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Doenças Autoimunes da Tireoide e Diabetes Mellitus Insulino-Dependente

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Carine Taetti Bellini
1 – DIABETES MELLITUS INSULINO – DEPENDENTE (DMID): Esta doença é conhecida por DIABETE JUVENIL OU DO TIPO 1, pois seu diagnóstico ocorre na infância. ( É resultante da destruição autoimune das células beta do pâncreas que secretam insulina. O plasma de pacientes com DMID contém anticorpos dirigidos contra o hormônio insulina, bem como contra o ácido glutâmico descarboxilase e a caperonina HSP6O, que são os três maiores componentes das células beta do pâncreas. ( Atualmente, os pacientes com DMID são tratados com doses diárias de insulina, e apesar desta reposição hormonal permitir sua sobrevida, há possibilidade da ocorrência de doenças degenerativas dos rins, vasos e retina.
Caso clínico: Identificação: E. R., sexo feminino, 12 anos, Queixa principal: “Fraqueza e sonolência há 1 dia”
 História da Doença Atual: Mãe relata que há 1 semana criança iniciou quadro de polidipsia, poliúria e hiporexia, apresentando perda de peso de 5 Kg. Há 1 dia, vem apresentando muita sonolência, fraqueza e gosto amargo na boca. Refere dor abdominal ocasional, principalmente após alimentar-se. Relata que não evacuava há 1 semana, tendo evacuado há 1 dia após estímulo com laxante. Nega febre, vômitos ou outras queixas.
Ao exame físico: BEG, hipocorada, desidratada, acianótica, anictérica, eupneica, afebril, ativa e reativa, não toxemiada, peso: 34kg ACV: RCR, em 2T, BNF, sem sopros. FC: 88 bpm AR: MVF, sem RAs, sem esforço respiratório. FR: 18 irpm ABD: plano, RHA+, flácido, indolor, sem VMG palpáveis EXT: sem edema e bem perfundidas Sem sinais meníngeos.
Exames complementares: Realizada glicemia capilar na chegada ao HRAS: 551 mg/dL. - 16:44: Gasometria arterial: pH 7,32/ pCO2: 26/ pO2: 98/ HCO3: 13/ BE: -11?/ SatO2: 97% Cetonúria 2+/Glicosúria 2+ - Às 18:12: Dx: 419/ Cetonúria 2+/ Glicosúria 2+ - Às 22:00: Dx: 350/ Cetonúria 2+/ Glicosúria 2+ - Às 05:56: Dx 350
Discussão: Em pacientes com sinais e sintomas característicos, o diagnóstico é confirmado através de glicemia plasmática acima de 200mg, em qualquer hora do dia, ou glicemia de jejum igual ou superior a 126mg. Na maioria dos casos essa destruição das células beta é mediada por autoimunidade, porém existem casos em que não há evidências de processo autoimune, sendo, portanto, referida como forma idiopática do DM1.
3 – DOENÇA DE GRAVES E TIREOIDITE ( Ambas são doenças autoimunes da tireoide que causam diferentes sintomas. ( Na doença de Graves, o alvo do ataque imunológico é o receptor TSH da superfície das células tireoides que normalmente se liga ao hormônio estimulador da tireoide (hormônio TSH). Em pacientes com a doença de Graves os auto anticorpos se ligam aos receptores TSH, induzindo prolongado estímulo das células tireoides, causando o hipertireoidismo. Dois dos sinais da Doença de Graves é a oftalmopatia e o bócio (Figuras 1 e 2). ( A tireoidite de Hashimoto (Figura 2) se deve ao ataque imunológico contra uma ou mais proteínas comuns das células tireoides, incluindo a tiroglobulina. A destruição resultante da glândula tireoide causa o hipotireoidismo.
Caso clínico: Paciente do sexo feminino, 63 anos de idade, teve hipertireoidismo há 24 anos, apresentando remissão espontânea 1 ano após iniciar tapazol (TPZ) 30 mg ao dia; Há 4 anos voltou a apresentar concentrações diminuídas do TSH sanguíneo, porém com menos sintomas; Há 6 meses, fez hipotiroidismo sintomático com 20 mg de TPZ e piorou após prescrição de tiroxina, 50 mcg/dia feita pelo clínico geral. Após a suspensão da tiroxina, o TSH voltou a cair para 0,05 mcU/ml, com T4 livre (FT4) = 3,1 ng/dl (até 1,7) e T3 livre (FT3) = 0,59 ng/dl (até 0,37).
Discussão: Os exames têm o objetivo de detectar a disfunção da tireoide, diagnosticar a doença de Graves e monitorar o tratamento.
Para detectar disfunção da tireoide, os exames iniciais são: TSH - Aparece baixo na doença de Graves, T4 total ou livre - Em geral, elevado e T3 total ou livre - Em geral, elevado. Esses exames podem ser repetidos periodicamente para monitorar a função da tireoide e os efeitos do tratamento.
E também existe exames laboratoriais para o diagnóstico da doença de Graves envolvem a pesquisa de auto anticorpos anti-tireoide: Imunoglobulina estimulante da tireoide (TSI) – A presença desses auto anticorpo confirma o diagnóstico de doença de Graves e Anticorpos anti-tireoperoxidase (anti-TPO) – Esse auto anticorpo é encontrado na maioria das pessoas com doença de Graves ou com tireoidite de Hashimoto.

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