para girá-lo ou alterar a rotação desse 
corpo. 
O momento de inércia de massa depende da distribuição de massa em torno de um 
eixo de rotação escolhido de forma arbitrária, assim a parcela de massa em que está 
mais afastada do eixo de rotação colabora efetivamente para o valor do momento de 
inércia. 
Vejamos um exemplo: se uma pessoa lança uma bola pequena e uma bola grande 
com um estilingue, com mesma intensidade de força para cada uma, a bola pequena 
lançada terá uma aceleração muito maior do que a bola grande lançada. Assim, o 
momento de inércia de massa é dito como uma resistência oposta por um corpo em 
rotação a uma mudança em sua velocidade de giro, recebendo uma descrição de 
inércia rotacional. 
O momento de inércia de área será detalhado mais à frente neste capítulo. É válido 
aqui ressaltar que, embora a formulação seja semelhante para os dois tipos de 
momento de inércia, os mesmos não podem ser confundidos, uma vez que o 
momento de inércia de massa é utilizado no ensino da rotação de corpos rígidos e o 
momento de inércia de área é utilizado no ensino de resistência à deformação. 
Por descrição, os momentos de inércia de uma área diferencial dA em relação aos 
eixos x e y são dIx=y2 e dIy=x2, respectivamente, em que os mesmos são definidos 
por integração para a área inteira A (Figura 1). 
 
 
 
 
 
Ix = �
A
y2dA 
 
Iy = �
A
x2dA 
 
Figura 1: Área qualquer pertencente ao plano x-y. Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Quando se formula essa quantidade para dA em relação ao ‘polo’ O ou eixo z 
estabelece-se o momento de inércia polar, o qual é matematicamente definido como 
dJo = r2dA. Denomina-se r como a distância perpendicular do polo até o elemento dA. 
Dessa maneira, o momento de inércia polar é: 
 
Jo = �
A
r2dA = Ix + Iy 
 
É válido salientar que há uma relação entre Jo e Ix, e Iy sendo admissível porque 
r2=x2+y2 (Figura1). 
As unidades para o momento de inércia serão sempre o comprimento elevado à 
quarta potência. É importante destacar que Jo e Ix, e Iy serão sempre positivos, uma 
vez que envolvem o produto da distância ao quadrado e área. 
 
 
2. Momento de Inércia de Áreas 
 
É uma propriedade de uma superfície plana de um corpo, também denominado de 
Momento de Segunda Ordem de Área. Matematicamente, o momento de inércia de 
uma superfície plana em relação a um eixo de referência é definido como a integral 
de área dos produtos dos elementos de área que compõem a superfície pelas suas 
respectivas distâncias ao eixo de referência elevadas ao quadrado. 
Vamos compreender melhor? Veja o exemplo a seguir. 
 
Exemplo 1: Dada área do retângulo, determine o momento de inércia em relação ao 
eixo x que passa pela sua base. 
 
 
 
 
Figura 2: Identificando o Ix do retângulo a partir de integrais. Fonte: Elaborado pela 
autora. 
 
Solução: 
Baseando-se no elemento diferencial mostrado na Figura 2, temos dA = bdy. 
 
Ix = �
A
y2dA = �
h
0
y2bdy 
Ix = b�
h
0
y2dy = b
y3
3
|h 0 
Ix =
bh3
3
 
Exemplo 2: Dada área do retângulo, determine o momento de inércia em relação ao 
eixo y que passa pela sua base. 
 
 
 
 
Figura 3: Identificando o Iy do retângulo a partir de integrais. Fonte: Elaborado pela 
autora. 
 
Solução: 
Baseando-se no elemento diferencial mostrado na Figura 3, temos dA = b dx. 
 
Iy = �
A
x2dA = �
b
0
x2bdx 
Iy = b�
b
0
x2dx = h
x3
3
|b 0 
Iy =
hb3
3
 
 
Exemplo 3: Dada a área do triângulo, determine o momento de inércia em relação 
ao eixo x que passa pela sua base. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Identificando o Ix do retângulo a partir de integrais. Fonte: Elaborado pela 
autora. 
 
Solução: 
 
Observação: 
 
 
 
 
h
b
=
h − y
x
 
 
xh = (h − y)b 
 
x =
(h − y) ∙ b
h
 
 
Figura 5: Semelhança de triângulos para cálculo da base. Fonte: autora. 
 
Baseando-se no elemento diferencial mostrado na Figura 4, temos dA = x dy. 
 
 
 
Ix = �
A
y2dA = �
h
0
y2xdy 
Ix = �
h
0
y2 �
(h − y) ∙ b
h
�dy = �
b ∙ y3
3
−
b ∙ y4
4h
� |h 0 
Ix =
bh3
12
 
 
 
Exemplo 4: Dada a área do triângulo, determine o momento de inércia em relação 
ao eixo y que passa pela sua base. 
 
 
 
 
 
Figura 6: Identificando o Iy do retângulo a partir de integrais. Fonte: Elaborado pela 
autora. 
 
Solução: 
 
Observação: 
 
 
 
h
b
=
h − y
x
 
 
xh = (h − y)b 
 
y = h −
h
b
∙ x 
 
Figura 7: Semelhança de triângulos para cálculo da altura. Fonte: Elaborado pela 
autora. 
 
Baseando-se no elemento diferencial mostrado na Figura 6, temos dA = y dx. 
 
Iy = �
A
x2dA = �
b
0
x2ydx 
Iy = �
b
0
x2 �h −
h
b
∙ x� dx = �
h ∙ x3
3
−
h ∙ x4
4b
� |b 0 
Iy =
hb3
12
 
 
Exemplo 5: Dada a área circular, determine o momento de inércia em relação ao 
eixo x. 
 
 
 
 
 
Figura 8: Identificando o Ix do círculo a partir de integrais. Fonte: Hibbeler, 2017. 
 
Solução: 
 
Na Figura 8 temos uma área circular e para determinar o momento de inércia analisa-
se o elemento diferencial (em cinza). A partir do mesmo encontra-se a área da 
esquerda um dA = 2x dy. 
 
Ix = �
A
y2dA = �
h
0
y22xdy 
Ix = �
a
−a
y2 �2�a2 − y2� dy 
Ix =
πa4
4
 
 
O momento de inércia em relação ao eixo y, para essa área circular, pode ser 
resolvido de maneira análoga e tem como resultado: 
 
Iy =
πa4
4
 
 
 
3. Teorema dos Eixos Paralelos 
 
O teorema dos eixos paralelos pode ser aplicado para estabelecer o momento de 
inércia de uma área com referência a qualquer eixo de rotação que necessariamente 
precisa ser paralelo ao eixo que passa pelo centroide. 
Para compreender esse teorema, considere a Figura 9, que ilustra uma determinada 
área e o objetivo é determinar o momento de inércia em relação ao eixo x. 
 
 
 
 
 
Figura 9: Teorema dos eixos paralelos. Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Para iniciar a compreensão, escolhe-se um elemento diferencial dA que está a uma 
distância qualquer y’ do eixo que passa pelo centroide desta área. De acordo com a 
ilustração, dy representa a distância entre os eixos x’ e x, dessa forma, o momento 
de inércia dedA em relação ao eixo x é definido como dIx=(y’+dy)2dA. 
 
Ix = �
A
(y′ + dy)2dA 
Ix = �
A
y′2dA + 2dy�
A
y′dA + (dy)2 �
A
dA 
 
∫A y
′2dA → representa o momento de inércia da área em relação ao eixo que passa 
pelo centroide �Ix�. 
∫A y
′dA → é uma integral nula pois o eixo x’ passa pelo centroide C da área. 
d2y∫A dA → representa a área total, logo, Ix = Ix + A(dy)
2. 
 
O momento de inércia para o eixo y, de forma semelhante, é dado como, Iy = Iy +
A(dx)2. E o momento de inércia polar é representado matematicamente como Jo =
Jc + A(d)2 sendo (d)2 = (dx)2 + (dy)2. 
 
Exemplo 6: Determine o momento de inércia para a área retangular mostrada na 
Figura 9 em relação (Hibbeler, 2011): 
a) Ao eixo centroidal x’. 
b) Ao eixo xb passando pela base do retângulo. 
c) O momento polar que passa pelo centroide C. 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Momento de Inércia de uma área retangular. Fonte: Hibbeler, 2017. 
 
Solução: 
a) Temos um elemento diferencial na Figura 10 escolhido para aplicar a 
integração. Este elemento está a uma distância y’ do eixo x’, neste caso é 
preciso integrar a partir de y’=-h/2 para y’=h/2. Como dA=bdy’, temos: 
 
Ix′ = �
A
y′2dA = �
h/2
−h/2
y2bdy′ 
Ix′ = b�
h/2
−h/2
y2bdy′ 
Ix′ =
bh3
12
 
 
b) Para determinar o momento de inércia em relação ao eixo passando pela base 
do retângulo podemos utilizar o resultado encontrado em (a) e, assim, aplicar 
o teorema dos eixos paralelos. (Obs: Ix′ = Ix′, porque passa pelo centroide da 
figura geométrica). 
 
Ix = Ix′ + A(dy)2 
 
Ix =
bh3
12
+ bh �
h
2
�
2
 
 
Ix =
1
3
bh3 
 
c) Para determinar o momento de inércia polar em relação ao centroide, é preciso 
primeiramente determinar o Iy′ que, como compreendemos no Exemplo 2, é 
apenas alternar as dimensões b e h no resultado encontrado em Ix′. Assim: 
 
Iy′ =
1
12
hb3 
 
Logo, o momento de inércia polar em relação ao centroide é: 
 
Jc = Ix′ + Iy′ =
1
12
bh(h2 + b2) 
 
 
Os momentos de inércia das Figuras 2, 3, 4, 6 e 8 podem ser encontrados em tabelas, 
uma vez que representam figuras geométricas simples e, muitas das vezes, a área 
que se deseja determinar o momento de inércia é uma área composta. Para calcular 
o momento de inércia de áreas compostas é necessário trabalhar com o teorema dos 
eixos paralelos definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1: Momento de inércia de áreas (Hibbeler, 2017). 
 
Uma área composta fundamenta-se em um conjunto de formas “mais simples” 
ligadas, como retângulos, triângulos e círculos, por exemplo. Assim, se é possível 
determinar o momento de inércia de cada uma dessas formas ou puder determinar o 
mesmo em relação a um eixo comum, então, o momento de inércia da área composta 
em relação a esse mesmo eixo será igual à soma algébrica dos momentos de inércias 
de todas as suas formas. 
O procedimento a seguir pode ser determinado para a determinação do momento de 
inércia de uma área composta em relação a um eixo de referência. 
 
Primeiro: divida a área composta em subáreas e identifique a distância perpendicular 
do centroide de cada subárea até o eixo de referência. 
Segundo: verifique se o eixo de cada parte coincide com o eixo de referência. Caso 
contrário é preciso utilizar o teorema dos eixos paralelos para cada subárea. 
Terceiro: para calcular o momento de inércia de toda a área, basta somar os 
resultados de cada subárea em relação ao eixo de referência. 
 
Observação: Caso exista dentro da área composta um vazio, então o momento de 
inércia deve ser subtraído no somatório dos momentos. 
 
Exemplo 7: Analise a área composta e demonstre o momento de inércia em relação 
aos eixos x e y que passa pela sua base. 
 
 
 
 
Figura 11: O momento de inércia da figura composta. Fonte: Ribeiro (2016). 
 
Solução: 
Aplicando o teorema dos eixos paralelos, temos a Figura 11 e 12, que ilustram a 
posição do centroide de cada subfigura, a posição do centroide da figura composta 
(total) e as distâncias de cada centroide de subfigura até o centroide da figura 
composta (dx e dy) em relação ao eixo x-y de referência. 
 
 
Figura 12: Identificando o momento de inércia da figura composta em relação ao eixo x’. 
Fonte: Ribeiro (2016). 
 
O momento de inércia da figura composta total, em relação ao eixo x, é assim 
calculado: 
 
Ix′ = Ix′1 + Ix′2 − Ix′3 
Ix′1 =
b1 h1
3
12
+ (b1 ∙ h1 ) ∙ dy1
2 
 
Ix′2 =
b2 h2
3
12
+ (b2 ∙ h2 ) ∙ dy2
2 
 
Ix′3 =
πr34
4
+ (πr32) ∙ dy3
2 
 
O cálculo das distâncias entre os centroides de cada subfigura e o centroide da figura 
composta total na direção vertical é: 
 
dy1 = yc1 − yc 
 
dy2 = yc − yc2 
 
dy3 = yc − yc3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Identificando o momento de inércia da figura composta em relação ao eixo y’. 
Fonte: Ribeiro (2016). 
 
O momento de inércia da figura composta total, em relação ao eixo y, é assim 
calculado: 
 
Iy′ = Iy′1 + Iy′2 − Iy′3 
Iy′1 =
h1 b1
3
12
+ (b1 ∙ h1 ) ∙ dx1
2 
 
Iy′2 =
h2 b2
3
12
+ (b2 ∙ h2 ) ∙ dx2
2 
 
Iy′3 =
πr34
4
+ (πr32) ∙ dx3
2 
 
O cálculo das distâncias entre os centroides de cada subfigura e o centroide da figura 
composta total na direção vertical é: 
 
dx1 = xc1 − xc 
 
dx2 = xc − xc2 
 
dx3 = xc − xc3 
 
 
Exemplo 8: Determine o momento de inércia da área mostrada na Figura 14 em 
relação ao eixo x. 
 
 
 
 
 
Figura 14: Momento de Inércia de uma figura composta (Hibbeler, 2017). 
 
Solução: 
Para iniciar este exercício é preciso dividir a área composta em duas áreas simples 
(retângulo e círculo). Para formar a área, toma-se um retângulo e subtrai-se o círculo 
do mesmo e, para calcular o momento de inércia aplica-se o teorema dos eixos 
paralelos. 
 
Cálculo para o círculo: 
 
Ix = Ix′ + A(dy)2 
 
Ix =
πr4
4
+ (πr32) ∙ dy2 
Ix =
π254
4
+ (π252) ∙ 752 
Ix = 11,4(106)mm4 
 
Cálculo para o retângulo: 
 
Ix = Ix′ + A(dy)2 
Ix =
hb3
12
+ (b ∙ h) ∙ dx2 
Ix =
100 ∙ 1503
12
+ (100 ∙ 150) ∙ 752 
Ix = 112,5(106)mm4 
 
O momento de inércia é: 
 
Ix = 112,5(106)mm4 − 11,4(106)mm4 
Ix = 111(106)mm4 
 
 
Neste capítulo vimos que o momento de inércia está relacionado com a distribuição 
da massa de um corpo em torno de um eixo de rotação pré-determinado. Então, se 
temos dois eixos x e y, por exemplo, teremos dois momentos de inércia 
correspondente. Esse será determinado pela integral de uma área inteira. 
Trabalhamos, também, com o conceito de Teorema dos Eixos Paralelos para nos 
auxiliar no cálculo do momento de inércia de uma área em relação a qualquer eixo de 
forma que esse eixo seja paralelo a um eixo passando pelo centroide da área. 
Assim, a equação matemática diz que o momento de inércia para uma determinada 
área em relação a um eixo é igual ao seu momento de inércia em relação a um eixo 
paralelo, passando pelo centroide da área, mais o produto realizado pela área e o 
quadrado da distância. Lembrando que essa distância deve ser perpendicular entre 
os eixos. Esse Teorema pode ser aplicado também quando se tem áreas compostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
BEER, F.P.; JOHNSTON, R.E.; MAZUREK, D. F.; EISENBERG, E.R. Mecânica 
vetorial para engenheiros: Estática. Porto Alegre: Bookman, 1994-2012. v.1. (Minha 
Biblioteca) 
 
HIBBELER, R. C. Estática – Mecânica para Engenharia. 12°edição. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall. 2011. (Minha Biblioteca) 
 
HIBBELER, R. C. Estática – Mecânica para Engenharia; tradução Daniel Vieira. 
14°edição. São Paulo: Pearson Education do Brasil. 2017. (Biblioteca Virtual) 
 
RIBEIRO, M. A. A. Flexões (Seções Compostas). Resistência dos Materiais. 
Professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Grande Rio, 
2016.

Outros materiais