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resenha O Germinal

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: SERVIÇO SOCIAL E PROCESSOS DE TRABALHO
PROFESSORA: ANA SAMILLY
CYNTIA LETICIA DE OLIVEIRA BENEVIDES
RESENHA DO FILME: O GERMINAL
FORTALEZA – CEARÁ
2020
Filme: O Germinal
O filme produzido e dirigido por Claude Berri, foi lançado em 29 de setembro de 1993 na França. É uma adaptação do livro de romance Germinal de Émile Édouard Charles Antoine Zola. O filme se passa durante o século XlX, início do período da Revolução Industrial, busca retratar o processo do capitalismo e as formas degradantes do trabalho, as complicações existentes no momento através de aspectos históricos, sociais e econômicos. Nessa época, muitas pessoas viviam do trabalho manual, não só na França mais em outros países europeus, ainda estavam ainda ligadas as formas de produção anteriores, e foram obrigadas a habituar-se com as novas condições, presos aos donos dos meios de produção, tendo assim que vender a sua força de trabalho, para conseguirem sobreviver, isto é, o trabalho vira mercadoria;
Portanto, voltando-se para o filme e as primeiras cenas, temos Etienne Lantier um dos personagens vai até uma mina de carvão em busca de emprego, se apresenta como maquinista, mas logo é desenganado por um dos trabalhadores, esse senhor que o atendeu nos parece bastante cansado, com problemas de saúde por uma tosse intensa e chega até mesmo a cuspir ao preto, que ele mesmo relata ser carvão, conta sua trajetória na mina e diz está trabalhando desde os 8 anos, o que nos preocupa dada a má qualidades no processo de trabalho.
Etienne acaba conseguindo uma vaga depois que uma das funcionárias acaba morrendo e sem muitas delongas ou preocupações eles devem rapidamente substitui-la. Ele logo percebe que as condições na mina de carvão são miseráveis, o salário é mísero, mas o único sustento que as famílias têm. A família do senhor falado citado mais acima trabalha em massa no local, mas ainda sim passam dificuldades e acabam por aceitarem a submeter sua filha ser explorada sexual por um comerciante para conseguirem alimentos. Contudo, no decorrer do filme as mulheres também se revoltam com a situação e a mais estimulada com a causa é a esposa do personagem de Gerard D’epardieu, vão até a mercearia do aproveitador e a saqueiam, este desesperado foge para o telhado e acaba caindo, elas se vingam mutilando-o.
Mesmo muitos dos trabalhadores estarem a anos trabalhando nas minas muitos não conheciam os seus patrões, os donos, não estavam preocupados com o que acontecia aos operários, e sim com a economia, com a política afetando seus lucros, e com as eclosões de greves demonstrando a lógica capitalista da acumulação, as péssimas condições de trabalho em que eles estavam submetidos Portanto, os trabalhadores tiveram seus salários diminuídos com a desculpa de que estavam passando por crises. O trabalhador recém-chegado tinha uma visão revolucionária e vai influenciar os outros a fazerem greve, estimula os outros a começarem um fundo de reserva para poderem se sustentar durante o período, cada um dando uma determinada contribuição para isso, pode-se dizer que surge um sindicalismo.
No entanto, eles buscam acordo com o patrão, eles se veem não tendo êxito e o dinheiro do fundo de reserva acabando, eles se revoltam e quebram a mina. No meio tempo, acontece um jantar de noivado em que se pode ver a diferença na situação econômica dos empregados para a dos patrões, mesmo esses alegando miséria, a comida farta, alegria e tranquilidade. O dono da mina contrata novos trabalhadores sendo esses da Bélgica e uma nova rebelião acontece, um dos personagens principais, Maheude acaba levando um tiro e morrendo, sua filha e seu filho também e Etienne decide voltar para seu local de origem.
Portanto, o que pode ser tirado de reflexão do filme são as formas de exploração ocasionadas pelo capitalismo, a mão-de-obra passou a ser barata pois com a Revolução Industrial vários trabalhadores acostumados os trabalhos manuais, estavam agora migrando para os centros e se submetendo aos capitalistas que eram donos dos meios de produção. Mesmo os operários sendo submissos aos donos dos meios de produções eles começaram a se organizar e reivindicar melhores condições de trabalho, o que foi visto no decorrer do filme.

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