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Direito Administrativo - 10

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Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), 
nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e 
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras 
providências. 
 
 
AULA 10 
1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 2 
2. INCIDÊNCIA E CONCEITOS ........................................................................................................... 2 
2.1 INVESTIDURA ........................................................................................................................... 5 
2.2 PROVIMENTO E INVESTIDURA .................................................................................................. 6 
2.3 PROVIMENTO, POSSE E EXERCÍCIO ......................................................................................... 11 
2.4 JORNADA DE TRABALHO ........................................................................................................ 17 
2.5 ESTÁGIO PROBATÓRIO ........................................................................................................... 18 
2.6 ESTABILIDADE ........................................................................................................................ 20 
2.7 FORMAS DE PROVIMENTO ..................................................................................................... 21 
2.8 VACÂNCIA .............................................................................................................................. 28 
2.9 VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO ............................................................................................ 34 
2.10 DIREITOS E VANTAGENS ....................................................................................................... 39 
2.11 CONCESSÕES ........................................................................................................................ 64 
2.12 DIREITO DE PETIÇÃO ............................................................................................................. 68 
3. REGIME DISCIPLINAR ................................................................................................................ 72 
4. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ............................................................................... 91 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 108 
6. EXERCÍCIOS NÃO COMENTADOS............................................................................................. 109 
 
 
 
 
 
Concurso: Instituto Nacional do Seguro Social 
Cargo: Técnico do seguro social 
Matéria: Direito Administrativo 
Professora: Fabiana Höfke 
LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. FABIANA HOFKE 
 
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1. Apresentação 
Olá queridos! Na aula passada, iniciando o tema servidores públicos, falamos das 
normas constitucionais aplicáveis, ou seja, as normas que dão origem a todos os 
estatutos regentes das relações entre agentes públicos e respectivos 
empregadores, tanto no âmbito da administração direta quanto no âmbito da 
administração indireta. 
 
Na aula de hoje, vamos partir para as disposições específicas, aplicáveis a todos 
os servidores públicos federais (lei 8.112/90), e como o tema é demasiadamente 
extenso e repleto de detalhes importantes, vamos trabalhar de um modo 
diferenciado, fazendo comentários à legislação e esquemas, de modo a facilitar a 
compreensão. 
 
Preparado? 
 
2. Incidência e conceitos 
 
 Incidência 
Art 1º. Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da 
União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações 
públicas federais 
 
Observe, que a lei 8.112 tem sua aplicabilidade restrita a administração direta 
federal, e a parte da administração indireta federal (autarquias federais e 
fundações públicas federais), não se aplicando portanto aos demais entes da 
administração indireta, ou seja, as empresas públicas, sociedades de economia 
mista e aos consórcios públicos. 
 
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Prof. Fabiana Höfke 
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Questão 01. O regime jurídico de que trata a lei 8.112 de 1990, que dispõe 
sobre o serviço público federal, aplica-se: A)tanto aos servidores ocupantes de 
cargos públicos na administração direta e respectivas autarquias, bem como 
aos titulares de empregos públicos no âmbito das empresas públicas e 
sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta. 
B)somente os servidores integrantes dos quadros da administração direta 
federal. 
C)tanto os agentes públicos da administração direta federal, quanto os da 
administração indireta da União. 
D)os servidores da administração direta da União, dos Estados, dos Municípios e 
do Distrito Federal. 
E)os servidores ocupantes de cargos públicos no âmbito da administração direta 
federal, bem como os de suas respectivas autarquias. 
Gabarito. Letra E. A lei 8.112 tem sua aplicabilidade restrita a administração 
direta federal, e a parte da administração indireta federal (autarquias federais e 
fundações públicas federais), não se aplicando, portanto, aos demais entes da 
administração indireta, ou seja, as empresas públicas, sociedades de economia 
mista e aos consórcios públicos. 
 
 Servidor e agente público 
 
Art. 2º.Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida 
em cargo público. 
 
Agente público é todo aquele que desempenha, ainda que transitoriamente e sem 
remuneração serviço público; servidor é a pessoa legalmente investida em cargo 
público; e funcionário público, é o servidor público estatutário (não celetista). 
 
Cuidado! Cargo em comissão, que como você já sabe é de livre nomeação e 
exoneração, não deixa de ser cargo público (só não é efetivo). Assim, a lei 8.112, 
também é aplicável aos titulares de cargos em comissão no âmbito da 
administração direta, autárquica e fundacional. 
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Questão 02. O regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das 
autarquias, inclusive em regime especial, e das fundações públicas federais, 
aplica-se também aos respectivos titulares de cargos por comissão, declarados 
em lei de livre nomeação e exoneração. 
Gabarito. Correta. O fato do cargo não ser efetivo não afasta a incidência das 
normas estabelecidas no estatuto dos servidores públicos civis da União. 
 
Artigo 3°. Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são 
criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres 
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
 
Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, natos ou naturalizados, e 
como se verá mais adiante, em algumas hipóteses também aos estrangeiros. A 
investidura em quaisquer cargos públicos de provimento efetivo depende da 
realização de concurso público. Os cargos em comissão sapo de livre nomeação e 
exoneração, e podem ser ocupados por servidores não efetivos. Já os cargos de 
confiança, muito embora também sejam de livre nomeação e exoneração, 
somente poderão ser ocupados por servidores efetivos. 
 
 Exceção: prestaçãode serviços não remunerados 
 
Art. 4° É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos 
previstos em lei. 
 
A prestação de serviços públicos é em regra remunerada, contudo prestação de 
serviços gratuitos não é completamente vedada, pois a lei poderá estabelecer 
hipóteses em que a prestação de serviços públicos poderá ser gratuita. 
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2.1 Investidura 
 
 Requisitos 
 
 Art. 5º.São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
 I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de 
escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
 VI - aptidão física e mental. 
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros 
requisitos estabelecidos em lei. 
 
O rol do artigo em comento não é exaustivo, pois podem haver outros requisitos 
para a investidura em cargo público que nele não estejam presentes, contanto 
que determinados por lei, e pertinentes as atribuições do cargo. 
 
Questão 03. São, dentre outros, requisitos para investidura em cargo público 
a)ser brasileiro nato e possuir idade mínima de 18 anos. 
b)ser brasileiro ou estrangeiro e estar quite com as obrigações militares e 
eleitorais. 
c)ser brasileiro nato ou naturalizado e ter aptidão física e mental. 
d)ter nível médio de escolaridade, idade mínima de 18 anos e estar em gozo 
dos direitos políticos. 
e)estar quite com as obrigações militares e eleitorais, não podendo a lei fixar 
outros requisitos. 
Gabarito. Letra C. O tratamento dado pela legislação ao brasileiro nato e 
naturalizado é idêntico. Desse modo, a nacionalidade brasileira é requisito para a 
investidura, mas tanto faz se o brasileiro é nato ou naturalizado. 
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 Portadores de deficiência 
§ 2º. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se 
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições 
sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais 
pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas 
no concurso. 
 
Até 20% das vagas do concurso público ficam reservadas para os deficientes 
físicos, desde que tais cargos sejam compatíveis com suas limitações. Se as 
atribuições do cargo forem incompatíveis com a deficiência, não serão oferecidas 
vagas para os deficientes. 
 
 Exceção à regra da nacionalidade brasileira como requisito para 
investidura em cargo público 
§ 3º.As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
A regra é que a investidura em cargo público tem como requisito a nacionalidade 
brasileira, sem diferenciação entre o brasileiro nato e o naturalizado. Todavia o 
parágrafo que está sendo analisado, estabelece a exceção, ou seja, é requisito 
para a investidura em cargo público a nacionalidade brasileira, contudo As 
universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão 
prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros. 
 
2.2 Provimento e investidura 
 Provimento e investidura 
 Art. 6º. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da 
autoridade competente de cada Poder. 
Art. 7º. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
 
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Provimento é o contrário de vacância, ou seja é o ato pelo qual se torna o cargo 
público ocupado, e se dá por ato de autoridade competente, ao passo que 
investidura é ato pelo qual o candidato aprovado em concurso público se torna 
servidor, e se dá com a posse. 
 
Questão 04. A investidura em cargo público dar-se-á 
a)mediante ato de autoridade competente de cada poder. 
b)com a posse 
c)com o exercício 
d)mediante portaria 
e)mediante termo, precedido da realização de concurso público. 
Gabarito. Letra B. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato de 
autoridade competente de cada poder. É a investidura que ocorre com a posse. 
 
 Formas de provimento 
Art. 8° São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - readaptação; 
IV - reversão; 
V - aproveitamento; 
VI - reintegração; 
VII - recondução. 
 
A lei 8.112 dispõe sobre as formas de provimento de cargo público em seu artigo 
8º. Tais modalidades são taxativas, ou seja, não existem outras formas de 
provimento de cargo público que não estejam ali elencadas. 
 
 
 
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 Nomeação 
Art. 9° A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento 
efetivo ou de carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de 
confiança vagos. 
 
Nomeação é a forma de provimento originário de cargo público, posto que é a 
única que o servidor não precisa ter estado anteriormente no serviço público. A 
nomeação pode ser feita em caráter efetivo, caso em que será necessariamente 
precedida de aprovação em concurso público; ou em comissão. Cabe mencionar 
que cargo em comissão é gênero, do qual cargo de confiança é espécie. Tais 
cargos são de livre nomeação e exoneração, ou seja, não se faz necessária a 
realização de concurso público para seu provimento. Com relação ao gênero, ou 
seja, cargos em comissão, podem ser ocupados tanto por servidores efetivos, 
quanto por pessoas alheias aos quadros do serviço público, desde que respeitado 
o percentual mínimo para os servidores efetivos. Já com relação a espécie, cargo 
de confiança, somente podem ser ocupados por servidores do quadro 
permanente, ou seja, por servidores efetivos. 
 
Parágrafo único. O servidor, ocupante de cargo em comissão ou de 
natureza especial, poderá ser nomeado para ter exercício interinamente em 
outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente 
ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles 
durante o período da interinidade 
 
O servidor ocupante de cargo em comissão poderá ter exercício de forma 
provisória e cumulativa em outro cargo em comissão. Na hipótese, não recebe 
concomitantemente as respectivas remunerações, devendo optar pela que lhe for 
mais vantajosa. 
 
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Questão 05. O servidor, ocupante de cargo em comissão ou de natureza 
especial, 
A)poderá ser nomeado para ter exercício interinamente em outro cargo de 
confiança, caso em que perceberá cumulativamente as respectivas 
remunerações enquanto durar a interinidade. 
B)não poderá ter exercício, ainda que em substituição em outro cargo de 
confiança, em virtude da natureza ad nutum do cargo. 
C)não pode estar sendo submetido a estágio probatório, uma vez que os 
referidos cargossomente podem ser ocupados por servidores públicos estáveis. 
D)poderá ser nomeado interinamente em outro cargo de confiança, devendo 
optar por uma das remunerações, enquanto durar a interinidade. 
E)quando em substituição, fará jus a remuneração daquele que estiver 
substituindo, ainda que o afastamento dure menos de 30 dias. 
Gabarito. Letra D. O servidor deverá optar por uma das remunerações durante o 
período da interinidade. 
 
 Condição para nomeação em cargo efetivo = aprovação em 
concurso público 
 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de 
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o 
prazo de sua validade. 
Parágrafo único Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento 
do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei 
que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública 
Federal e seus regulamentos. 
 
Ao contrário do que ocorre com os cargos em comissão, que são de livre 
nomeação e exoneração, para o provimento dos cargos efetivos há necessidade 
de prévia aprovação em concurso público. 
 
Além da necessidade de aprovação em concurso público para o provimento de 
cargos efetivos, a lei poderá fixar outros requisitos, desde que pertinentes as 
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atribuições do cargo. Além disso, a lei também pode fixar requisitos para o 
desenvolvimento do servidor na carreira. Contudo esse desenvolvimento na 
carreira não poderá importar em mudança de cargo, pois o provimento dos cargos 
públicos efetivos somente poderá se dar por concurso público. 
 
 Concurso público 
 
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser 
realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do 
respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao 
pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, 
e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas. 
 
Como já mencionamos, para o ingresso no serviço público em caráter efetivo é 
imprescindível a aprovação em concurso público, que poderá ser somente de 
provas ou de provas e títulos, não podendo ser somente de títulos. 
 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo 
ser prorrogado uma única vez, por igual período 
 
2º. Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em 
concurso anterior com prazo de validade não expirado. 
 
Cuidado aqui amigo concurseiro! A Constituição não veda a abertura de 
concurso público durante o prazo de vigência do concurso anterior, restringindo-se 
a vedar a nomeação de candidato aprovado neste novo concurso, no prazo de 
vigência do anterior, em detrimento da nomeação do candidato aprovados neste. 
Ou seja, o que a Constituição proíbe, é que na vigência do anterior concurso, o 
candidato aprovado no segundo concurso seja convocado antes do candidato 
aprovado no primeiro. Já a lei 8.112, estabelece que não se abrirá novo concurso 
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enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade 
ainda não expirado. 
 
Questão 06. Constitui vedação constitucional a abertura de novo concurso 
público enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo 
de validade ainda não expirado. 
Gabarito. Errada. A CF não estabelece tal vedação. Mas se a pergunta fosse: a 
luz das disposições estabelecidas pela lei 8.112/90 ..., ou ainda no âmbito do 
regime jurídico dos servidores civis da União .... A resposta estria correta. 
 
2.3 Provimento, posse e exercício 
 
> Posse e exercício 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os 
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados 
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício 
previstos em lei. 
 
Enquanto a posse é o momento em que o candidato aprovado em concurso 
público é investido no cargo, ou seja, o momento em que adquire o status de 
servidor; o exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. Lembre-se 
o provimento que refere-se a ocupação do cargo, dá-se por ato da autoridade 
competente, a posse dá-se pela assinatura pelo candidato do termo de posse, e o 
exercício dá-se pelo efetivo desempenho das atribuições do cargo. 
 
 Provimento, posse e exercícios (prazos e consequências). 
 
§ 1º.A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do 
ato de provimento 
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Contados do ato de provimento, o candidato aprovado em concurso público tem 
30 dias para tomar posse, sob pena de ser tornado sem efeito o ato de 
provimento, e no prazo de 15 dias contados da posse, deverá entram em exercício 
sob pena de exoneração. 
 
 Exceção na contagem dos prazos 
 
§ 2º. Em se tratando de servidor, que esteja na data da publicação do ato 
de provimento, em licença por motivo de doença em pessoa da família, 
para serviço militar ou para capacitação, ou afastado em virtude de férias, 
participação em programa de treinamento, júri e outros serviços 
obrigatórios; e licenças gestante, adotante e paternidade; para tratamento 
da própria saúde; por motivo de acidente em serviço ou doença 
profissional; para capacitação e por convocação para serviço militar; o 
prazo será contado do término do impedimento. 
 
Caso o servidor esteja de licença ou afastado na data da publicação do ato de 
provimento os prazos serão contados do término do impedimento. 
 
 Posse por procuração 
§ 3º.A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
 
 Posse e nomeação 
§ 4º. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação 
 
Em se tratando de promoção; readaptação; reversão; aproveitamento; 
reintegração; recondução a investidura no cargo público dar-se-á com o efetivo 
desempenho das atribuições do cargo, ou seja, com o exercício. 
 
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Questão 07. À luz das disposições contidas na lei 8.112/90 é correto afirmar 
que: 
a)nos casos de promoção e recondução não ocorrerá o ato de posse. 
b)para que ocorra a reversão por insubsistência dos motivos que determinaram 
a aposentadoria por invalidez, é necessário que haja claro na lotação. 
c)em caso de absolvição penal por negativa de autoria, o servidor demitido será 
reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente. 
d)contados do ato de provimento o servidor tem 30 dias para tomar posse, sob 
pena de exoneração. 
e)é vedada a posse mediante procuração. 
Gabarito. Letra A. Somente haverá posse nos casos de provimento por 
nomeação. 
 
 Requisitos para a posse 
 
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores 
que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de 
outro cargo, emprego ou função pública. 
 
Para que o candidato aprovado no concurso público seja investido no cargo 
público, é necessária a apresentação de uma declaraçãode bens, bem como uma 
declaração informando se está ou não exercendo outro cargo público. 
 
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer 
no prazo de 30 dias contados do ato de provimento. 
 
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica 
oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto 
física e mentalmente para o exercício do cargo. 
 
Observe que a inspeção médica tem por objetivo atestar a sanidade física e 
mental do candidato aprovado em concurso público. Contudo consigne-se que a 
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realização de exame psicotécnico somente será permitida nos casos em que as 
atribuições do cargo justificarem a sua realização. 
 
 Exercício 
 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou 
da função de confiança. 
 
Com a posse, o candidato aprovado em concurso público torna-se servidor, mas o 
exercício somente se dará com o efetivo desempenho das atribuições do cargo. 
 
§ 1º É de 15 dias o prazo para o servidor empossado em cargo público 
entrar em exercício, contados da data da posse. 
 
Essa disposição refere-se a cargos efetivos. Em se tratando de função de 
confiança, o exercício coincidirá com a data da publicação do ato de designação, 
salvo quando o servidor estiver de licença ou afastado, hipótese em que recairá 
no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a 30 
dias. 
 
 
§ 2° O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato 
de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício no 
prazo. 
 
 
Como já foi dito investidura é o ato pelo qual o candidato aprovado no concurso 
público adquire a condição de servidor, o que ocorrer com a posse; já exercício é 
o efetivo desempenho das atribuições do cargo. Se o servidor não tomar posse no 
prazo de 15 dias contados do ato de provimento, este será tornado sem efeito; e 
se tendo tomado posse não entrar em exercício, se tratar-se de cargo efetivo será 
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exonerado, e se tratar-se de função de confiança será tornada sem efeito sua 
designação. 
 
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for 
nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. 
 
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de 
publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em 
licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que 
recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não 
poderá exceder a trinta dias da publicação. 
 
Tratando-se de provimento de cargo em comissão ou função de confiança não há 
lapso temporal entre o provimento a posse e o exercício, sendo que com o ato 
designação o servidor deve ter imediato exercício, salvo se estiver de licença ou 
afastado, hipótese em que deverá entrar em exercício no 1º dia útil após o 
término da licença ou do afastamento, sendo que mesmo estando de licença ou 
afastado, o exercício deverá se dar no máximo em 30 dias contados da 
designação. 
 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão 
registrados no assentamento individual do servidor 
 Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão 
competente os elementos necessários ao seu assentamento individual 
 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de 
ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício 
provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, 
contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho 
das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o 
deslocamento para a nova sede. 
§ 1º. Na hipótese do servidor encontrar-se em licença ou afastado 
legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado do término do 
impedimento. 
§ 2º. É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. 
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O servidor que mudar de local de trabalho para outro município terá de 10 a 30 
dias contados da publicação do ato que determinou a mudança para entrar em 
exercício na nova localidade; contudo se estiver de licença ou afastado o prazo só 
começa a contar do término da licença ou afastamento. Obs. O servidor pode abrir 
mão desses prazos e entrar em exercício imediato na nova localidade. 
 
Questão 08. Assinale a alternativa correta. 
a)O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido 
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório 
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da 
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do 
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a 
nova sede. 
b)Caso o servidor esteja de licença ou afastado na data da publicação do ato de 
provimento o prazo para o exercício será contado da posse. 
c)Contados do ato de provimento, o candidato aprovado em concurso público 
tem 30 dias para tomar posse sob pena de exoneração, e no prazo de 15 dias 
contados da posse, deverá entram em exercício sob pena de demissão. 
d)o ingresso no serviço público em caráter efetivo depende de aprovação em 
concurso público, que poderá ser somente de provas, de provas e títulos, ou 
ainda, somente de títulos. 
e)a nomeação somente se verificará em se tratando de provimento de cargos 
públicos efetivos. 
Gabarito. Letra A. A assertiva reproduz na íntegra o texto do artigo 18 da lei 
8.112/90. 
 Promoção 
 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado 
no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato 
que promover o servidor. 
 
A promoção é o mecanismo pelo qual o servidor escalona degraus na carreira sem 
mudança de cargo. 
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2.4 Jornada de trabalho 
 Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das 
atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração 
máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites 
mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. 
 
A jornada de trabalho do servidor público é de no máximo 40 horas semanais, 
tendo como limite mínimo e máximo diário 6 e 8 horas respectivamente. Observe 
que a jornada de trabalho fixada pela lei 8.112/90 é inferior aquela determinada 
como máxima pela Constituição. 
 
 
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-
se a regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado 
sempre que houver interesse da Administração. 
 
Os ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança submetem-se ao 
regime de dedicação integral, isso significa dizer que não podem trabalhar em 
tempo parcial, sendo-lhe permitida a acumulação de cargos, nas hipóteses legais 
de acumulação. 
 
Observação importante - O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular 
licitamente dois cargos efetivos, quandoinvestido em cargo de provimento em 
comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que 
houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada 
pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 
 
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à duração de trabalho 
estabelecida em leis especiais. 
 
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Algumas profissões tem suas respectivas jornadas de trabalho estabelecidas em 
leis especiais, como por exemplo no caso de médicos e dentistas; verificada a 
ocorrência da hipótese, a jornada de trabalho estabelecida na lei especial, 
prevalecerá sobre a jornada de trabalho de 40 horas semanais e 6 a 8 diárias 
estabelecidas pela lei 8.112. 
2.5 Estágio probatório 
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de 
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 
(vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão 
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte 
fatores: (vide EMC nº 19) 
I - assiduidade; 
II - disciplina; 
III - capacidade de iniciativa; 
IV - produtividade; 
V- responsabilidade 
 
Temos que consignar que o entendimento majoritário, ou seja, o entendimento do 
STF e do STJ a respeito do tema é no sentido de que o período do estágio 
probatório que é de 2 anos, nada tem a ver com o prazo constitucionalmente 
fixado para a estabilidade que é de 3 anos. Contudo há uma corrente minoritária 
que entende que em virtude da determinação constitucional do prazo de 3 anos 
para a aquisição da estabilidade o estágio probatório passa a ser também de 3 
anos. 
§ 1° 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será 
submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do 
desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa 
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da 
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos 
fatores assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e 
responsabilidade. 
 
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§ 2° O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se 
estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. 
 
O servidor inabilitado em estágio probatório será exonerado. Não se trata de 
demissão, pois a exoneração, ao contrário daquela não tem caráter punitivo. 
Existe, contudo a hipótese do servidor que já era estável em algum cargo público 
submetido a lei 8.112, estar afastado para a realização de estágio probatório e 
nele ser inabilitado. Nesse caso o servidor será reconduzido ao cargo no qual é 
estável. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado 
em outro. 
 
§ 3° O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de 
provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento 
no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro 
órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de 
provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores -
 DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 
 
§ 4° Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as 
licenças por motivo de doença em pessoa da família; por afastamento do 
cônjuge ou companheiro; para o serviço militar, e para atividade política e 
os afastamentos , para exercício de mandato eletivo; para estudo ou 
missão no exterior; e para servir em organismo internacional; bem assim 
afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação 
em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. 
 
O servidor em estágio probatório pode exercer cargo em comissão, bem como 
funções de direção, chefia e assessoramento, mas somente poderá ser cedido 
para ocupar cargos de natureza especial do DAS de níveis 6, 5 e 4, ou 
equivalentes. Obs. Os servidores em estágio probatório não terão direito a todas 
as licenças e afastamentos daqueles que já o tenham concluído. 
 
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Questão 09. Assinale a assertiva incorreta no que tange a estabilidade e o 
estágio probatório. 
a)Não é possível a aquisição de estabilidade em cargo em comissão ou em 
função de confiança, uma vez que em virtude de sua natureza são de livre 
nomeação e exoneração. 
b)Durante o período de estágio probatório, o servidor público nomeado para 
cargo efetivo terá testada sua capacidade de desempenho no exercício da 
função pública, sendo-lhe, por tal razão, vedada a ocupação de cargo em 
comissão de livre nomeação e exoneração. 
c)A estabilidade subsiste mesmo em caso de extinção do cargo público. 
d)Não é condição bastante e suficiente para a aquisição de estabilidade do 
servidor, o mero decurso do lapso temporal de 3 anos previsto na Constituição 
Federal, sendo necessária também a aprovação na avaliação especial de 
desempenho que se dá no término do referido período. 
e)O servidor inabilitado em estágio probatório será exonerado ou reconduzido 
ao cargo ocupado anteriormente. 
Gabarito. Letra B. O servidor em estágio probatório pode exercer cargo em 
comissão, bem como funções de direção, chefia e assessoramento, mas somente 
poderá ser cedido para ocupar cargos de natureza especial do DAS de níveis 6, 5 
e 4, ou equivalentes. 
 
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças por motivo 
de doença em pessoa da família, por motivo de afastamento do cônjuge, 
para atividade política, e no afastamento do servidor para servir em 
organismo internacional, e no caso de participação em curso de formação, 
e será retomado à partir do término do impedimento. 
 
2.6 Estabilidade 
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo 
de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao 
completar 3 anos de efetivo exercício. 
 
Estabilidade é o instituto constitucional que garante a permanência do servidor no 
serviço público, após 3 anos de efetivo exercício, ainda que o cargo seja extinto. 
 
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Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no 
qual lhe seja assegurada ampla defesa. 
 
Ao contrário do servidor não estável, que também pode perder o cargo em virtude 
de inabilitação em estágio probatório. O servidor estável só perderá o cargo em 
virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo 
disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa; ou ainda, por determinação 
constitucional, mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, onde lhe seja assegurada ampla defesa. 
 
2.7 Formas de provimento 
 Readaptação 
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidade compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
incapacidade física ou mental, verificada em inspeção médica. 
 
 
Readaptação é o que ocorrepor exemplo, quando o servidor sofre algum tipo de 
incapacitação para o trabalho, em virtude de doença ou acidente, que o torne 
inabilitado para a o exercício das atribuições de seu cargo. 
 
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será 
aposentado. 
 
Se julgado incapaz para exercer as funções do cargo que anteriormente ocupava, 
o servidor será readaptado; mas se julgado incapaz para o serviço público, ou 
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seja, se a incapacidade for de grau tal que não permita a readaptação em outro 
cargo, o servidor será aposentado por invalidez. 
 
§ 2° A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, 
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de 
vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor 
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
 
Ocorrendo a incapacidade, como já foi dito, existem duas situações que podem 
ocorrer: ou o servidor fica incapacitado para o serviço público, hipótese em que 
será aposentado por invalidez, ou fica incapacitado para pó cargo que exercia 
anteriormente, hipótese em que será readaptado em outro cargo. Frise-se, que 
sendo caso de readaptação, e não de aposentadoria, o readaptando não pode ficar 
em disponibilidade, o que significa dizer que, ainda que não haja cargo vago, o 
readaptando fica exercendo suas funções como excedente. 
 
Questão 10. Não havendo claro na lotação, o readaptando: a)ficará em 
disponibilidade, até seu oportuno aproveitamento. 
b)será exonerado 
c)desempenhará suas funções como excedente 
d)será aposentado por tempo de serviço 
e)será aposentado por invalidez 
Gabarito. Letra C. O readaptando não fica em disponibilidade. Não havendo claro 
(vaga) exerce suas funções como excedente. 
 Reversão 
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os 
motivos da aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
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c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; 
e) haja cargo vago 
 
 
Reversão é o retorno a atividade do servidor aposentado. São duas as 
modalidades de reversão: 
 
1ª – Por insubsistência dos motivos que determinaram a aposentadoria por 
invalidez, hipótese em que independerá de interesse da administração ou de 
pedido do servidor; ou seja, é a modalidade de reversão de ofício, que ocorrerá 
independentemente da existência ou não de cargo vago. 
 
2ª – No interesse da administração hipótese em que dependerá dos seguintes 
requisitos, cumulativamente: que o servidor tenha solicitado a reversão; que a 
aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; que a 
aposentadoria tenha sido voluntária; que o servidor tenha sido estável na 
atividade; e que haja cargo vago. 
 
 § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de 
sua transformação. 
 
 § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado 
para concessão da aposentadoria. 
 
A relevância prática deste parágrafo é a seguinte. Considere a hipótese onde o 
servidor tenha se aposentado voluntariamente com proventos proporcionais ao 
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tempo de serviço, e decidiu pela reversão retornar ao serviço público. Tendo sido 
revertido o tempo de serviço continuará contando, e mediante determinado lapso 
decorrido após a reversão o servidor poderá vir a se aposentar com proventos 
integrais, devido ao fato do tempo de serviço continuar contando para este fim. 
 
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração 
perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a 
remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de 
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. 
 
Caso tenha sido revertido no interesse da administração terá que permanecer pelo 
menos 5 anos no cargo para ter seus proventos calculados com base nas regras 
atuais. 
 
Questão 11. Na reversão no interesse da administração, e na reversão por 
insubsistência dos motivos que determinaram a aposentadoria por invalidez, 
não havendo claro na lotação, o servidor: 
a)exercerá suas funções como excedente em ambos os casos b)ficará em 
disponibilidade em ambos os casos 
c)no caso de reversão por insubsistência dos motivos que determinaram sua 
aposentadoria por invalidez, exercerá suas funções como excedente 
d)no caso de reversão por interesse da administração, será aposentado 
e)em ambos os casos será aposentado com proventos proporcionais ao tempo 
de serviço 
Gabarito. Letra C. Ao contrário do que ocorre com a reversão por insubsistência 
dos motivos que determinaram a aposentadoria por invalidez, a reversão no 
interesse da administração, depende além de requerimento do interessado nesse 
sentido, de claro na lotação. 
 
§ 7º Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 
(setenta) anos de idade. 
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 Reintegração 
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, 
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, 
com ressarcimento de todas as vantagens. 
 
Se o servidor estável demitido, posteriormente tiver esta demissão invalidada por 
decisão administrativa terá direito ao reingresso no serviço público, e o nome que 
se dá a esta modalidade de provimento é reintegração. 
 
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em 
disponibilidade, até o seu oportuno aproveitamento. 
 
A reintegração se dará no cargo anteriormente ocupado, ou seja, no cargo que o 
servidor ocupava antes de ser demitido, ou no cargo resultante de sua 
transformação. Se este cargo estiver ocupado, o ocupante será reconduzido ao 
seu cargo de origem, aproveitado em outro cargo compatível ou posto em 
disponibilidade, sem direito a indenização; para que o reintegrado possa ocupar 
seu cargo imediatamente, com ressarcimento de todas as vantagens. Ressalte-se 
que na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor reintegrado ficará em 
disponibilidade. 
 
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado 
em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. 
 
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Observe que o fato do cargo encontrar-se provido, não obsta a imediata 
reintegração do servidor. O que ocorrerá é que aquele que está ocupando o cargo 
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a nenhuma indenização, ou 
caso isso não seja possívelserá aproveitado em outro cargo, e caso isso não seja 
possível de imediato, será posto em disponibilidade aguardando seu oportuno 
aproveitamento. Diferente é a hipótese do cargo ter sido extinto, caso em que a 
reintegração ocorrerá, mas não será possível o retorno imediato ao cargo que o 
servidor ocupava anteriormente ou o resultante de sua transformação (pois este 
cargo não existe mais); sendo que neste caso sim o servidor reintegrado ficará 
em disponibilidade aguardando seu oportuno aproveitamento. 
 
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado e decorrerá de: 
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II - reintegração do anterior ocupante. 
 
A primeira hipótese de recondução decorre de inabilitação em estágio probatório. 
O servidor estável, poderá afastar-se de seu cargo para realizar estágio probatório 
em outro cargo submetido ao mesmo regime jurídico, para o qual tenha sido 
aprovado em concurso público. Nesta hipótese caso seja inabilitado no estágio, 
será reconduzido ao cargo que anteriormente ocupava. A segunda hipótese de 
recondução decorre de reintegração do anterior ocupante. Pode-se dar como 
exemplo o caso de um servidor que teve sua demissão invalidada por decisão 
judicial, e tem o direito a ser reintegrado. O que ocorrerá com o servidor que está 
ocupando o cargo onde se dará a reintegração? Será reconduzido ao cargo que 
ocupava anteriormente sem direito a indenização. Um bom macete para diferencia 
reintegração e recondução, é que a primeira se dá de fora para dentro do serviço 
público, ou seja, aquele que estava fora dos quadros de servidores da 
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administração a ele regressa, ao passo que a recondução se opera dentro dos 
quadros do serviço público, ainda que se trate de cargos diversos. 
 
Questão 12. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, 
a) será ele reconduzido, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reintegrado 
ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou 
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
b) será ele reintegrado com direito ao recebimento de toda a remuneração do 
período, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de 
origem, fazendo jus a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em 
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
c) será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido 
ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou 
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
d) será ele reintegrado sem direito ao ressarcimento, e o eventual ocupante da 
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, fazendo jus a indenização, 
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
e) será ele reintegrado com direito ao recebimento de toda a remuneração do 
período, e o eventual ocupante da vaga, ainda que não estável, reconduzido ao 
cargo de origem, fazendo jus a indenização, aproveitado em outro cargo ou 
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
Gabarito. Letra C. Quem tem direito a indenização é aquele que está sendo 
reintegrado e não o eventual ocupante da vaga a ser reconduzido. 
 
 Disponibilidade e aproveitamento 
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á 
mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
 
No caso de não ser possível a recondução ao cargo anteriormente ocupado, nem 
seu imediato aproveitamento em outro cargo de atribuições e vencimentos 
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equivalentes, o servidor ficará em disponibilidade até a ocorrência de vaga, 
quando será imediatamente aproveitado. 
 
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o 
imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier 
a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. 
 Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto 
em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão 
central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o 
seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. 
 
 Na hipótese de reorganização ou extinção do órgão, o servidor que não for 
redistribuído ficará em disponibilidade, e neste caso também ficará sob a 
responsabilidade do SIPEC até o seu oportuno aproveitamento. 
 
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo 
doença comprovada por junta médica oficial. 
 
Uma vez que o SIPEC determine o reaproveitamento do servidor em 
disponibilidade, se este não entrar em exercício, o aproveitamento será tornado 
sem efeito, tendo como consequência a cassação da disponibilidade do servidor. 
 
2.8 Vacância 
 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
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III - promoção; 
IV - readaptação; 
V - aposentadoria; 
VI - posse em outro cargo inacumulável; 
VII - falecimento. 
 
A vacância é a desocupação de um cargo público, e não se confunde com extinção 
que retira o cargo público da estrutura organizacional da administração pública. 
Observe que a promoção e a readaptação são concomitantemente formas de 
provimento e de vacância de cargo público, uma vez que ambas geram tanto a 
ocupação de um cargo, quanto a desocupação de outro. Com relação à 
exoneração e a demissão, são institutos diferenciados. Ambos geram o 
desligamento do servidor do seu respectivo cargo, contudo, a exoneração não 
consiste em penalidade, ou seja, o servidor não precisa ter praticado nenhuma 
infração para ensejá-la, podendo dar-se a pedido do servidor, ou por inabilitação 
em estágio probatório. Já a demissão tem caráter punitivo, ou seja, é uma 
penalidade sofrida pelo servidor pela prática de alguma infração disciplinar. Por tal 
razão não há de se falar que o servidor “pediu demissão”, e sim que pediu 
exoneração de seu cargo. A promoção é o mecanismo através do qual o servidor 
escalona degraus na carreira, e no momento em que ocorre gera a vacância do 
cargo, ou seja do “degrau” imediatamente anterior. A readaptação decorre de 
incapacitação para o trabalho sofrida pelo servidor ulteriormente ao seu ingresso 
no serviço público, caso em que ocasionará a vacância do cargo que o servidor já 
não mais pode ocupar dada a sua incapacitação, e o consequente provimento 
deste servidor em outro cargo de atribuições e compatíveis com sua limitação e 
vencimentos equivalentes. Posse e outro cargo inacumulável: caso o servidor seja 
aprovado em concurso público para outro cargo que não esteja previsto nas 
hipóteses constitucionais em que se admite a acumulação de cargos públicos, este 
terá que optar entre cargos. 
 
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Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou 
de ofício. 
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no 
prazo estabelecido. 
 
 
 
 
 
A exoneração, que como já foi dito não consiste em penalidade, poderá se dar em 
duas modalidades: I – A pedido do servidor, que é a que equivale ao pedido de 
demissão no setor privado; II – De ofício, ou seja independentemente de pedido 
do servidor, nas hipóteses de inabilitação em estágio probatório, e quando o 
servidor tomar posse e não entrar em exercício em 15 dias 
 
 
 
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de 
confiança dar-se-á 
 I - a juízo da autoridade competente; 
 II - a pedido do próprio servidor. 
 
 
 
 
Caso o servidor não queira mais exercer o cargo em comissão ou a função de 
confiança pedirá exoneração. A exoneração também poderá se dar de ofício, a 
juízo da autoridade competente, independentemente da apresentação de qualquer 
motivo ou falta disciplinar do servidor. Caso o servidor ocupante de cargo em 
comissão cometa alguma falta que enseje a aplicação de penalidade disciplinar de 
suspensão ou demissão, o caso não será de exoneração do cargo em comissão em 
sim de destituição do cargo em comissão que é uma penalidade. 
 
 
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 Remoção 
 
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no 
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por 
modalidades de remoção: 
I - de ofício, no interesse da Administração; 
II - a pedido, a critério da Administração 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da 
Administração: 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público 
civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente 
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, 
condicionada à comprovação por junta médica oficial; 
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o 
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com 
normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam 
lotados. 
 
 
 
 
Remoção é o deslocamento do servidor no âmbito do mesmo quadro com ou sem 
mudança de sede, e pode ocorrer de duas modalidade diferentes. 
I – de ofício no interesse da administração, isto é independentemente de 
solicitação ou da vontade da administração, bastando para tal a conveniência do 
serviço. 
II – a pedido do servidor, e independentemente do interesse da administração, o 
que significa dizer que a administração não poderá negar o pedido de remoção do 
servidor nas seguintes hipóteses: para acompanhar o cônjuge servidor público 
que foi deslocado no interesse da administração; por motivo de saúde do servidor, 
de seu cônjuge ou companheiro ou de quem viva as suas expensas; e em virtude 
de concurso interno de remoção. 
 
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 Redistribuição 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, 
ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão 
ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do 
SIPEC, observados os seguintes preceitos: 
I - interesse da administração; 
II - equivalência de vencimentos 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das 
atividades; 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades 
institucionais do órgão ou entidade. 
 
 
Aqui cabe tecer a principal diferença entre remoção e redistribuição: enquanto a 
remoção é o deslocamento do servidor, redistribuição é o deslocamento do cargo. 
A redistribuição decorre então de reorganização dos cargos operada no âmbito do 
mesmo poder na estrutura organizacional-estrutural da administração pública, de 
cargos vagos ou ocupados para outro órgão ou entidade, observadas as seguintes 
condições: interesse da administração; equivalência de vencimentos; vinculação 
entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; mesmo nível 
de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; e compatibilidade entre 
as atribuições do cargo 
 
 
§ 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da 
força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de 
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade 
§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato 
conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal envolvidos. 
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, 
extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o 
servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, 
até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. 
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§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade 
poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter 
exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado 
aproveitamento 
 
 
 
O servidor que não for redistribuído nem colocado em disponibilidade poderá ter 
sob responsabilidade do SIPEC serviço provisório em outro órgão ou entidade, até 
que seja possível seu aproveitamento. 
 
Questão 13. Redistribuição é o deslocamento do servidor, a pedido ou de 
ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
Gabarito. Errada. Esse é o conceito de remoção. Grave assim: remoção é o 
deslocamento do servidor e redistribuição é o deslocamento do cargo. 
 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia 
e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados 
no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo 
dirigente máximo do órgão ou entidade. 
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo 
do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e 
os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou 
regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá 
optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. 
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função 
de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos 
afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias 
consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que 
excederem o referido período 
 
 
Isso significa dizer que os ocupantes de cargos em comissão têm designados 
previamente aqueles que os irão substituir em suas licenças e afastamentos. 
 
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O substituto não fica afastado de seu cargo durante o período da substituição, 
exercendo o seu cargo concomitantemente com o cargo onde está atuando como 
substituto; mas não acumula as respectivas remunerações. 
 
O substituto fará jus a retribuição por chefia percebida pelo titular se o 
afastamento deste for superior a 30 dias consecutivos, e somente à partir do 
momento que ultrapassar esses 30 dias, na proporção dos dias de efetiva 
substituição que os ultrapassarem. 
 
Questão 14. Durante o período da distribuição, o substituto somente fará jus à 
remuneração do substituído 
a)se a situação perdurar por mais de 30 dias. 
b)se o substituído ocupar cargo do DAS níveis 4, 5, 6 
c)se a substituição se der em cargo de chefia 
d)se abandonar o cargo de origem 
e)se a situação consolidar-se em caráter permanente 
Gabarito. Letra A. Caso a substituição não dure mais de 30 dias, o substituto 
recebe sua remuneração normalmente, não fazendo jus a remuneração do 
substituído. 
 
2.9 Vencimento e remuneração 
 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo 
público, com valor fixado em lei. 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
 
Vencimento = remuneração + vantagens permanentes. 
 
O servidor cedido para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança 
para órgãos ou entidades dos estados, distrito federal e municípios terá sua 
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remuneração paga pela cessionária (órgão para o qual o servidor foi cedido), e se 
for cedido para qualquer outro órgão ou entidade, continuará a ser remunerado 
pela cedente (órgão que cedeu o servidor). 
 
Questão 15. Remuneração é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo 
público, com valor fixado em lei. 
Gabarito. Errada. Vencimento = remuneração + vantagens permanentes. 
 
 
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter 
permanente, é irredutível. 
 
Observe, que o parágrafo determina que o vencimento acrescido das vantagens 
permanentes é irredutível, não havendo ofensa ao princípio da irredutibilidade de 
subsídios na retiradas das vantagens de caráter eventual. 
 
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições 
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três 
Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à 
natureza ou ao local de trabalho. 
 
Para cargos de atribuições equivalentes é assegurada a equivalência de 
vencimentos, ainda que se tratem de cargos de poderes diversos, contudo, o 
princípio da isonomia de vencimentos não compreende as vantagens de caráter 
individual (ex: readaptado), bem como as relativas à natureza ou ao local de 
trabalho (ex: insalubridade) 
 
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
 
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Trata-se de garantia constitucional positivada pela lei 8.112/90. Obs. Não se trata 
de salário mínimo, ainda para aqueles servidores que trabalham em jornada 
reduzida é assegurada a percepção do salário mínimo nacional. 
 
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de 
remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como 
remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos 
Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e 
Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens 
previstas nos incisos II a VII do art. 61. 
 
A Constituição determina que nenhum servidor público receberá a título de 
remuneração mensal quantia superior ao subsídio dos ministros do STF, tendo 
como sub teto no âmbito do poder executivo o subsídio do prefeito nos municípios 
e do governador para os estados e distrito federal, no âmbito do legislativo, o 
subsídio dos deputados estaduais e distritais e no âmbito do judiciário os subsídio 
dos desembargadores do TJ, limitado este a 90 inteiros e 25/100 % do subsídio 
dos ministros do STF; sendo que este teto aplica-se a todo serviço público. No 
âmbito dos cargos submetidos ao regime jurídico estabelecido pela lei 8.112, além 
da observância do teto constitucional deve-se observar o limite máximo de 
subsídios nela estabelecido que é a dos ministros de estado, membros do 
congresso nacional, e por reprodução o subsídio dos ministros do STF. Exclui-se 
do teto remuneratório, ou seja, podem fazer com que a remuneração do servidor 
ultrapasse os subsídios da pessoas mencionadas nesta explicação a gratificação 
natalina os adicionais de insalubridade e atividades penosas ou perigosas, o 
adicional pela prestação de serviço extraordinário (horas-extras), o adicional 
noturno e o adicional de férias; bem como as parcelas de caráter indenizatório. 
Observação: em caso de acumulação de cargos públicos ou exercício de cargo em 
comissão ou função de confiança o total remuneratório está submetido ao teto. 
Art. 44. O servidor perderá: 
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 I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo 
justificado 
 II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, 
ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e 
saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o 
mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata 
 Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou 
de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, 
sendo assim consideradas como efetivo exercício. 
 
O servidor perde a remuneração do dia em que faltar ao serviço sem justo motivo, 
bem como é descontado proporcionalmente a parte do dia por atrasos ou saídas 
antecipadas, salvo nas hipóteses legais em que o servidor pode ausentar-se do 
serviço sem prejuízo da remuneração (1 dia para doar sangue; 2 dias para se 
alistar eleitor ; ou 8 dias consecutivos em virtude de casamento ou falecimento do 
cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, irmão, ou 
menor sob sua guarda ou tutela. 
 
Compensação: As faltas, se justificadas (decorrentes de caso fortuito ou de 
força maior) poderão ser compensadas de modo a serem consideradas como de 
efetivo exercício. Os atrasos e saídas antecipadas, também poderão ser objeto 
de compensação. Daí conclui-se que as faltas injustificadas serão descontadas, 
pois não podem ser objeto de compensação; as faltas justificadas e não 
compensadas também serão descontadas. Somente as faltas justificadas se 
compensadas não serão objeto de desconto. 
 
 Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum 
desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. 
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver 
consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da 
administração e com reposição de custos, na forma definida em 
regulamento. 
 
Somente lei ou decisão judicial poderá ocasionar desconto na folha de pagamento 
do servidor, incidente sobre sua remuneração ou provento; o que não se confundecom consignação em folha de pagamento, que é aquela autorizada pelo servidor, 
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em favor de terceiros, que poderá operar-se a critério da administração, como por 
exemplo, a consignação que faz o servidor para pagamento de parcelas referentes 
a aquisição de imóvel. 
 
Observação: O vencimento, a remuneração e o provento além de não poder sofrer 
desconto salvo por imposição legal ou mandado judicial, também não poderão ser 
objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de 
alimentos resultante de decisão judicial. Observe que a decisão judicial pode ser 
tanto uma decisão strictu sensu, quanto um acordo homologado judicialmente 
(acordo judicial), o que não pode ensejar desconto é o acordo extra judicial, ainda 
que tenha por objeto prestação de alimentos. 
 
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de 
junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, 
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta 
dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. 
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a 
dez por cento da remuneração, provento ou pensão. 
 § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao 
do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma 
única parcela. 
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a 
decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser 
revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. 
 
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado 
ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 
sessenta dias para quitar o débito. 
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua 
inscrição em dívida ativa. 
 
O servidor que tiver seu vínculo com o serviço público rompido pela administração 
terá 60 dias para pagar seu débito com a mesma, sob pena de inscrição do 
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montante em dívida ativa da fazenda pública, e sujeição do devedor a respectiva 
execução fiscal. 
 
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de 
arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos 
resultante de decisão judicial. 
 
O vencimento, a remuneração e o provento além de não poder sofrer desconto 
salvo por imposição legal ou mandado judicial, também não poderão ser objeto 
de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos 
resultante de decisão judicial. Observe que a decisão judicial pode ser tanto uma 
decisão strictu sensu, quanto um acordo homologado judicialmente (acordo 
judicial), o que não pode ensejar desconto é o acordo extra-judicial, ainda que 
tenha por objeto prestação de alimentos. 
 
2.10 Direitos e vantagens 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes 
vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
 
O vencimento e a remuneração são classificadas pela lei 8.112/90 como direitos, 
ao passo que as indenizações, gratificações e adicionais são classificadas como 
vantagens. 
 
§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para 
qualquer efeito. 
§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou 
provento, nos casos e condições indicados em lei. 
 
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As indenizações jamais se incorporam ao vencimento do servidor. As gratificações 
incorporam-se aos vencimentos nos casos previstos em lei, ou seja, não 
necessariamente se incorporarão, incorporando-se somente nos casos previstos 
em lei (em regra quando pagas com habitualidade). 
 
Questão 16. Assinale a assertiva que se coaduna com as disposições 
estabelecidas pela lei 8.112/90. 
a) As indenizações e gratificações jamais se incorporam aos vencimentos do 
servidor público; dos adicionais, que nos casos previstos em lei, poderão ser 
objeto de incorporação. 
b) As indenizações e os adicionais jamais se incorporam aos vencimentos do 
servidor público; ao contrário das gratificações, que nos casos previstos em lei, 
poderão ser objeto de incorporação. 
c) As indenizações jamais se incorporam aos vencimentos do servidor público; 
ao contrário das gratificações e adicionais, que nos casos previstos em lei, 
poderão ser objeto de incorporação. 
d)As gratificações jamais se incorporam aos vencimentos do servidor público; 
ao contrário das indenizações e adicionais, que nos casos previstos em lei, 
poderão ser objeto de incorporação. 
e) As gratificações e os adicionais jamais se incorporam aos vencimentos do 
servidor público; das indenizações, que nos casos previstos em lei, poderá ser 
objeto de incorporação. 
Gabarito. Letra D. As indenizações jamais se incorporam ao vencimento do 
servidor. As gratificações incorporam-se aos vencimentos nos casos previstos em 
lei, ou seja, não necessariamente se incorporarão, incorporando-se somente nos 
casos previstos em lei. 
 
 
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem 
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos 
pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. 
 
O texto do artigo em veda que o servidor, sob o argumento de um dia ter 
recebido determinada vantagem pleiteie que este valor perpetue-se em sua 
remuneração. Exemplo: Servidor que vinha percebendo adicional de 
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insalubridade, uma vez cessado o agente insalubre perderá o direito ao 
respectivo adicional, sem que isto constitua ofensa ao princípio da 
irredutibilidade de subsídios. 
 
 Indenizações 
 
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: 
I - ajuda de custo; 
II - diárias; 
III - transporte. 
IV - auxílio-moradia. 
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do 
art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão 
estabelecidos em regulamento. 
 
As indenizações, são modalidade de vantagem e constituem verbas de natureza 
jurídica de reembolso, ou seja serão pagas sempre que o servidor em 
decorrência do cargo que exerce tiver que realizar alguma despesa 
extraordinária. 
 
Para facilitar sua compreensão e consequente memorização do tema 
trabalharemos as indenizações através de um quadro comparativo, uma vez que 
as disposições legais pertinentes são demasiadamente extensas. 
 
 
Ajuda de Custo Diárias Indenização de 
Transporte 
Auxílio Moradia 
Objeto: compensar despesa 
de instalação decorrente da 
mudança permanente de 
sede, que ocorra por 
determinação da 
administração 
Objeto: compensar a 
despesa com afastamento 
do servidor da sua sede 
em caráter eventual ou 
transitório, com passagem 
e hospedagem, em 
território nacional ou no 
exterior. 
Objeto: compensar 
despesas do servidor 
com a utilização de 
meio próprio de 
locomoção, para a 
execução de serviços 
externos próprios de 
seu cargo. 
Objeto: despesas realizadas 
pelo servidor com aluguel ou 
hospedagem. 
Beneficiários:

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