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Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. AULA 10 1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 2 2. INCIDÊNCIA E CONCEITOS ........................................................................................................... 2 2.1 INVESTIDURA ........................................................................................................................... 5 2.2 PROVIMENTO E INVESTIDURA .................................................................................................. 6 2.3 PROVIMENTO, POSSE E EXERCÍCIO ......................................................................................... 11 2.4 JORNADA DE TRABALHO ........................................................................................................ 17 2.5 ESTÁGIO PROBATÓRIO ........................................................................................................... 18 2.6 ESTABILIDADE ........................................................................................................................ 20 2.7 FORMAS DE PROVIMENTO ..................................................................................................... 21 2.8 VACÂNCIA .............................................................................................................................. 28 2.9 VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO ............................................................................................ 34 2.10 DIREITOS E VANTAGENS ....................................................................................................... 39 2.11 CONCESSÕES ........................................................................................................................ 64 2.12 DIREITO DE PETIÇÃO ............................................................................................................. 68 3. REGIME DISCIPLINAR ................................................................................................................ 72 4. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ............................................................................... 91 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 108 6. EXERCÍCIOS NÃO COMENTADOS............................................................................................. 109 Concurso: Instituto Nacional do Seguro Social Cargo: Técnico do seguro social Matéria: Direito Administrativo Professora: Fabiana Höfke LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 1 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 2 1. Apresentação Olá queridos! Na aula passada, iniciando o tema servidores públicos, falamos das normas constitucionais aplicáveis, ou seja, as normas que dão origem a todos os estatutos regentes das relações entre agentes públicos e respectivos empregadores, tanto no âmbito da administração direta quanto no âmbito da administração indireta. Na aula de hoje, vamos partir para as disposições específicas, aplicáveis a todos os servidores públicos federais (lei 8.112/90), e como o tema é demasiadamente extenso e repleto de detalhes importantes, vamos trabalhar de um modo diferenciado, fazendo comentários à legislação e esquemas, de modo a facilitar a compreensão. Preparado? 2. Incidência e conceitos Incidência Art 1º. Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais Observe, que a lei 8.112 tem sua aplicabilidade restrita a administração direta federal, e a parte da administração indireta federal (autarquias federais e fundações públicas federais), não se aplicando portanto aos demais entes da administração indireta, ou seja, as empresas públicas, sociedades de economia mista e aos consórcios públicos. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 2 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 3 Questão 01. O regime jurídico de que trata a lei 8.112 de 1990, que dispõe sobre o serviço público federal, aplica-se: A)tanto aos servidores ocupantes de cargos públicos na administração direta e respectivas autarquias, bem como aos titulares de empregos públicos no âmbito das empresas públicas e sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta. B)somente os servidores integrantes dos quadros da administração direta federal. C)tanto os agentes públicos da administração direta federal, quanto os da administração indireta da União. D)os servidores da administração direta da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. E)os servidores ocupantes de cargos públicos no âmbito da administração direta federal, bem como os de suas respectivas autarquias. Gabarito. Letra E. A lei 8.112 tem sua aplicabilidade restrita a administração direta federal, e a parte da administração indireta federal (autarquias federais e fundações públicas federais), não se aplicando, portanto, aos demais entes da administração indireta, ou seja, as empresas públicas, sociedades de economia mista e aos consórcios públicos. Servidor e agente público Art. 2º.Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Agente público é todo aquele que desempenha, ainda que transitoriamente e sem remuneração serviço público; servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público; e funcionário público, é o servidor público estatutário (não celetista). Cuidado! Cargo em comissão, que como você já sabe é de livre nomeação e exoneração, não deixa de ser cargo público (só não é efetivo). Assim, a lei 8.112, também é aplicável aos titulares de cargos em comissão no âmbito da administração direta, autárquica e fundacional. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 3 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 4 Questão 02. O regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias, inclusive em regime especial, e das fundações públicas federais, aplica-se também aos respectivos titulares de cargos por comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração. Gabarito. Correta. O fato do cargo não ser efetivo não afasta a incidência das normas estabelecidas no estatuto dos servidores públicos civis da União. Artigo 3°. Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, natos ou naturalizados, e como se verá mais adiante, em algumas hipóteses também aos estrangeiros. A investidura em quaisquer cargos públicos de provimento efetivo depende da realização de concurso público. Os cargos em comissão sapo de livre nomeação e exoneração, e podem ser ocupados por servidores não efetivos. Já os cargos de confiança, muito embora também sejam de livre nomeação e exoneração, somente poderão ser ocupados por servidores efetivos. Exceção: prestaçãode serviços não remunerados Art. 4° É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. A prestação de serviços públicos é em regra remunerada, contudo prestação de serviços gratuitos não é completamente vedada, pois a lei poderá estabelecer hipóteses em que a prestação de serviços públicos poderá ser gratuita. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 4 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 5 2.1 Investidura Requisitos Art. 5º.São requisitos básicos para investidura em cargo público: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental. § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. O rol do artigo em comento não é exaustivo, pois podem haver outros requisitos para a investidura em cargo público que nele não estejam presentes, contanto que determinados por lei, e pertinentes as atribuições do cargo. Questão 03. São, dentre outros, requisitos para investidura em cargo público a)ser brasileiro nato e possuir idade mínima de 18 anos. b)ser brasileiro ou estrangeiro e estar quite com as obrigações militares e eleitorais. c)ser brasileiro nato ou naturalizado e ter aptidão física e mental. d)ter nível médio de escolaridade, idade mínima de 18 anos e estar em gozo dos direitos políticos. e)estar quite com as obrigações militares e eleitorais, não podendo a lei fixar outros requisitos. Gabarito. Letra C. O tratamento dado pela legislação ao brasileiro nato e naturalizado é idêntico. Desse modo, a nacionalidade brasileira é requisito para a investidura, mas tanto faz se o brasileiro é nato ou naturalizado. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 5 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 6 Portadores de deficiência § 2º. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. Até 20% das vagas do concurso público ficam reservadas para os deficientes físicos, desde que tais cargos sejam compatíveis com suas limitações. Se as atribuições do cargo forem incompatíveis com a deficiência, não serão oferecidas vagas para os deficientes. Exceção à regra da nacionalidade brasileira como requisito para investidura em cargo público § 3º.As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. A regra é que a investidura em cargo público tem como requisito a nacionalidade brasileira, sem diferenciação entre o brasileiro nato e o naturalizado. Todavia o parágrafo que está sendo analisado, estabelece a exceção, ou seja, é requisito para a investidura em cargo público a nacionalidade brasileira, contudo As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros. 2.2 Provimento e investidura Provimento e investidura Art. 6º. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 7º. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 6 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 7 Provimento é o contrário de vacância, ou seja é o ato pelo qual se torna o cargo público ocupado, e se dá por ato de autoridade competente, ao passo que investidura é ato pelo qual o candidato aprovado em concurso público se torna servidor, e se dá com a posse. Questão 04. A investidura em cargo público dar-se-á a)mediante ato de autoridade competente de cada poder. b)com a posse c)com o exercício d)mediante portaria e)mediante termo, precedido da realização de concurso público. Gabarito. Letra B. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato de autoridade competente de cada poder. É a investidura que ocorre com a posse. Formas de provimento Art. 8° São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; III - readaptação; IV - reversão; V - aproveitamento; VI - reintegração; VII - recondução. A lei 8.112 dispõe sobre as formas de provimento de cargo público em seu artigo 8º. Tais modalidades são taxativas, ou seja, não existem outras formas de provimento de cargo público que não estejam ali elencadas. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 7 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 8 Nomeação Art. 9° A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. Nomeação é a forma de provimento originário de cargo público, posto que é a única que o servidor não precisa ter estado anteriormente no serviço público. A nomeação pode ser feita em caráter efetivo, caso em que será necessariamente precedida de aprovação em concurso público; ou em comissão. Cabe mencionar que cargo em comissão é gênero, do qual cargo de confiança é espécie. Tais cargos são de livre nomeação e exoneração, ou seja, não se faz necessária a realização de concurso público para seu provimento. Com relação ao gênero, ou seja, cargos em comissão, podem ser ocupados tanto por servidores efetivos, quanto por pessoas alheias aos quadros do serviço público, desde que respeitado o percentual mínimo para os servidores efetivos. Já com relação a espécie, cargo de confiança, somente podem ser ocupados por servidores do quadro permanente, ou seja, por servidores efetivos. Parágrafo único. O servidor, ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial, poderá ser nomeado para ter exercício interinamente em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade O servidor ocupante de cargo em comissão poderá ter exercício de forma provisória e cumulativa em outro cargo em comissão. Na hipótese, não recebe concomitantemente as respectivas remunerações, devendo optar pela que lhe for mais vantajosa. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 8 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 9 Questão 05. O servidor, ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial, A)poderá ser nomeado para ter exercício interinamente em outro cargo de confiança, caso em que perceberá cumulativamente as respectivas remunerações enquanto durar a interinidade. B)não poderá ter exercício, ainda que em substituição em outro cargo de confiança, em virtude da natureza ad nutum do cargo. C)não pode estar sendo submetido a estágio probatório, uma vez que os referidos cargossomente podem ser ocupados por servidores públicos estáveis. D)poderá ser nomeado interinamente em outro cargo de confiança, devendo optar por uma das remunerações, enquanto durar a interinidade. E)quando em substituição, fará jus a remuneração daquele que estiver substituindo, ainda que o afastamento dure menos de 30 dias. Gabarito. Letra D. O servidor deverá optar por uma das remunerações durante o período da interinidade. Condição para nomeação em cargo efetivo = aprovação em concurso público Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Parágrafo único Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. Ao contrário do que ocorre com os cargos em comissão, que são de livre nomeação e exoneração, para o provimento dos cargos efetivos há necessidade de prévia aprovação em concurso público. Além da necessidade de aprovação em concurso público para o provimento de cargos efetivos, a lei poderá fixar outros requisitos, desde que pertinentes as LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 9 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 10 atribuições do cargo. Além disso, a lei também pode fixar requisitos para o desenvolvimento do servidor na carreira. Contudo esse desenvolvimento na carreira não poderá importar em mudança de cargo, pois o provimento dos cargos públicos efetivos somente poderá se dar por concurso público. Concurso público Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas. Como já mencionamos, para o ingresso no serviço público em caráter efetivo é imprescindível a aprovação em concurso público, que poderá ser somente de provas ou de provas e títulos, não podendo ser somente de títulos. Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período 2º. Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. Cuidado aqui amigo concurseiro! A Constituição não veda a abertura de concurso público durante o prazo de vigência do concurso anterior, restringindo-se a vedar a nomeação de candidato aprovado neste novo concurso, no prazo de vigência do anterior, em detrimento da nomeação do candidato aprovados neste. Ou seja, o que a Constituição proíbe, é que na vigência do anterior concurso, o candidato aprovado no segundo concurso seja convocado antes do candidato aprovado no primeiro. Já a lei 8.112, estabelece que não se abrirá novo concurso LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 10 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 11 enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade ainda não expirado. Questão 06. Constitui vedação constitucional a abertura de novo concurso público enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade ainda não expirado. Gabarito. Errada. A CF não estabelece tal vedação. Mas se a pergunta fosse: a luz das disposições estabelecidas pela lei 8.112/90 ..., ou ainda no âmbito do regime jurídico dos servidores civis da União .... A resposta estria correta. 2.3 Provimento, posse e exercício > Posse e exercício Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. Enquanto a posse é o momento em que o candidato aprovado em concurso público é investido no cargo, ou seja, o momento em que adquire o status de servidor; o exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. Lembre-se o provimento que refere-se a ocupação do cargo, dá-se por ato da autoridade competente, a posse dá-se pela assinatura pelo candidato do termo de posse, e o exercício dá-se pelo efetivo desempenho das atribuições do cargo. Provimento, posse e exercícios (prazos e consequências). § 1º.A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 11 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 12 Contados do ato de provimento, o candidato aprovado em concurso público tem 30 dias para tomar posse, sob pena de ser tornado sem efeito o ato de provimento, e no prazo de 15 dias contados da posse, deverá entram em exercício sob pena de exoneração. Exceção na contagem dos prazos § 2º. Em se tratando de servidor, que esteja na data da publicação do ato de provimento, em licença por motivo de doença em pessoa da família, para serviço militar ou para capacitação, ou afastado em virtude de férias, participação em programa de treinamento, júri e outros serviços obrigatórios; e licenças gestante, adotante e paternidade; para tratamento da própria saúde; por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; para capacitação e por convocação para serviço militar; o prazo será contado do término do impedimento. Caso o servidor esteja de licença ou afastado na data da publicação do ato de provimento os prazos serão contados do término do impedimento. Posse por procuração § 3º.A posse poderá dar-se mediante procuração específica. Posse e nomeação § 4º. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação Em se tratando de promoção; readaptação; reversão; aproveitamento; reintegração; recondução a investidura no cargo público dar-se-á com o efetivo desempenho das atribuições do cargo, ou seja, com o exercício. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 12 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 13 Questão 07. À luz das disposições contidas na lei 8.112/90 é correto afirmar que: a)nos casos de promoção e recondução não ocorrerá o ato de posse. b)para que ocorra a reversão por insubsistência dos motivos que determinaram a aposentadoria por invalidez, é necessário que haja claro na lotação. c)em caso de absolvição penal por negativa de autoria, o servidor demitido será reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente. d)contados do ato de provimento o servidor tem 30 dias para tomar posse, sob pena de exoneração. e)é vedada a posse mediante procuração. Gabarito. Letra A. Somente haverá posse nos casos de provimento por nomeação. Requisitos para a posse § 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. Para que o candidato aprovado no concurso público seja investido no cargo público, é necessária a apresentação de uma declaraçãode bens, bem como uma declaração informando se está ou não exercendo outro cargo público. § 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo de 30 dias contados do ato de provimento. Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Observe que a inspeção médica tem por objetivo atestar a sanidade física e mental do candidato aprovado em concurso público. Contudo consigne-se que a LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 13 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 14 realização de exame psicotécnico somente será permitida nos casos em que as atribuições do cargo justificarem a sua realização. Exercício Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. Com a posse, o candidato aprovado em concurso público torna-se servidor, mas o exercício somente se dará com o efetivo desempenho das atribuições do cargo. § 1º É de 15 dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. Essa disposição refere-se a cargos efetivos. Em se tratando de função de confiança, o exercício coincidirá com a data da publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver de licença ou afastado, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a 30 dias. § 2° O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício no prazo. Como já foi dito investidura é o ato pelo qual o candidato aprovado no concurso público adquire a condição de servidor, o que ocorrer com a posse; já exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. Se o servidor não tomar posse no prazo de 15 dias contados do ato de provimento, este será tornado sem efeito; e se tendo tomado posse não entrar em exercício, se tratar-se de cargo efetivo será LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 14 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 15 exonerado, e se tratar-se de função de confiança será tornada sem efeito sua designação. § 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. § 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. Tratando-se de provimento de cargo em comissão ou função de confiança não há lapso temporal entre o provimento a posse e o exercício, sendo que com o ato designação o servidor deve ter imediato exercício, salvo se estiver de licença ou afastado, hipótese em que deverá entrar em exercício no 1º dia útil após o término da licença ou do afastamento, sendo que mesmo estando de licença ou afastado, o exercício deverá se dar no máximo em 30 dias contados da designação. Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. § 1º. Na hipótese do servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado do término do impedimento. § 2º. É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 15 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 16 O servidor que mudar de local de trabalho para outro município terá de 10 a 30 dias contados da publicação do ato que determinou a mudança para entrar em exercício na nova localidade; contudo se estiver de licença ou afastado o prazo só começa a contar do término da licença ou afastamento. Obs. O servidor pode abrir mão desses prazos e entrar em exercício imediato na nova localidade. Questão 08. Assinale a alternativa correta. a)O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. b)Caso o servidor esteja de licença ou afastado na data da publicação do ato de provimento o prazo para o exercício será contado da posse. c)Contados do ato de provimento, o candidato aprovado em concurso público tem 30 dias para tomar posse sob pena de exoneração, e no prazo de 15 dias contados da posse, deverá entram em exercício sob pena de demissão. d)o ingresso no serviço público em caráter efetivo depende de aprovação em concurso público, que poderá ser somente de provas, de provas e títulos, ou ainda, somente de títulos. e)a nomeação somente se verificará em se tratando de provimento de cargos públicos efetivos. Gabarito. Letra A. A assertiva reproduz na íntegra o texto do artigo 18 da lei 8.112/90. Promoção Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. A promoção é o mecanismo pelo qual o servidor escalona degraus na carreira sem mudança de cargo. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 16 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 17 2.4 Jornada de trabalho Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. A jornada de trabalho do servidor público é de no máximo 40 horas semanais, tendo como limite mínimo e máximo diário 6 e 8 horas respectivamente. Observe que a jornada de trabalho fixada pela lei 8.112/90 é inferior aquela determinada como máxima pela Constituição. § 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete- se a regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. Os ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança submetem-se ao regime de dedicação integral, isso significa dizer que não podem trabalhar em tempo parcial, sendo-lhe permitida a acumulação de cargos, nas hipóteses legais de acumulação. Observação importante - O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quandoinvestido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. § 2º O disposto neste artigo não se aplica à duração de trabalho estabelecida em leis especiais. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 17 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 18 Algumas profissões tem suas respectivas jornadas de trabalho estabelecidas em leis especiais, como por exemplo no caso de médicos e dentistas; verificada a ocorrência da hipótese, a jornada de trabalho estabelecida na lei especial, prevalecerá sobre a jornada de trabalho de 40 horas semanais e 6 a 8 diárias estabelecidas pela lei 8.112. 2.5 Estágio probatório Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade Temos que consignar que o entendimento majoritário, ou seja, o entendimento do STF e do STJ a respeito do tema é no sentido de que o período do estágio probatório que é de 2 anos, nada tem a ver com o prazo constitucionalmente fixado para a estabilidade que é de 3 anos. Contudo há uma corrente minoritária que entende que em virtude da determinação constitucional do prazo de 3 anos para a aquisição da estabilidade o estágio probatório passa a ser também de 3 anos. § 1° 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e responsabilidade. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 18 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 19 § 2° O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. O servidor inabilitado em estágio probatório será exonerado. Não se trata de demissão, pois a exoneração, ao contrário daquela não tem caráter punitivo. Existe, contudo a hipótese do servidor que já era estável em algum cargo público submetido a lei 8.112, estar afastado para a realização de estágio probatório e nele ser inabilitado. Nesse caso o servidor será reconduzido ao cargo no qual é estável. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro. § 3° O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. § 4° Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças por motivo de doença em pessoa da família; por afastamento do cônjuge ou companheiro; para o serviço militar, e para atividade política e os afastamentos , para exercício de mandato eletivo; para estudo ou missão no exterior; e para servir em organismo internacional; bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. O servidor em estágio probatório pode exercer cargo em comissão, bem como funções de direção, chefia e assessoramento, mas somente poderá ser cedido para ocupar cargos de natureza especial do DAS de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. Obs. Os servidores em estágio probatório não terão direito a todas as licenças e afastamentos daqueles que já o tenham concluído. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 19 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 20 Questão 09. Assinale a assertiva incorreta no que tange a estabilidade e o estágio probatório. a)Não é possível a aquisição de estabilidade em cargo em comissão ou em função de confiança, uma vez que em virtude de sua natureza são de livre nomeação e exoneração. b)Durante o período de estágio probatório, o servidor público nomeado para cargo efetivo terá testada sua capacidade de desempenho no exercício da função pública, sendo-lhe, por tal razão, vedada a ocupação de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração. c)A estabilidade subsiste mesmo em caso de extinção do cargo público. d)Não é condição bastante e suficiente para a aquisição de estabilidade do servidor, o mero decurso do lapso temporal de 3 anos previsto na Constituição Federal, sendo necessária também a aprovação na avaliação especial de desempenho que se dá no término do referido período. e)O servidor inabilitado em estágio probatório será exonerado ou reconduzido ao cargo ocupado anteriormente. Gabarito. Letra B. O servidor em estágio probatório pode exercer cargo em comissão, bem como funções de direção, chefia e assessoramento, mas somente poderá ser cedido para ocupar cargos de natureza especial do DAS de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. § 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças por motivo de doença em pessoa da família, por motivo de afastamento do cônjuge, para atividade política, e no afastamento do servidor para servir em organismo internacional, e no caso de participação em curso de formação, e será retomado à partir do término do impedimento. 2.6 Estabilidade Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 3 anos de efetivo exercício. Estabilidade é o instituto constitucional que garante a permanência do servidor no serviço público, após 3 anos de efetivo exercício, ainda que o cargo seja extinto. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 20 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 21 Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. Ao contrário do servidor não estável, que também pode perder o cargo em virtude de inabilitação em estágio probatório. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa; ou ainda, por determinação constitucional, mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, onde lhe seja assegurada ampla defesa. 2.7 Formas de provimento Readaptação Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidade compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua incapacidade física ou mental, verificada em inspeção médica. Readaptação é o que ocorrepor exemplo, quando o servidor sofre algum tipo de incapacitação para o trabalho, em virtude de doença ou acidente, que o torne inabilitado para a o exercício das atribuições de seu cargo. § 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. Se julgado incapaz para exercer as funções do cargo que anteriormente ocupava, o servidor será readaptado; mas se julgado incapaz para o serviço público, ou LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 21 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 22 seja, se a incapacidade for de grau tal que não permita a readaptação em outro cargo, o servidor será aposentado por invalidez. § 2° A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Ocorrendo a incapacidade, como já foi dito, existem duas situações que podem ocorrer: ou o servidor fica incapacitado para o serviço público, hipótese em que será aposentado por invalidez, ou fica incapacitado para pó cargo que exercia anteriormente, hipótese em que será readaptado em outro cargo. Frise-se, que sendo caso de readaptação, e não de aposentadoria, o readaptando não pode ficar em disponibilidade, o que significa dizer que, ainda que não haja cargo vago, o readaptando fica exercendo suas funções como excedente. Questão 10. Não havendo claro na lotação, o readaptando: a)ficará em disponibilidade, até seu oportuno aproveitamento. b)será exonerado c)desempenhará suas funções como excedente d)será aposentado por tempo de serviço e)será aposentado por invalidez Gabarito. Letra C. O readaptando não fica em disponibilidade. Não havendo claro (vaga) exerce suas funções como excedente. Reversão Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 22 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 23 c) estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; e) haja cargo vago Reversão é o retorno a atividade do servidor aposentado. São duas as modalidades de reversão: 1ª – Por insubsistência dos motivos que determinaram a aposentadoria por invalidez, hipótese em que independerá de interesse da administração ou de pedido do servidor; ou seja, é a modalidade de reversão de ofício, que ocorrerá independentemente da existência ou não de cargo vago. 2ª – No interesse da administração hipótese em que dependerá dos seguintes requisitos, cumulativamente: que o servidor tenha solicitado a reversão; que a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; que a aposentadoria tenha sido voluntária; que o servidor tenha sido estável na atividade; e que haja cargo vago. § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. A relevância prática deste parágrafo é a seguinte. Considere a hipótese onde o servidor tenha se aposentado voluntariamente com proventos proporcionais ao LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 23 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 24 tempo de serviço, e decidiu pela reversão retornar ao serviço público. Tendo sido revertido o tempo de serviço continuará contando, e mediante determinado lapso decorrido após a reversão o servidor poderá vir a se aposentar com proventos integrais, devido ao fato do tempo de serviço continuar contando para este fim. § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. Caso tenha sido revertido no interesse da administração terá que permanecer pelo menos 5 anos no cargo para ter seus proventos calculados com base nas regras atuais. Questão 11. Na reversão no interesse da administração, e na reversão por insubsistência dos motivos que determinaram a aposentadoria por invalidez, não havendo claro na lotação, o servidor: a)exercerá suas funções como excedente em ambos os casos b)ficará em disponibilidade em ambos os casos c)no caso de reversão por insubsistência dos motivos que determinaram sua aposentadoria por invalidez, exercerá suas funções como excedente d)no caso de reversão por interesse da administração, será aposentado e)em ambos os casos será aposentado com proventos proporcionais ao tempo de serviço Gabarito. Letra C. Ao contrário do que ocorre com a reversão por insubsistência dos motivos que determinaram a aposentadoria por invalidez, a reversão no interesse da administração, depende além de requerimento do interessado nesse sentido, de claro na lotação. § 7º Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 24 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 25 Reintegração Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. Se o servidor estável demitido, posteriormente tiver esta demissão invalidada por decisão administrativa terá direito ao reingresso no serviço público, e o nome que se dá a esta modalidade de provimento é reintegração. § 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, até o seu oportuno aproveitamento. A reintegração se dará no cargo anteriormente ocupado, ou seja, no cargo que o servidor ocupava antes de ser demitido, ou no cargo resultante de sua transformação. Se este cargo estiver ocupado, o ocupante será reconduzido ao seu cargo de origem, aproveitado em outro cargo compatível ou posto em disponibilidade, sem direito a indenização; para que o reintegrado possa ocupar seu cargo imediatamente, com ressarcimento de todas as vantagens. Ressalte-se que na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor reintegrado ficará em disponibilidade. § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 25 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 26 Observe que o fato do cargo encontrar-se provido, não obsta a imediata reintegração do servidor. O que ocorrerá é que aquele que está ocupando o cargo será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a nenhuma indenização, ou caso isso não seja possívelserá aproveitado em outro cargo, e caso isso não seja possível de imediato, será posto em disponibilidade aguardando seu oportuno aproveitamento. Diferente é a hipótese do cargo ter sido extinto, caso em que a reintegração ocorrerá, mas não será possível o retorno imediato ao cargo que o servidor ocupava anteriormente ou o resultante de sua transformação (pois este cargo não existe mais); sendo que neste caso sim o servidor reintegrado ficará em disponibilidade aguardando seu oportuno aproveitamento. Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. A primeira hipótese de recondução decorre de inabilitação em estágio probatório. O servidor estável, poderá afastar-se de seu cargo para realizar estágio probatório em outro cargo submetido ao mesmo regime jurídico, para o qual tenha sido aprovado em concurso público. Nesta hipótese caso seja inabilitado no estágio, será reconduzido ao cargo que anteriormente ocupava. A segunda hipótese de recondução decorre de reintegração do anterior ocupante. Pode-se dar como exemplo o caso de um servidor que teve sua demissão invalidada por decisão judicial, e tem o direito a ser reintegrado. O que ocorrerá com o servidor que está ocupando o cargo onde se dará a reintegração? Será reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente sem direito a indenização. Um bom macete para diferencia reintegração e recondução, é que a primeira se dá de fora para dentro do serviço público, ou seja, aquele que estava fora dos quadros de servidores da LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 26 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 27 administração a ele regressa, ao passo que a recondução se opera dentro dos quadros do serviço público, ainda que se trate de cargos diversos. Questão 12. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, a) será ele reconduzido, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reintegrado ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. b) será ele reintegrado com direito ao recebimento de toda a remuneração do período, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, fazendo jus a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. c) será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. d) será ele reintegrado sem direito ao ressarcimento, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, fazendo jus a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. e) será ele reintegrado com direito ao recebimento de toda a remuneração do período, e o eventual ocupante da vaga, ainda que não estável, reconduzido ao cargo de origem, fazendo jus a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. Gabarito. Letra C. Quem tem direito a indenização é aquele que está sendo reintegrado e não o eventual ocupante da vaga a ser reconduzido. Disponibilidade e aproveitamento Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. No caso de não ser possível a recondução ao cargo anteriormente ocupado, nem seu imediato aproveitamento em outro cargo de atribuições e vencimentos LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 27 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 28 equivalentes, o servidor ficará em disponibilidade até a ocorrência de vaga, quando será imediatamente aproveitado. Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. Na hipótese de reorganização ou extinção do órgão, o servidor que não for redistribuído ficará em disponibilidade, e neste caso também ficará sob a responsabilidade do SIPEC até o seu oportuno aproveitamento. Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. Uma vez que o SIPEC determine o reaproveitamento do servidor em disponibilidade, se este não entrar em exercício, o aproveitamento será tornado sem efeito, tendo como consequência a cassação da disponibilidade do servidor. 2.8 Vacância Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 28 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 29 III - promoção; IV - readaptação; V - aposentadoria; VI - posse em outro cargo inacumulável; VII - falecimento. A vacância é a desocupação de um cargo público, e não se confunde com extinção que retira o cargo público da estrutura organizacional da administração pública. Observe que a promoção e a readaptação são concomitantemente formas de provimento e de vacância de cargo público, uma vez que ambas geram tanto a ocupação de um cargo, quanto a desocupação de outro. Com relação à exoneração e a demissão, são institutos diferenciados. Ambos geram o desligamento do servidor do seu respectivo cargo, contudo, a exoneração não consiste em penalidade, ou seja, o servidor não precisa ter praticado nenhuma infração para ensejá-la, podendo dar-se a pedido do servidor, ou por inabilitação em estágio probatório. Já a demissão tem caráter punitivo, ou seja, é uma penalidade sofrida pelo servidor pela prática de alguma infração disciplinar. Por tal razão não há de se falar que o servidor “pediu demissão”, e sim que pediu exoneração de seu cargo. A promoção é o mecanismo através do qual o servidor escalona degraus na carreira, e no momento em que ocorre gera a vacância do cargo, ou seja do “degrau” imediatamente anterior. A readaptação decorre de incapacitação para o trabalho sofrida pelo servidor ulteriormente ao seu ingresso no serviço público, caso em que ocasionará a vacância do cargo que o servidor já não mais pode ocupar dada a sua incapacitação, e o consequente provimento deste servidor em outro cargo de atribuições e compatíveis com sua limitação e vencimentos equivalentes. Posse e outro cargo inacumulável: caso o servidor seja aprovado em concurso público para outro cargo que não esteja previsto nas hipóteses constitucionais em que se admite a acumulação de cargos públicos, este terá que optar entre cargos. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 29 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfkeprofahofke@gmail.com 30 Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido. A exoneração, que como já foi dito não consiste em penalidade, poderá se dar em duas modalidades: I – A pedido do servidor, que é a que equivale ao pedido de demissão no setor privado; II – De ofício, ou seja independentemente de pedido do servidor, nas hipóteses de inabilitação em estágio probatório, e quando o servidor tomar posse e não entrar em exercício em 15 dias Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á I - a juízo da autoridade competente; II - a pedido do próprio servidor. Caso o servidor não queira mais exercer o cargo em comissão ou a função de confiança pedirá exoneração. A exoneração também poderá se dar de ofício, a juízo da autoridade competente, independentemente da apresentação de qualquer motivo ou falta disciplinar do servidor. Caso o servidor ocupante de cargo em comissão cometa alguma falta que enseje a aplicação de penalidade disciplinar de suspensão ou demissão, o caso não será de exoneração do cargo em comissão em sim de destituição do cargo em comissão que é uma penalidade. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 30 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 31 Remoção Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: I - de ofício, no interesse da Administração; II - a pedido, a critério da Administração III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. Remoção é o deslocamento do servidor no âmbito do mesmo quadro com ou sem mudança de sede, e pode ocorrer de duas modalidade diferentes. I – de ofício no interesse da administração, isto é independentemente de solicitação ou da vontade da administração, bastando para tal a conveniência do serviço. II – a pedido do servidor, e independentemente do interesse da administração, o que significa dizer que a administração não poderá negar o pedido de remoção do servidor nas seguintes hipóteses: para acompanhar o cônjuge servidor público que foi deslocado no interesse da administração; por motivo de saúde do servidor, de seu cônjuge ou companheiro ou de quem viva as suas expensas; e em virtude de concurso interno de remoção. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 31 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 32 Redistribuição Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administração; II - equivalência de vencimentos III - manutenção da essência das atribuições do cargo; IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. Aqui cabe tecer a principal diferença entre remoção e redistribuição: enquanto a remoção é o deslocamento do servidor, redistribuição é o deslocamento do cargo. A redistribuição decorre então de reorganização dos cargos operada no âmbito do mesmo poder na estrutura organizacional-estrutural da administração pública, de cargos vagos ou ocupados para outro órgão ou entidade, observadas as seguintes condições: interesse da administração; equivalência de vencimentos; vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; e compatibilidade entre as atribuições do cargo § 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade § 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. § 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 32 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 33 § 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento O servidor que não for redistribuído nem colocado em disponibilidade poderá ter sob responsabilidade do SIPEC serviço provisório em outro órgão ou entidade, até que seja possível seu aproveitamento. Questão 13. Redistribuição é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Gabarito. Errada. Esse é o conceito de remoção. Grave assim: remoção é o deslocamento do servidor e redistribuição é o deslocamento do cargo. Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. § 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. § 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período Isso significa dizer que os ocupantes de cargos em comissão têm designados previamente aqueles que os irão substituir em suas licenças e afastamentos. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 33 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVOProf. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 34 O substituto não fica afastado de seu cargo durante o período da substituição, exercendo o seu cargo concomitantemente com o cargo onde está atuando como substituto; mas não acumula as respectivas remunerações. O substituto fará jus a retribuição por chefia percebida pelo titular se o afastamento deste for superior a 30 dias consecutivos, e somente à partir do momento que ultrapassar esses 30 dias, na proporção dos dias de efetiva substituição que os ultrapassarem. Questão 14. Durante o período da distribuição, o substituto somente fará jus à remuneração do substituído a)se a situação perdurar por mais de 30 dias. b)se o substituído ocupar cargo do DAS níveis 4, 5, 6 c)se a substituição se der em cargo de chefia d)se abandonar o cargo de origem e)se a situação consolidar-se em caráter permanente Gabarito. Letra A. Caso a substituição não dure mais de 30 dias, o substituto recebe sua remuneração normalmente, não fazendo jus a remuneração do substituído. 2.9 Vencimento e remuneração Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. Vencimento = remuneração + vantagens permanentes. O servidor cedido para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança para órgãos ou entidades dos estados, distrito federal e municípios terá sua LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 34 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 35 remuneração paga pela cessionária (órgão para o qual o servidor foi cedido), e se for cedido para qualquer outro órgão ou entidade, continuará a ser remunerado pela cedente (órgão que cedeu o servidor). Questão 15. Remuneração é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado em lei. Gabarito. Errada. Vencimento = remuneração + vantagens permanentes. § 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível. Observe, que o parágrafo determina que o vencimento acrescido das vantagens permanentes é irredutível, não havendo ofensa ao princípio da irredutibilidade de subsídios na retiradas das vantagens de caráter eventual. § 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. Para cargos de atribuições equivalentes é assegurada a equivalência de vencimentos, ainda que se tratem de cargos de poderes diversos, contudo, o princípio da isonomia de vencimentos não compreende as vantagens de caráter individual (ex: readaptado), bem como as relativas à natureza ou ao local de trabalho (ex: insalubridade) § 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 35 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 36 Trata-se de garantia constitucional positivada pela lei 8.112/90. Obs. Não se trata de salário mínimo, ainda para aqueles servidores que trabalham em jornada reduzida é assegurada a percepção do salário mínimo nacional. Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61. A Constituição determina que nenhum servidor público receberá a título de remuneração mensal quantia superior ao subsídio dos ministros do STF, tendo como sub teto no âmbito do poder executivo o subsídio do prefeito nos municípios e do governador para os estados e distrito federal, no âmbito do legislativo, o subsídio dos deputados estaduais e distritais e no âmbito do judiciário os subsídio dos desembargadores do TJ, limitado este a 90 inteiros e 25/100 % do subsídio dos ministros do STF; sendo que este teto aplica-se a todo serviço público. No âmbito dos cargos submetidos ao regime jurídico estabelecido pela lei 8.112, além da observância do teto constitucional deve-se observar o limite máximo de subsídios nela estabelecido que é a dos ministros de estado, membros do congresso nacional, e por reprodução o subsídio dos ministros do STF. Exclui-se do teto remuneratório, ou seja, podem fazer com que a remuneração do servidor ultrapasse os subsídios da pessoas mencionadas nesta explicação a gratificação natalina os adicionais de insalubridade e atividades penosas ou perigosas, o adicional pela prestação de serviço extraordinário (horas-extras), o adicional noturno e o adicional de férias; bem como as parcelas de caráter indenizatório. Observação: em caso de acumulação de cargos públicos ou exercício de cargo em comissão ou função de confiança o total remuneratório está submetido ao teto. Art. 44. O servidor perderá: LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 36 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 37 I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício. O servidor perde a remuneração do dia em que faltar ao serviço sem justo motivo, bem como é descontado proporcionalmente a parte do dia por atrasos ou saídas antecipadas, salvo nas hipóteses legais em que o servidor pode ausentar-se do serviço sem prejuízo da remuneração (1 dia para doar sangue; 2 dias para se alistar eleitor ; ou 8 dias consecutivos em virtude de casamento ou falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, irmão, ou menor sob sua guarda ou tutela. Compensação: As faltas, se justificadas (decorrentes de caso fortuito ou de força maior) poderão ser compensadas de modo a serem consideradas como de efetivo exercício. Os atrasos e saídas antecipadas, também poderão ser objeto de compensação. Daí conclui-se que as faltas injustificadas serão descontadas, pois não podem ser objeto de compensação; as faltas justificadas e não compensadas também serão descontadas. Somente as faltas justificadas se compensadas não serão objeto de desconto. Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. Somente lei ou decisão judicial poderá ocasionar desconto na folha de pagamento do servidor, incidente sobre sua remuneração ou provento; o que não se confundecom consignação em folha de pagamento, que é aquela autorizada pelo servidor, LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 37 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 38 em favor de terceiros, que poderá operar-se a critério da administração, como por exemplo, a consignação que faz o servidor para pagamento de parcelas referentes a aquisição de imóvel. Observação: O vencimento, a remuneração e o provento além de não poder sofrer desconto salvo por imposição legal ou mandado judicial, também não poderão ser objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial. Observe que a decisão judicial pode ser tanto uma decisão strictu sensu, quanto um acordo homologado judicialmente (acordo judicial), o que não pode ensejar desconto é o acordo extra judicial, ainda que tenha por objeto prestação de alimentos. Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão. § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. § 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. O servidor que tiver seu vínculo com o serviço público rompido pela administração terá 60 dias para pagar seu débito com a mesma, sob pena de inscrição do LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 38 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 39 montante em dívida ativa da fazenda pública, e sujeição do devedor a respectiva execução fiscal. Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial. O vencimento, a remuneração e o provento além de não poder sofrer desconto salvo por imposição legal ou mandado judicial, também não poderão ser objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial. Observe que a decisão judicial pode ser tanto uma decisão strictu sensu, quanto um acordo homologado judicialmente (acordo judicial), o que não pode ensejar desconto é o acordo extra-judicial, ainda que tenha por objeto prestação de alimentos. 2.10 Direitos e vantagens Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizações; II - gratificações; III - adicionais. O vencimento e a remuneração são classificadas pela lei 8.112/90 como direitos, ao passo que as indenizações, gratificações e adicionais são classificadas como vantagens. § 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. § 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei. LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 39 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 40 As indenizações jamais se incorporam ao vencimento do servidor. As gratificações incorporam-se aos vencimentos nos casos previstos em lei, ou seja, não necessariamente se incorporarão, incorporando-se somente nos casos previstos em lei (em regra quando pagas com habitualidade). Questão 16. Assinale a assertiva que se coaduna com as disposições estabelecidas pela lei 8.112/90. a) As indenizações e gratificações jamais se incorporam aos vencimentos do servidor público; dos adicionais, que nos casos previstos em lei, poderão ser objeto de incorporação. b) As indenizações e os adicionais jamais se incorporam aos vencimentos do servidor público; ao contrário das gratificações, que nos casos previstos em lei, poderão ser objeto de incorporação. c) As indenizações jamais se incorporam aos vencimentos do servidor público; ao contrário das gratificações e adicionais, que nos casos previstos em lei, poderão ser objeto de incorporação. d)As gratificações jamais se incorporam aos vencimentos do servidor público; ao contrário das indenizações e adicionais, que nos casos previstos em lei, poderão ser objeto de incorporação. e) As gratificações e os adicionais jamais se incorporam aos vencimentos do servidor público; das indenizações, que nos casos previstos em lei, poderá ser objeto de incorporação. Gabarito. Letra D. As indenizações jamais se incorporam ao vencimento do servidor. As gratificações incorporam-se aos vencimentos nos casos previstos em lei, ou seja, não necessariamente se incorporarão, incorporando-se somente nos casos previstos em lei. Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. O texto do artigo em veda que o servidor, sob o argumento de um dia ter recebido determinada vantagem pleiteie que este valor perpetue-se em sua remuneração. Exemplo: Servidor que vinha percebendo adicional de LAURA CRISTINA DE QUEIROZ COSTA - CPF: 00622714155 40 / 114 INSS DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. FABIANA HOFKE Prof. Fabiana Höfke profahofke@gmail.com 41 insalubridade, uma vez cessado o agente insalubre perderá o direito ao respectivo adicional, sem que isto constitua ofensa ao princípio da irredutibilidade de subsídios. Indenizações Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: I - ajuda de custo; II - diárias; III - transporte. IV - auxílio-moradia. Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. As indenizações, são modalidade de vantagem e constituem verbas de natureza jurídica de reembolso, ou seja serão pagas sempre que o servidor em decorrência do cargo que exerce tiver que realizar alguma despesa extraordinária. Para facilitar sua compreensão e consequente memorização do tema trabalharemos as indenizações através de um quadro comparativo, uma vez que as disposições legais pertinentes são demasiadamente extensas. Ajuda de Custo Diárias Indenização de Transporte Auxílio Moradia Objeto: compensar despesa de instalação decorrente da mudança permanente de sede, que ocorra por determinação da administração Objeto: compensar a despesa com afastamento do servidor da sua sede em caráter eventual ou transitório, com passagem e hospedagem, em território nacional ou no exterior. Objeto: compensar despesas do servidor com a utilização de meio próprio de locomoção, para a execução de serviços externos próprios de seu cargo. Objeto: despesas realizadas pelo servidor com aluguel ou hospedagem. Beneficiários:
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