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Mandado de Segurança - Peça 04

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DA 
FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP. 
 
 
Zeta, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa 
Jurídica sob o nº ..., com sede no endereço ..., por seu advogado infra-assinado, 
com procuração em anexo, com endereço para receber intimações na ..., 
conforme artigo 103 do Novo Código de Processo Civil, vem, respeitosamente, 
à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 5º, inciso LXIX, da 
Constituição Federal e Lei 12.016/2009, impetrar, tempestivamente, o presente 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
Contra ato do Inspetor - Chefe, responsável pelo órgão de fiscalização, órgão 
estadual, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
I - DA TEMPESTIVIDADE 
A presente impetração se faz de modo tempestivo, respeitando que está o lapso 
temporal de 120 dias exigido pelo artigo 23 da Lei 12.016/2009, pelo que não 
padece do vício da intempestividade o remédio em evidência. 
 
II - DOS FATOS 
A Impetrante tem como objeto de sua atividade empresarial a compra, venda e 
montagem de peças metálicas utilizadas em estruturas de shows e demais 
eventos. No exercício de sua atividade, usualmente necessita transferir tais bens 
entre seus estabelecimentos, localizados entre diferentes municípios do Estado 
de São Paulo. 
Apesar de nessas operações não haver transferência da propriedade dos bens, 
mas apenas seu deslocamento físico entre diferentes filiais da Impetrante, ocorre 
que o fisco do Estado de São Paulo entende que há incidência de Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços - ICMS nesse 
remanejamento. 
Diante da falta de recolhimento do imposto, o fisco já reteve por mais de uma 
vez, por seus Auditores Fiscais, algumas mercadorias que estavam sendo 
deslocadas entre as filiais, buscando, assim, forçar o pagamento do imposto pela 
Impetrante. 
Assim não resta alternativa senão a de ingressar com esta demanda judicial. 
 
III - DAS PROVAS PRÉ-CONSTITUÍDAS ANEXAS 
 
O Impetrante apresenta anexo (vide Anexo I) vasto rol de provas documentais, 
que se revelam suficientes e cabais para provar que ocorreu o ato coator, que o 
mesmo atinge direito líquido e certo seu, o qual é incontroverso no que tange a 
seu aspecto material, nem sendo necessário avoca a aplicação da Súmula 625 
do STF. 
O Impetrante prova que a cobrança do imposto mencionado, nos termos da 
legislação e súmulas dos tribunais, é inconstitucional por cobrar uma atividade 
que não gera obrigação de pagamento de tributo. 
 
IV - DO DIREITO 
 
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço - ICMS, é 
um tributo de competência do Estado, conforme artigo 155, inciso II, da 
Constituição Federal e artigo 1º da Lei Complementar 87/96. 
A Embargante realiza transferência de bens entre seus estabelecimentos, dentro 
do Estado de São Paulo, não ocorrendo mudança na pessoa jurídica proprietária 
dos bens. 
Nos termos da Súmula 166 do Superior Tribunal de Justiça, "não constitui fato 
gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro 
estabelecimento do mesmo contribuinte". 
Define-se circulação como a mudança de titularidade jurídica do bem. A 
movimentação física do bem não se traduz em circulação, propriamente dita. 
Além do fisco cobrar um imposto indevido, também, realizou a retenção de 
mercadorias da empresa, por mais de uma vez, agindo totalmente em desacordo 
com a legislação tributária. 
É inadmissível a apresentação de mercadoria como meio coercitivo para 
pagamento de tributos, nos termos da Súmula 323 do Supremo Tribunal Federal. 
Portanto, não se pode negar o direito à Impetrante de realizar a transferência de 
mercadoria entre os seus estabelecimentos, bem como não deve ser admitido 
as retenções de mercadorias, sob pena de violar a segurança jurídica e as 
Súmulas citadas acima. 
 
V - DO PEDIDO DE LIMINAR 
 
Segundo disposto na lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/20016): 
Art. 7º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
(...) 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver 
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, 
caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir da impetrante caução, 
fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa 
jurídica. 
É evidente o direito de se obter junto à via mandamental uma tutela de urgência 
com objetivo de proteger situações peculiares, porém que se caracterizem 
relevante fundamento de direito e seu caráter emergencial. 
Para o caso, o relevante fundamento jurídico encontra disciplinado na 
combinação das súmulas 166 do Superior Tribunal de Justiça e 323 do Supremo 
Tribunal Federal, os quais garantem a Impetrante o direito de transferir suas 
mercadorias entre os seus estabelecimentos, sem ter que pagar impostos. 
O periculum in mora mostra-se presente na necessidade de obter a liberação 
das mercadorias para serem comercializadas, pois sem os produtos a impetrante 
fica impedida de exercer a sua atividade lucrativa. 
 
VI - DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto, requer: 
a) Seja concedida a medida liminar, ordenando a liberação das mercadorias 
retidas da Impetrante; 
b) Que seja o Mandado de Segurança deferido, concedendo a segurança em 
definitivo por ser ilegal a cobrança do imposto; 
c) Que seja notificada a autoridade coatora para que preste informações no 
prazo de 10 (dez) dias; 
d) A oitiva do Ministério Público e ainda a intimação da pessoa jurídica de direito 
público. 
 
Dá-se à causa o valor de R$... 
Nestes termos, pede o deferimento. 
Local..., Data... 
________________________ 
Advogado... 
OAB...

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