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1 DIR OIT 2015

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ANTONIO ALMEIDA CARREIRO, Dr. Sc.
HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Organização Internacional do Trabalho
HISTÓRICO E ESTATÍSTICA DE ACIDENTES DO TRABALHO
OIT- Organização Internacional do Trabalho
Consulte as Resoluções da OIT - Site do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho (www.mtb.gov.br/sit/port/convecoes.htm) 
No século XVIII e início do século XIX a situação do trabalhador era degradante, havia pouca garantia por sua vida, saúde, progresso profissional e social. Era comum trabalhar por mais de 16 horas por dia em troca de uma refeição, e em situação de extremo perigo, pobreza e exploração.
As primeiras normas protegendo os trabalhadores aparecem com a OIT, após a 1ª. Guerra Mundial na Conferência da Paz em 1919 (em Paris e depois em Versalles, e definitivamente na Suíça)
 
A OIT incorporou ideias humanitária, de justiça social, de caráter político, de caráter econômico e de Associação Internacional para a Proteção Legal dos Trabalhadores 
O argumento para criação da OIT era que a injustiça e miséria enfrentada pelos trabalhadores acabariam por originar grandes conflitos sociais, ameaça para à ordem e mesmo revoluções nas nações
 
A paz universal dependeria da valorização dos trabalhadores e da contribuição deles no desenvolvimento da industrialização
Da comissão de redação da Constituição da OIT participaram representantes da Bélgica, Cuba, Checoslováquia, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Polônia e Reino Unido, reunindo executivos, representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores
A motivação internacional para a criação da OIT tinha como base o fato de que qualquer adoção de medida social afetaria os custos da produção, de modo que deveriam ser tomadas por todas as nações, para que houvesse um equilíbrio universal
Constam no preâmbulo da Constituição da OIT a preocupação em garantir proteção à vida e saúde dos trabalhadores, protegendo-os contra a ocorrência de acidentes 
A OIT se converteu na Parte XIII do Tratado de Versalles, com reuniões periódicas anuais, demonstrando profundo interesse por problemas sociais. Em 1926, criou-se um mecanismo de fiscalização de aplicação das normas, através de uma comissão de juristas que atua até hoje. 
Fugindo da Guerra, em 1940 a sede da OIT mudou-se da Suíça para o Canadá (Montreal). Vivenciou de perto o drama dos trabalhadores nas Américas e a organização cresce neste sentido.
Retorna para a Suíça, cria em sua sede em Genebra o Instituto Internacional de Estudos Laborais, o Centro Internacional de Aperfeiçoamento Profissional. Recebeu, em 1969, Premio Nobel da Paz. 
A OIT é a agência especializada das Nações Unidas que busca a promoção da justiça social e o reconhecimento internacional dos direitos humanos e trabalhistas.
 
A OIT formula normas internacionais do trabalho. 
Promove o desenvolvimento e a interação das organizações de empregadores e de trabalhadores.
 
Presta cooperação técnica principalmente nas áreas de: 
formação e reabilitação profissional; políticas e programas de emprego e de empreendedorismo; administração do trabalho; direito e relações do trabalho; condições de trabalho; desenvolvimento empresarial; cooperativas; previdência social; estatísticas e segurança e saúde ocupacional. 
OIT hoje
	Promover os princípios fundamentais e direitos no trabalho através de um sistema  de supervisão e de aplicação de normas. 
	Promover melhores oportunidades de emprego/renda para mulheres e homens em   condições de livre escolha, de não  discriminação e de dignidade. 
	Aumentar a abrangência e a eficácia da proteção social. 
	Fortalecer o tripartismo e o diálogo social. 
Objetivos Estratégicos
Discutir temas diversos do trabalho.
Adotar e revisar normas internacionais do trabalho.
Aprovar as políticas gerais e o programa de trabalho e orçamento da OIT, financiado por seus Estados-Membros.
Objetivos específicos da OIT
Realizar a Conferência Internacional do Trabalho, o fórum internacional que ocorre anualmente (em junho, em Genebra) para: 
A estrutura da OIT inclui uma rede de 5 escritórios regionais e 26 escritórios de área - entre eles o do Brasil - além de 12 equipes técnicas multidisciplinares de apoio a esses escritórios e 11 correspondentes nacionais que sustentam, de forma parcialmente descentralizada, a execução e administração dos programas, projetos e atividades de cooperação técnica e de reuniões regionais, sub-regionais e nacionais.
A estrutura atual da OIT
O escritório da OIT no Brasil atua na promoção dos quatro objetivos estratégicos da Organização, com atividades próprias e em cooperação com os demais escritórios, especialmente o regional (Lima), e o central (Genebra), na concepção e implementação de programas, projetos e atividades de cooperação técnica no Brasil. 
As atividades visam o aperfeiçoamento das normas e das relações trabalhistas, e das políticas e programas de emprego e formação profissional e de proteção social.
OIT no Brasil
No Brasil, a OIT tem mantido representação desde 1950, com programas e atividades que têm refletido os objetivos da Organização ao longo de sua história. 
Oferece cooperação técnica aos programas prioritários e reformas sociais do Governo brasileiro, incluindo o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, Fome Zero, Primeiro Emprego e diversos programas governamentais e não governamentais de erradicação e prevenção do trabalho infantil, de combate à exploração sexual de menores; de promoção de igualdade de gênero e raça para a redução da pobreza, da geração de empregos.
Ações da OIT no Brasil
Convensões da OIT
Até o momento, o Brasil ratificou 97 convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). das quais 77 estão em vigor.
Convenções da OIT são base da legislação brasileira. No total, hoje existem 36 normas regulamentadoras, conhecidas como NRs, que reúnem 6,8 mil regras distintas sobre segurança e medicina do trabalho.
O BRASIL É UM DOS “CAMPEÕES MUNDIAIS” EM ACIDENTES DO TRABALHO 
1980 - 13 ÓBITOS DE OPERÁRIOS, POR ASFIXIA, ELETROPRESSÃO, SOTERRAMENTO, TRAUMATISMO, DESCARGA ELÉTRICA E DEGOLAMENTO 
1989 - 12 ÓBITOS DE OPERÁRIOS. 2 ACIDENTES AMBIENTAIS DE GRANDES PROPORÇÕES 
1990 - 09 ÓBITOS. 2 OPERÁRIOS CONTAMINADOS COM BEZENO. O PÓLO DESPEJA 10 MIL TONELADAS DE RESÍDUOS NO CAPIVARI, AFLUENTE DO RIO JACUÍPE
PÓLO PETROQUÍMICO DE CAMACARI
1991 - CONTAMINAÇÃO POR RADIOATIVIDADE EM OPERÁRIOS DE DUAS EMPRESAS DO PPC
1998 - 2 OPERÁRIOS COM QUEIMADURAS GRAVES, POR VAZAMENTO DE ÁCIDO SULFÚRICO E 3 MUTILADOS EM ACIDENTES COM MÁQUINA INJETORA
1999 - 5 ÓBITOS EM ACIDENTES COM MANOBRAS OPERACIONAIS
2000 - 19 ÓBITOS (EXPLOSÃO, ELETROPRESSÃO E INCÊNDIO). 4 VÍTIMAS DE QUEIMADURAS GRAVES
PÓLO PETROQUÍMICO DE CAMACARI
2005 - EXPLOSÃO NO PÓLO PETROQUÍMICO DE CAMAÇARI MATA OPERÁRIOS
2007 – EXPLOSÃO DE UM FORNO ELÉTRICO DA USINA SIDERÚRGICA GERDAU USIBA MATOU UM FUNCIONÁRIO
No PPC a Média de AT c/ óbito 12/ANO
Bahia, média anual de 9.000 AT, 150 óbitos
30 anos o Estado é Campeão Norte/Nordeste em AT
30 anos o BRASIL é Campeão Mundial de AT
O M Tb. divulga na NET estatísticas de AT no País
Ministério do Trabalho (www.mte.gov.br)
Grandes acidentes
Alemanha - Oppau - explosão nitrato de amônia - 561 óbitos
Alemanha - Ludwigshaffen - explosão nuvem de gás - 245 óbitos
EUA - Cleveland - incêndio gás natural - 136 óbitos
França - Feyzin - bola de fogo (GLP) - 18 óbitos
Brasil - Duque de Caxias (RJ) - bola de fogo (esfera de GLP) - 39 óbitos 
Inglaterra - Flixborough - explosão ciclohexano - 28 óbitos
Holanda - Beek - explosão polipropileno - 14 óbitos
Itália - Seveso - grande dano ambiental vazamento dioxina 
Espanha - San Carlos - explosão de caminhão polipropileno - 215 óbitos
México - México City - bola de fogo (GLP) - 650 óbitos
Índia - Bhopal - vazamento isocianato de metila – 2.500 óbitos 
FONTE: Organização Mundial do Trabalho - OIT
1984 - Brasil – Cubatão (SP) - incêndio em tubulação gasolina - 500 óbitos
1984 – Brasil – Bacia de Campos(RJ) - explosão e incêndio na Plataforma de Enchova, 37 óbitos e 19 gravemente feridos
1988 - EUA - Houston - explosão ind. plástico - 23 óbitos 
1988 Brasil – S. José dos Campos (SP) - vazamento de H2S na REVAP, 13 óbitos
1988 – Reino Unido - Vazamento de gás seguido de incêndio na plataforma Alpha (Mar do Norte), 167 óbitos
	1992 – Brasil – Santo André (SP) - incêndio na PQU, 10 óbitos, 9 gravemente feridos
2000 – Brasil – Rio de Janeiro - grande desastre ambiental, rompimento de duto da REDUC, despeja 1,3 milhões de litros de óleo na Baía de Guanabara, 
2000 – Brasil – Araucária (PR) - grande desastre ambiental, rompimento de duto na REPAR, despeja 4 milhões de litros de óleo nos rios Barigüí e Iguaçu.
2001- Brasil – Bacia de Campos (RJ) - vazamento de gás e explosão da plataforma P-36, 11 óbitos
Outros Grandes acidentes
1986 - Usina de Chernobil. Radiação 30 vezes maior do que a bomba de Hiroshima. Atingiu todo Continente europeu e chegou até o Japão. Cerca de cem mil pessoas sofrem danos genéticos ou terão câncer nos 100 anos subsequentes ao ocorrido. Estimativas citam 20 mil anos para que a cidade volte a ser habitável.
 2006 – Brasil, Mato Grosso - Queda do avião da GOL, 154 mortos
 2007 – BRASIL , SP – Explosão do avião da TAM, 189 mortos
 2015 – Brasil, Barragem em Mariana MG. 19 mortos e contaminação ambiental com rejeitos de mineração em toda extensão do Rio Doce até o Oceano Atlântico
 2019 - Brasil, Barragem de Brumadinho MG, contaminação ambiental com rejeitos de mineração de grande extensão e mais de 400 entre mortos, feridos e desaparecidas 
Acidentes de Trabalho no Brasil
FONTE: Ministério do Trabalho (www.mte.gov.br)
Essa média vai até 2019. Além dos óbitos, 20 mil casos por ano de incapacidade permanente
	Ano	Total	Morte
	1997	440.281	3.469
	1998	408.636	3.793
	1999	393.628	3.605
	2002	387.905	2.898
	2003	390.000	2.582
	2005	492.000	2.700
	2006	407.426	2.798
	2007	417.036	2.800
	2008	438.536	2.757
	2009	424.498	2.560
	2010	417.295	2.753
	 2011	 423.167	2.884
	 2012	 452.319	3.020
Estatística no Brasil
Período de 10 anos
	2.575.190 acidentes de trabalho (AT)
	3.020 AT com incapacidade permanente 
	30.293 AT com óbitos 
	Média de 3.500 óbitos/ano entre os trabalhadores formais
	Compromete de 3 a 4% do PIB brasileiro
 
Estatística no Brasil
	Acidentes causados por máquinas (2012-2018) - 528.473
	Mortes causadas por máquinas (2012-2018) - 2.058
	Amputações causadas por máquinas (2012-2018) - 25.790
	Gastos com aposentadorias e pensões por acidentes com máquinas (2012-2018) - R$ 732 milhões.
O coeficiente médio de mortalidade (por 100.000) 
	Brasil - 14,84
	Finlândia - 2,1 
	França - 4,4
	Canadá 7,2 
	Espanha 8,3
Óbitos em AT
156 mortos em cada milhão de trabalhadores, índice elevadíssimo comparado com outros países.
A Previdência não apresenta registros de acidentes referentes aos trabalhadores informais, servidores público e contribuintes individuais do INSS.
 Se nestes setores tiver incidências iguais de acidentes, é possível a duplicação dos acidentados, já que mais da metade dos trabalhadores está nessa condição 
O número real de acidentes deve ser no mínimo o dobro de 400.000 registrados pelas estatísticas oficiais. Isso na melhor das hipóteses, pois na informalidade, as condições de trabalho são muito piores
	Na agricultura, as informações são muito precárias. Muitos casos de intoxicação com agrotóxicos e acidentes com máquinas não são registrados.
	O risco no Brasil é muito alto, e mesmo no setor formal muitos acidentes mais leves não são registrados, porque só há benefício do INSS se o empregado ficar mais de 30 dias de licença.
	Somente na agricultura morrem, no Brasil, 170 mil pessoa por ano e milhões de trabalhadores agrícolas estão seriamente intoxicados por pesticidas e agroquímicos. 
	De acordo com a OIT, o setor agrícola emprega 1,3 bilhão de pessoas no mundo e, atualmente, cerca de 160 milhões de pessoas estão com alguma doença relacionada ao trabalho.
Segundo a OIT, por ano em todo o mundo um total de 1,85 milhão de pessoas morre em decorrência de doenças contraídas no local de trabalho. São 5.500 mortes diárias, três a cada minuto. Isso representa mais do que o dobro das mortes ocorridas em razão de guerras e doenças infecciosas, como a Aides e a tuberculose.
	Anualmente, são registrados no mundo cerca de 270 milhões de acidentes do trabalho (mortais e não mortais) e aproximadamente 160 milhões de enfermidades profissionais. Em um terço destes casos, a enfermidade provoca a perda de pelo menos quatro dias de trabalho.
	4% do PIB mundial perdidos pelo custo dos acidentes de trabalho, englobando as ausências do trabalho, os tratamentos de enfermidades, as incapacidades e as pensões de sobreviventes. 
Fonte OIT – www.ilo.org
Algumas causas dos acidentes
concentrações de substâncias perigosas e desconhecidas, sem estudos de análise de riscos;
procedimentos de manutenção não executados e pessoal insuficiente;
treinamento deficiente dos trabalhadores;
população vizinha às plantas e autoridades que desconhecem as substâncias perigosas;
falta de sistema de registro, informações sobre as substâncias;
deficiente infraestrutura legal e institucional, falta de recursos (humanos/materiais), rápida e desordenada industrialização;
intensa e descontrolada urbanização (uso do solo);
planos de emergências inexistentes ou inadequados;
desenfreada terceirização e redução de pessoal (anos 90 no Brasil)
	Os sinais evidentes da deterioração do trabalho são: desleixo na prevenção, equipamentos deficientes, práticas de produção perigosas, além de negligência por parte dos empregadores.
	Com a terceirização do trabalho verifica-se baixa especialização e também grande rotatividade da mão de obra.
	O Risco à Segurança do Trabalhador aumenta com a globalização e a consequente Precarização do Trabalho
	Para ser competitiva a empresa reduz custos, adotando novas tecnologias de automação, gestão redutora de postos de trabalho, além de terceirizar serviços
	O modelo neoliberal adotado pelas empresas agravou a qualidade de trabalho e de vida dos trabalhadores.
	O aumento dos acidentes ou doenças causados pelos trabalho é atribuído pela OIT à deterioração das condições de trabalho, causadas pela globalização e pela liberalização dos mercados.
	Empresas terceirizadas estão sendo usadas como redução de custos operacionais. Oferecem mão-de-obra barata, sem qualificação e, em sua maioria, burlam os direitos dos trabalhadores, sobretudo previdenciários.
	Trabalhadores deixa de receber salários merecidos, treinamentos adequados e proteções para o trabalho seguro. Aumenta o nível de acidentes com mortes.
	Setores mais irregulares: elétrico, construção civil, informática, vigilância, limpeza e alimentação.
	Pesquisas realizadas por sindicatos e estudos acadêmicos, em nível de mestrado e doutorado, provam que o aumento da terceirização é uma das causas do aumento dos acidentes no setor.
	Nos últimos cincos anos, na população masculina entre 20 e 29 anos os acidentes triplicaram. É justamente essa faixa etária que predomina entre os trabalhadores terceirizados.
	Empresas terceirizadas estão sendo usadas como redução de custos operacionais. Oferecem mão-de-obra barata, sem qualificação e, em sua maioria, burlam os direitos dos trabalhadores, sobretudo previdenciários.
	Trabalhadores deixa de receber salários merecidos, treinamentos adequados e proteções para o trabalho seguro. Aumenta o nível de acidentes com mortes.
	Setores mais irregulares: elétrico, construção civil, informática, vigilância, limpeza e alimentação.
O salário dos trabalhadores terceirizados não costuma seguir o padrão da empresa contratante
Outra consequência da terceirização que envolve políticas de contenção de custos é a redução dos investimentos em segurança, saúde e qualidade de vida do trabalhador 
Trabalhadores do setor (terceirizadas)foram as maiores vítimas de acidentes graves em todo o país.
Acidentes entre os terceirizados suplantaram, em muito, os níveis verificados antes da privatização.
	As Cia. Distribuidoras de Eletricidade do país foram privatizadas, demitiram em massa e contrataram mão-de-obra terceirizada. Desde o início do processo de privatização, em 1998, a média de acidente fatal por ano neste setor aumentou cerca de 3000% (três mil %).
	O número de empregados próprios em todas as Cia. foram reduzidos em média de 1/3. Os trabalhadores terceirizado (2/3) são vinculados a empresas prestadoras de serviço e substituídos rapidamente para não acumular direitos trabalhistas.
	No Rio de Janeiro, a LIGHT e a CERJ demitiram logo após a privatização, respectivamente, 6.000 e 4.000 trabalhadores, a maioria com larga experiência técnica, que foram substituídos por por mão-de-obra terceirizada mais barata e menos qualificada. Esses números são proporcionais ao que aconteceu na Eletropaulo (SP), na Coelba (BA) e outras Cia. espalhadas pelos Estados do Brasil. 
	Desde a privatização em 1998, na Coelce – Cia. de Eletricidade do Ceará, aumentou muito o número de trabalhadores que morrerem em acidentes do trabalho. Coelce conta com 1500 empregados próprios e 4000 prestadores de serviço.
	Os trabalhadores demitidos não conseguem se reinserir na força de trabalho formal com facilidade e muitos continuarão desempregados ou em subempregos.
	Os trabalhadores remanescentes nas empresas redefinidas estarão sujeitos a uma sobrecarga, não só de trabalho, mas, e principalmente, de tensões emocionais relacionadas com a necessidade de se manterem no emprego.
	A Petrobrás intensificou a terceirização do trabalho. Como consequência o sindicato aponta o aumento de acidentes ambientais e do trabalho. 
	O Sindicato dos Petroleiros do Rio, aponta que para melhorar a segurança dos trabalhadores é preciso por em prática a convenção 174 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
	Um dos pontos mais importantes da convenção 174 é o direito do trabalhador se recusar a exercer uma atividade quando achar que há risco de acidente. É um direito que já existe em lei mas não sempre respeitado, principalmente pelas empresas terceirizadas.
	O avanço das doenças profissionais estão relacionadas a vários fatores, inclusive ao fantasma das demissões.
	O impacto das novas tecnologias, a reorganização das empresas, precarização das condições de trabalho, aumento da pressão para se manter no trabalho.
	Pesquisa feita pelo Sindicato dos Bancários do município do Rio concluiu que 45% dos integrantes da categoria tinha sintomas de Lesão por Esforço Repetitivo.
	O número de casos de LER registrados no INSS não chega a 1 mil. O INSS até afasta o trabalhador, mas concede um auxílio-doença comum, o que faz com que ele perca benefícios como estabilidade e depósitos do FGTS. De cada 100 casos, o INSS reconhece apenas 1.
Como forma de controlar a crescente onda de acidentes, é sugerido por setores ligado à segurança do trabalho, resistir à terceirização de trabalhadores
No caso de serviços terceirizados existentes, enfatizar o cumprimento da legislação brasileira e das convenções da OIT sobre segurança e saúde do trabalhador
Torna-se necessária reforçar a ação sindical voltada para a prevenção dos acidentes do trabalho e das doenças profissionais, com atuação prioritária nos locais de trabalho
A elaboração, pelos sindicatos, de mapas de risco por empreendimentos, inclusive com ampla divulgação, deve constituir-se como ferramenta para as ações de prevenção
De modo geral, os trabalhadores são apontados pelas empresas como sendo os principais responsáveis pelos acidentes de que são vítimas 
Nesse sentido, os Conselhos Profissionais devem dar amparo legal aos Engenheiros e Médicos do Trabalho quando recusarem, sob pressões da empresa, a emitir laudos sobre acidentes e condições de trabalho que favoreça injustamente o empregador
Importante também é a especialização dos profissionais do Direito no sentido de fazer valer a Lei, garantindo aos trabalhadores assistência e indenizações em casos de acidentes do trabalho
.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Classificada como o setores com a maior frequência de acidentes de trabalhos fatais. 
1º lugar no ranking de acidentes do trabalho com óbitos 
O risco de morrer por acidente de trabalho na indústria da construção é 3X maior do que em outros ramos de atividde
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Causas dos Acidentes de Trabalho
Utilização inadequada de equipamentos
Contratação de funcionários sem treinamentos
O excesso na jornada de trabalho
Pressa para a entregar da obra
Falta de bom planejamento
Muitos improvisos
Dados no Brasil (2012 até 2017) – Observatório Digital SST 
Gastos previdenciários com benefícios acidentários 
 R$ 66 bilhões - 1 real a cada dois milissegundos
Afastamento acidentário no ramo de construção Civil - R$ 509 milhões - 3,77% dos gastos - 4ª lugar 
.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Dados no Brasil (2012 até 2017)
 305.299.902 dias de trabalho perdidos 
3.879.755 acidentes de trabalho registrados
1 acidente a cada 48 segundos. 
Fonte: MPT, 2017
.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Construção Civil no Brasil (2012 até 2017)
Total de 96.985 acidentes de trabalho
2,74% do total de acidentes no Brasil
4ª lugar como sendo o ramo de atividade com mais acidentes.
Ocupações Com Mais Registros de Acidentes de Trabalho (2012-2017)
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Dados Obtidos da Bahia (2012 até 2017) – Observatório Digital SST
72.097 Acidentes de trabalho 
2,38% dos acidentes de trabalhos totais no Brasil
8ª lugar em comparação com outros estados
1 acidente a cada 42 minutos. 553 mortes 
 Dados Obtidos da Bahia (2012 até 2017) – SST
13.520.661 dias de trabalho perdidos
60.853 benefício B91(auxílio doença acidentária) 
7ª lugar em comparação com os outros estados
Responsável por 4,03% desse benefícios no Brasil - R$ 669 milhões - Estimasse 1 morte a cada 3 dias
.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Dados Obtidos do Município de Salvador (2012 até 2017) – SST
26.331 acidentes 
0,87% do total registrado no Brasil
11ª lugar entre os municípios do Brasil
R$ 219 milhões B91(auxílio doença acidentária)
3.603.717 dias perdidos de trabalho - 85 mortes.
Fonte: MPT, 2017
.
10 Setores Econômicos Com Mais Acidentes de Trabalho em Salvador (2012 até 2017) 
Fonte: MPT, 2017
Perfil dos Acidentados
Construção Civil
Quanto a Dados Pessoais
Fonte: Sinduscon-Rio
Têm curso superior ou técnico
3% 
Não têm formação profissional
41% 
Somente têm prática na função
56% 
Alimentação como prevenção 
	A Construção Civil é recorde em acidentes fatais. A não alimentação adequada do trabalhador é apontada também como causa de acidentes.
 
	O Min. do Trabalho e Emprego tenta, através dos empregadores, ampliar a adesão ao PAT – Programa de Alimentação dos Trabalhadores, a fim reduzir doenças e acidentes relacionadas ao trabalho.
	Promover ações de cunho preventivo e educativo é sem dúvidas, a medida mais rápida, prática e eficaz para minimizar acidentes.
Método da "árvore de causas"
Baseia-se na Teoria de Sistemas, sendo o acidente considerado como um sinal de "disfunção do sistema". Fundamenta-se em relato objetivo e detalhado dos fatos envolvidos na ocorrência do acidente de trabalho a partir da lesão produzida, identificando retroativamente tais fatos, denominados "fatores antecedentes". 
Com estas informações constrói-se a rede de antecedentes do acidente, representada sob forma de diagrama denominado "árvore de causas".
	Para que o acidente de trabalho aconteça, é necessário a ocorrência de, pelo menos, uma "variação" em relação à situação habitual de trabalho, e esse método estabelece que se reconstitua a história do acidente a partir da identificação das variações e dos fatores antecedentes.
Método da "árvore de causas"
	Segundo o método de "árvore de causas", o trabalho desenvolvido por um indivíduo em determinado sistema de produção constitui a "atividade" que, por sua vez, é decomposta em quatro elementos: o "indivíduo"(I),a "tarefa"(T), o "material" (M) e o "meio de trabalho" (MT).
	Resumindo, a investigação do acidente consiste, então, na identificação de todas as modificações ocorridas em cada um dos quatro elementos.
A Medida dos Acidentes de Trabalho (AT)
Incidência cumulativa ou acumulada (I): é a estimativa do risco de um indivíduo acidentar-se, na população e no intervalo de tempo estudados.
I = número de AT ocorrido/número de trabalhadores no estudo 
	DI =Nº de AT ocorridos X 100.000 Nº de horas/homem trabalhadas. 
Densidade de incidência (DI): é um indicador mais acurado para medir a ocorrência de acidentes de trabalho, pois leva em conta o número de horas/homem trabalhadas.
Coeficiente de mortalidade (CM): é um indicador do número de acidentes fatais, na população e no intervalo de tempo estudados.
CM = Nº de óbitos por AT população trabalhadora exposta (nº médio) Letalidade (L) 
L é um indicador que mede a capacidade dos acidentes de trabalho levar ao óbito.
 L = Nº de AT fatais X 1000 Nº de AT ocorridos 
Coeficiente de gravidade (CG): permite a avaliação quantitativa das perdas acarretadas pelos acidentes de trabalho, em consequência da incapacitação temporária ou permanente das vítimas destes eventos.
 CG = Nº de dias perdidos por AT + Nº de dias debitados X 1000 Nº de horas/homem trabalhadas 
a) Quais Objetivos Estratégicos da OIT
b) Relacione Ações da OIT no Brasil
c) Na Construção Civil o que tem sido apontado como causa de Acidente do Trabalho
d) Explique como funciona e para que serve o Método da "árvore de causas“
e) Destaque pontos que considera mais importantes
f) Dúvidas e questionamentos ao professor
Questão
nenhuma 
formação 
profissional
41%
somente 
prática na 
função
56%
têm curso 
superior, 
técnico, 
SENAI ou 
similar
3%

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