Buscar

Segurança do Trabalho I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 383 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 383 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 383 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

01
Cláudia Régia Gomes Tavares
C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O
Introdução à Segurança do Trabalho
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd Cp1Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd Cp1 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
Coordenadora da Produção dos Materias
Vera Lucia do Amaral
Coordenador de Edição
Ary Sergio Braga Olinisky
Coordenadora de Revisão
Giovana Paiva de Oliveira
Design Gráfi co
Ivana Lima
Diagramação
Elizabeth da Silva Ferreira
Ivana Lima
José Antonio Bezerra Junior
Mariana Araújo de Brito
Arte e ilustração
Adauto Harley
Carolina Costa
Heinkel Huguenin
Leonardo dos Santos Feitoza
Revisão Tipográfi ca
Adriana Rodrigues Gomes
Margareth Pereira Dias 
Nouraide Queiroz
Design Instrucional
Janio Gustavo Barbosa
Jeremias Alves de Araújo Silva
José Correia Torres Neto
Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade
Revisão de Linguagem
Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade
Revisão das Normas da ABNT
Verônica Pinheiro da Silva
Adaptação para o Módulo Matemático
Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho
EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
Projeto Gráfi co
Secretaria de Educação a Distância – SEDIS
Governo Federal
Ministério da Educação
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd Cp2Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd Cp2 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
Objetivos
Você 
verá
por aq
ui...
1
Segurança do trabalho I A01
... a origem da segurança do trabalho e seu papel na preservação da saúde e integridade 
física do trabalhador no seu ambiente de trabalho. Além disso, trataremos também de 
como as idéias de conscientização sobre a segurança do trabalho e a valorização da 
vida vêm sendo construídas ao longo da história, como parte integrante do processo 
de desenvolvimento econômico.
  Perceber a importância do estudo da Segurança do Trabalho.
  Compreender os conceitos básicos relativos à disciplina.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt1Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt1 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
2
Segurança do trabalho I A01
Para começo 
de conversa...
C
aro aluno, esta é a primeira aula da disciplina Segurança do Trabalho I. Nesta 
disciplina, vamos introduzir conceitos básicos relacionados ao curso que você 
escolheu para se profi ssionalizar. Nesse aspecto, para que você possa começar 
a entender o que é segurança do trabalho, observe a letra de uma música bastante 
conhecida que exemplifi ca a consequência da falta de segurança no trabalho.
[...] E fl utuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote fl ácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego [...]
(Construção – letra e música de Chico Buarque de Holanda).
A música do compositor Chico Buarque (1971) narra a vida cotidiana de um trabalhador 
da construção civil e o episódio em que sofre um acidente. O autor considera sua 
música como um simples jogo de palavras – “Não passava de experiência formal, 
jogo de tijolos...” (Status, 197 3 entrevista a Judith Patarra) – mas na época em que 
foi gravada, retratava a situação de descaso em que viviam nossos trabalhadores da 
construção civil.
Figura 1 – Operário, de Cândido Portinari
Fonte: <http://www.educarede.org.br/educa/img_conteudo/2288_operario_portinari.jpg>. 
Acesso em: 10 jun. 2009
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt2Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt2 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
3
Segurança do trabalho I A01
A revista on line Evidência, em sua edição 105, escreve:
“Arte é... vidência: A arte como forma de retratar o sentimento de um povo em toda a 
sua essência, com suas cores e traços únicos [...]” 
Referindo-se ao pintor Cândido Portinari, brasileiro, como aquele que 
[...] Com o passar dos anos, a obra de Cândido transformou-se: de uma arte 
revolucionária surgiu uma obra preocupada socialmente com a condição brasileira, 
com a gente que forma esse país rico e miserável, com a exploração do trabalho 
operário, com a dor pela falta do pão de cada dia [...], [cuja afi rmação está retratada 
na obra Operário]. (O ENIGMA..., 2009, extraído da Internet, grifos nossos). 
O cotidiano 
do trabalhador
Analisando a distribuição das 24 horas de um dia, teremos 8 horas reservadas para o 
trabalho. As 16 horas restantes são utilizadas no ambiente da sua comunidade, onde 8 
horas são para o descanso e as outras 8 horas para outras atividades, tais como lazer, 
estudo, necessidades básicas, etc.
O que podemos 
encontrar nesses dois 
tipos de ambientes? 
O ambiente ocupacional é aquele em que o trabalhador exerce sua atividade laboral. 
Esse espaço físico é preparado para receber o trabalhador nas mais diversas atividades: 
fabricação de móveis, construção de edifícios, prestação de serviços, extração de 
minério, dentre outras. Assim, nesses ambientes, podemos encontrar: ferramentas 
manuais (alicates, facas etc), máquinas (prensa hidráulica, serra circular etc); ruído 
intenso; fontes de calor e frio; produtos químicos potencialmente tóxicos – gases, 
poeiras, névoas, etc.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt3Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt3 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
Praticando...Praticando... 1
4
Segurança do trabalho I A01
Figura 2 – Ocupação do meio ambiente (Rio Niterói/RJ)
Fonte: Cláudia (2008).
O ambiente da comunidade é constituído pelo meio ambiente que nos envolve e pelas 
modifi cações impostas pelo ser humano. Essas mudanças, cujo objetivo é satisfazer 
o homem, geram, dentre outras, situações de risco à população. Podemos elencar a 
poluição das águas e do ar, a utilização de agentes químicos potencialmente tóxicos nos 
cosméticos, aditivos em alimentos – agrotóxicos e afi ns – drogas, agentes de limpeza 
– produtos químicos, etc.
Desse modo, é de responsabilidade do próprio homem e do poder público zelar pela 
segurança no ambiente da comunidade, procurando viver em harmonia com a natureza, 
construindo e exigindo edifi cações seguras. No ambiente laboral, essa responsabilidade 
passa a ser do empregador. Ele prepara o ambiente para receber o trabalhador de forma 
a preservar sua saúde e segurança no desenvolvimento das atividades.
1. Antes de nos aprofundar nos fundamentos teóricos da disciplina 
Segurança do Trabalho, faz-se necessário captar o que cada um sabe a 
respeito desse conceito, então, com os conhecimentos adquiridos na 
sua experiência de vida, responda:
a) Para você, o que é segurança do trabalho?
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt4Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt4 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
5
Segurança do trabalho I A01
b) Cite uma ou duas situações que presenciou ou de que tenha 
conhecimento, que pôs/puseram em risco a vida de um trabalhador.
Afi nal, o que é 
Segurança do Trabalho?
Figura 3 – Trabalho portuário (Porto de Valparaiso/Chile)
Fonte: Cláudia (2008).
A segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são 
adotadas visando a minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem 
como proteger a integridade física e a capacidade de trabalho do trabalhador.
Como exemplo, podemos citar o trabalho realizado nos portos, onde o trânsito de carga 
e descarga de materiais exige planejamento nas vias de movimento de carga, seja ele 
efetuado por meio de cargas suspensas ou transporte viário, no sentido de se evitar 
os acidentes.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt5Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt5 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
6
Segurança do trabalho I A01
Medidas preventivas também devem ser observadas no transporte e levantamento de 
cargas realizados por trabalhadores, objetivando evitar lesões na coluna vertebral e 
dores musculares.
Como podemos atingir a meta de saúde e 
segurança no ambiente de trabalho?
Para atingir esta meta é necessário que a engenharia, nas diversas áreas, em conjunto 
com a medicina, possam agir.
Dessa forma, a segurança do trabalho estuda diversasdisciplinas como Introdução 
à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em 
Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, 
Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O 
Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, 
Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção 
do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e 
Gerência de Riscos.
Como a segurança do trabalho atua no âmbito 
da empresa?
Figura 4 – Fábrica de chocolate (Mendoza/Argentina)
Fonte: Cláudia, 2008
Aparentemente, algumas atividades laborais parecem inofensivas, como é o caso de 
uma fábrica de chocolates. Apesar do produto fi nal ser apreciado em quase todo o 
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt6Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt6 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
  Exames demissionais 
são exames médicos 
realizados no 
trabalhador quando, 
ao ser demitido, ele 
encerra suas atividades 
na empresa.
Exames 
demissionais
7
Segurança do trabalho I A01
mundo, o processo de fabricação requer cuidados com a segurança dos trabalhadores 
por meio da implantação de programas de saúde e segurança através de uma equipe 
multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profi ssionais 
formam o que chamamos de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e 
Medicina do Trabalho (SESMT). Também os empregados da empresa contribuem para 
a promoção da saúde e bem estar do trabalhador ao constituírem a Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes (CIPA), composta por representantes do empregador e 
representantes dos empregados, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
O que é Medicina 
do Trabalho?
É 
o ramo da Medicina que visa à preservação da saúde do trabalhador, melhorando 
as condições de sua atividade, bem como corrigindo as consequências dela 
advindas que são prejudiciais ao homem. Ela atua no monitoramento da saúde 
do trabalhador, desde a entrada na empresa com os exames admissionais, até o 
término de seu contrato de trabalho com os exames demissionais e intervenções para 
melhorar a saúde do trabalhador durante sua vida laboral.
A quem cabe a 
responsabilidade pela 
Segurança do Trabalho?
A 
responsabilidade pela segurança do trabalho é tripartite: poder público, 
empregador e empregado. Assim, cabe ao poder público a criação e fi scalização 
das normas e leis que versam sobre segurança e saúde no trabalho, cabe ao 
empregador fazer cumprir essa legislação, podendo ser punido em caso de desrespeito 
às exigências e cabe ao trabalhador cumprir as exigências de saúde e segurança 
nos locais de trabalho, obedecendo às normas e leis específi cas, contribuindo para 
a manutenção das condições de trabalho saudáveis, uma vez que é para ele que o 
ambiente é adaptado.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt7Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt7 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
Praticando...Praticando... 2
8
Segurança do trabalho I A01
Defi nimos até agora o que é segurança do trabalho, a forma como podemos 
atuar dentro da empresa e os atores envolvidos no esforço conjunto de 
preservar a vida e a saúde do trabalhador. Dessa forma, considerando 
que a responsabilidade pela segurança é dividida entre o empregador, o 
trabalhador e o poder público, em sua opinião, de que forma essa parceria 
poderia ser mais efi caz?
Até aqui, vimos o que é segurança do trabalho e como podemos implantá-la no ambiente 
de trabalho em benefício do trabalhador. Como foi despertado esse interesse no 
ambiente de trabalho? Qual foi o marco da Segurança do Trabalho? Para responder a 
esses questionamentos, passaremos a descrever um pouco da História da Segurança 
do Trabalho ao longo do desenvolvimento da sociedade.
Histórico 
As atividades laborativas nasceram com o homem. Pela sua capacidade de raciocínio 
e pelo seu instinto de se agrupar, o homem conseguiu, através da história, avanços 
tecnológicos que possibilitaram sua existência no planeta. Partindo da atividade 
predatória (caça), evoluiu para a agricultura e o pastoreio, alcançou a fase do artesanato 
e atingiu a era industrial.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt8Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt8 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
9
Segurança do trabalho I A01
Apesar do trabalho ter surgido com o primeiro homem, as relações entre trabalho 
e doenças profi ssionais, bem como entre trabalho e acidentes só começaram a ser 
estudadas há cerca de 300 anos. Mesmo assim, esses estudos tratavam apenas de 
observações individuais que não formavam um corpo comum.
Contudo, têm-se notícias de que Aristóteles – 384-322 a.C. – estudou as enfermidades 
dos trabalhadores nas minas e, principalmente, a forma de evitá-las. Hipócrates – 460-
375 a.C. – pai da Medicina, quatro séculos antes de Cristo, estudou a origem das 
doenças das quais eram vítimas os trabalhadores que exerciam suas atividades em 
minas de estanho.
Figura 5 – Aristóteles
Fonte: <http://www.enciclopedia.com.pt/readarticle.php?article_id=682>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
O marco da segurança 
e saúde no trabalho!
O marco da segurança do trabalho se deu em 1700, na Itália, com a publicação da obra 
“De Morbis Artifi cium Diatriba”- As Doenças dos Trabalhadores, de autoria do médico 
Bernardino Ramazzini (1633-1714) que, por esse motivo, é considerado o “Pai da 
Medicina do Trabalho”. Nessa obra, o autor descreve uma série de doenças relacionadas 
a 50 profi ssões.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt9Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt9 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
10
Segurança do trabalho I A01
Figura 6 – Obra de Ramazzini
Fonte: <www.portalmedico.org.br>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
Com a invenção da máquina a vapor, nasce na Inglaterra a Revolução Industrial 
(1760/1830). Assim, galpões, estábulos e velhos armazéns eram rapidamente 
transformados em fábricas, colocando-se no seu interior o maior número possível de 
máquinas de fi ação e tecelagem.
Figura 7 – Modelo de fábrica da Revolução industrial
Fonte: <http://www.economiabr.defesabr.com/economia_ontem.htm>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
Os ambientes improvisados destinados às fábricas mantinham em seu interior 
temperatura elevada, não tinham ventilação sufi ciente para a renovação do ar respirável 
e a umidade era constante. As máquinas ofereciam constante risco de acidentes aos 
trabalhadores, uma vez que não foram desenvolvidas levando-se em consideração 
seu usuário.
A improvisação das fábricas e a mão-de-obra constituída por homens, mulheres e crianças, 
sem qualquer processo seletivo quanto ao seu estado de saúde e desenvolvimento físico, 
culminaram em doenças e mortes. Diante dessa situação, reivindicações trabalhistas 
foram feitas pelo povo, e os órgãos governamentais tiveram que intervir para que as 
fábricas oferecessem um ambiente laboral mais digno.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt10Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt10 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
11
Segurança do trabalho I A01
A evolução da 
segurança do trabalho 
no mundo!
E
m 1802, o Parlamento Britânico aprovou a primeira lei de proteção dos 
trabalhadores: a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes” estabelecia o limite de 12 
horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores 
a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano e tornava obrigatória a ventilação 
do ambiente (MIRANDA, 1998, p. 2).
Em 1830, o proprietário de uma fábrica inglesa procurou Robert Baker, médico inglês, 
pedindo-lhe conselho sobre a melhor forma de proteger a saúde dos trabalhadores. 
Baker, conhecedor da obra de Ramazzini, aconselhou-oa contratar um médico da 
localidade em que funcionava a fábrica para visitar diariamente o local de trabalho e 
estudar a possível infl uência das instalações sobre a saúde dos operários, dessa forma, 
os operários deveriam ser afastados de suas atividades profi ssionais tão logo fossem 
notados que estas estivessem prejudicando a saúde dos trabalhadores. Surgia, assim, 
o primeiro serviço médico industrial em todo o mundo. (NOGUEIRA, 1979, p. 11)
Figura 8 – Fábrica
Fonte: Word 2000.
A produção fabril expõe os trabalhadores a diferentes situações de riscos, tais como 
estresse, fadiga, devido a períodos prolongados de trabalho, doenças respiratórias 
relativas à qualidade do ar que se respira, assim como pode ser um ambiente propício 
à proliferação de doenças contagiosas. Nesse aspecto, esse foi o primeiro ambiente 
laboral a ser amparado por lei.
Em 1833, foi baixado o “Factory Act” – Lei das fábricas, que foi considerada como a 
primeira legislação realmente efi ciente no campo da proteção ao trabalhador. Aplicava-
se a todas as empresas têxteis onde se usasse força hidráulica ou a vapor; proibia o 
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt11Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt11 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
12
Segurança do trabalho I A01
trabalho noturno aos menores de 18 anos e restringia as horas de trabalho destes a 
12 horas por dia e 69 por semana; as fábricas precisavam ter escolas que deveriam ser 
freqüentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos; a idade mínima para o 
trabalho era de 9 anos, e um médico deveria atestar que o desenvolvimento físico da 
criança correspondia a sua idade cronológica (NOGUEIRA, 1979, p. 11).
Em 1919, após a Primeira Guerra Mundial, na Conferência da Paz, foi criada a 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) fundamentada no princípio de que a paz 
universal e permanente só pode basear-se na justiça social, sendo a única das Agências 
do Sistema das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual os representantes 
dos empregadores e dos trabalhadores têm os mesmos direitos que os do governo.
“No Brasil, a OIT tem mantido representação desde 1950, com programas e atividades 
que têm refl etido os objetivos da Organização ao longo de sua história.” (OIT, 2009, 
extraído da Internet).
Sabemos que as reivindicações e conquistas trabalhistas foram feitas às 
custas de muito suor e lágrimas. Para registro dessas conquistas, pesquise 
em livros, revistas, internet e outras fontes bibliográfi cas as principais 
vitórias dos trabalhadores, no mundo, desde a Revolução Industrial até os 
dias atuais. Elabore uma cronologia de acontecimentos e a sua importância 
para a segurança do trabalho.
Praticando...Praticando... 3
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt12Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt12 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
13
Segurança do trabalho I A01
A evolução da 
Segurança do Trabalho 
no Brasil
O Brasil possui uma legislação relativamente recente em matéria de Segurança do 
Trabalho. Até o início do século XX, a economia era baseada no braço escravo e na 
agricultura, porém isso não signifi ca dizer que, nessa época, não havia acidentes 
decorrentes do trabalho.
Somente após a Primeira Guerra Mundial - 1919, resultante de tratados internacionais, 
como o Tratado de Versalhes, medidas legislativas foram cogitadas no país, visando à 
proteção dos trabalhadores, que começavam a se concentrar nas cidades.
No Brasil, podemos fi xar por volta de 1930 a nossa Revolução Industrial e, embora 
tivéssemos já a experiência de outros países, em menor escala, é bem verdade, 
atravessamos os mesmos obstáculos, o que fez com que se falasse, em 1970, que o 
Brasil era o campeão mundial de acidentes do trabalho.
Em 1966, foi criada ofi cialmente a FUNDACENTRO cuja missão é a produção e difusão 
de conhecimentos que contribuam para a promoção da segurança e saúde dos 
trabalhadores, visando ao desenvolvimento sustentável, com crescimento econômico, 
equidade social e proteção do meio ambiente.
Figura 9 – Sede da FUNDACENTRO – ES
Fonte: <http://www.fundacentro-es.gov.br/>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt13Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt13 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
14
Segurança do trabalho I A01
Embora o assunto fosse pintado com cores muito sombrias, podemos observar na 
tabela a seguir (Tabela 1 - Número de acidentes do trabalho ocorridos no período de 
1971 a 1996) a crescente preocupação com a segurança do trabalho evidenciada pela 
diminuição gradativa do número de acidentados que só foi possível devido o esforço 
conjunto de todos os envolvidos: trabalhadores, empresários e governo.
Tabela 1 – Número de acidentes do trabalho ocorridos no período de 1971 a 1996
Anos Números de Segurados Números de acidentados Percentual
1971 7.553.472 1.330.523 17,61 %
1972 8.148.987 1.504.723 18,47 %
1973 10.956.956 1.632.696 14,90 %
1974 11.537.024 1.796.761 15,57 %
1975 12.996.796 1.916.187 14,74 %
1975 14.945.489 1.743.825 11,67 %
1977 16.589.605 1.614.750 9,73 %
1978 16.638.799 1.551.501 9,32 %
1979 17.637.127 1.444.627 8,19 %
1980 18.686.355 1.464.211 7,84 %
1981 19.188.536 1.270.465 6,62 %
1982 19.476.362 1.178.472 6,05 %
1983 19.671.128 1.003.115 5,10 %
1984 19.673.915 961.575 4,89 %
1985 20.106.390 1.077.861 5,36 %
1986 21.568.660 1.207.859 5,60 %
1987 22.320.750 1.137.124 5,09 %
1988 23.045.901 992.737 4,31 %
1989 23.678.607 888.343 3,75 %
1990 22.755.875 693.572 3,05 %
1991 22.792.858 629.918 2,76 %
1992 22.803.065 532.514 2,33 %
1993 22.722.008 412.292 1,81 %
1994 23.016.637 388.304 1,68 %
1995 23.614.200 424.137 1,79 %
1996 24.311.448 395.455 1,62 %
Dados do INSS 
Fonte: <http://www.geocities.com/Athens/Troy/8084/historia.HTM>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt14Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt14 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
15
Segurança do trabalho I A01
Cronologia da 
Segurança do Trabalho 
no Brasil
N
o Brasil, a evolução da segurança do trabalho se deu de forma mais tardia do que 
na Europa, uma vez que a nossa revolução industrial começou por volta de 1930. 
Nessa época, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, iniciou o processo de 
direitos trabalhistas individuais e coletivos com a criação da CLT, em 1943. A partir daí, 
outras medidas foram realizadas em benefício dos trabalhadores, como a criação da 
Lei 8213, em 1991, que regulamentou os Planos de Benefícios da Previdência Social, 
incluindo os benefícios dos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho.
Vejamos que fatos marcaram o desenvolvimento da segurança do trabalho no Brasil, 
onde podemos observar a crescente preocupação por parte do poder público em garantir 
melhores condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho:
De 1919 a 1988
1919 – Criada a Lei de Acidentes do Trabalho, tornando compulsório o seguro contra o risco profi ssional.
1920 – Em Tatuapé/SP, surge o primeiro médico de empresa.
1923 – Criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados das empresas ferroviárias, marco 
da Previdência Social brasileira.
1930 - Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, atual TEM.
1933 – Surgiram os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), entidades de grande porte, abrangendo os 
trabalhadores agrupados por ramos de atividades. Tais institutos foram o IAPTEC (para trabalhadores em trans-
porte e cargas), IAPC (para os comerciários), IAPI (industriários), IAPB (bancários), IAPM (marítimos e portuários) 
e IPASE (servidores públicos). 
1 934 – Criada no Ministério do Trabalho a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho que, ao longo dos anos, 
passou a Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), em nível federal, e Superintendência Regional 
do Trabalho e Emprego (SRTE), em nível estadual.
1943 – Criada a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que trata de segurança e saúde do trabalho no Título 
II, Capítulo V do Artigo 154 ao201.
1966 – Unifi cação dos Institutos com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, atual Instituto 
Nacional do Seguro Social – INSS.
1966 – Criação da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO, que 
atua em pesquisa científi ca e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt15Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt15 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
16
Segurança do trabalho I A01
1972 a 1974 – Programa Nacional de Valorização do Trabalhador.
1978 – Criação das Normas Regulamentadoras Urbanas – NR´s (regulamentação da CLT, art. 154 a 201).
1988 – Promulgação da Constituição Federal (art. 7º, inciso XXII) e criação das Normas Regulamentadoras Ru-
rais – NRR.
Como sabemos, a FUNDACENTRO é uma instituição responsável por 
pesquisa na área de segurança e saúde do trabalho no Brasil. Para que 
você possa conhecê-la um pouco mais, visite o site: <www.fundacentro.gov.
br> e descreva o que ela faz na área de segurança do trabalho.
Praticando...Praticando... 4
Importância da 
segurança do trabalho
Vários são os aspectos relacionados à implantação de programas de segurança e saúde 
do Trabalho no âmbito da Empresa: 
a) Aspectos Sociais – O ônus pelo acidente do trabalho refl ete-se em toda a nação; é 
ela que paga, através da arrecadação de impostos, ao incapacitado ou à família da 
vítima de um acidente fatal o seguro social a que tem direito. É expressivo o número 
de brasileiros aposentados por invalidez, que fi cam à espera apenas do seu irrisório 
salário, quando poderiam estar produzindo e, consequentemente, contribuindo para 
o desenvolvimento do país.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt16Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt16 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
17
Segurança do trabalho I A01
Figura 10 – Aspecto Social
Fonte: Word 2000.
b) Aspectos Humanos – Embora não se possa representar em números, o aspecto humano 
é o mais importante, pois não há dinheiro que pague o preço de uma vida, assim como 
não há indenização que corresponda ao valor de uma mão, de um braço ou de qualquer 
parte do corpo mutilada em um acidente. Não dá para mensurar o signifi cado, para os 
familiares, de um indivíduo que saiu para trabalhar e não voltou, vítima de um acidente 
do trabalho que poderia ter sido evitado. Outro fator não quantifi cável são os traumas 
que um acidente acarreta para os companheiros do acidentado.
Figura 11 – Família
Fonte: <http://www.jornalperestroika.com/php/modules.php?name=News&fi le=article&sid=218>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
c) Aspectos Econômicos – A queda na produção de uma empresa e da nação como um 
todo, decorrente de acidentes de trabalho, é um aspecto que deve ser considerado, 
pois, além do custo fi nal dos produtos, o acidente acarreta gastos com atendimento 
médico, transporte, remédios, indenizações, pensões, etc.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt17Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt17 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
18
Segurança do trabalho I A01
Figura 12 – Aspectos econômicos
Fonte: Word 2000.
Caro aluno, nesta aula você participou do início da nossa jornada de conhecimentos com 
o nascimento da Segurança do Trabalho, uma conquista de trabalhadores, empregadores 
e governo, pois todos saem lucrando. Na próxima aula, você conhecerá as causas e 
fatores que levam aos acidentes de trabalho e como evitá-los. Até breve!
Leituras complementares
EDUCAREDE. Disponível em: <http://www.educarede.org.br/educa/index.
cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=17&id_subtema=1>. Acesso em: 26 ago. 2009.
Site relacionado ao sentido da atividade de trabalho.
HISTÓRIA DO MUNDO. História da revolução industrial. Disponível em: <http://
www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-industrial/>. Acesso em: 
26 ago. 2009.
Site relacionado à Revolução Industrial para entender a sua repercussão no mundo do 
trabalho.
BALBINOT, Camile. CLT: fundamentos ideológico-políticos: fascista ou liberal-democrática? 
2007. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=10062>. Acesso 
em: 26 ago. 2009.
Site relacionado ao contexto político da criação da CLT.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Disponível em: <http://www.mte.gov.br>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt18Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt18 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
19
Segurança do trabalho I A01
Site do Ministério do Trabalho, onde você encontrará toda a legislação voltada para a 
segurança e saúde do trabalhador.
FUNDACENTRO. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br>. Acesso em: 26 ago. 
2009.
Site da fundação Jorge Duprat de Segurança e Medicina do Trabalho. Nessa página, você 
verá os estudos e pesquisas realizadas por essa instituição, assim como o referencial 
bibliográfi co à venda e alguns disponíveis para download.
AREASEG.COM. Disponível em: <http://www.areaseg.com>. Acesso em: 26 ago. 2009.
Site voltado para os profi ssionais na área de segurança onde podemos encontrar 
assuntos relacionados aos diversos conteúdos abordados no curso.
Cândido Portinari 
Fonte: <http://www.portinari.org.br/IMGS/jpgobras/OAa_1746.JPG>. 
Acesso em: 26 ago. 2009.
Você viu que passamos 1/3 de nossa vida no ambiente laboral, tempo que 
deve ser aproveitado de forma saudável e segura, do mesmo modo como 
passamos os outros 2/3. Você estudou que essa preocupação deverá 
ser voltada para todas as situações vivenciadas no dia-a-dia, por exemplo: 
quando atravessamos a rua, dirigimos uma bicicleta ou um automóvel, 
devemos ter o cuidado de praticar essas ações e obedecer a todas as regras 
que nos alertam a fugir das situações de perigo. Como trabalhador, além de 
cumprir as normas de prevenção de acidentes, você deve também alertar o 
empregador para que as situações de risco sejam reduzidas ou até mesmo 
eliminadas do ambiente laboral. Assim, como cidadãos e trabalhadores, 
estamos contribuindo para a redução dos impostos, diminuição do número 
de acidentes, valorização do investimento realizado pelo governo ao 
educar o cidadão para o mundo do trabalho. Contribuimos conosco, como 
trabalhadores, e com nossa família pela preservação da vida.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt19Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt19 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
Autoavaliação
20
Segurança do trabalho I A01
1. Em relação à Segurança do Trabalho, podemos afi rmar:
a) É o ramo da Medicina que visa à preservação da saúde do trabalhador, 
melhorando as condições de sua atividade, bem como corrigindo as 
consequências delas advindas que são prejudiciais ao homem.
b) É de única e exclusiva responsabilidade do poder público.
c) Sua evolução deve-se principalmente à classe trabalhadora.
d) É a ciência que tem como objetivo estudar os meios que permitem 
eliminar ou, pelo menos, diminuir os acidentes do trabalho.
e) Caracteriza-se pelos altos índices de acidentes de trabalho e doenças 
ocupacionais.
2. Em relação aos programas e serviços de higiene e segurança do trabalho 
dentro da empresa, podemos afi rmar:
a) A CIPA é composta somente por representantes dos empregados.
b) O SESMT é composto somente por profi ssionais da área de saúde do 
trabalho.
c) O controle médico de saúde do trabalhador não é de responsabilidade 
da empresa. 
d) A prevenção de acidentes é de responsabilidade exclusiva do Governo 
Federal.
e) A CIPA e o SESMT, quando houver, devem atuar em parceria.
3. São fatores internos relativos ao desenvolvimento do ordenamento 
jurídico trabalhista em nosso país:
( ) Tratado de Versalhes, com a criação da OIT, em 1919. 
( ) Revolução Industrial.
( ) Política trabalhista de Getúlio Vargas.
( ) Surto industrial, após a 2ª guerra: 1945.
( ) Criação da Constituição Federal.
4. Para se compreender a real importância da Segurança do Trabalho, é 
necessário que se faça uma abordagem segundo vários aspectos, dentre 
os quais podemos destacar como aspecto econômico:
( ) Nãohá indenização que corresponda ao valor de uma mão, de um braço 
ou de qualquer parte do corpo mutilada em um acidente.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt20Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt20 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
21
Segurança do trabalho I A01
( ) A sociedade paga o ônus pelo acidente do trabalho.
( ) Diminuição da contribuição no desenvolvimento do país.
( ) Traumas que um acidente acarreta para os companheiros do acidentado.
( ) A queda na produção de uma empresa e da nação como um todo.
5. São aspectos positivos em relação à segurança do trabalho: 
a) Diminuição dos acidentes de trânsito no caminho de casa para o trabalho 
e do trabalho para casa.
b) Aumento do número de benefi ciários da previdência social.
c) Aumento da qualidade de vida do trabalhador.
d) Aumento dos impostos a serem pagos em nível Federal, Estadual 
e Municipal.
e) Diminuição da oferta de trabalho e emprego.
6. Baseado (a) nos assuntos estudados nesta aula, responda ao que 
se pede:
a) O que é Segurança do Trabalho?
b) O que é Medicina do Trabalho?
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt21Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt21 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
22
Segurança do trabalho I A01
c) Qual o papel do trabalhador, empregador e poder público nas questões 
de segurança do trabalho?
d) Como se deu a evolução da segurança do trabalho no Brasil?
e) Qual a importância da segurança do trabalho para um país?
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt22Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt22 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
23
Segurança do trabalho I A01
Referências
AREASEG.COM. introdução à segurança do trabalho em perguntas e respostas. 
Disponível em: <http://www.areaseg.com/seg/>. Acesso em: 26 ago. 2009.
COSTA, Anjelo; MARIZ, Francisco. Segurança do trabalho: defenda essa causa. Natal: 
ETFRN, 1989.
O ENIGMA do olhar através da arte de Candido Portinari. Revista Evidência, ed. 105. 
Disponível em: <http://www.revistaevidencia.com.br/revista.asp?revista=3&edicao=1
05&secao=149>. Acesso em: 1 set. 2009.
FERNANDES, João Cândido. Introdução à engenharia de segurança do trabalho: resumo 
histórico. Disponível em: <www.bauru.unesp.br/curso_cipa/artigos/introd.doc>. Acesso 
em: 26 ago. 2009.
HISTÓRICO da nossa segurança do trabalho. Disponível em: <http://www.geocities.
com/Athens/Troy/8084/idx_intro.htm>. Acesso em: 26 ago. 2009.
MIRANDA, Carlos Roberto. Introdução à saúde no trabalho. São Paulo: Ed. 
Atheneu, 1998.
NOGUEIRA, Diogo Pupo. Introdução à segurança, higiene e medicina do trabalho: histórico. 
In: FUNDACENTRO. Curso de engenharia do trabalho. São Paulo: FUNDACENTRO, 
1979. v 1.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT. Disponível em: <http://www.
oitbrasil.org.br/inst/index.php>. Acesso em: 1 set. 2009.
SAAD, Eduardo Gabriel (Org.). Introdução à segurança do trabalho: textos básicos para 
estudantes de engenharia. São Paulo: FUNDACENTRO, 1981.
TORREIRA, Raúl Peragallo. Manual de segurança industrial. São Paulo: Margus, 1999.
VIASEG. Prev.Acidentes: STJ decide que empregador é responsável. 2007. Disponível 
em: <http://www.viaseg.com.br/noticia/5470-prevacidentes__stj_decide_que_
empregador_e_responsavel.html>. Acesso em: 26 ago. 2009.
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt23Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt23 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
24
Segurança do trabalho I A01
Anotações
Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt24Seg_Trab_I_A01_RF_PBBB_271009.indd CpTxt24 27/10/09 16:0127/10/09 16:01
02
Cláudia Régia Gomes Tavares
C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O
Acidentes de trabalho: Conceitos básicos
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd Cp1Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd Cp1 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
Coordenadora da Produção dos Materias
Vera Lucia do Amaral
Coordenador de Edição
Ary Sergio Braga Olinisky
Coordenadora de Revisão
Giovana Paiva de Oliveira
Design Gráfi co
Ivana Lima
Diagramação
Elizabeth da Silva Ferreira
Ivana Lima
José Antonio Bezerra Junior
Mariana Araújo de Brito
Arte e ilustração
Adauto Harley
Carolina Costa
Heinkel Huguenin
Leonardo dos Santos Feitoza
Revisão Tipográfi ca
Adriana Rodrigues Gomes
Margareth Pereira Dias 
Nouraide Queiroz
Design Instrucional
Janio Gustavo Barbosa
Jeremias Alves de Araújo Silva
José Correia Torres Neto
Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade
Revisão de Linguagem
Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade
Revisão das Normas da ABNT
Verônica Pinheiro da Silva
Adaptação para o Módulo Matemático
Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho
EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
Projeto Gráfi co
Secretaria de Educação a Distância – SEDIS
Governo Federal
Ministério da Educação
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd Cp2Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd Cp2 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
Você 
verá
por aq
ui...
Objetivos
1
Segurança do trabalho I A02
...quais são os acidentes considerados como acidentes de trabalho, as causas desses 
acidentes e suas consequências para os diversos atores envolvidos, baseando-se na 
legislação específi ca. Acrescentamos também nesta aula, como material informativo, 
mas de elevada importância para a vida laboral, um anexo que trata dos principais itens 
da legislação previdenciária relacionada a acidentes de trabalho. 
  Conceituar acidentes de trabalho.
  Identifi car no ambiente de trabalho as diversas situações 
que podem causar acidente.
  Conhecer as consequências dos acidentes de trabalho.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt1Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt1 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
2
Segurança do trabalho I A02
Para começo
de conversa...
A
cidentes ocorrem em todos os lugares do mundo, todos os dias pessoas sofrem 
ou causam acidentes a terceiros que levam à morte ou incapacidade de trabalho. 
Várias são as situações que contribuem para que ocorra um acidente. Vejamos 
esta reportagem, extraída da Revista Proteção on line: http://www.protecao.com.br/
novo/template/noticias.asp?codNoticia=5618.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt2Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt2 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
Acidentes de trabalho: 
Conceito
Existem dois tipos de conceitos relacionados à segurança do trabalho: o conceito 
prevencionista ou da prevenção e o conceito legal ou previdenciário, que está relacionado 
à previdência social.
Figura 1 – Situação perigosa
Fonte: <http://www.94fm.com.br/seguro_de_acidente_de_trabalho_vai_mudar_2009>. 
Acesso em: 8 maio 2009.
3
Segurança do trabalho I A02
Acidentes de trabalho em Joinville deixam um morto e três feridos
Joinville/SC - Três acidentes de trabalho em Joinville deixaram três operários 
feridos e um morto na tarde de terça-feira, 17. No mais grave deles, um 
operário foi eletrocutado enquanto instalava um poste no bairro Vila Nova, 
por volta das 17 horas.
O caminhão com guindaste encostou o poste nos fi os de alta tensão. O 
operário chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Municipal São 
José. O outro teve queimaduras graves nos pés e está internado.
No bairro Bom Retiro, um homem caiu de um andaime enquanto trabalhava 
nas obras do shopping center Joinville. Socorrido pelo Samu, está internado. 
Na Rua Azulão, no bairro Aventureiro, um operário sofreu fraturas na clavícula 
ao cair de um telhado, a cerca de seis metros do chão.
Fonte: A Notícia, 17 fev. 2009.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt3Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt3 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
4
Segurança do trabalho I A02
Conceito Legal prevencionista (Lei 8.213)
Para a segurança do trabalho, entende-se por acidente do trabalho uma ocorrência 
inesperada no ambiente de trabalho, que possa causar danos materiais, perda 
de tempo e/ou lesão/doença ao trabalhador. Essa é a visão prevencionista de 
acidentes de trabalho.
Esse conceito abraça todos os prejuízos oriundos de umacidente no ambiente de 
uma empresa, tais como: diminuição do ritmo da produção para o atendimento ao 
acidentado, quebra de máquinas, equipamentos e ferramentas, ferimentos físicos 
no trabalhador, geração de outros acidentes em decorrência do sentimento de 
insegurança no ambiente de trabalho.
Figura 2 – Revista 
Fonte: <http://www.mp.pa.gov.br/recursoscao/imagens/Acidentesdetrabalho.jpg>. 
Acesso em: 18 ago. 2009.
Conceito Legal ou previdenciário 
Para a seguridade social, “Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que 
cause a morte ou perda, ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho” (Lei 8.213, art. 19).
Esse conceito refere-se única e exclusivamente aos danos ocasionados ao trabalhador, 
uma vez que somente ele é objeto de preocupação da previdência social, não interessa 
ao INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social – os danos ocorridos devido às 
perdas de tempo ou danos materiais ocorridos no ambiente de trabalho resultante de 
um acidente.
A seguridade social em seu art. 20 considera ainda como acidente do trabalho as 
doenças profi ssionais e as doenças do trabalho que passaremos a descrever:
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt4Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt4 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
Exemplo 1
5
Segurança do trabalho I A02
1. Doença profi ssional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício 
do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
2. Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante da relação mencionada no inciso I.
Assim podemos exemplifi car:
a) A secretária que trabalha em um escritório de uma empresa aérea e adquire 
surdez ao longo do tempo de serviço contraiu uma doença do trabalho, uma vez 
que a surdez não está diretamente relacionada com sua atividade de secretária 
e sim à consequência de realizar suas atividades em um ambiente com ruído.
Figura 3 – Secretária
Fonte: Word (2009).
b) A mesma secretária sofre de uma doença que atinge os tendões dos dedos e 
punhos, nesse caso, ela tem o que chamamos de doença profi ssional, uma 
vez que foi adquirida devido à repetição contínua de digitação no teclado do 
computador, sua ferramenta de trabalho.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt5Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt5 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
6
Segurança do trabalho I A02
Responda aqui
1Praticando...
 Você já estudou o conceito de acidentes de trabalho sob o ponto de 
vista legal ou previdenciário e sob o ponto de vista prevencionista. 
Observando as duas definições, qual a diferença fundamental entre 
eles? Explique sua resposta.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt6Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt6 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
7
Segurança do trabalho I A02
O que é CAT (Comunicação 
de Acidente do Trabalho)?
É um documento a ser preenchido pela empresa para a comunicação de cada um dos 
acidentes ocorridos na empresa.
É responsabilidade da empresa sob pena de pagamento de multa a comunicação do 
acidente do trabalho (CAT) à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte 
ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente (Lei 
n. 8.213, art. 22).
Figura 4 – CAT
Fonte: <http://menta2.dataprev.gov.br/PREVFacil/PREVForm/BENEF/pg_internet/ifben_visuform.asp?id_form=36>. 
Acesso em: 18 ago. 2009.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt7Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt7 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
8
Segurança do trabalho I A02
Classifi cação 
dos acidentes
Podemos classifi car os acidentes de trabalho pelo número de dias de afastamento da 
empresa, ou seja, quanto mais grave for o acidente, maior o número de dias em que o 
trabalhador deverá fi car afastado de suas atividades:
Tipos de acidentes Exemplo
1.Sem Afastamento – 
retorno ao trabalho no 
dia seguinte
1.1. Pequenas lesões: cuidados imediatos 
sem grandes consequências
Escoriações, quedas leves, pequenos 
cortes nas mãos etc
2. Com Afastamento – 
Afastamento maior ou 
igual a 01 dia
2.1. Incapacidade temporária
Quebra de um braço, dedo, mão, 
cortes profundos etc
2.2. Incapacidade 
Permanente
2.2.1. Parcial - 
redução parcial 
da capacidade 
trabalho
Perda de um braço, de uma perna, de 
um dedo etc
2.2.2. Tota l - 
i n c a p a c i d a d e 
permanente e 
total perda da 
capacidade de 
trabalho
Surdez, LER – lesão por esforço 
repetitivo, cegueira etc
3. Morte
Fonte: Adaptado da Lei 8.213
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt8Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt8 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
9
Segurança do trabalho I A02
Responda aqui
2Praticando...
 A CAT é um documento obrigatório a ser preenchido em caso de acidentes, 
sejam os acidentes considerados com ou sem afastamento. Dessa forma, 
crie uma situação de acidente ou descreva algum acidente que você tenha 
presenciado e acesse o site:
<http://menta2.dataprev.gov.br/PREVFacil/PREVForm/BENEF/pg_internet/
ifben_visuform.asp?id_form=36>. Salve o formulário em seu computador e 
vamos preenchê-lo com base nas informações que você descreveu.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt9Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt9 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
CAUSAS DOS ACIDENTES
FATORES
PESSOAIS
FATORES
MATERIAIS
ATOS
INSEGUROS
CONDIÇÕES
INSEGURAS
Lesões físicas
Doenças profissionais
Perda de tempo
Danos materiais
10
Segurança do trabalho I A02
Quais as causas dos 
acidentes de trabalho?
Os acidentes têm sua origem nas ações ou situações que contribuem para sua 
ocorrência. Dessa forma, todos os acidentes do trabalho têm como antecedentes 
(conhecidos ou não) uma variedade de causas, sendo delas decorrentes, as quais 
estudaremos a seguir:
Ato inseguro 
O comportamento do trabalhador no seu ambiente de trabalho pode levá-lo a sofrer ou 
causar acidente, nesse caso estamos diante de um Ato Inseguro. O ato inseguro está 
relacionado à atividade de trabalho e a fatores ligados às características individuais de 
cada um, a fatores pessoais de insegurança, às características negativas, físicas ou 
psicológicas que também contribuem para que o acidente aconteça.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt10Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt10 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
  Sequência de tarefas 
estabelecida na linha 
de produção
Layout
11
Segurança do trabalho I A02
Condição insegura
São as defi ciências e irregularidades técnicas existentes no ambiente de trabalho, que 
constituem risco à integridade física e à saúde do trabalhador, bem como aos bens 
materiais da empresa, tornando esse ambiente propício para a ocorrência de acidentes.
As condições inseguras são consequências de erros de projetos, planos de trabalho, 
falhas ou incorreções de programas de manutenção e segurança.
Exemplos.:
Quadro 1 – Atos e condições inseguras
Atos e condições inseguras
1. Ato Inseguro
1.1. Relacionadas às atividades 
de trabalho
1. Recusa de uso ou utilização inadequada dos equipamentos 
de segurança e de proteção individual (EPI).
2. Emprego impróprio de ferramentas ou de equipamentos 
defeituosos.
3. Ajuste, lubrifi cação e limpeza de máquinas em movimento.
4. Permanência junto a pontos críticos das máquinas ou locais 
perigosos (Ex: sob cargas suspensas) etc.
1.2. Relacionadas às 
características individuais
1. Inaptidão física ou intelectual à função.
2. Temperamento agressivo.
3. Preocupação excessiva.
4. Inteligência lenta ou retardada.
2. Condição insegura
2.1. Nas instalações da Empresa
1. Prédios com áreas insufi cientes, pisos defeituosos e/ou 
irregulares.
2. Iluminação defi ciente ou mal distribuída.
3. Ventilação defi ciente ou excessiva.2.2. Na maquinaria
1. Máquinas defeituosas ou sem manutenção.
2. Equipamentos com proteções inadequadas ou sem proteção 
em partes móveis e pontos de transmissão de força.
3. Máquinas instaladas em locais desaconselháveis.
2.3. Relativo à matéria-prima
1. Insumos fora de especifi cação.
2. Matéria-prima com defeito ou de má qualidade.
2.4. Proteção do trabalhador
1. Ausência ou insufi ciência de proteção.
2. Investimentos não apropriados.
3. Ausência ou inadequação de calçados.
2.5. Na produção
1. Layout defi ciente.
2. Ritmo de produção excessivo ou abaixo da velocidade ideal.
2.6. Quanto ao horário de trabalho
1. Jornadas prolongadas.
2. Trabalho em escalas de horários muito variáveis.
3. Má distribuição de cargas horárias para tarefas.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt11Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt11 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
12
Segurança do trabalho I A02
A verdadeira causa de acidentes não se resume a simples identifi cação do ato inseguro 
ou da condição insegura, mas aos fatores ou situações que geraram esses atos ou 
condições inseguras
Responda aqui
3Praticando...
 Considerando o que você estudou até agora, em sua opinião, você concorda 
que somente o trabalhador pode ser responsabilizado pelos acidentes de 
trabalho? Justifi que sua resposta.
Até agora, você estudou a defi nição, classifi cação e descrição dos fatores/causas que 
podem provocar acidentes. Sabemos que os acidentes de trabalho, do ponto de vista 
da prevenção, podem causar danos materiais, perda de tempo e/ou lesão/doença 
ao trabalhador, mas não é somente o empregador e o trabalhador que arcam com 
as consequências de um acidente de trabalho. Vamos agora estudar os custos e os 
prejuízos decorrentes dos acidentes de trabalho.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt12Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt12 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
13
Segurança do trabalho I A02
Custos dos acidentes: 
Estima-se que o custo total do acidente (CT) é obtido pela soma do custo direto ou 
segurado (CD) e o custo indireto ou não segurado (CI).
Custo Direto ou Segurado (CD)
É representado pelas despesas ligadas diretamente ao atendimento do acidentado e 
que são pagas pela entidade seguradora, no caso do país, os Ministérios da Saúde 
e Previdência Social. Esse custo cobre:
Figura 5 – Custos
Fonte: Word (2009).
a) despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas necessárias à recuperação do 
acidentado;
b) pagamento de diárias e benefícios ao trabalhador acidentado;
c) transporte de vítima para hospital e residência; 
d) indenizações por lesões permanentes;
e) tratamento de reabilitação profi ssional.
Custo Indireto ou Não Segurado (CI)
Decorre de todas as despesas não vinculadas imediatamente ao acidente, mas dele 
resultantes. Esta modalidade de custo dos acidentes compreende a responsabilidade 
da empresa ou empregador com:
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt13Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt13 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
14
Segurança do trabalho I A02
Figura 6 – Tratamento médico
Fonte: Word (2009).
a) salários pagos ao acidentado não cobertos pela previdência, durante os 15 (quinze) 
primeiros dias de afastamento do acidentado do trabalho;
b) tempo perdido por outros trabalhadores, em decorrência do acidente;
c) custo de recuperação de máquinas danifi cadas no acidente e de matérias-primas ou 
produtos defeituosos em consequência deste;
d) custo do retardamento ou redução da produção; 
e) salários adicionais pagos a outros trabalhadores para cobrir atividades consequentes 
do acidente, inclusive treinamento;
f) despesas médicas e ambulatoriais não atendidas pelos serviços ofi ciais;
g) outras despesas ou custos gerenciais e administrativos.
4Praticando...
 Para exemplifi car melhor as questões de custos com acidentes, tomamos 
como exemplo a seguinte situação: um trabalhador de 21 anos, casado, pai 
de uma criança de 03 meses, terminou o curso de Segurança do Trabalho 
há dois anos, atualmente encontra-se afastado das atividades laborais, 
onde desenvolvia as atividades de Técnico em Segurança do Trabalho, pois, 
a serviço da empresa, sofreu um acidente no veículo da empresa junto com 
outro colega e quebrou a perna. Seu colega precisou ser transferido para a 
cidade mais próxima, uma vez que o hospital municipal não estava equipado 
para recebê-lo, vindo a falecer dois dias depois. Diante do exposto, elenque 
os custos diretos e indiretos oriundos desse acidente.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt14Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt14 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
15
Segurança do trabalho I A02
Responda aqui
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt15Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt15 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
16
Segurança do trabalho I A02
Prejuízos com Acidentes
O
s efeitos que os acidentes provocam podem ser associados à fi gura do iceberg: 
temos uma imensa massa submersa, que apenas expõe um pequeno bloco 
sobre água, considerando que os prejuízos e as consequências maléfi cas não se 
concentram apenas no acidentado, mas também são extensivos à empresa, à família, 
à sociedade, enfi m, à nação.
Prejuízo Privado
Os prejuízos privados são aqueles relacionados com os atores que estão diretamente 
envolvidos com o acidente, nesse caso, o trabalhador e o empregador. Vamos ver alguns 
exemplos abaixo:
1. Para o trabalhador:
a) sofrimento físico – dores, ferimentos, quebra de uma perna, quebra de um braço;
b) incapacidade para o trabalho – incapacidade pela perda de uma perna, perda de 
dedos, incapacidade psicológica;
c) desamparo à família – causada pelos dias em que o trabalhador não pode dar 
assistência à família ou por morte;
d) redução de salários em função da perda de produção.
2. Para a empresa:
Figura 7 – Prejuízos com acidentes
Fonte: Word (2009).
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt16Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt16 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
17
Segurança do trabalho I A02
a) difi culdades com as autoridades e má repercussão para a empresa;
b) gastos com primeiros socorros e apoio ao acidentado;
c) tempo perdido por outros empregados ao socorrerem o acidentado ou para avaliações 
– comentários, análise sob o aspecto do emocional e outras interpretações para o 
fato ocorrido;
d) atraso na entrega dos produtos, gerando, em consequência, a insatisfação dos 
clientes;
e) danifi cação ou perda de máquinas e equipamentos.
Prejuízo social imposto à sociedade e à Nação
a) Redução temporária ou permanente da força produtiva – o trabalhador acidentado 
se afasta de suas atividades durante um período curto ou longo de tempo. 
b) Aumento do número de dependentes da coletividade.
c) Elevação das taxas de seguros e de impostos – para cobrir os gastos provenientes 
do tratamento médico ao acidentado e benefícios sociais, tais como aposentadorias 
por invalidez, morte.
d) Aumento do custo de vida – resultante do repasse das taxas de impostos para o 
consumidor.
Responda aqui
5Praticando...
 Pesquise em revistas, jornais ou internet um acidente de trabalho que tenha 
ocorrido no seu município, estado ou no país, citando o que aconteceu, 
quais os prejuízos para os envolvidos, o que causou o acidente, quais as 
consequências e, em sua opinião, que medidas poderiam ser feitas para 
que o acidente não acontecesse.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt17Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt17 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
18
Segurança do trabalho I A02
Caro aluno, você estudou as causas e fatores que são determinantes para que os 
acidentes ocorram, suas consequências e o que existe na legislação específi ca que 
ampara o trabalhador. Na próxima aula, vamos nos aprofundar no assunto, abordando 
qual o papel da estatística nas questões de segurança do trabalho, como ela auxilia na 
prevenção dos acidentes. Até a próxima aula!
Leituras complementares
MAESTRI, Mário. Brasil: as raízes do mundo do trabalho.In: CURSO ECUMÊNICO DE 
PASTORAL POPULAR. A difícil luta pela autonomia operária: notas para discussão. 
Passo Fundo, RS, 2003. Disponível em: <http://www.consciencia.net/2003/07/26/
maestri1.html>. Acesso em: 18 ago. 2009.
Site com um artigo que discute as origens sócio-econômicas do Trabalho.
RH INFO. Um pouco sobre a história do trabalho. Disponível em: <http://www.rhinfo.
com.br/historia.htm>. Acesso em: 18 ago. 2009.
Site com um artigo que trata do surgimento do trabalho.
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os planos de benefícios 
da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: 
<http://www3.dataprev.gov.br/SISLEX/paginas/42/1991/8213.htm>. Acesso em: 
18 ago. 2009.
Lei ordinária referente aos benefícios sociais do INSS.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt18Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt18 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
19
Segurança do trabalho I A02
REIS, Ângelo. Os prejuízos dos acidentes versus segurança no trabalho. 2006. 
Disponível em: <http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDet
ailFo&rec=7713>. Acesso em: 18 ago. 2009. 
Artigo relacionado à prevenção de acidentes na Segurança no Trabalho.
Na aula de hoje, você aprendeu os conceitos básicos relativos a acidentes 
de trabalho, suas possíveis causas e consequências. Você estudou 
que a Seguridade Social é o órgão do poder público que assegura o 
direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social, incluindo 
aos pensionistas que sofreram acidentes de trabalho os benefícios 
especifi cados na Lei. Portanto, ao se inserir no mercado de trabalho, 
você terá a responsabilidade de colaborar para a prevenção de acidentes 
e doenças ocupacionais, mediante atitudes prevencionistas, contribuindo 
para o aumento da qualidade de vida para todos. 
Responda ao que se pede:
1. O que é acidente do trabalho:
a) do ponto de vista legal ou previdenciário?
b) do ponto de vista prevencionista?
2. Que é doença ocupacional?
3. Que é doença do trabalho? 
4. Que é acidente de trajeto?
5. Que é acidente fatal?
Autoavaliação
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt19Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt19 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
20
Segurança do trabalho I A02
6. Segundo a lei 8.213, o que se equipara aos acidentes de trabalho?
7. Quais as causas/fatores relacionados aos acidentes de trabalho?
8. Que são atos inseguros? Exemplifi que.
9. Que são condições inseguras? Exemplifi que.
10. Quais os custos de um acidente de trabalho?
11. Quais os benefícios e serviços da Previdência Social prestados aos 
segurados ou a seus familiares, que estão diretamente relacionados 
com os acidentes de trabalho?
Referências
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os planos de benefícios 
da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: 
<http://www3.dataprev.gov.br/SISLEX/paginas/42/1991/8213.htm>. Acesso em: 
18 ago. 2009.
COSTA, Anjelo; MARIZ, Francisco. Segurança do trabalho: defenda essa causa. Natal: 
ETFRN. 1989.
INFORMATIVO DA CIPA. Acidentes e doenças do trabalho. Disponível em: <http://www.
santos.sp.gov.br/administracao/cipa/acidenteedoencadotrabalho.htm>. Acesso em: 
18 ago. 2009.
MONTEIRO, Celso. Como funciona a previdência social. Disponível em: <http://pessoas.
hsw.uol.com.br/previdencia-social-brasil3.htm>. Acesso em: 18 ago. 2009.
RH INFO. Um pouco sobre a história do trabalho. Disponível em: <http://www.rhinfo.
com.br/historia.htm>. Acesso em: 18 ago. 2009.
SAAD, Eduardo Gabriel (Org.). Introdução à segurança do trabalho: textos básicos para 
estudantes de engenharia. São Paulo: FUNDACENTRO. 1981.
TORREIRA, Raúl Peragallo. Manual de segurança industrial. São Paulo. Margus, 1999.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt20Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt20 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
21
Segurança do trabalho I A02
ANEXO A – Um pouco mais de Legislação Previdenciária
Quando falamos em prejuízos e custos de acidentes não podemos deixar de fazer referência 
à Previdência Social, responsável pelos benefícios acidentários dados aos seus segurados, 
dessa forma, considerando a importância de ter conhecimento sobre o Instituto Nacional de 
Seguro Social (INSS) passaremos a descrever, nesse anexo 1, como material de consulta, 
um pouco mais sobre a Lei n. 8.213 que regulamenta os acidentes de trabalho.
Vamos falar sobre 
regime de trabalho?
Existem dois tipos de regimes de trabalho, o regime celetista ou aquele baseado na 
Consolidação das Leis do Trabalho CLT), para o qual se enquadram todos os trabalhadores de 
carteira assinada e o regime estatutário para o enquadramento dos funcionários públicos na 
esfera Municipal, Estadual ou Federal, para esses últimos a legislação aplicada à segurança 
do trabalho contida na CLT não se aplica, necessitando de legislação específi ca.
Quem tem direito à 
previdência social?
Todos os trabalhadores com vínculo empregatício sob o regime de trabalho celetista, 
trabalhadores autônomos, segurado especial e segurado facultativo que mantiverem 
contribuição com a previdência social, desfrutarão dos benefícios oferecidos pela mesma.
Figura 8 – Carteira de trabalho
Fonte: <www.nominuto.com.br>. Acesso em: 18 ago. 2009.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt21Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt21 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
22
Segurança do trabalho I A02
Para entendermos melhor a legislação aplicada a acidentes de trabalhos, vamos 
conhecer um pouco da legislação da Seguridade social:
Lei nº 8.212, 
de 24 de julho de 1991 
(Alterada em junho/2008)
Conceitos
a) Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos 
poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, 
à previdência e à assistência social (art. 01). 
b) A previdência social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios 
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo 
de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte 
daqueles de quem dependiam economicamente. (art. 04)
Lei Nº 8.213 - de 24 de julho de 1991 - DOU 
de 14/08/91 (Atualizada até Junho/2008) 
Vamos descrever o que a Lei 8.213, em seu texto, versa sobre acidentes de trabalho 
além do que foi estudado nesta aula.
Equiparam-se ao acidente do trabalho – art. 21
Figura 9 – Acidente
F
o
n
te
: 
W
or
d 
(2
0
0
9
).
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt22Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt22 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
23
Segurança do trabalho I A02
Para a Lei 8.213 são equiparados aos acidentes de trabalhos:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua 
recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro 
de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada 
ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro 
de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de 
força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua 
atividade; 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
  na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
  na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito;
  em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando fi nanciada por esta 
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentementedo meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
  no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer 
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de 
outras necessidades fi siológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é 
considerado no exercício do trabalho.
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt23Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt23 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
24
Segurança do trabalho I A02
O que de fato a Previdência 
Social assegura 
ao trabalhador acidentado?
A partir deste ponto, vamos descrever o que a Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 - 
DOU de 14/08/98 (Atualizada até junho/2008), assegura a seus associados incluindo 
aqueles que sofreram acidentes no trabalho:
Benefícios e serviços da previdência
social (Art. 18)
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez - a aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando 
for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em 
gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para 
o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto 
permanecer nesta condição (art. 42);
b) aposentadoria por idade – a aposentadoria por idade será devida ao segura do que, 
cumprida a carênc ia exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de 
idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. (art. 48);
c) aposentadoria por tempo  de contribuição;
d) aposentadoria especial - a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida 
a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições 
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 
(vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei (art.57);
e) auxílio-doença – o auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, 
quando for o caso, o período de carência exi gido nesta Lei, fi car incapacitado 
para o seu tra balho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias 
consecutivos (art. 59);
f) salário-família - o salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, 
exceto ao doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo 
número de fi lhos ou equiparados (art. 65);
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt24Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt24 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
25
Segurança do trabalho I A02
g) salário-maternidade – o salário-maternidade é devido à segurada da Previdência 
Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e 
oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e 
condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade (art. 
71);
h) auxílio-acidente – o auxílio-acidente será concedido, como indenização ao segurado, 
quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, 
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia (art. 86); 
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão – o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão 
por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber 
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio -doença, de aposentadoria 
ou de abono de permanência em serviço (art. 80);
III - quanto ao segurado e dependente:
a) serviço social – compete ao Serviço Social esclarecer junto aos benefi ciários seus 
direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o 
processo d e solução dos problemas que emergirem da sua relaçã o com a Previdência 
Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade (art. 
88); 
b) reabilitação profi ssional – a habilitação e a reabilitação profi ssional e social deverão 
proporcionar ao benefi ciário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho e às 
pessoas portadoras de defi ciência, os meios para a (re) educa ção e de (re) adaptação 
profi ssional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto 
em que vive (art. 89).
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt25Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt25 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
26
Segurança do trabalho I A02
Anotações
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt26Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt26 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
27
Segurança do trabalho I A02
Anotações
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt27Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt27 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
28
Segurança do trabalho I A02
Anotações
Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt28Seg_Trab_I_A02_RF_WBBB_281009.indd CpTxt28 28/10/09 09:2628/10/09 09:26
03
Cláudia Régia Gomes Tavares
C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O
Estatística de Acidentes
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp1Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp1 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
Coordenadora da Produção dos Materias
Vera Lucia do Amaral
Coordenador de Edição
Ary Sergio Braga Olinisky
Coordenadora de Revisão
Giovana Paiva de Oliveira
Design Gráfi co
Ivana Lima
Diagramação
Elizabeth da Silva Ferreira
Ivana Lima
José Antonio Bezerra Junior
Mariana Araújo de Brito
Arte e ilustração
Adauto Harley
Carolina Costa
Heinkel Huguenin
Leonardo dos Santos Feitoza
Revisão Tipográfi ca
Adriana Rodrigues Gomes
Margareth Pereira Dias 
Nouraide Queiroz
Design Instrucional
Janio Gustavo Barbosa
Jeremias Alves de Araújo Silva
José Correia Torres Neto
Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade
Revisão de Linguagem
Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade
Revisão das Normas da ABNT
Verônica Pinheiro da Silva
Adaptação para o Módulo Matemático
Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho
EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
Projeto Gráfi co
Secretaria de Educação a Distância – SEDIS
Governo Federal
Ministério da Educação
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp2Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp2 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
Você 
verá
por aq
ui...
Objetivos
1
Segurança do trabalho I A03
A segurança do trabalho é uma ciência multidisciplinar e se utiliza de outras ciências 
para atuar. Dessa forma, vamos discutir, nesta aula, a utilização de dados estatísticos 
usados pela segurança do trabalho no sentido de prevenir acidentes de trabalho.
  Compreender os dados estatísticos em relação a acidentes de trabalho 
lendo e interpretando estes dados.
  Calcular alguns dados estatísticos.
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt1Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt1 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
2
Segurança do trabalho I A03
Para começo 
de conversa... 
E
m todos os ramos de atividade a estatística está presente, fornecendo dados 
que permitem comparações para se avaliar o comportamento daquilo que está 
sendo realizado. Como exemplo, temos: as pesquisas de opinião pública, que 
aferem à audiência de um determinado programa; as pesquisas realizadas em época 
de eleições, que refl etem os resultados nas urnas da preferência dos eleitores em 
relação aos candidatos. Isso é a aplicação da Estatística.
A Segurança do Trabalho lança mão de estatística para estudar o comportamento dos 
acidentes nas empresas e, a partir daí, averiguar o nível das condições de segurança 
desenvolvidas nas diversas atividades.
O que é Estatística? 
Segundo Milone (2004, p. 3), a 
Estatística é o estudo dos modos de obtenção, coleta, organização, 
processamento e análise de informações relevantes que permitem quantifi car, 
qualifi car ou ordenar entes, coleções, fenômenos ou populações de modo tal 
que se possa concluir, deduzir ou predizer propriedades, eventos ou estados 
futuros.
Assim,utilizando a estatística de acidentes, podemos deduzir se as ações de segurança 
do trabalho estão sendo efi cazes ou não.
O que são dados estatísticos?
Os dados são quaisquer registros ou indícios relacionados a alguma entidade ou evento 
que servirão de análise e posterior conclusão relacionado ao acontecimento.
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt2Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt2 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
3
Segurança do trabalho I A03
A Estatística e a 
Segurança do Trabalho
Para relembrar...
Os acidentes de trabalho ocorridos na empresa devem ser comunicados 
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) através da Comunicação de 
Acidentes de Trabalho (CAT). A emissão da CAT se destina ao controle 
estatístico e epidemiológico junto aos órgãos Federais e visa, principalmente, 
à garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até 
mesmo de uma aposentadoria por invalidez. Por sua vez, o Ministério do 
Trabalho e do Emprego (MTE), através da FUNDACENTRO, recebe, trata e 
divulga as fi chas de acidentes com o objetivo de avaliar e comparar a 
efi cácia da prevenção de acidentes nos setores da economia dos municípios, 
estados e do país.
Os objetivos da Estatística de acidentes na 
Segurança do Trabalho são: 
a) Possibilitar avaliações sobre o desempenho do programa de Segurança do Trabalho 
da empresa, através de comparações de índices de acidentes ocorridos entre os 
seus diversos setores ou entre empresas de mesmo ramo de atividades na mesma 
ou em diferentes regiões do país ou no mundo.
b) Propiciar o desenvolvimento de estudos referentes ao custo de acidentes – quanto 
custa um acidente de trabalho? Financeiramente falando, vale à pena investir na 
prevenção de acidentes?
c) Fornecer aos órgãos públicos e particulares dados concretos e atualizados da 
estatística acidentária – nesse caso os interessados teriam parâmetros para avaliar 
a necessidade ou não de intervenção nos programas de segurança desenvolvido 
pelas empresas.
d) Desenvolver programas que visem à redução de acidentes do trabalho e assim 
permitir que a empresa pague prêmios menores no tocante ao seguro de acidente 
do trabalho.
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt3Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt3 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
Praticando...Praticando... 1
4
Segurança do trabalho I A03
É evidente a importância da Estatística para a segurança do trabalho, uma 
vez que fornece aos órgãos públicos e particulares dados concretos e 
atualizados da estatística acidentária. Assim, pesquise, através de livros, 
internet, etc. exemplo de Estatística aplicada à segurança do trabalho e 
descreva sua interpretação dos dados expostos.
Publicação e divulgação das estatísticas 
de acidentes de trabalho – Decreto-Lei nº 
362/93 de 15 de Outubro de 1993
Incumbe ao Ministério do Emprego e da Segurança Social, através do respectivo 
Departamento de Estatística, o apuramento e difusão regular de estatísticas sobre 
acidentes de trabalho e doenças profi ssionais, nos termos da delegação de competências 
do Instituto Nacional de Estatística naquele Departamento.
Neste aspecto, as entidades seguradoras devem remeter ao Departamento de Estatística 
do Ministério do Emprego e da Segurança Social, até o dia 15 de cada mês, um exemplar 
de cada uma das participações de acidentes de trabalho que lhes tenham sido dirigidas 
no decurso do mês anterior.
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt4Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt4 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
5
Segurança do trabalho I A03
Cadastro de 
acidentes na empresa 
O cadastro de acidentes é o conjunto de informações das ocorrências dos acidentes 
de uma empresa. Sua organização tem por base a Norma NBR 14280/99 – Cadastro 
de acidentes do trabalho, procedimento e classifi cação – e deve proporcionar unidades 
de medidas padrões universais de comparação.
Esses padrões são as Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e a Taxa de Gravidade de 
Acidentes (G) usados para indicar a necessidade relativa de medidas de prevenção em 
diferentes departamentos da fábrica ou entre indústrias de mesmo risco.
Conceitos básicos que servirão para o estudo 
das Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e 
Taxa de Gravidade de Acidentes (G) 
a) Empregado: Número de pessoas com compromisso de prestação de serviço na área 
de trabalho considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos.
b) Horas-homem de exposição ao risco: Somatório das horas durante as quais os 
empregados fi cam à disposição do empregador, em determinado período – dias, 
semanas, meses, ano, etc.
1. As horas de exposição devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer 
outros registros de ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as 
extraordinárias.
2. Quando não se puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão 
ser estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do número de 
horas trabalhadas por dia.
3. Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total de homem-hora de exposição 
ao risco, arbitra-se em 2000 horas-homem anuais a exposição do risco para cada 
empregado.
4. As horas pagas, porém não realmente trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais 
como as relativas a férias, licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, 
gala, luto, convocações ofi ciais não devem ser incluídas no total de horas trabalhadas, 
isto é, horas de exposição ao risco.
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt5Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt5 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
Praticando...Praticando... 2
6
Segurança do trabalho I A03
5. Só devem ser computadas as horas durante as quais o empregado estiver realmente 
a serviço do empregador.
6. Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a horário de trabalho 
não defi nido, deve ser considerado no cômputo das horas de exposição, a média 
diária de 8 horas.
7. Para empregados de plantão nas instalações do empregador, devem ser consideradas 
as horas de plantão.
c) Dias perdidos: Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, 
exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho.
d) Dias debitados: Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para 
o cálculo do tempo computado.
e) Tempo computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com 
incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas 
de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”.
f) Número de acidentes, com e sem perda de tempo ocorrido no mês.
Calcule o que se pede:
1. José sofreu um acidente no dia 11 de abril e voltou ao trabalho no dia 
30 de maio. Calcule os dias perdidos desse trabalhador.
2. João acidentou-se no dia 25/04/2007 e voltou a trabalhar no dia 
07/05/2007. Calcule os dias perdidos desse trabalhador.
Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt6Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt6 28/10/09 11:0228/10/09 11:02
7
Segurança do trabalho I A03
Medidas de avaliação de 
frequência e gravidade
O cálculo das taxas deve ser realizado por períodos mensais e anuais, podendo-se usar 
outros períodos quando houver conveniência.
Os acidentes de trajeto devem ser tratados à parte, não sendo incluído no cálculo usual 
das taxas de frequência e de gravidade.
Taxas de frequência
Taxa de frequência de acidentes 
  É o número de Acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em 
determinado período.
Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:
FA =
N × 1.000.000
H
Em que:
FA → taxa de frequência de acidentes
N → número de acidentes 
H → horas-homem de exposição ao risco
Taxa de frequência de acidentados com lesão 
com afastamento
  É o número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-homem 
de exposição ao risco, em determinado período.
Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:
FL =
N

Continue navegando