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DISCIPLINA: FUNDAMENTOS ANTR0POLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS
PROFESSORA: MARCÉLIA PICANÇO VALENTE
 
Os alunos devem responder as duas questões aqui apresentadas.
Devem enviar um (01) só arquivo com as 2 questões respondidas.
A data para envio é dia 13/05/2020. NÃO HAVERÁ PRORROGAÇÃO DE PRAZO.
Caso haja plágio, as provas serão eliminadas.
O livro didático deve ser consultado- Unidade II: Usos e abusos da cultura. (segue slide com roteiro da aula)
Segue os textos anexados para consulta e análise que deverá fazer parte dos seus argumentos.
 
QUESTÃO 1- Tema- ETNOCENTRISMO- (texto anexado : O imaginário da diferença: identidade e etnocentrismo)
 
Na segunda unidade, do livro didático (Fundamentos das Ciências Sociais), utilizado como suporte teórico para o entendimento do conteúdo programático, nos deparamos com o conceito de Etnocentrismo, elaborado como categoria pela ciência social que é a Antropologia. De acordo com os conceitos apresentados observe o texto abaixo e considere os novos conceito aprendidos:
 
“aqueles que jogam as primeiras pedras, aqueles que veem o cisco no olho do vizinho mas não veem a trava que está no próprio olho, aqueles que têm telhado de vidro mas atiram pedras no do vizinho, aqueles que fofocam e criam rumores assassinos, aqueles que jogam a polícia e os juízes e os cães e a multidão e os psiquiatras e os educadores nas pegadas do vagabundo, do judeu, do negro, do imigrado e do marginal, e aqueles que proclamam em grandes berros místicos suas furibundas “verdades” religiosas, políticas, científicas e todos aqueles incontáveis “zé-ninguéns” que seguem em coro - de igreja, de partido ou de seita - os “fuhrers”, aglutinando-se e fazendo-se multidão, esquecendo-se em sua porção de Sombra, para saborear a calúnia, criar o rumor, veicular mentira e difamação, constituir as tribos de aclamação, alimentar as fogueiras, correr para o linchamento e, de todo o coração e com toda a boa intenção, assegurar a boa administração dos asilos, das prisões e dos campos de concentração, os salvadores do país, que querem o bem do povo, sabendo o que é melhor para ele, e a massa imensa e pretensamente silenciosa que baba jogando as últimas pedras.” (DAUDON, 1990 apud CARVALHO, 1997).
 
PERGUNTA- A partir da leitura e reflexão do texto acima, responda o que é etnocentrismo e de que maneiras ele foi praticado historicamente e é reforçado por nossas influências culturais? Exemplifique.
 
RESPOSTA- O etnocentrismo trata-se de uma visão que toma a cultura do outro (alheia ao observador) como algo menor, sem valor, errado, primitivo. Ou seja, a visão etnocêntrica desconsidera a lógica d e funciona mento de outra cultura, li mitando -se à visão que possui como referência cultural. A herança cultural que recebemos de nossos pais e antepassados contribui para isso, pois nos condiciona ao mesmo tempo em que nos educa. O etnocentrismo trata -se d e uma avaliação pauta da em juízos de valor daquilo que é considerado diferente. Por exemplo, enquanto alguns animais como escorpiões e cães não fazem par te da cultura alimentar do brasileiro, em alguns países asiáticos estes animais são preparados como ali mentos, sendo vendidos na rua da mesma forma como estamos habituados aqui a comer u m pastel ou pipocas. Assim, o que aqui é exótico, lá não necessariamente o é. Outro exemplo, para além da comida, é a vestimenta, pois, tomando como base o costume do homem urbano de qualquer grande centro brasileiro, certamente a pouca vestimenta dos índios e as roupa s típicas dos escoceses – o chamado kilt – são vistas com estranheza. Da mesma forma, um estrangeiro, ao chegar ao Brasil, vindo de um país qualquer com muita formalidade e impessoalidade no trato , pode, a o ser recepcionado, estranhar a cordialidade e a simpatia com que possivelmente será tratado, mesmo se m ser conheci do. Tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e de seus hábitos acaba por gerar uma visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se desdobrar em conflito s diretos. O etnocentrismo 
está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia (preconceito contra estrangeiros ou pessoas oriundas de outras origens). Basta pensarmos nas relações entre norte -americanos e latinos (principalmente mexicanos) imigrantes, entre franceses e os povos vindos do norte do continente africano que buscam residência neste país, apenas como exemplos. A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global decorrente da modernização dos meios de comunicação como a internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.
QUESTÃO 2- Tema: DIVERSIDADE CULTURAL- ( texto anexado- POLÍTICAS PÚBLICAS: CULTURA E DIVERSIDADE Pronunciamento do Secretário Sergio Mamberti na IV Conferência de Educação e Cultura na Câmara dos Deputados).
 
No Brasil somos um povo de uma diversidade cultural composta por raízes distintas. Fato observado pela apreciação do documentário “O povo brasileiro” inspirado na obra do Antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro. Há um conjunto de culturas diferentes que carregam elementos simbólicos que as distingui e que lhes confere identidade. Atualmente a diversidade cultural é uma constatação humana, marcada por intercâmbios culturais e produto de políticas públicas que visam garantir o respeito e aprimoramento cultural coletivo e a compreensão do outro, do diferente.
PERGUNTA - Apresente um texto que ratifique a importância do estado democrático de direitos para garantir o convívio social dos diversos grupos no sentido de evitar atos xenofóbicos e preconceituosos dentro do território nacional.
RESPOSTA- A diversidade é um dado, uma constatação da humanidade .O problema central e fundamental da diversidade gira em torno da forma pelo qual lidamos com essa diversidade, ou seja, com o diferente, com o outro . A cultura brasileira, apesar de ter construído historicamente mitos sobre o modo como lidamos com a diferença, é mar cada por um sentimento de intolerância em relação ao outro. Não é incomum escutarmos notícias de agressões e mortes que acontecem com as pessoas mis vulneráveis dessa sociedade, o que desconstrói qualquer concepção mitológica sobre o modo como nos relacionamos com a diferença. Esse medo do diferente é alimentado por uma série de preconceitos e pré- julgamentos que desumaniza m sem, entretanto, conhecer. É verdade que se vive num tempo marcado pela afirmação das identidades culturais – tendo em vista os diversos significado s que ela pode ter –, no entanto, a identidade não pode ser vista apenas na sua dimensão estática, mas também n a sua dinamicidade, ou seja, nos correntes processos de identificação que ocorrem com grande frequência . Há décadas se fala no plano jurídico tanto nacional quanto internacional sobre o direito à diversidade, ou mesmo da produção de políticas públicas com o respeito à diversidade. Nessa perspectiva, pensar em um direito à diversidade hoje em dia implica em concebê-lo a partir de uma intervenção cultural, no plano do simbólico e da representação. Desse modo, os direitos à diversidade, bem como as políticas de diversidade, devem ser pen sados com fulcro na transformação sociocultural e nas potencialidades que uma convivência harmônica, com respeito à diversidade, pode trazer não para um ou outro, mas para o conjunto da sociedade.

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