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Data: 12/05/2020 Rubrica do Professor: Prova: AV1 Curso: PSICOLOGIA Turma: Valor da Prova: Disciplina PSICODIAGNÓSTICO – MANHÃ Grau Obtido: Professor: NAZIR RACHID FILHO Aluno (a) ALANA KAREN BRASIL SILVA QUESTÃO 1 A Resolução CFP nº 06/2019 institui as regras para elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício professional, para tal comente sobre os princípios que estão apoiados esta resolução, os tipos de documentos emitidos, da guarda e validade desses instrumentos. R: Princípios norteadores da atividade e exercício profissional da psicologia: O Documento psicológico constitui um instrumento de comunicação escrita resultante da prestação de serviço psicológico a pessoa, grupo ou instituição. A(o) psicóloga(o) deverá adotar como princípios fundamentais na elaboração de seus documentos as técnicas da linguagem escrita formal (conforme artigo n°6) e os princípios éticos, técnicos e científicos da profissão (conforme artigos n°5 e n°7) De acordo com os deveres fundamentais da profissão na prestação de serviços psicológicos, a(os) envolvidas(os) no processo possuem o direito de receber informações sobre os objetivos e resultados do serviço prestado, e ter acesso ao documento produzido pela atividade da(do) psicóloga(o). 2. Princípios técnicos • Documentos devem conter dados fidedignos que validam a construção do pensamento psicológico e a finalidade a que se destina. • O documento decorrente do serviço prestado no exercício é o resultado de uma avaliação e ou intervenção psicológica. • O documento deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do fenômeno psicológico. • Toda e qualquer modalidade de documentos deverá ter as laudas numeradas e rubricadas. Rubrica-se a primeira até a penúltima lauda, considerando que a última estará assinada. 3. Princípios da Linguagem técnica • A linguagem escrita deve basear-se nas normas cultas da língua portuguesa, na técnica da psicologia, na objetividade da comunicação, e na garantia dos direitos humanos. • A(o) psicóloga(o), ao redigir o documento psicológico, deve expressar-se de maneira precisa, expondo o raciocinio psicológico resultante da sua atuação profissional. • Os documentos técnicos resultantes da atuação profissional não correspondem as descrições literais dos atendimentos realizados, salvo quando tais descrições se justifiquem tecnicamente, e devem ser escritos de forma impessoal, na terceira pessoa, com coerência que expresse a ordenação de ideias e a interdependência dos diferentes itens da estrutura do documento. 4. Princípios Éticos: • Observar o código de ética profissional • Sempre que o trabalho exigir, pode a(o) psicóloga(o), mediante fundamentação, intervir sobre a própria demanda, e construir um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provocam o sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a manutenção ou pratica de preconceito, discriminação, violência e exploração como formas de dominação e segregação. • É dever (do) psicóloga(o) elaborar e fornecer documentos psicológicos, sempre que solicitado ou quando finalizado um processo de avaliação psicológica. Os tipos de documentos emitidos são: Declaração, Atestado, Relatório, Laudo e o Parecer. Da guarda e validade desses instrumentos: Os documentos escritos decorrentes da prestação de serviço psicológico, bem como todo o material que os fundamentam, seja eles em forma física ou digital, deverão ser guardados pelo prazo mínimo de 5(cinco) anos, conforme resolução do CFP 01/2009 ou outras que venham alterá-la ou substituí-la. • A responsabilidade pela guarda cabe (ao) psicóloga(o), em conjunto com a instituição em que ocorreu a prestação de serviços profissionais. • Esse prazo poderá ser ampliado em casos previstos em lei, por determinação judicial, ou em casos específicos que as circunstâncias determinem que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo. • O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, decorrentes da prestação de serviços psicológicos, deverá ser parte integrante do documento, e indicada no último parágrafo do mesmo. • Não havendo definição normativa, o prazo de validade deve ser indicado pela(o) psicóloga(o), levando em consideração os objetivos da prestação de serviço, os procedimentos utilizados, os aspectos subjetivos e dinâmicos analisados, e as conclusões obtidas. QUESTÃO 2 José Bleger pontua que necessariamente, o entrevistado que fala muito não traz à tona aspectos relevantes das suas dificuldades. A linguagem que é um meio de transmitir informação, mas poderá ser também uma maneira poderosa de se evitar uma verdadeira comunicação. É possível que seja resultado de um processo de ansiedade. Partindo desta constatação aponte os efeitos da ansiedade na relação psicólogo/cliente e relacione e descreva os diferentes tipos de silêncio presentes neste cenário. R: Durante a situação de entrevista, tanto à ansiedade quando os mecanismos de defesa do entrevistado podem aumentar, não somente devido a esse novo contexto externo que ele enfrenta, mas também devido ao perigo, em potencial, daquilo que desconhece em sua personalidade. O contato direto com seres humanos, coloca o técnico diante da sua própria vida, saúde ou doença, conflitos e frustrações. Considerando que o entrevistador é um agente ativo na investigação, sua ansiedade torna-se um dos fatores mais difíceis de lidar. Em sua tarefa, o psicólogo pode oscilar facilmente entre a ansiedade e o bloqueio, sem que isto o perturbe, desde que possa resolver na medida em que surja. Toda investigação implica a presença de ansiedade frente ao desconhecido, e o investigador deve ter a capacidade para tolerá-la, assim, poderá manter o controle da situação. Há casos em que o investigador, devido aos seus bloqueios e limitações, se vê oprimido pela ansiedade, e recorre a mecanismos de defesa para se sentir seguro, e assim, elimina a possibilidade de uma investigação eficaz, uma vez que conduz a entrevista de maneira estereotipada. Um outro problema frequente diz respeito a uma certa compulsão do entrevistador focalizar seu interesse ou encontrar perturbações exatamente na esfera que ele nega os seus próprios conflitos. OS TIPOS DE SILÊNCIO: Silêncio de Tensão - É a expressão da ansiedade. Facilmente observado através da postura corporal tensa ou inquieta do entrevistado, da sua respiração ofegante, do tamborilar dos dedos etc. Silêncio de Medo - Deixa o entrevistado petrificado, na sua tentativa de fugir de uma situação psicologicamente ameaçadora. Esse silêncio suscita muita tensão e, como consequência, forte descarga psicossomática. Silêncio de Reflexão - Surge normalmente após a intervenção do entrevistador, ou logo após um feedback, ou mesmo depois do entrevistador ter passado por algum tipo de vivência. Nele, observa-se a ausência de tensão, há um recolhimento introspectivo de elaboração mental. Silêncio de Desinteresse - O indivíduo perde o foco da atenção, camufla resistência, se desinteressa pela situação.
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