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EXERCÍCIO REVISÃO – DIREITO PENAL IV 1) A respeito dos crimes contra a organização do trabalho, é correto afirmar que: a) são meios de execução do crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista a fraude, a violência e a grave ameaça. Art. 203. b) o crime de atentado contra a liberdade de associação configura-se pela conduta de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar de sindicato OU DEIXAR DE PARTICIPAR. Já a conduta de impedir a saída de sindicato é atípica. Art. 199 c) o crime de paralisação do trabalho de interesse coletivo configura-se independentemente do emprego de violência contra pessoas ou coisas. Art. 201 d) no crime de aliciamento para fins de emigração, haverá aumento de pena nos casos em que a vítima for menor de 18 anos, gestante, idosa, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. Art. 206 2) Num período em que faltam corpos humanos para estudo nos institutos de anatomia das universidades de medicina, Claudionor, funcionário de uma universidade privada, vende um cadáver desta universidade para outra, sem o conhecimento dos administradores da instituição em que trabalha. Assim, Claudionor: a) não praticou nenhum crime, haja vista o cadáver não poder ser objeto de crime. b) praticou o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver. c) praticou o crime de violação de sepultura. d) praticou o crime de furto. 3) O funcionário público chefe de setor, que no banheiro da repartição, força conjunção carnal com mulher funcionária, mediante grave ameaça, comete: a) Assedio sexual b) Favorecimento pessoal c) Estupro d) Atentado ao pudor mediante fraude 4) Lícia ao retornar de ônibus, após um dia cansativo de trabalho, foi surpreendida pela conduta de Mévio, que se masturbando, ejaculou no pescoço de Lícia. Sentindo-se profundamente violada e agredida, Lícia impede Mévio de fugir do ônibus de decide chamar a polícia. Acionada a polícia, Mévio é preso, em flagrante delito e, encerradas as investigações, denunciado pelo crime sexual praticado. Diante da situação hipotética, Mévio poderá ser processado pelo crime de a) violação sexual mediante fraude, haja vista que Tícia estava dormindo, sem possibilidade de resistir, tratando-se de crime de ação penal pública condicionada. b) estupro de vulnerável, haja vista que Tícia é menor, tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada. c) corrupção de menores, tratando-se de ação penal pública incondicionada. d) importunação sexual, tratando-se de ação penal pública incondicionada. 5) Tício, padrasto de Lourdes, criança de 11 anos de idade, praticou, mediante violência consistente em diversos socos no rosto, atos libidinosos diversos da conjunção carnal com sua enteada. A vítima contou o ocorrido à sua mãe, apresentando lesões no rosto, de modo que a genitora de Lourdes, de imediato, compareceu com a filha em sede policial e narrou o ocorrido. Recebidos os autos do inquérito policial, o promotor de justiça com atribuição deverá oferecer denúncia imputando a Tício o crime de: a) estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), podendo o emprego de violência real ser considerado na pena base para fins de aplicação da sanção penal, bem como cabendo reconhecimento da causa de aumento de pena pelo fato de o autor ser padrasto da ofendida; Violência Real = "Não é a consequência que caracteriza a violência real, mas o emprego de força física para contrapor-se à resistência." [HC 81.848, rel. min. Maurício Corrêa, 2ª T, j. 30-4-2002, DJ de 28-6- 2002, citado na jurisprudência relacionada à Súmula 608 do STF].Não é elementar do tipo (o crime existe mesmo sem a existência dessa violência), logo, deve ser considerado na fixação da pena. Agravantes = são considerados para alterar (elevar ou reduzir) a pena-base, prevista no tipo penal. Art. 61/CP - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido; (...) f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica. Padrasto – Causa de aumento de pena – Art. 26, inc. II do CP. b) estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), não podendo o emprego de violência real ser considerado na pena base por já funcionar como elementar do delito, mas cabendo reconhecimento da causa de aumento de pena pelo fato de o autor ser padrasto da ofendida; c) estupro qualificado pela idade da vítima (art. 213, §1º do CP), diante da violência real empregada, de modo que a idade da vítima não poderá funcionar como agravante, apesar de presente a causa de aumento pelo fato de o autor ser padrasto da ofendida; d) estupro simples (art. 213 do CP), diante da violência real empregada, funcionando a idade da vítima como agravante da pena, não havendo previsão de causa de aumento de pena, que somente seria aplicável se o autor fosse pai da ofendida; 6) No dia 23 de abril de 2013, Jailson, aproveitando que sua esposa havia saído de casa para fazer compras, decidiu ir até o quarto de sua enteada Jéssica, que à época contava com 19 anos de idade. Ao perceber que Jéssica estava dormindo, Jailson se aproximou de sua cama, apalpou seus seios e começou a acariciar sua vagina por dentro da calcinha. Ocorre que, nesse momento, o irmão de Jéssica chegou à casa e, ao presenciar a cena, começou a gritar, momento em que Jailson se afastou da jovem e fugiu. O tipo penal em que incorreu Jailson, sem analisar se o delito teria se dado na forma consumada ou tentada, é: a) Estupro (art. 213, caput, do CP). b) Estupro de vulnerável (art. 217-A, §1º do CP). c) Violação sexual mediante fraude (art. 215, caput, do CP). d) Importunação sexual (art. 215-A, do CP). 7) O crime de estupro de vulnerável, tipificado no art. 217-A, do Código Penal, prevê a pena em abstrato de oito a quinze anos de reclusão para aquele que tiver conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos. De acordo com o entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, bem como pelo que estabelece a legislação, a) Responderá pelo crime de estupro de vulnerável, incorrendo na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput do art. 217-A com alguém que, por enfermidade, não tem o necessário discernimento para a prática do ato. b) a existência de relacionamento amoroso da vítima com o agente é hipótese de excludente de antijuridicidade do crime em questão. c) o consentimento da vítima para a prática do ato afasta o caráter delitivo do crime, constituindo causa de excludente de ilicitude. d) a experiência sexual anterior da vítima é relevante para a tipificação do delito. 8) A profissional do sexo Gumercinda atende a seus clientes no local onde reside juntamente com seu filho Joaquim de dez anos. O local é bastante exíguo, tendo pouco mais de quinze metros quadrados, onde existem apenas um quarto e um banheiro, ficando a cama onde Joaquim dorme ao lado da cama da mãe. Em uma determinada madrugada, Gumercinda acerta um “programa sexual” com Caio e o leva até sua casa. Durante o ato sexual, Joaquim acorda e presencia tudo, sem que Gumercinda ou Caio percebam que ele está assistindo à cena. No dia seguinte, Joaquim vai para a escola e conta o fato a um amigo, o qual, por sua vez, relata a história para Joana, sua mãe. Esta, abismada com a história, procura a delegacia do bairro e narra os fatos acima descritos. Diante desta situação hipotética, assinale a alternativa correta do ponto de vista legal. a) Gumercinda e Caio responderão pelo delito de satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente. b) Gumercinda e Caio não cometeram nenhum crime. Art. 281-A c) Gumercinda e Caio praticaram exploração sexual de criança ou adolescente. d) Gumercinda e Caio praticaram crime previstono Estatuto da Criança e do Adolescente. 9) Marco Antônio, caminhoneiro, é preso em flagrante praticando ato libidinoso com P., menor de quinze anos, em uma casa de prostituição mantida pela tia deste, Suzana, também conhecida como D. Suzinha, cafetina da região que submeteu o sobrinho a estas condições. O fato de P. ser menor de idade é conhecido de Marco Antônio, habitué do local e cliente costumeiro do rapaz. Na hipótese: a) Suzana praticou o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração de vulnerável, enquanto que a conduta de Marco Antônio é atípica, por ser P. maior de quatorze anos e consentir no ato, mesmo mediante paga. b) Marco Antônio praticou o crime de estupro de vulnerável, e Suzana o de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração de vulnerável. c) praticaram ambos o crime de estupro de vulnerável. d) praticaram ambos o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração de vulnerável. 10) É correto afirmar que a conduta de contrair alguém, sendo casado, novo casamento: a) Constituiu, no passado, crime de bigamia, estando atualmente revogado o tipo penal. b) Encontra adequação típica formal no delito de bigamia, ainda que esteja separado judicialmente. c) Constitui crime de bigamia, ainda que posteriormente venha a ser anulado o primeiro casamento, não servindo tal anulação posterior para fazer cessar os efeitos penais do delito já consumado. d) Não constitui crime de bigamia, se ambos os contraentes já estiverem separados judicialmente e souberem da condição do outro. 11) Romeu e Julieta se apaixonaram quando se conheceram. Mas a vida de casados desgastou a relação e o casal separou-se de fato quando seu único filho, Romeuzinho, completou sete anos. Julieta, todavia, está desempregada a vários anos, não conseguindo sozinha manter sua subsist6encia e de Romeuzinho, o que vem acarretando graves prejuízos a sua subsistência, e danos à sua integridade física e psíquica. Completados dois anos dessa situação, uma vizinha noticiou o fato na Delegacia de Polícia e Romeu foi preso em flagrante pelo crime de abandono material (CP, art. 244: deixar, sem justa causa, de prover a subsistência de filho menor de 18 anos, não lhe proporcionando os recursos necessários). Assinale a assertiva CORRETA. a) o crime é de ação penal privada, logo a persecução penal não poderia ter sido iniciada pela vizinha. b) o tipo penal não foi recepcionado pela Constituição Federal, pois cria obstáculo intransponível para a reconciliação do casal e preservação da família. c) houve a configuração do crime, porque a vítima efetivamente ficou ao desamparo. d) o crime não é permanente, logo não admite prisão em flagrante.
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