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UNIVERDIDADE PAULISTA- UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO CURSOS: EDUCAÇÃO FISICA - GRADUAÇÂO SÃO PAULO 2018 UNIVERSIDADE PAULISTA - CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA COMPONENTES DO GRUPO: Nome: Victor Kendi Naoé Corrêa RA: D6244G-3 Nome: Cesar Romanelli Leal RA: D6244E-7 Nome: Debora Campos Silva RA: D55488-3 Nome: Gabriel Araujo de Novaes RA: D65727-5 Nome: Vitor Henrique Magalhães RA: D54AFC-6 Nome: Lucas Vinicius Romão Leite RA: N251JD-0 Memórias das práticas corporais e formação inicial em Educação Física Relatório Interdisciplinar de Atividade Prática Supervisionada (APS) elaborado para avaliação no semestre letivo na habilitação de Graduação Plena no curso de Educação Física apresentado à Universidade Paulista - UNIP ORIENTADOR: Melissa França 1 Sumario Introdução................................................................................................... 2 Relatório...................................................................................................... 3 Conclusão................................................................................................... 6 Anexo I: Fichamento....................................................................................7 Anexo II: Questionário..................................................................................9 Anexo III: Respostas...................................................................................10 Referências.................................................................................................11 2 INTRODUÇÃO Foi realizada uma pesquisa com o objetivo de reconhecer a importância do movimento para o desenvolvimento da corporeidade de crianças e jovens nos diferentes campos de atuação do esporte da saúde ou do laser. A pesquisa constituiu na leitura de livros relacionados a matéria de corporeidade, na elaboração de perguntas e na visitação de um espaço destinado ao desenvolvimento de atividades corporais. 3 Considerando as profissões existentes atualmente muitas nos levam a ter contato direto com o corpo de outra pessoa, médicos, enfermeiros, psicólogos e entre as diversas estão os profissionais da educação física, assim como a maiorias esses lidam com o corpo humano em sua totalidade, mesmo que muitas acreditam que a Educação Física esta relacionada somente ao corpo físico, a verdade é que ela esta além, trabalha o cognitivo, o social e o psicológico, trabalha corpo e alma. Um profissional da educação física precisa ter como prioridade promover aos seus alunos experiências onde eles aprendam a lidar com sua corporeidade. “Consideramos fundamental que a Educação Física como projeto educativo. No ensino do esporte institucionalizado, tenha como objetivo primordial proporcionar ao aluno experiências em que ele aprenda a lidar com sua corporeidade não como um instrumento, do qual deve tirar o máximo de produtividade e habilidade técnica, mas como uma “ relação existencial”. Isso significa reconhecer que a identidade corporal é inseparável da identidade psicológica e social. Sendo assim, o professor, ao procurar que o aluno desenvolva habilidades técnicas e táticas desportivas, deve ter sempre presente a unidade da experiência corporal: a intrínseca ligação da execução do gesto e do desempenho no esporte com a realidade existencial do aluno” (Gonçalves, 1994, p. 163) Para promover tais experiências o profissional deve compreender o que é a corporeidade e esse corpo em sua totalidade, só assim ele será capaz de desenvolver através do esporte, saúde, do movimento e do lazer essas vivências, realizando assim uma boa atuação em sua área. Mas afinal o que é a corporeidade tanto dita e como ela é determinada? Diversas foram as interpretações e estudos feitos em torno desse assunto, ao pesquisar é fácil achar inúmeros significados para essa palavra, filósofos, pesquisadores e até mestres religiosos construíram conceitos e todos se resumiam a forma como lidamos com nosso corpo tanto físico como nossa alma, porém essa corporeidade pode mudar de acordo com a sociedade em que esta inserida. “O homem vive em um determinado contexto social com o qual Interage de forma dinâmica, pois, ao mesmo tempo em que atua na realidade, modlfícando-a. esta atua sobre ele, Influenciando e, até podemos dizer, direcionando suas formas de pensar, sentir e agir". Assim, as concepções que o homem desenvolve a respeito de sua corporalidade e as suas formas de comportar-se corporalmente estão ligadas a condicionamentos sociais e culturais. A cultura imprime suas marcas no indivíduo, ditando normas e fixando ideais nas dimensões intelectual, afetiva, moral e física, Ideais esses que indicam à Educação o que deve ser alcançado no processo de socialização. O corpo de cada indivíduo de um grupo cultural revela, assim, não somente sua singularidade pessoal, mas também tudo aquilo que caracteriza esse grupo como uma unidade.” (Gonçalves, 1994, p. 13) 4 A importância da compreensão de corporeidade por esses profissionais é tanta que nos cursos de Educação Física existem matérias somente para estudar sobre o assunto como Corporeidade e Motricidade Humana, onde nos foi apresentado todos os conceitos de corporeidade da antiguidade aos dias atuais. O corpo humano é exatamente a complexidade e a conexão de todas as formas possíveis de interpretação deste fenômeno. Entender isso é também compreender que somos diferentes e que é preciso lidar com os alunos de maneira adequada e de acordo com sua fase de desenvolvimento, assim como ensinado nas aulas de Crescimento e Desenvolvimento Humano, desde o nascimento até nos tornamos idosos, passamos por fases e em cada uma delas possuímos características sociais, motoras e cognitivas diferentes, um profissional que entende e reconhece qual fase seu aluno esta, junto com seu conhecimento de corporeidade e além disso observa a individualidade é a pessoa mais capacitada para promover a essa criança, jovem ou adulto uma vivência com seu próprio corpo e sua alma. Através das aulas dadas por esse professor o aluno passa a entender seu próprio corpo, é convidado a explorar ele das melhores formas, criando, movimentando, imaginando, demonstrando e expressando. Além disso quando inserida na Educação Física a corporeidade é capaz de criar atitude ética, preocupação com o próximo e construir uma qualidade de vida melhor. Para entender essa junção na prática, fomos convidados a visitar um local de desenvolvimento de algum esporte ou atividade física e entrevistar o profissional responsável pelo local sobre como o corpo dos alunos é trabalhado naquela atividade, a metodologia usada, o que é usado, qual público atende e quais valores podem ser transmitidosatravés dessa prática. O local escolhido foi o CEGRI – Centro Excelência em Ginástica Rítmica de Osasco, entrevistamos a professora Beatriz de Adão Oliveira, formada em Educação Física pela Anhanguera e atuante na área de Ginástica Rítmica há 5 anos. O CEGRI existe em Osasco desde 2016 e começou apenas com turmas de iniciação da GR mas hoje já possui uma turma de alto rendimento. O espaço, localizado no centro de Osasco possui uma ótima estrutura para o desenvolvimento, é grande, possui salas de ballet, espelhos, tapetes e diversos matérias como colchonetes, cordas e trampolins a disposição das alunas. O público alvo são somente meninas de 4 a 19 anos. Aos questionada sobre como a Ginástica Rítmica é desenvolvida nesse local Beatriz nos contou que todo trabalho é feito em cima de uma periodização que respeita o tempo de aprendizagem das ginastas, suas capacidades os objetivos finais, para o alto rendimento esse objetivo são as competições e para as turmas de iniciação o bom desenvolvimento de capacidades como força, flexibilidade e equilíbrio. Por esse motivo é que elas são separadas em turmas por idade e cada turma recebe um treino adequado. Bia também nos contou que através da prática as alunas são levadas a expressar seus sentimentos através do corpo e a interpretar músicas e ritmos através do movimento, além disso a Ginástica Rítmica trabalha nas praticantes a disciplina, responsabilidade, o trabalho em grupo e a interação tanto com pessoas quanto com objetos. 5 Apesar de serem modalidade diferentes, ao conhecer o CEGRI conseguimos ver de perto e ter um exemplo do que foi aprendido nas aulas de Ginástica Artística, as diferenças do esporte como alto rendimento e o esporte como atividade física e como o corpo é visto de forma diferente nesses aspectos. Enquanto a atividade física trabalha o corpo em sua totalidade promovendo ao corpo atividades mais lúdicas, saúde, alegria, distração e momento de relaxamento muitas vezes o esporte de alto rendimento vê o corpo somente como físico, uma máquina de movimento, diversas horas de treinamento, pressão psicológica, padrões e biótipos ideais. Não é possível falar ou trabalhar com o esporte sem citar a corporeidade e sem compreende-la, ambos precisam estar sempre ligados para que esse não seja uma forma de maquinizar o corpo humano, mas sim aproveita-lo e explora-lo de forma saudável e positiva. O esporte é um dos caminhos para a saúde tanto física quanto mental do corpo e quando um profissional consegue aplica-lo dentro dos padrões da corporeidade ele esta atuando com perfeição. E nós, como humanos quando entendemos a importância da corporeidade, aprendemos a respeitar a si mesmo e ao próximo. 6 CONCLUSÃO Através deste trabalho tivemos uma noção de como devemos tratar o corpo, como lidar com os alunos, tomando a base das matérias de corporeidade, ginastica artística e desenvolvimento de crescimento humano. Onde podemos ter uma ampla visão, de como devemos utilizar no meio da Educação Física. Com a visitação ao centro de treinamento de ginastica rítmica observamos a diferença quando tratamos o corpo como algo recreativo e quando se trata de algo em alto nível. A discrepância entre eles é muito grande. Após a visitação tivemos a entrevista onde obtivemos uma visão diferente, da corporeidade, de como uma técnica de ginastica rítmica tem a visão de corporeidade. Diante de tantas pesquisas e expostos, fica evidente que ambos, a educação física e a corporeidade estão sempre interligadas e só a junção de ambos é que permite um aproveitamento total do nosso corpo em sua totalidade. Um profissional de Educação Física só executa bem sua função quando compreende que não esta lidando com uma máquina e nem com um corpo físico, mas sim com um corpo que é também alma, mente, sentimento, quando sabe reconhecer em que fase esta o aluno com quem ele esta lidando e quando entende que suas aulas não devem priorizar somente o desenvolvimento motor, mas também o cognitivo e o social. A Educação Física tem a capacidade de preparar um indivíduo para a sociedade, ensinando respeito, valores e ética, além de promover qualidade de saúde física e mental mas só um bom profissional saberá fazer isso através do movimento e das práticas esportivas. 7 ANEXO I – FICHAMENTO Assunto: A corporeidade na Educação Física: Reflexões e proposições sobre a atuação profissional Referência: Gonçalves, Maria Augusta Salin, de; Sentir, pensar e agir: corporeidade e educação. Campinas – SP, 1994. Citações: “O homem vive em um determinado contexto social com o qual Interage de forma dinâmica, pois, ao mesmo tempo em que atua na realidade, modlfícando-a. esta atua sobre ele, Influenciando e, até podemos dizer, direcionando suas formas de pensar, sentir e agir". Assim, as concepções que o homem desenvolve a respeito de sua corporalidade e as suas formas de comportar-se corporalmente estão ligadas a condicionamentos sociais e culturais. A cultura imprime suas marcas no indivíduo, ditando normas e fixando ideais nas dimensões intelectual, afetiva, moral e física, Ideais esses que indicam à Educação o que deve ser alcançado no processo de socialização. O corpo de cada indivíduo de um grupo cultural revela, assim, não somente sua singularidade pessoal, mas também tudo aquilo que caracteriza esse grupo como uma unidade.” (Gonçalves, 1994, p. 13) “Consideramos fundamental que a Educação Física como projeto educativo. No ensino do esporte institucionalizado, tenha como objetivo primordial proporcionar ao aluno experiências em que ele aprenda a lidar com sua corporalidade não como um instrumento, do qual deve tirar o máximo de produtividade e habilidade técnica, mas como uma “ relação existencial” . Isso significa reconhecer que a identidade corporal é inseparável da identidade psicológica e social. Sendo assim, o professor, ao procurar que o aluno desenvolva habilidades técnicas e táticas desportivas, deve ter sempre presente a unidade da experiência corporal: a intrínseca ligação da execução do gesto e do desempenho no esporte com a realidade existencial do aluno.” (Gonçalves, 1994, p. 163) Referência: Moreira, Wagner Wey de; Século XXI: a era do corpo ativo. Papirus, 2006. Citações: “Por conseguinte, estamos nos precipitando (ou, talvez melhor dizendo, nos elevando) na afisicidade. E isso não é uma hipótese – é realmente um dado bem concrete. De fato, é hoje fácil constatar que o corpo não prevalece mais sobre a mente, antes pelo contrário, emergindo dá o perigo de começarmos a negligenciar em demasia a nossa dimensão física e corporal. Só nos lembramos dela quando a não aceitamos por qualquer motivo, quando se torna incomodativa e perturba nossa vida e nosso bem-estar. E então desatamos a procurar modifica-la e esculpi-la com outra forma, cuidando que assim ancoramos nela, de modo seguro, a nossa existência. ” (De Mais 2000, p. 163) 8 Concedo que o desporto é um excesso do corpo, mas sem que o espirito seja despromovido. É o corpo que é promovido, que se subtrai à coisificação, transcende a realidade carnal e animal e atinge a dimensão espiritual e humana, tornando-se no dizer do escritor Vergílio Ferreira – espirito encarnado. É a promoção da humanidade do homem e do seu corpo até onde o pode ser, superando a inferioridade da nossa natureza e elevando a à superioridade da nossa condição. Trata-se de liberar o homem dos ditames de um corpo inculto, inábil, medonho, grotesco e bruto, de ultrapassar a sua resistência e de tornar o corpo belo, ético, ágil, espiritual e moral; de alargar o corpo instrumental e o protocorpo biológico e motor em corpo cultural, portador de sentidos e símbolos para estruturar o viver (Ferreira 1978, p.168).9 ANEXO II – QUESTIONÁRIO Pergunta 1: Quais práticas são aplicadas nesse local? Pergunta 2: Como são desenvolvidas e por qual motivo? Pergunta 3: Os praticantes lidam com o corpo em sua totalidade, corpo e alma? Pergunta 4: Quais aparelhos ou materiais são necessários para desenvolver essa prática? Pergunta 5: O corpo aqui é visto como forma de linguagem e comunicação? Pergunta 6: Quais sãos os valores morais e sociais que podem ser ensinados através dessa prática? 10 ANEXO III – RESPOSTAS As respostas foram obtidas por uma técnica de ginastica rítmica Beatriz de Adão Oliveira: Resposta da pergunta 1: Ginastica. Rítmica Resposta da pergunta 2: São desenvolvidas em uma periodização que visa as competições e eventos importantes. Trabalhamos com a periodização para conseguir uma melhor performance durante as Competições, e também para respeitar o tempo de aprendizagem do atleta. Resposta da pergunta 3: Sim, na Ginástica Rítmica, temos a música como nossa aliada. E em suas séries as ginastas precisam interpretar a música, algo que não exige um trabalho em conjunto de alma e corpo. Resposta da pergunta 4: Os aparelhos oficiais da GR (bola, arco, fita, maças, corda), tatames de EVA, barras de ballet, espelho, tapete, aparelho de som. Resposta da pergunta 5: Na Ginástica temos séries em conjunto, onde uma depende da outra. Sendo assim, podemos dizer que ensinamos cooperação, interação social, empatia, disciplina e perseverança. 11 REFERÊNCIAS Gonçalves, Maria Augusta Salin, de; Sentir, pensar e agir: corporeidade e educação. Campinas – SP, 1994. Moreira, Wagner Wey de; Século XXI: a era do corpo ativo. Papirus, 2006. ROBIN, J. F.; SANTOS, S. B. Ginástica: um jogo de regras. In: SCHIAVON, L. et al. (Org.) Ginástica de alto rendimento. Várzea paulista: Fontoura, 2014. Neto, Manoel Pacheco. Educação Física: Corporeidade e Saúde. UFGD, 2012.
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