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COVID-19

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COVID-19 
 
Introdução: 
• Patógeno em humanos e animais; 
• Final de 2019: novo coronavírus foi identificado em 
Wuhan – China: epidemia; 
• Fevereiro de 2020: OMS designou a doença 
COVID-19 (Corona Virus Disease); 
• Vírus que causa o COVID-19 = coronavírus 2; 
• Causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SARS-CoV-2); 
• Março de 2020 – OMS: pandemia; 
 
Transmissão: 
• Gotículas respiratórias: tosse, espirro, falar – em 
distância inferior a 2m; 
• Tocar superfície infectada e depois tocar nos 
olhos, nariz ou boca; 
• De acordo com a OMS, transmissão fecal-oral 
não parece ser um fator significativo na 
disseminação da infecção; 
• SARS-CoV-2 permaneceu viável em aerossóis 
em condições experimentais por pelo menos três 
horas; 
• Níveis de RNA viral parem estar mais altos logo 
após o início dos sintomas, em comparação com 
os dias mais tardios da doença; 
• Taxas de transmissão em indivíduo sintomático 
varia de acordo com a localização e as 
intervenções de controle da infecção; 
• Transmissão de SARS-CoV-2 de indivíduos 
assintomáticos ou dentro do período de 
incubação: descrita, mas com extensão 
desconhecida; 
• Período de incubação: média de 14 dias após a 
exposição, maioria dos casos 4 a 5 dias após a 
exposição; 
 
Espectro de gravidade: 
• Leve (sintomas leves ou pneumonia leve): 81% 
dos contaminados; 
 
 
• Doença grave (dispneia, hipóxia ou envolvimento 
pulmonar maior que 50% nas imagens em 24 a 
48h): 14%; 
• Doença crítica (insuficiência respiratória, choque 
ou disfunção multiorgânica): 5%; 
• Taxa geral de mortalidade: 2,3%; 
• Não foram relatadas mortes entre os casos não 
críticos; 
• A maioria dos casos fatais ocorreu em pacientes 
com idade avançada ou comorbidades médicas 
subjacentes (incluindo doença cardiovascular, 
diabetes mellitus, doença pulmonar crônica, 
hipertensão e câncer); 
• Infecção sintomática em crianças parece ser 
incomum e, quando ocorre, geralmente é leve, 
embora casos graves tenham sido relatados; 
• Apenas 2% das infecções ocorreram em 
indivíduos com menos de 20 anos (China); 
 
Infecções assintomáticas: 
• Incidência desconhecida; 
• Estudo com pacientes com infecção 
assintomática submetidos à TC de tórax: 50% 
tinham opacidades típicas em vidro fosco e outros 
20% possuíam anormalidades atípicas; 
 
Manifestações clínicas: 
• Febre (44 – 99%); 
• Fadiga (70%); 
• Tosse seca (59%); 
• Hiporexia (40%); 
• Mialgia (35%); 
• Dispneia (31%); 
• Expectoração (27%); 
• Sintomas gastrintestinais – diarreia; 
 
Evolução: 
• Sintomas inicialmente leves podem progredir ao 
longo de uma semana. (dispneia: 5-7 dias); 
IESPC I 
• Pacientes hospitalizados: síndrome do 
desconforto respiratório agudo (SDRA): 20% em 
8 dias; 
• Outras complicações: arritmias, lesão cardíaca 
aguda e choque; 
• Segundo OMS: tempo de recuperação 2 
semanas para infecções leves e 3 a 6 semanas 
para doenças graves; 
 
Laboratório: 
• Leucograma pode variar; 
• Leucopenia, leucocitose e linfopenia; 
↪ Linfopenia parece ser mais comum; 
• Níveis altos de dímero D e linfopenia mais grave 
têm sido associados à mortalidade; 
 
Imagem: 
• TC do tórax: opacificação em vidro fosco com 
ou sem anormalidades consolidadas, consistente 
com pneumonia viral; 
• Normalmente são bilaterais, com distribuição 
periférica e envolvendo os lobos inferiores; 
• Achados menos comuns incluem: espessamento 
pleural, derrame pleural e linfadenopatia; 
 
Casos suspeitos: 
• Febre e/ou sintomas do trato respiratório (por 
exemplo, tosse, dispneia); 
↪ Contato próximo (cerca de 2m por um 
período prolongado sem EPI) com um caso 
confirmado ou suspeito de COVID-19; 
↪ Residir ou viajar para áreas onde foi relatada 
ampla transmissão comunitária; 
↪ Exposição potencial através da participação 
em eventos ou permanência em locais 
específicos onde casos do COVID-19 foram 
relatados; 
Diagnóstico: 
• Kits: pacientes que atendem aos critérios para 
casos suspeitos devem ser submetidos aos testes 
para COVID-19, além de outros patógenos 
respiratórios (por exemplo, influenza, respiração 
respiratória sincicial); 
• Brasil: contato com o CIEVS (vigilância em saúde) 
para determinar quais casos serão analisados; 
 
Prevenção da exposição na 
comunidade: 
• Lavagem diligente das mãos (uso de desinfetante 
com pelo menos 60% de álcool se as mãos não 
estiverem visivelmente sujas); 
• Higiene respiratória (por exemplo, cobrir a tosse 
ou espirrar); 
• Evitar tocar no rosto (em particular olhos, nariz e 
boca); 
• Evitar multidões (principalmente locais com pouca 
ventilação); 
• Evitar contato próximo com pessoas doentes; 
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies que são 
frequentemente tocados; 
• Cuidado especial para idosos e indivíduos com 
condições médicas crônicas; 
• Distanciamento social; 
 
Assistência médica: 
• Triagem e precauções para febre ou sintomas 
respiratórios; 
• Contato telefônico prévio; 
• Máscara cirúrgica na entrada; 
• Setor de atendimento isolado para casos 
suspeitos; 
• OMS: precauções padrão, de contato e de 
gotículas (capote, luvas e máscara), com 
proteção para olhos e para face; 
• Precaução de aerossóis – Máscara N95A: 
↪ Intubação traqueal; 
↪ Ventilação não invasiva; 
↪ Traqueotomia; 
↪ Ressuscitação cardiopulmonar; 
↪ Ventilação manual antes da intubação; 
↪ Endoscopia digestiva alta; 
↪ Broncoscopia; 
↪ A coleta de amostras nasofaríngeas ou 
orofaríngeas não é considerada um 
procedimento gerador de aerossol; 
• Qualquer pessoa que entre no quarto de um 
paciente com suspeita ou confirmado de COVID-
19 deve usar EPI apropriado: capote, luvas, 
proteção para olhos e N95; 
• Se o suprimento de respiradores for limitado, o 
CDC reconhece que máscaras cirúrgicas são uma 
alternativa aceitável (além de EPI de contato e 
proteção ocular), mas a N95 deve ser usada 
durante os procedimentos de geração de 
aerossóis; 
• Gerenciamento de indivíduos assintomáticos com 
exposição potencial: 
↪ Indivíduos que viajaram para áreas de alto risco 
ou são contatos de pacientes com suspeita ou 
com confirmação de COVID-19 devem ser 
monitorados para o desenvolvimento de sintomas 
e sinais consistentes (febre, tosse ou dispneia); 
↪ Isolamento por 7 dias; 
↪ Se houver sintomas, vigilância epidemiológica 
deve ser avisada e caso passa a ser monitorado; 
 
Tratamento: 
• Casos leves: tratamento domiciliar; 
↪ Manejo concentrado na prevenção da 
transmissão a outros e no monitoramento da 
deterioração clínica, o que deve levar à 
hospitalização; 
↪ Ficar em casa e tentar se separar de outras 
pessoas; 
↪ Usar máscara facial quando estiver na mesma 
sala ou veículo com outras pessoas e quando se 
apresentarem nos locais de assistência médica. 
↪ Realizar desinfecção de superfícies; 
• Medidas de suporte; 
• Glicocorticóides: OMS e CDC recomendam que 
os glicocorticoides não sejam usados em 
pacientes com pneumonia por COVID-19, a menos 
que haja outras indicações (por exemplo, 
exacerbação da doença pulmonar obstrutiva 
crônica); 
• Antiretrovirais: Não existem dados controlados 
que apoiam o uso desses agentes e sua eficácia 
para o COVID-19 ainda é desconhecida. 
↪ Remdesivir, Cloroquina, Lopinavir/Ritonavir, 
Tocilizumabe – casos graves; 
 
• Situações especiais: 
↪ Manter medicação anti-hipertensiva; 
↪ Suspender corticoides e imunomoduladores; 
↪ Não usar anti-inflamatório não hormonal;

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