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DOENÇAS VIRAIS ✗ Doença Doença de Gumboro (DOENÇA DA BURSA DE FABRÍCIO) Doença aguda ✗ Etiologia Binaviridae sorotipo tipo 1 CEPAS – variante não apresenta sintomas,causa imunossupressão e doença subclínica. Clássica manifestação classica da doença e com alta mortalidade. Sorotipo 2 é menos virulento ou até avirulento. ✗ Epidemiologia É mais comum (aves jovens) 6 semanas que é o período relacionado com o desenvolvimento da bursa. Geralmente a infecção ocorre no decréscimo dos anticorpos materno, as mães passam para os pintinhos através da gema. Contaminação inalação e por consumo de alimento e água contaminados e vertical via ovo. Infecção oral Intestino Cél linfoides da bursa Destruição linf B Comprometimento resposta humoral Viremia prossegue p/ outros órgãos linfoides(BAÇO/TIMO) ✗ Sinais Clínicos Prostração, anorexia, penas eriçadas, desidratação, tremores, diarreia e morte. Morbidade pode chegar a 100% e mortalidade variável (depende da cepa). ✗ Lesões CEPA CLÁSSICA (MORBIDADE ALTA) 4º dias de infecção aumento do volume da bursa com edema, hemorragia, transudato fibrinoso na serosa e muco no interior. A partir do 4º dias reduz o tamanho até atrofia acentuada no 7º dia após a infecção. Ocorre desuniformidade porque as aves elas podem se infectar em períodos diferentes por isso na necrópsia se vê tamanhos diferentes, ocorre hemorragia muscular, pro ventrículo e moela e alteração renal rins aumentados e palidos com acumulo de uratos. CEPA VARIANTE (FORMA SUBCLÍNICA) Baixa mortalidade, mas severa imunossupressão e quanto mais jovem a ave é infectada, maior será a destruição dos precursores linfocitários. ✗ Diagnostico PCR, sorologia e histopatologia (necrose de linfócitos) ✗ Tratamento Não possui, mas pode ser usado antibióticos para infecções secundarias ✗ Prevenção e Controle Vacinação de matrizes reprodutoras, vacina recombinante 1º dia de vida e medidas de biosseguridade. ✗ Doença Anemia Infecciosa das galinhas (AIG) ✗ Etiologia Gênero Gyrovirus e família Circoviridae, doença em animais jovens (até 3 semanas de idade), vírus altamente resistente. ✗ Epidemiologia Doença anêmico hemorrágica (podendo ou não ter hemorragia) importante que acomete o sistema imune das galinhas domésticas, não é muito comum mas acarreta importantes impactos econômicos pois reduz a resposta às vacinações e aumento da susceptibilidade a agentes oportunistas. Transmissão por infecção vertical matriz para o pintinho e pela mistura de pintinhos contaminados podendo ser contato direto e idireto (Infecção vertical é geralmente mais grave e fatal para pintinhos, com o quadro típico hemorrágico) ✗ Sinais Clínicos Anemia profunda, hematócrito baixo, pancitopenia( diminuição de todas as células), palidez, hipoplasia da medula óssea e grave imunossupressão pela depleção de linfócitos T imaturos. ✗ Lesões Atrofia e hemorragia do timo e hemorragias musculares. ✗ Diagnostico PCR, ELISA, sinais clínicos e lesões durante a necrópsia. ✗ Tratamento Não tem tratamento ✗ Prevenção e Controle Biosseguridade evitar diferentes procedências de aves e contato entre aves de diferentes idades, vacinar reprodutoras durante a puberdade (entre 12 e 15 semanas de idade). ✗ Doença Bouba Aviaria ✗ Etiologia Vírus do gênero Avipoxvirus, família Poxviridae, resistente ao meio ambiente e a desinfetantes e infecta células epiteliais formando inclusões citoplasmáticas. ✗ Epidemiologia Aparece após duas primeiras semanas de vida, transmissão através de aerossóis (descamação de pele, ou folículo das penas), transmissão mecânica através de insetos e moscas. Vírus se multiplica no epitélio, forma crostas que são eliminadas no ambiente contaminando água, cama, ração. ✗ Sinais Clínicos Forma cutânea: lesões crostosas na crista barbela, pálpebras e outras áreas não cobertas por penas. Pode haver redução do consumo de ração, mortalidade normalmente é baixa. Forma diftérica: pode levar a dificuldade de se alimentar e dispneia. Lesões proliferativas na forma cutânea em perus e em galinhas. Peru com grande quantidade de nódulos (epiteliomas) nas partes desprovidas de penas e galinha com nódulos (crostas-epiteliomas) na cabeça, barbela e crista. ✗ Lesões Forma diftérica: Placas esbranquiçadas na mucosa da membrana da boca e também podem aparecer nas narinas, faringe, laringe e traqueia (TRS). As placas podem aumentar de tamanho, se tornando necróticas e assumem a forma diftérica. ✗ Diagnostico Clínico: Através das lesões cutâneas ou diftéricas com confirmação por exames histopatológicos. Definitivo: Isolamento do vírus e PCR ✗ Tratamento Não possui tratamento específico. ✗ Prevenção e Controle Vacinação obrigatória de todas as galinhas e fragos 1º dia: Junto com a vacina de Marek, via subcutânea (cepa suave – frangos de corte). 65 dias (aproximadamente): Via membrana da asa (Matrizes e galinhas poedeiras) e realizar limpeza e desinfecção dos galpões evitando contaminação e fazendo o controle de vetores. DOENÇAS TUMORAIS – CAUSADA POR VÍRUS Marek 1º importante Leucose 2º importante Reticuloendoteliose ✗ Doença Doença de Marek ✗ Etiologia Família Herpesviridae(Gallidhepesvirus2 – GaHV-2) – Infecção persistente e vitalícia. Doença linfoproliferativa, acomete nervos periféricos. ✗ Epidemiologia Galinha hospedeiro mais importante, replicação nos folículos da pena e produção de partículas infecciosas. Principal fonte de infecção e pelas penas e fezes. Fatores predisponentes: sistema de ventilação, doenças concomitantes, densidade de aves por m² e manejo alimentar. ✗ Sinais Clínicos Forma clássica Ocorre em aves ao redor de 18 semanas de idade e mortalidade 3-10% paralisia dos nervos unilateral decorrente a inflamação de linf T, degeneração axonal. Asas caídas, incoordenação, cabeça baixa e disfunção do papo. Forma aguda Pode surgir desde 7 a 8 semanas de idade, mortalidade mais grave e rápida e o desenvolvimento de tumores impedem a função de órgãos vitais (fígado, baço, coração, rins). Palidez crista e barbela. Letargia, perda de peso e postura. Forma cutânea Ocorre linfoblastos nos folículos das penas causando ruptura e formação de úlceras. ✗ Diagnostico Forma clássica: sinal clínico – paralisia unilateral, lesões nos nervos e folículos das penas aumentados ou hemorrágicos. Visualização microscópica das células tumorais e/ou detecção do antígeno PCR ✗ Tratamento Não possui tratamento ✗ Prevenção e Controle Vacinação obrigatória para todas as galinhas e frangos e vacinação in ovo e 1º dia de vida e realizar programas de limpeza e desinfecção dos galpões após a retirada de cada lote, intervalo de descanso das instalações. ✗ Doença Leucose Aviária ✗ Etiologia Vírus da leucose aviária (Alpharetrovirus – família Retroviridae) pode ser isolado de galinhas, perus, faisões, codornas e perdizes. ✗ Epidemiologia Podem ser transmitidos horizontalmente, de ave para ave, ou verticalmente. Embora somente um pequeno número de pintos seja infectado verticalmente (menos que 10%), esta é uma forma de transmissão muito importante. A apresentação de tumores geralmente não é observada em frangos de corte (acima de 16 semanas). ✗ Sinais Clínicos Podem ser infectadas e não apresentar sinais clínicos. Curso progressivo: aves que geralmente desenvolvem tumores manifestam prostração, caquexia e morte. Crista e barbelas podem estar pálidas, murchas ou cianóticas e pode haver aumento abdominal. ✗ Lesões Tumores em vários órgãos, especialmente fígado, rins, bolsa cloacal, coração e ossos. Podem ser difusos ou focais, são branco acinzentados. Predominância de tumores na bolsa cloacal. Transformação neoplásica de linfócitos B. ✗ Diagnostico Sinais Clínicos, histórico e avaliação histopatológica das massas tumorais, isolamento e PCR. ✗ Tratamento Não tem tratamento ✗ Prevenção e Controle Não possui vacina, deve se ter um controle de biosseguridadeevitando doenças como coccidiose ou outras infecções parasitarias, controle de qualidade do alimento, separação de lotes por idade, higiene e desinfecção dos galpões, diminuir stress dos animais, suplementação e vit E. DOENÇA PARASITÁRIA ✗ Doença Coccidiose ✗ Etiologia Protozoários do gênero Eimeria responsável pela coccidiose aviaria sendo E. acervulina, E. máxima, E. tenella as mais importantes na avicultura. ✗ Epidemiologia As aves são infectadas através da ingestão de oocistos viáveis que possui especificidade e local de desenvolvimento no hospedeiro, dentro da moela dessas aves vão ser liberados os esporocistos após sofrerem ação da tripsina quinase que tendem a penetrar no intestino delgado modificará as vilosidades intestinais ou destruir as células intestinais fazendo com que ocorra diminuição da capacidade de absorção, causando perdas de fluidos e hemorragia gerando uma vulnerabilidade das aves em ser exposta a outras doenças com patógenos diferente como vírus e bactéria. ✗ Sinais Clínicos Coccidiose cecal: Sinais clínicos severos, efeitos nutricionais superficiais, alta mortalidade, modificação no mecanismo da vitamina K e diarreia aquosa a hemorrágica. Coccidiose intestinal: Sinais clínicos menos severos, tem efeitos acentuados e prolongados sobre a digestão e absorção de nutrientes, redução do ganho de peso e piora conversão alimentar. ✗ Lesões • Eimeria acervulina: ocorre infecções no duodeno até a parte mediana do intestino delgado. • Eimeria maxima: parasitam parte mediana do intestino delgado, podendo ter lesões no duodeno e no íleo. • Eimeria tenella: lesões no ceco. ✗ Diagnostico Pesquisa de oocistos na cama ou nas fezes, observação de lesões na mucosa intestinal, gravidade da infecção depende do número de oocistos ingeridos, do grau de virulência das cepas e da susceptibilidade dos hospedeiros. ✗ Tratamento Drogas mais conhecidas para tratamento da coccidiose são as sulfas, por serem facilmente solúveis em água e de fácil administração, além de possuírem amplo espectro de ação. ✗ Prevenção e Controle Manejo: Cuidados com a cama, vazio sanitário, intervalo entre lotes, limpeza de bebedouros e boa ventilação e o uso de medicamentos. Vacinação: poedeiras e matrizes. DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ✗ Doença Micoplasmoses ✗ Etiologia Mycoplasma gallisepticum – MG (galinhas e perus) Mycoplasma synoviae – MS (galinhas e perus) Mycoplasma meleagridis – MM (perus). Frequentemente associado com outros patógenos: Vírus da Bronquite Infecciosa, E. coli, Pasteurella multocida, Newcastle. Após o contato a ave torna-se portadora: intracelular. Mesmo após tratamento ave tem melhora, mas não cura. Erradicação e vigilância permanente é obrigatória nos plantéis reprodutores, de acordo com PNSA ✗ Epidemiologia Período de incubação: 6 a 21 dias Horizontalmente (aerossóis, contato direto e indireto) Verticalmente (se infectam antes de atingir o infundíbulo) Causam elevados prejuízos econômicos, mortalidade de até 30% quando associada com E. coli ocorre em galinha e perus de qualquer idade, mais severa em aves jovens e no Brasil, ocorre em todas as regiões e é mais frequente em galinhas de postura comercial do que em aves de corte ✗ Sinais Clínicos Morbidade elevada DOENÇA CRÔNICA RESPIRATÓRIA – Mycoplasma gallisepticum acometem o trato respiratório superior das galinhas presença de estertor respiratório (ronqueira), aumento dos seios faciais (sinusite). Inflamação catarral nas fossas e seios nasais, faringe, traqueia e brônquios Sacos aéreos espessados e opacos com depósitos de fibrina Aeossaculite, perihepatite fibrinosa, pericardite com aderência (principalmente quando associado com infecções bacterianas secundárias). ✗ Lesões Traqueia de um frango apresentando exsudato mucoso no lúmen Cavidade, seios e conchas nasais de uma galinha com hiperemia da mucosa e exsudato mucocatarral. Mycoplasma Synovae Causa doença em galinhas caracterizadas por artrite, com aumento articular, inchaço, hiperemia, exsudato leitoso sinovial, claudicação e imobilidade articular. Pode atingir também o sistema respiratório e seus efeitos clínicos dependem das coinfecções. ✗ Diagnostico PNSA: Aves de reprodução devem ser monitoradas para as micoplasmoses, pode ser feito baseado no histórico do lote, presença de lesões e sinais clínicos respiratórios, soroaglutinação rápida em placa (SRP) com antígeno específico para cada uma das espécies é o método oficial recomendado Reteste com inibição da hemaglutinação (HI) ou ELISA PCR para caracterização do Micoplasma. ✗ Tratamento Prevenção e Controle É obrigatória a erradicação de MG, MS e MM para reprodutoras comerciais. As granjas devem ser povoadas com aves livres de MG e manter boa biosseguridade. Para poedeiras em regiões endêmicas a vacinação pode representar benefício por redução da manifestação clínica (vacinas vivas atenuadas e inativadas). E o tratamento com antibioticoterapia (tetraciclinas, tilosinas, tiamulina e enrofloxacinas). ✗ Doença Bronquite Infecciosa das Galinhas ✗ Etiologia O VBIG é um Coronavírus, vírus sofre mutações e tem grande potencial para surgimento de cepas variantes e vários sorotipos da BI foram identificadas e os mais comuns são: Baudette, Massachusetts, Connecticut, Arkansas, dentre outros. ✗ Epidemiologia Possui disseminação rápida por aerossol, o vírus se multiplica nas células epiteliais do TR, intestino, rins e oviduto, infecção nos primeiros dias de vida: sinais respiratórios são mais graves, pode ocorrer desenvolvimento anormal do oviduto, pode ser agravada por E. coli. E pode atingir sistemas respiratório, reprodutor, gastrointestinal ou excretor, sua erradicação é difícil principalmente em regiões densamente povoadas com aves de múltiplas idades. ✗ Sinais Clínicos Se manifestam 2 a 3 dias após a infecção Sinais Respiratórios: prostração, redução do consumo de ração, espirros, estertores, dispneia, descarga de muco na narina e morte dos mais jovens, podendo evoluir para a forma renal em aves jovens levando à mortalidade por insuficiência renal. Presença de ovos com casca fina, enrugados e mal formados e a albumina perde a consistência. ✗ Lesões Aerossaculite quando ocorre associação com outros agentes Alterações renais caracterizadas por perda de coloração, lóbulos renais e ureteres aumentados com acúmulo de uratos Atrofia do oviduto. SCI (associação de MPV, E. coli e BI) ✗ Diagnostico Em aves vacinadas, podem-se observar títulos ascendentes em duas coletas de soro com intervalo de 15 a 21 dias e pode ser feita RT-PCR a partir de tecidos de aves doentes. ✗ Tratamento Prevenção e Controle Limpeza com detergentes e desinfetantes, despovoamento do núcleo para adequada desinfecção e uniformização das idades das aves e vacinação. É disponíveis vacinas vivas do sorotipo Massachussetts (Mass), amostra H120, H90, H52 Vacinas inativadas para poedeiras e matrizes após sensibilização primária com cepas vivas. Frangos de corte geralmente são vacinados com um dia de idade e podem receber um reforço após 10 a 15 dias, dependendo do desafio. E em poedeiras comerciais e reprodutoras na fase de cria e recria, as aves recebem vacinas vivas com 1, 3, 5 e 10 semanas de idade e uma dose de vacina oleosa (inativada) antes do início da produção. ✗ Doença Laringotraqueite Infecciosa das Aves ✗ Etiologia Herpesviridae (Gallid herpervirus 1), a galinha é o hospedeiro primário e natural, mas a doença já foi relatada em faisões e em perus O vírus pode permanecer latente no gânglio do nervo trigêmeo ou persistir no trato respiratório como infecção inaparente. Doença altamente contagiosa que acomete o trato respiratório superior e a conjuntiva das galinhas, com alta mortalidade e diminuição da produção de ovos. ✗ Epidemiologia Pertencente à lista B da Organização Internacional de Epizootias e, portanto, deve ser notificada ao serviço oficial de defesa sanitária animal, se difunde mais lentamente que a maioriadas doenças respiratórias das galinhas, não há evidência de transmissão vertical. Aves que passam pela doença ou foram vacinadas podem eliminar o vírus por longos períodos mesmo sem sintomatologia clínica. ✗ Sinais Clínicos Forma grave/severa: Doença respiratória aguda, secreção nasal sanguinolenta, espirros e dispneia acentuada. Forma branda: Conjuntivite, edema dos seios paranasais, traqueíte leve e descarga nasal persistente. ✗ Lesões Grave/severa: Hiperemia intensa na traqueia seguida de grande quantidade de exsudato fibrinoso, necrose, hemorragia e formação de uma membrana diftérica espessa, inflamação pode se estender para brônquios, sacos aéreos e pulmões, morte por sufocamento e cianose observada no momento da morte. ✗ Diagnostico Histopatológico: Lesões patognomônicas: Traqueíte fibrino-necrótica com descamação epitelial e formação de inclusões intranucleares, somente detectadas nos primeiros dias de manifestação clínica Confirmação: PCR ou isolamento viral. ✗ Prevenção e Controle Métodos de biosseguridade, áreas onde a doença é endêmica pode-se utilizar a vacina. Matrizes e poedeiras devem ser vacinadas antes do início da postura (antes de 10 semanas mais um reforço com 16-20 semanas). O uso de vacinas é controlado pelo MAPA. Vacina recombinante foi autorizada. ✗ Doença Doença de Newcastle ✗ Etiologia Vírus da família Paramyxoviridae, classificado como paramixovirus aviário 1 (APMV-1), infecta uma grande variedade de aves domésticas e selvagens. Produz sinais respiratórios, digestivos, nervosos e causar alta mortalidade, existe uma variedade de cepas caracterizadas pela sua patogenicidade e virulência. ✗ Epidemiologia Amplo espectro de hospedeiros, como pombos domésticos podem ser considerados como hospedeiros, humanos são suscetíveis e podem apresentar conjuntivite e transmitir o vírus. Transmissão horizontal, direta com inalação de aerossóis respiratórios ou das fezes, ou indireta por utensílios, alimento ou pessoal contaminado. ✗ Sinais Clínicos Viscerotrópicos: causam diarreia e lesões hemorrágicas no trato digestivo, apatia, alterações respiratórias, debilidade, finalizando com prostração e morte. Neutrotrópicos: causam sinais nervosos. Morbidade pode chegar a 100% e a mortalidade próxima a 50% em aves adultas e 90% em aves jovens Mesogênicos: são moderadamente patogênicos. Podem causar queda de produção de ovos, sinais respiratórios e nervosos de moderada a baixa severidade e mortalidade baixa. Lentogênicos: podem produzir sinais respiratórios muito brandos ou inaparentes. São estirpes usadas em vacinas, podem determinar infecções secundárias e diminuição da produção de carne e ovos. ✗ Lesões Proventrículo e moela de ave infectada experimentalmente com estirpes velogênicas. Traqueia de ave infectada experimentalmente com estirpes velogênicas. Congestão difusa e focos de hemorragia traqueal e conjuntivite. ✗ Diagnostico Isolamento viral e posterior caracterização é o único método seguro de diagnóstico da donça, amostras de aves mortas: suabes oro-nasais, pulmão, rins, intestinos, proventrículo, e amostras de aves vivas: suabes traqueais e cloacais. ✗ Tratamento Prevenção e Controle Granjas de reprodução devem estar localizadas em áreas livres de estirpes patogênicas de Newcastle, vacinação com vacinas vivas preparadas com estirpes não patogênicas (lentogênicas). Pode ser feita a vacinação no primeiro dia (frangos de corte e poedeiras) e realizar revacinações periódicas, aves de vida longa, revacinação com vacina inativada antes da postura. ✗ Doença Laringotraqueite Infecciosa das Aves ✗ Etiologia Herpesviridae (Gallid herpervirus 1), a galinha é o hospedeiro primário e natural, mas a doença já foi relatada em faisões e em perus O vírus pode permanecer latente no gânglio do nervo trigêmeo ou persistir no trato respiratório como infecção inaparente. Doença altamente contagiosa que acomete o trato respiratório superior e a conjuntiva das galinhas, com alta mortalidade e diminuição da produção de ovos. ✗ Epidemiologia Pertencente à lista B da Organização Internacional de Epizootias e, portanto, deve ser notificada ao serviço oficial de defesa sanitária animal, se difunde mais lentamente que a maioria das doenças respiratórias das galinhas, não há evidência de transmissão vertical. Aves que passam pela doença ou foram vacinadas podem eliminar o vírus por longos períodos mesmo sem sintomatologia clínica. ✗ Sinais Clínicos Forma grave/severa: Doença respiratória aguda, secreção nasal sanguinolenta, espirros e dispneia acentuada. Forma branda: Conjuntivite, edema dos seios paranasais, traqueíte leve e descarga nasal persistente. ✗ Lesões Grave/severa: Hiperemia intensa na traqueia seguida de grande quantidade de exsudato fibrinoso, necrose, hemorragia e formação de uma membrana diftérica espessa, inflamação pode se estender para brônquios, sacos aéreos e pulmões, morte por sufocamento e cianose observada no momento da morte. ✗ Diagnostico Histopatológico: Lesões patognomônicas: Traqueíte fibrino-necrótica com descamação epitelial e formação de inclusões intranucleares, somente detectadas nos primeiros dias de manifestação clínica Confirmação: PCR ou isolamento viral. ✗ Prevenção e Controle Métodos de biosseguridade, áreas onde a doença é endêmica pode-se utilizar a vacina. Matrizes e poedeiras devem ser vacinadas antes do início da postura (antes de 10 semanas mais um reforço com 16-20 semanas). O uso de vacinas é controlado pelo MAPA. Vacina recombinante foi autorizada. ✗ Doença Influenza Aviária ✗ Etiologia Influenzavirus, é um vírus altamente contagioso, infeccioso e de rápida difusão. Notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial do Brasil, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento/MAPA, devendo ser notificados, tanto casos suspeitos quanto confirmados. ✗ Epidemiologia Infecção subclínica até doença hiperaguda, causadas por uma grande variedade de vírus influenza. As aves domésticas em criações intensificadas, especialmente galinhas e perus, e os mamíferos, como suínos, felinos e humanos, são muito sensíveis à infecção e doença. Transmissão via direta, da ave infectada para a ave sensível por aerossóis respiratórios, por excretas e fezes e por quaisquer secreções. ✗ Sinais Clínicos Depressão grave, inapetência, diarreia, desidratação, edema facial, cristas e barbelas aumentadas e cianóticas, corrimento nasal, tosse e espirros, petéquias hemorrágicas em superfícies de membranas internas incluindo a traqueia, falta de coordenação motora, queda na produção de ovos, ovos deformados e com cascas finas também podem estar presentes. ✗ Lesões Varia de acordo com a patogenicidade do vírus e espécie afetada. Podendo ocorrer secreção nasale oral, congestão intensa da musculatura, desidratação, edema subcutâneo das áreas da cabeça e pescoço e hemorragia e degeneração dos ovários ✗ Diagnostico Realizado isolamento e identificação viral, deve ser feito diagnostico diferencial laringotraqueite infecciosa e doença de newcastle. ✗ Tratamento Não possui tratamento específico. ✗ Prevenção e Controle É feito eliminação de aves positivas da doença e despopulação da zona de risco. Deve se prevenir a entrada de aves silvestres do galpão das granjas, funcionários não devem ter contato com aves silvestres, desinfecção dos veículos e dos galpões e fazer o vazio santitario. DOENÇAS BACTERIANAS ✗ Doença Pulorose ✗ Etiologia Salmonella Pullorum, já foi chamada de septicemia fatal dos pintinhos e diarreia branca. ✗ Epidemiologia Hospedeiros naturais são as galinhas. No entanto, outras aves já foram citadas como sendo acometidas pela pulorose como perus, pardais, canários, faisões, codornas e papagaios. Os sinais clínicos sãomais comuns nas duas a três primeiras semanas de vida. Mortalidade no período inicial pode ser alta. Transmissão por várias vias, sendo a transovariana a mais importante (1/3 da progênie infectada), agente pode ser eliminado nas fezes das aves contaminando alimentos, água e a cama e podem se infectar por via aerógena ainda no incubatório. ✗ Sinais Clínicos Causa septicemia, diarreia esbranquiçada, pintos refugos e alta mortalidade de aves jovens, sonolência, fraqueza, perda de apetite, retardo no crescimento, amontoamento, material branco ao redor da cloaca e morte. Alguns pintos podem apresentar artrite, edema de coxim plantar ou dificuldade respiratória. Parte das aves que se recuperam serão portadoras e eliminarão a bactéria em seus ovos durante a postura. ✗ Lesões Aspecto nodular em vários órgãos (fígado, coração, moela, intestino e pâncreas). Aves adultas: Ovário com folículos atrésicos, pedunculados, hemorrágicos ou amarelados. ✗ Diagnostico Deve ser feito com base na associação da anamnese, achados clínicos, anátomo-patológicos e exames laboratoriais. ✗ Tratamento Antibioticoterapia para redução da mortalidade: sulfas, tetraciclinas, quinolonas (proibido em reprodutoras). Nenhum tratamento elimina completamente a bactéria, aves tratadas permanecem portadoras. ✗ Prevenção e Controle Medidas de biosseguridade, exame das aves antes do início da postura, erradicação de lotes positivos é o meio mais efetivo para prevenir a disseminação de um surto. E deve fazer notificação ao MAPA. ✗ Doença Tifo Aviária ✗ Etiologia Salmonella Gallinarum ✗ Epidemiologia Infecção natural por S. Gallinarum é restrita às aves, dentre as quais principalmente galinhas e perus. Também pode ser transmitida via ovo, mas de um modo geral acomete aves adultas. Transmissão horizontal é importante na difusão da doença, aves infectadas eliminam o agente pelas fezes e a transmissão ocorre pelo contato com água, ração, cama e equipamentos contaminados. ✗ Sinais Clínicos Aves ficam quietas, prostradas, reduzem o apetite, apresentam diarreia amarelo-esverdeada a esverdeada, observa-se queda de postura e podem morrer em poucos dias. ✗ Lesões Em casos superagudos as lesões podem estar ausentes, apresentando apenas hepatomegalia e esplenomegalia. Ocorre lesões em fígado com focos de necrose de cor bronze-esverdeada, peritonite, pericardite, enterite, principalmente no duodeno e pontos necróticos no baço e coração. ✗ Diagnostico Histórico do lote, sintomas e lesões. Diagnóstico definitivo é necessário isolamento e identificação da S. Gallinarum, a partir de qualquer órgão que apresente lesão (fígado, baço e ceco). ✗ Tratamento Prevenção e Controle Os mesmos aplicados a Pulorose, para poedeiras comerciais está liberado o uso de vacina viva contra TA. ✗ Doença Paratifo Aviária ✗ Etiologia S. Enteritidis e S. Typhimurium estão entre as mais prevalentes em galinhas e têm grande importância para a saúde pública. ✗ Epidemiologia As salmonelas paratíficas podem ser isoladas de aves, roedores, mamíferos, répteis, insetos e homem.Principal via de transmissão é a oral, porém também tem sido demonstrada a ocorrência da infecção por aerossóis. Um vez ingerida a salmonela se localiza no papo e intestinos e é eliminada de forma intermitente pelas fezes. Produtos de origem animais incorporados nas rações, geralmente são fontes de contaminação por salmonela para as aves. E devido à facilidade de transmissão das salmonelas entre as espécies animais é quase impossível a sua erradicação. O homem pode adquirir a infecção pelo consumo de carne e ovos contaminados. ✗ Sinais Clínicos Mais comum em animais jovens, sinais clínicos são raramente observados em aves com mais de 14 dias. Pintinhos ficam tristes, arrepiados, asas caídas, amontoados e podem apresentar diarreia. Morbidade variável e mortalidade raramente ultrapassa 10%. ✗ Lesões Aves adultas: infecção em pode ocorrer sem a manifestação de lesões. Aves jovens: quando ocorre septicemia, pode-se observar fígado, baço e rins hipertrofiados e congestos. O fígado pode apresentar áreas puntiformes esbranquiçadas que representam focos de necrose.Eventualmente pode ocorrer pericardite e perihepatite em aves infectadas na primeira semana. ✗ Diagnostico Deve ser feito mediantes isolamento e identificação da salmonela a partir do cultivo de fígado, baço, gema, papo e conteúdo intestinal. ✗ Tratamento Prevenção e Controle Tratamento com antibioticoterapia em aves jovens que apresentam sinal clínico. Cuidados com a matéria prima de origem animal utilizada na ração. E a prevenção inclui adoção de medidas de isolamento e biosseguridade, como aquisição de pintinhos de um dia livres de Salmonelose. ✗ Doença Botulismo ✗ Etiologia Clostridium botulinum ✗ Epidemiologia Intoxicação aguda causada pela neurotoxina do Clostridium botulinum, provocando prostração e paralisia flácida que levam à morte. Acomete todos os tipos de aves. Formação de esporos que são resistentes e se disseminam com facilidade, perpetuando no meio ambiente durante anos. As toxinas são produzidas em diversos tipos de alimentos deteriorados (forragem, carne, carcaças, camas úmidas, larvas de moscas). E bloqueia a liberação de acetilcolina causando flacidez muscular, insuficiência cardíaca, respiratória e morte. Atinge as terminações nervosas. Após ingerida a toxina é absorvida pela corrente sanguínea. A doença é causada pela ingestão da toxina. ✗ Sinais Clínicos Paralisia flácida das pernas, asas e pescoço. Sinais de fraqueza, incoordenação motora, penas eriçadas e diarreia. As penas podem se desprender facilmente. A morbidade, mortalidade e taxa de recuperação dependem da dose ingerida da toxina. A morte ocorre por falência cárdiorespiratória. ✗ Lesões Raramente são observadas lesões macro e microscópicas em casos de botulismo. Presença de larvas ou material em decomposição no papo, proventrículo e moela e acúmulo de muco na cavidade oral pela dificuldade de deglutição ✗ Diagnostico Sinais clínicos e lesões necróticas no intestino, e o isolamento do agente utilizando conteúdo intestinal ou raspado da mucosa e associar o isolamento da bactéria com as lesões. ✗ Tratamento Prevenção e Controle Antibioticoterapia: oxitetraciclina, neomicina, lincomicina, tilosina, bacitracina de zinco, etc. Via água de bebida devido a redução do consumo de ração.
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