Buscar

Patrimônio Histórico Brasileiro: Aula de Revisão (6 a 10)

Prévia do material em texto

PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aula de revisão (6 a 10)
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aula 6: A corte portuguesa no Brasil, a independência e as disputas políticas no período Imperial
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A VINDA DA FAMÍLIA REAL
O poder político carioca tornou-se ainda mais evidente a partir de 1808, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, evento que pode ser considerado como um dos pontos de partida para a independência, que aconteceria em 1822.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
As transformações sociais, políticas e econômicas que a vinda da família real provocou no Brasil foram avassaladoras. 
Em primeiro lugar, tinha fim o pacto colonial. Desde o inicio da colonização, o exclusivo comercial estava assegurado por este pacto, que garantia que o Brasil só poderia comercializar com Portugal. Com a metrópole invadida e o centro de governo sendo transferido para o Rio de Janeiro, o pacto perdeu seu sentido.
 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O famoso alvará de 1785, proibindo a existência de fábricas na Colônia e mandando fechar as existentes, exceto as de panos grosseiros, para enfardamento, roupa de escravos e empacotamento, teve como efeito impedir a evolução da atividade e atrasou, realmente, a implantação da indústria têxtil no país. 
Também em 1808, Dom João revogou o alvará de 1785, que havia sido implementado por sua mãe proibindo a instalação de manufaturas no Brasil. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A revogação do alvará, com D.João VI, e os estímulos criados com privilégios e subsídios às manufaturas que necessitassem de auxílio, criaram condições para a atividade de tecelagem. Porém o tratado comercial com a Inglaterra, que conferia tarifa preferencial às importações inglesas, impediu o florescimento da indústria. Somente em 1844, com a Lei Alves Branco, é que se abre alguma perspectiva para a indústria nacional.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
AS MUDANÇAS ESTRUTURAIS
Ainda que as mudanças na estrutura política sejam as mais evidentes, há toda uma gama de transformações sociais, proporcionada pelo Período Joanino. 
Podemos dizer que, a partir de 1808, a colônia assume ares de metrópole, não só se tornando o centro das decisões político administrativas do Império, mas também do ponto de vista da sociedade.
Neste sentido, podemos apontar como exemplo as mais diversas criações culturais e científicas, estimuladas pelo regente.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Na colônia, vigorava a proibição à imprensa, fato que também muda com a família real.
Em 1808 entra em circulação o jornal Correio Braziliense, publicado em Londres e, mais tarde, a Gazeta do Rio de Janeiro, sendo estes os primeiros jornais do país.
Para fins de defesa, foi criada a Fábrica de Pólvora, em terras que foram incorporadas à Coroa.  
Nas terras foi instalado um jardim, chamado originalmente de Jardim de Aclimação. Mais tarde, o jardim de Dom João passou a se chamar Real Horto e depois, Jardim Botânico. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
No século XVIII, o Marquês de Pombal expulsou a ordem jesuíta do Brasil, pois defendia a total separação entre a Igreja e o Estado – Pombal era um déspota esclarecido – e temia a influência da Igreja na colônia, especialmente dos jesuítas, cuja presença remontava aos primórdios da colonização, ainda no século XVI.
As propriedades jesuítas foram desmembradas e vendidas a particulares e o terreno da quinta acabou indo parar nas mãos do comerciante português Elias Antônio Lopes.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A URBANIZAÇÃO
Durante a permanência da corte no Rio de Janeiro, entre 1808 e 1821, além das transformações que já citamos, houve uma intensa urbanização:
	Surgiram teatros; 
	Foi criado o Banco do Brasil; 
	O acervo que daria origem à Biblioteca Nacional foi trazido de Portugal;
	Diversos artistas, entre pintores e escultores vieram à colônia na chamada Missão Artística Francesa; 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Foi criada a Escola Real de Artes e Ofícios que daria origem a Escola de Belas Artes, dentre diversas outras medidas.
Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (1816-1822), Academia Imperial das Belas Artes (1822-1889) e por fim Escola de Belas Artes, hoje unidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA  
Sem espaço para uma negociação viável, restou a Dom Pedro declarar a independência, em 7 de setembro de 1822, em uma estratégia que o historiador Caio Prado definiu como “arranjo político”. 
O processo de independência, que não contou com a participação popular, respondeu aos interesses das elites brasileiras, muito mais do que a qualquer aspiração que viesse do povo. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O que temos é a manutenção das estruturas socioeconômicas oriundas do período colonial, que foram legadas ao império sem qualquer alteração. 
Não houve uma reforma agrária ou a abolição da escravatura, medidas que de fato alterariam o panorama político do Brasil
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Esse claro caráter de continuidade pode ser percebido não somente na manutenção do regime monárquico, enquanto os demais países latino-americanos ao se independerem, adotaram a república, mas também na elaboração da carta Constitucional de 1824.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O PÓS-INDEPENDÊNCIA
Após a independência, Dom Pedro I enfrentou diversos problemas. A manutenção da  unidade territorial era uma das maiores preocupações, já que as dimensões continentais do país e os interesses das diferentes elites faziam com que o separatismo regional fosse uma ameaça constante. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A economia se manteve agroexportadora e a busca por um parceiro comercial que ocupasse o lugar da metrópole portuguesa fez com que o Estado imperial adotasse uma série de vantagens para tornar as taxas de exportação mais atraentes. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
ATENÇÃO!!!
Para se firmar enquanto nação, era necessário o reconhecimento da independência pelos demais países. O primeiro país a reconhecer a emancipação do Brasil foram os Estados Unidos, que haviam se independido da Inglaterra em 1776.  
Em 1823, o governo norte-americano reconheceu a independência do Brasil, seguindo os princípios da Doutrina Monroe, cujo lema “América para os americanos”, estimulava a libertação das colônias de suas metrópoles. Portugal reconheceu logo depois, seguido pela Inglaterra.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A NOVA CONSTITUIÇÃO
Como uma de suas primeiras medidas, Dom Pedro I ordenou a convocação de uma assembleia constituinte, para preparar uma nova constituição que regeria a nação independente.
Já em sua composição inicial, havia a clara intenção de manter de fora a camada mais pobre da população que não possuía representantes. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
PROBLEMAS ALÉM FRONTEIRAS  
No plano externo, o país se envolveu na Guerra da Cisplatina, entre 1825 e 1828. Além das perdas humanas, o conflito aumentou a crise, em uma economia já fragilizada, o que abalou profundamente a popularidade do imperador. 
Soma-se às crises internas a disputa gerada pelo trono de Portugal, do qual Dom Pedro I era o herdeiro legítimo. Seu irmão, Dom Manuel, dera um golpe, tomando o poder para si e mergulhando o país na eminência de uma guerra civil.  
Não restou ao imperador alternativa a não ser a abdicação, que ocorreu em 1831. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aula 7: Abolição, Republicanismo
 e Crise Final do Império
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIROPERÍODO REGENCIAL
O turbulento período regencial teve, como uma de suas principais características, a disputa de grupos políticos pelo poder e a eclosão de diversas revoltas em todo o país. 
A solução política para restituir a harmonia interna e consolidar a unidade territorial foi o golpe da maioridade.
As revoltas regenciais evidenciam não só a fragilidade do sistema político, mas a diversidade de interesses internos e os graves problemas para a manutenção da unidade e da construção de um Estado nacional, iniciados com a independência, em 1822.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O modelo político adotado foi a Monarquia Constitucional, da qual a Inglaterra era a mais destacada representante. Mas o nosso modelo era bastante diferente daquele praticado pelos britânicos. 
No caso brasileiro, como havia o poder moderador, os ministros, no lugar de se reportarem ao poder legislativo, estavam submetidos diretamente ao imperador, o que de fato, os concedia plena liberdade de ação já que podiam ignorar as demandas do parlamento. Por isso, este modelo brasileiro ficou conhecido como parlamentarismo às avessas. 
ATENÇÃO!
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A política do início do Segundo Reinado e suas medidas centralizadoras acaba por denotar um viés antiliberal, em um momento em que o liberalismo se afirma, mundialmente, como uma tendência política mais próxima ao progresso e ao desenvolvimento, à medida que limita o alcance do estado e valoriza o individualismo.  
Em São Paulo e Minas Gerais eclodem movimentos contra esse estado antiliberal que, a exemplo do que acontecera na regência, são reprimidos com violência pelo Estado imperial. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A ECONOMIA 
Do ponto de vista econômico, o Brasil manteve a conhecida economia de plantation, estrutura que havia sido montada desde o período colonial, baseada no latifúndio, monocultor, agro exportador e escravocrata. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A GUERRA DO PARAGUAI
Pouco antes da retomada das relações Brasil/Inglaterra, em 1864, ocorre outro importante evento, a eclosão da Guerra do Paraguai, que envolveria a chamada Tríplice Aliança, contra o Paraguai. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A região do rio da Prata sempre foi conflituosa, palco das chamadas questões platinas.  
Quando ainda era uma colônia espanhola, no início do século XIX, estes países faziam parte do chamado Vice-Reino do Prata. Em 1827, o Uruguai, último dos países platinos a se independer, proclama sua autonomia, configurando a região como vários países independentes. 
A região do rio da Prata 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Das ex-colônias platinas, o Paraguai era a que possuía a maior fragilidade geográfica. Sendo assim, o Paraguai buscou a autossuficiência e a diminuição da dependência externa, a fim de minimizar sua fragilidade econômica, herdada do período colonial.  
O exército paraguaio não teve grande dificuldade em conquistar parte do território do Brasil cujas fronteiras estavam claramente desprotegidas. O próximo alvo foi a província de Corrientes, pertencente à Argentina, como parte do plano de expansão de Lopez.
Paraguai 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Em maio de 1865, Argentina, Brasil e Uruguai se uniram na Tríplice Aliança contra o inimigo comum, o Paraguai de Solano Lopez.  
A vitória da Tríplice Aliança na Guerra do Paraguai fortaleceu os militares que por sua vez, exigiriam uma participação política maior, além do reconhecimento do império. A insatisfação dos militares seria um dos fatores responsáveis pelo desgaste do império. 
 
De fato, em 1870, marca o início da derrocada do regime imperial, que foi fruto da soma de fatores, dos quais podemos destacar as questões militar, religiosa e escravista. 
Argentina
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
ESCRAVIDÃO
Mas a escravidão se mantinha e se tornava cada vez mais incômoda. Os Estados Unidos haviam abolido a escravidão após a Guerra de Secessão e o Brasil, junto com Cuba, era um dos poucos países que insistia na manutenção do sistema escravista. 
A escravidão também se colocava cada vez mais como um problema. 
Buscando suprir as necessidades de mão de obra, o Governo imperial passa a estimular as políticas de imigração. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
LEIS ABOLICIONISTAS
Para minimizar o impacto da abolição, foram promulgadas as chamadas leis abolicionistas, que tinham como objetivo a abolição progressiva.
A Lei do Ventre Livre, de 1871, libertava os filhos dos escravos nascidos a partir daquela data. Sobre ela, comenta a educadora alemã Ina von Binzer que então vivia no Brasil:
Lei do Ventre Livre
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Em 1885, outra lei semelhante foi promulgada, a Lei Saraiva-Cotegipe, também conhecida como Lei dos Sexagenários, que libertava todo escravo maior de 60 anos. 
Cabe lembrar que desde 1870, o movimento republicano se fortalecia. Em 3 de dezembro de 1870, foi publicado o Manifesto Republicano e logo diversos clubes republicanos se espalharam por todo o país. 
Lei dos Sexagenários
Lei Áurea
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Os republicanos reivindicavam maior participação política e valorizavam os princípios de liberdade e cidadania, incompatíveis com o regime escravista. 
Em 1888, o regime escravista tornou-se insustentável e a abolição é assinada pela regente, Princesa Isabel. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
El-Rei, nosso Senhor, e amo, dorme o sono da indiferença. Os jornais que diariamente trazem os desmandos desta situação parecem produzir em Sua Majestade um efeito de um narcótico. “D. Pedro ‘lê e analisa’ as grandes notícias.” (In: Revista Ilustrada, 1887).
Nesta charge, vemos a monarquia depondo a Coroa aos pés da República, marcando o fim do regime imperial. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aula 8: A República Oligárquica 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O SISTEMA FEDERALISTA
A Proclamação da República no Brasil foi fruto do desgaste das antigas estruturas imperiais cujos problemas e conflitos se evidenciaram, sobretudo, a partir de 1870.
Mas a mudança de regime não foi o resultado do anseio popular e tampouco contou com a intensa participação do povo, como não havia contado a independência. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Não é de se admirar que a República implantada mantivesse diversas características herdadas do Império, como a estrutura fundiária e a manutenção das classes sociais. 
Os anos iniciais deste período, que se convencionou chamar de República Velha, foram caracterizados pelo domínio político das oligarquias cafeeiras, que fizeram valer seus interesses em detrimento das demandas populares.
Estabeleceu-se uma República Federalista e as antigas províncias foram transformadas em estados. 
O padroado, que havia vigorado no Império foi extinto e os imigrantes, que compunham parte da massa de trabalhadores, foram naturalizados.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A economia, por sua vez, encontrava-se em uma situação particularmente delicada. A abolição da escravatura transformou os trabalhadores em assalariados. 
Para pagar os salários, era necessário dispor de moeda que o Estado não produzia em quantidade suficiente. Soma-se a esta situação o estimulo à imigração, já que era necessário encontrar novos braços para a lavoura, também livres e assalariados.  
O Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, autorizou uma enorme emissão de moeda, em uma política conhecida como encilhamento.  
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O aumento da circulação monetária tinha como objetivo arcar com os salários dos trabalhadores e expandir o acesso ao crédito, que seria investido nos mais diversos empreendimentos. 
Maso Estado Republicano, recém-criado, não tinha ainda reservas econômicas suficientes para garantir o valor da moeda, fazendo com que, ao invés de estimular a economia, o encilhamento provocasse uma enorme inflação gerando uma intensa especulação financeira.  
O fracasso do encilhamento mostrou ser necessário muito mais que apenas medidas econômicas imediatas para sanar os problemas do país. Era necessária uma enorme reforma que a República Velha não realizou.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Politicamente, foi estabelecida uma nova constituição, em vigor a partir de 1891. Seu modelo inspirador era a constituição dos Estados Unidos, que vigorava naquele país desde o século XVIII.  
O poder moderador, que havia sido motivo de controvérsia na Constituição de 1824 foi extinto e em seu lugar reestabelecida a estrutura dos três poderes, legislativo, executivo e judiciário.
Mas a nova constituição inspirava-se em um modelo cuja realidade socioeconômica era muito diferente da brasileira. 
Na prática, sua aplicação efetiva foi dificultada pela própria estrutura dos estados brasileiros.  
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
PRODUÇÃO CAFEEIRA  
O café era o grande motor da economia e, portanto, os interesses dos cafeicultores eram claramente favorecidos, em qualquer âmbito. Poucas cidades conheceram um desenvolvimento tão intenso quanto São Paulo, nos anos áureos do café.
Se o Vale do Paraíba havia se constituído, inicialmente, como o principal polo de produção cafeeira, foi, progressivamente, perdendo o posto para o Oeste paulista. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A SEMANA DE ARTE MODERNA
Anita revela o seu interesse em retratar o estado psicológico dos seus modelos. O uso de certa deformação moderada, fugindo dos modelos clássicos, causou grande alvoroço em Monteiro Lobato e na elite provinciana de São Paulo.
A estudante (1915-1916), de Anita Malfatti. Acervo do Museu de Arte de São Paulo.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Não era só a arquitetura que traduzia a riqueza gerada pelo café do Oeste paulista. Em 1922, tem início a Semana de Arte Moderna, traduzindo o espírito de uma cidade que convivia entre a modernização urbana e o antigo poder oligárquico e rural. 
Os modernistas, como Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Oswald Andrade preconizavam uma arte moderna brasileira, buscando inspiração nos mais diversos tipos, urbanos e rurais, que ocupariam espaço privilegiado em sua literatura e em sua arte.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
RIO DE JANEIRO NO INÍCIO DO SÉCULO XX
O início do século XX trouxe também grandes transformações para o Rio de Janeiro.
 
O Prefeito Pereira Passos modificou completamente a paisagem urbana carioca. O Rio de Janeiro, na virada do século, crescia desordenadamente. 
A abolição fez com que parte dos escravos, que viviam nas fazendas, migrasse para a cidade em busca de ocupação. Aliado à presença do porto e à chegada de imigrantes, o centro do Rio de Janeiro passou, rapidamente, a ser povoado de cortiços e habitações insalubres.  
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O prefeito tinha o apoio do então Presidente da República Rodrigues Alves. Os projetos de urbanização tinham como referência o modelo francês.
A proposta francesa tinham como alicerce a abertura de grandes avenidas e consequentemente, a expulsão da população pobre dos centros da cidade.
Sob a justificativa da necessária higienização e saneamento do centro da cidade, Passos empreendeu suas modificações. Centenas de imóveis foram derrubados, dentre casarões e cortiços.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
MODERNIZANDO O CENTRO DO RIO DE JANEIRO
Uma das principais obras no Rio de Janeiro foi a abertura da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. 
As ruelas e os becos, tão característicos daquela região desapareceram para dar lugar às grandes avenidas das quais a Central é um dos melhores exemplares. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Para compor a paisagem urbana, grandes prédios, hoje importantes monumentos de nossa história, foram erguidos, como o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ao final da avenida foi construído o Palácio Monroe.
Embora tenha de fato modernizado o centro da cidade, nem todos os aspectos da reforma foram positivos. A expulsão da população pobre estimulou a formação das favelas, como a do Morro da Favela, atual Morro da Providência, na zona portuária. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O DESMONTE DO MORRO DO CASTELO
A Reforma de Pereira Passos não foi a única pela qual o Rio de Janeiro passou na República Velha.
 Em 1922, tem lugar o desmonte do Morro do Castelo, durante a gestão do Prefeito Carlos Sampaio. 
A fundação da cidade, a partir deste morro, tinha objetivo estratégico, já que na época a região havia sido invadida pelos franceses. No Castelo foram construídas a primeira casa de câmara e cadeia, bem como o centro da administração e duas igrejas: dos jesuítas e de São Sebastião.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aula 9: Revolução de 1930
 e era de Vargas
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
“A crise política que surge na Primeira República, após a Primeira Guerra Mundial, se revela em dois aspectos: no descontentamento de um grupo funcional, o Exército; na crescente insatisfação da população urbana, de algum modo associada à classe média, que o sistema não absorve. As tensões regionais da classe dominante não apresentam uma linha contínua. Aparecem com nitidez em 1922, diminuem em intensidade a partir de 1926, para voltar à tona em 1929.”
Após o fim da guerra, em especial a partir de 1919, o Estado brasileiro passa a enfrentar uma intensa crise política, como afirma o historiador Boris Fausto: 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A CRISE DOS ANOS 1920
A insatisfação dos militares tomou forma no movimento tenentista, que teve sua primeira revolução em 1922, no Rio de Janeiro, na chamada Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.
 
Os tenentes reivindicavam mudanças como a reforma na estrutura política, o fim do voto de cabresto e a instituição do voto secreto.
Além da Revolta do Forte, podemos destacar como importantes manifestações tenentistas a Revolta Paulista, a Revolta de 1924 e a Coluna Prestes. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aos militares somava-se a insatisfação da população urbana, em especial da classe trabalhadora. 
Cabe lembrar que a classe operária, cada vez mais numerosa, não possuía nenhum direito trabalhista garantido pelo Estado, como férias e regulamentação da jornada de trabalho. 
O movimento operário ganhou expressão e era influenciado por correntes de pensamento como o socialismo e o anarquismo. 
Por seu lado, as elites regionais demandavam maior participação política na esfera federal e questionavam o claro favorecimento econômico concedido a São Paulo. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O presidente Arthur Bernardes, do Partido Republicano Mineiro, governou de 1922 a 1926 e foi obrigado a recorrer ao estado de sítio para garantir a ordem.
Após Arthur Bernardes, e mantendo a política do café com leite, assume o poder o paulista Washington Luis, que procurou manter a estabilidade.  
Mas em 1929, eclode uma crise econômica de proporções mundiais, a chamada Crise de 29.Os países afetados suspenderam grande parte de suas importações, afetando diretamente a economia cafeeira que dependia deste mercado.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A revolução era iminente quando um evento trágico acabou por precipitar os acontecimentos: o assassinato de João Pessoa.
João Pessoa era um importante político paraibano que ocupava a cadeira da presidência deste estado – o que hoje corresponde ao cargo de governador. 
Em 1929, negou o apoio a Júlio Prestes, contrariandoos interesses do Presidente da República Washington Luis.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A ERA VARGAS
Após assumir o poder, o novo governo dissolveu o Congresso Nacional e as casas legislativas municipais e estaduais. Foram nomeados interventores para diversos estados, como Juarez Távora e Pedro Ernesto.  
São Paulo reagiu à perda de seu lugar na política nacional e, em 1932, acontece a Revolução Constitucionalista, iniciada em 9 de julho, que só teve seu final em 3 de outubro do mesmo ano. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A pressão por uma nova constituição evidenciada por este movimento paulista deu impulso a uma assembleia constituinte que elaboraria a Constituição de 1934. 
Pela primeira vez um documento deste porte considerou as necessidades reais dos trabalhadores. Vargas havia criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, cuja gestão ficou a cargo de Lindolfo Collor. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
	proibiam-se a prática de diferenças salariais, o que era recorrente até então; 
	o estabelecimento de um salário mínimo; 
	férias remuneradas; 
	a proibição do trabalho de menores de 14 anos entre outras medidas.
Vargas assume, portanto, o papel de mediador entre os diversos grupos sociais, como o operariado, a quem favorece com as leis trabalhistas e as elites econômicas. 
Progressivamente, os sindicatos e a jornada de trabalho foram regulamentados e, no artigo 121, deste documento:
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Muito tem se discutido acerca do papel normalizador das medidas vistas anteriormente, que acabaram por enfraquecer o movimento operário, bem como fazendo com que os sindicatos, após sua regulamentação, acabassem sendo incorporados pelo estado e perdessem parte de seu papel como representantes da classe trabalhadora.
Este sistema foi chamado de “estado de compromisso”, como aponta Boris Fausto:
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
“Vitoriosa a revolução, abre-se uma espécie de vazio de poder por força do colapso político da burguesia do café e da incapacidade das demais frações de classe para assumi-lo, em caráter exclusivo. O estado de compromisso é a resposta para esta situação. Embora os limites da ação do Estado sejam ampliados para além da consciência e das intenções de seus agentes, sob o impacto da crise econômica, o novo governo representa mais uma transação no interior das classes dominantes, tão bem expressa na intocabilidade sagrada das relações sociais no campo”. 
FAUSTO, Boris: A Revolução de 1930: historiografia e história. São Paulo: Brasiliense, 1972;
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O que podemos perceber é que apesar de seu caráter reformista, questões fundamentais como a manutenção do latifúndio permaneceram, o que nos faz referir a este período como uma modernização conservadora.
Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde, que teve como seu mais notável ministro o mineiro Gustavo Capanema. 
Sua simpatia pelos modernistas norteou a construção da sede deste ministério, atualmente denominado Palácio Gustavo Capanema no Rio de Janeiro. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O INÍCIO DA PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
De acordo com a proposta de resgate do patrimônio público, surgiu a Inspetoria de Monumentos Nacionais (IPM)
Seu objetivo era impedir que artefatos e monumentos fossem retirados do país ilegalmente e garantisse a preservação de prédios históricos, ameaçados pelo crescimento urbano. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Após o IPM, foi criado o SPHAN, elaborado a partir do projeto de Mario de Andrade, redigido em 1936.
Neste sentido, percebemos o início de uma política sistemática de tombamento e preservação, que será constituída após a transformação do SPHAN no Iphan, como vimos em aulas anteriores.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O ESTADO NOVO
As grandes reformas não impediram que, em 1937, ocorresse um novo golpe, dando início ao Estado Novo, um período ditatorial que se estenderia ate o fim da Era Vargas em 1945.
Sob a justificativa de impedir a tomada de poder pelos comunistas, o Estado passa a ser centralizado nas mãos do executivo.
Começa um período de repressão e censura, com a criação de órgãos como o DIP e a Polícia Secreta, chefiada por Filinto Muller e responsável pela deportação de Olga Benário.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Os motivos alegados para o desmonte do morro – uma operação complicadíssima – era de que ele impedia a circulação de vento na cidade, permitindo a proliferação de várias doenças.  
Na prática, este foi um projeto de higienização, muito parecido com aquele feito por Pereira Passos.
Houve um considerável fortalecimento do mercado interno além da criação de empresas nacionais em áreas estratégicas, como é o caso da Siderúrgica Nacional, fundada em 1941, na cidade de Volta Redonda, Rio de Janeiro.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, deu um novo salto econômico para o Brasil, que através de seus aliados aumentou seus índices de importação e exportação. Mas o final da Segunda Guerra criou um paradoxo.
O Brasil lutara junto aos seus aliados contra os estados nazista e fascista. Ao final da guerra, houve uma forte pressão internacional para que Vargas abandonasse a política autoritária, pondo fim à ditadura do Estado Novo.
No plano interno, também existiam pressões das elites e da população para a abertura política, o que acabou por fazer com que Vargas fosse obrigado a abandonar o poder em outubro de 1945.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Tanto o período como a própria figura de Getúlio Vargas permanece alvo de diversas controvérsias até os dias de hoje.
Entretanto, as mudanças operadas em sua gestão foram fundamentais para o desenvolvimento do país e para o processo de industrialização, tardio e necessário.
Ainda que a Era Vargas tenha terminado, o mesmo não se pode dizer da carreira política de Getúlio, que voltaria à presidência através das eleições em 1951.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aula 10: O Nacional Desenvolvimento
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O POPULISMO
O período que se iniciou na década de 30 do século XX daria origem a um fenômeno singular, compartilhado por outros países latinos e que no Brasil teria Getúlio Vargas como seu principal expoente: o populismo. 
De modo geral, podemos definir o populismo como uma série de práticas políticas que aproximam o estado da população sem, contudo, alterar profundamente a estrutura de classes dominante. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
OS ANOS PÓS-1945 COM O CONTEXTO MUNDIAL
Não podemos deixar de relacionar os anos pós-1945 com o contexto mundial. Após a II Guerra, o mundo se viu mergulhado na Guerra Fria e em uma nova ordem, denominada de bipolaridade, que opunha dois blocos de influência. São eles: 
Capitalista, liderado pelos EUA   
X   
Socialista, liderado pela URSS
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O BRASIL E OS EUA
O Brasil alinhou-se aos Estados Unidos, já que tinha profundos interesses econômicos no mercado externo, o que criava certa dependência da economia brasileira, permitindo a interferência norte-americana em diversos assuntos nacionais.
Durante o governo Dutra, foi redigida uma nova Constituição, que incorporou os direitos trabalhistas concedidos por Vargas e inspirou-se no modelo norte-americano, ao estabelecer, por exemplo, um mecanismo de controle e fiscalização conhecido como CPI.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
ADAPTAÇÃO À REALIDADE MUNDIAL
O período Dutra foi uma adaptação política do país à realidade mundial. Em 1951, novas eleições deram a vitória a Vargas, que não terminaria seu mandato. Cabe lembrar que este segundogoverno não faz parte da Era Vargas, mas é analisado sob outra conjuntura, profundamente ligado à ordem internacional do pós-guerra.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Por essa razão, este segundo governo nasce de um impasse:
Por um lado, Vargas mantém a política econômica nacionalista que havia caracterizado sua antiga gestão.
Por outro, o imperialismo norte-americano tinha grandes interesses no Brasil como fornecedor de matérias-primas. 
IMPASSE
Como exemplo dessa nova adaptação à realidade mundial, podemos citar a criação da Petrobras, em 1953, que estabelecia o monopólio sobre o petróleo.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
SUICÍDIO DE VARGAS
A Carta-Testamento de Getúlio Vargas é um documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio, em 24 de Agosto de 1954.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
	O governo JK é alvo de diversas controvérsias, mesmo antes de sua vitória nas eleições. O político ocupava então o cargo de Governador de Minas Gerais, e sua eleição foi fruto de uma coligação partidária fundamentada, sobretudo, na aliança PSD  – PTB .
Cabe lembrar que as eleições eram feitas em separado, e embora João Goulart fosse candidato à Vice-presidência, teria que ser igualmente votado. Assim, havia a eleição tanto para o cargo de Presidente quanto para o de Vice-presidente.
GOVERNO JK
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
	O trabalhismo de Juscelino era entendido como uma continuidade da política getulista, o que levantou uma forte onda oposicionista, liderada sobretudo pela UDN, que lançara a candidatura de Juarez Távora à Presidência.
	Se no campo político a candidatura de Juscelino dividida opiniões, a vitória teria que se dar, de fato, nas urnas, com o apoio popular. A campanha presidencial foi ousada, investindo na ideia de progresso e desenvolvimento, que seria traduzido no slogan 50 anos em 5. 
	Na sua campanha, Juscelino construiu uma imagem associada ao trabalhador, evidenciada por seu jingle eleitoral.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Estruturas metálicas revestidas de concreto, técnica pouco usada no Brasil, aceleraram a obra. Só para os prédios dos ministérios e o do Congresso vieram 15 mil toneladas de aço dos Estados Unidos. Em 1969, o ministro da Fazenda Eugênio Gudin estimou em US$ 1,5 bilhão os gastos públicos (US$ 83 bilhões em valores atuais) com a construção de Brasília.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Para que o plano de metas fosse executado – e consciente da forte oposição que sofria –, em 1956 foi criado o Conselho de Desenvolvimento, encarregado de coordenar a execução das metas propostas.
Cabe lembrar que o plano era ambicioso e previa investimentos em cinco setores considerados básicos ao desenvolvimento.
	Energia
	Transporte
	Indústrias de base
	Alimentação
	Educação
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Os investimentos seriam mistos – tanto públicos quanto privados –, mas os três primeiros setores acabaram recebendo a maior fatia do investimento, contando com mais de 90% do total. Alimentação e educação acabaram, portanto, ficando em segundo plano.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Como o projeto era antigo, acabou ganhando ares de lenda. Não se acreditava, de fato, que ele fosse sair do papel em algum momento, e a determinação de Juscelino em construir Brasília foi encarada tanto como ousadia como quanto loucura.
Surgiu um problema de ordem prática: a transferência dos servidores públicos e de suas famílias do Rio de Janeiro para Brasília, o que afetou sobremaneira a vida destes funcionários: era a capital interferindo na ordem familiar.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE
Reconhecendo sua importância como patrimônio arquitetônico, em 1987 a cidade de Brasília foi tombada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. 
Embora o tombamento não implique em nenhuma ajuda financeira internacional para a manutenção deste patrimônio- tarefa que cabe ao Estado Brasileiro –, seu tombamento busca preservar o conjunto original da obra.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Desde seus primeiros momentos, o tombamento de Brasília foi controverso. Seus defensores argumentavam que era a primeira capital erguida no século XX e o conjunto arquitetônico modernista era, em si, único. 
Em contrapartida, os que se posicionavam contra diziam que era prematuro avaliar a importância do Modernismo enquanto estilo artístico e arquitetônico. Este argumento foi vencido pela justificativa de que se tombava o projeto, e não somente sua realização.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O mais famoso arquiteto brasileiro demonstrava seu desapontamento ao constatar a pobreza das cidades-satélites e concluir que Brasília falhara em seu objetivo de promover uma integração social entre as mais diversas classes, já que os pobres foram confinados aos espaços periféricos da capital.
Em 2009, nova polêmica, desta vez envolvendo um dos fundadores da cidade, Oscar Niemeyer. 
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O senso comum culpou a construção de Brasília e o governo JK pela dívida externa brasileira, o que não é verdade. A dívida já existia, mas sofreu, de fato, um aumento considerável no período.  Seja como for, meio século depois, Brasília continua polêmica, título que está muito longe de ser extinto.
AULA DEREVISÃO (6 A 10)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
BONS ESTUDOS!

Continue navegando