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Kamilla Azevedo – UFPB 110 MIV 11 – ANATOMIA SISTEMA CARDIOVASCULAR PROF. AMIRA (Moore) Coração e Mediastino - Cavidade torácica: cav. pulmonares (compartimentos lat. = pulmões + pleuras) + mediastino. - Mediastino o Compartimento central da cavidade torácica, entre cavidades pulmonares; coberto de cada lado pela parte mediastinal da pleura parietal; o Contém vísceras e estruturas torácicas, exceto pulmões; o Limites: de abertura superior do tórax superiormente até diafragma inferiormente; de esterno e cartilagens costais anteriormente até corpos de vértebras posteriormente; o Alta mobilidade: alterações de posição, volume e pressão – estruturas viscerais ocas (líquidos, ar), TC frouxo, tecido adiposo, vasos sanguíneos e linfáticos, etc. + pulsação de artérias, batimentos cardíacos, passagem de bolo alimentar, respiração; o Subdivisões • Mediastino superior: de abertura superior do tórax até plano transverso do tórax (ângulo do esterno anteriormente; disco IV = junção de vértebras IV e V posteriormente; nível de bifurcação da traqueia); • Mediastino inferior: de plano transverso do tórax até diafragma, dividido em: § Mediastino anterior; § Mediastino médio -> pericárdio e seu conteúdo (coração e raízes de grandes vasos); § Mediastino posterior. - Anatomia de superfície do coração o Margem superior: 2ª cartilagem costal E (margem inf) + 3ª cartilagem costal D (margem sup); o Margem direita: 3ª até 6ª cartilagem costal D, convexa; o Margem inferior: extremidade inferior de margem D até 5º EIC, próximo à LMC E (ápice do coração); o Margem esquerda: entre extremidades E de superior e inferior. - Pericárdio o Saco fibrosseroso de parede dupla que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos; o Pericárdio fibroso: saco fibroso externo, protege coração contra dilatação/superenchimento excessivo; • Fixado inferiormente ao centro tendíneo do diafragma (parte periférica muscular e central tendinosa) pelo ligamento pericardiofrênico; • Fixado anteriormente ao esterno pelos ligamentos esternopericárdicos; • Fixado posteriormente às estruturas do mediastino por TC frouxo; • Contínuo superiormente com túnica adventícia de grandes vasos e lâmina pré-traqueal de fáscia cervical. o Pericárdio seroso: saco seroso externo, constituído por mesotélio (epitélio de revestimento com uma camada de células achatadas), dividido em: • Lâmina parietal do pericárdio seroso: serosa brilhante aderida ao pericárdio fibroso; § Entre elas, cavidade do pericárdio, espaço virtual com líquido (15-50 mL) que auxilia no deslizamento sem atrito de membranas no batimento. Tamponamento cardíaco (compressão cardíaca): por derrame cardíaco (passagem de Kamilla Azevedo – UFPB 110 líquido de capilares pericárdicos ou acúmulo de pus), hemopericárdio (por perfuração de miocárdio por infarto, cirurgias cardíacas, feridas) ou pneumopericárdio (por pneumotórax – ar em cavidade pleural) -> reduz débito cardíaco -> em geral, demanda pericardiocentese (drenagem de líquido de cavidade pericárdica por agulha). • Lâmina visceral do pericárdio seroso: lâmina externa da parede do coração – epicárdio, refletida como lâmina parietal. o Formação de sacos pericárdicos: coração invagina parede de saco seroso e oblitera praticamente a cavidade pericárdica. o Seio transverso do pericárdio: passagem transversal da cavidade pericárdica com abertura posterior à margem esquerda de tronco pulmonar; • Limites: posteriormente, VCS e porção superior de átrios; anteriormente, tronco pulmonar e parte ascendente de aorta; direita, VCS; inferiormente, reflexão de pericárdio seroso, acima de veias pulmonares; Importância cirúrgica: ex. clampes e desvio de sangue para aparelho de circulação extracorpórea. o Seio oblíquo do pericárdio: recesso amplo posterior à base do coração (AE) com abertura inferior à VPIE – limitado lateralmente por reflexões pericárdicas que circundam veias pulmonares e VCI; superiormente por reflexão de pericárdio seroso; e posteriormente por pericárdio que cobre parte anterior de esôfago. o Irrigação arterial do pericárdio • Principalmente, a. pericardiofrênica (ramo de a. torácica interna); • Outras: § A. musculofrênica (ramo terminal de a. torácica interna); § Aa. bronquiais, a. esofágica e aa. frênicas superiores (ramos de parte torácica da aorta); § Aa. coronárias (lâmina visceral – ramos de aorta). o Drenagem venosa do pericárdio • Vv. Pericardiofrênicas (tributárias de vv. braquiocefálicas/torácicas internas); • Tributárias de sistema venoso ázigo. o Inervação do pericárdio • Nervos frênicos (C3-5), fibras sensitivas com dermátonos na região supraclavicular/ombro); Kamilla Azevedo – UFPB 110 • Nervo vago, função incerta; • Troncos simpáticos, vasomotores. - Coração o Órgão central do sistema circulatório: impulsiona sangue para todas as partes do corpo – bomba muscular, de sucção e pressão, dupla e autoajustável; o Localização: Cavidade torácica, em mediastino médio e região retroesternal, com 2/3 para esquerda e 1/3 para direita da linha mediana; • Envolvido pelo saco pericárdico; • Apoiado sobre o centro tendíneo do diafragma; • “Coração do lado esquerdo”: batimentos sentidos do lado esquerdo, por pressão maior de sístole de VE. o 4 câmaras: • Câmaras direitas (coração direito): AD e VD; • Câmaras esquerdas (coração esquerdo): AE e VE. § Átrio: câmaras de recepção; ventrículos: de ejeção. o 4 valvas – impedem refluxo de sangue: • Valvas atrioventriculares direita (tricúspide) e esquerda (mitral ou bicúspide); • Valva do tronco pulmonar (D) e da aorta (E) – mais central/protegida (mais pressão). § Valvas formadas por válvulas (=”cúspide”). o Pequena circulação ou circulação pulmonar: sangue venoso -> VCS e VCI -> AD -> VD -> tronco pulmonar (artérias pulmonares) -> pulmão -> sangue arterial -> veias pulmonares superiores e inferiores (D e E) -> AE; o Grande circulação ou circulação sistêmica: sangue arterial -> AE -> VE -> artéria aorta -> tecidos - > sangue venoso -> VCS e VCI; • Obs.: Coração direito: sangue venoso; Coração esquerdo: sangue arterial. • Obs.2: Artérias saem, veias chegam no coração; • Obs.3: Anatomicamente, o coração está no meio dos pulmões; fisiologicamente, os pulmões estão no meio do coração (circulação sanguínea sai de VD e volta para AE). o Ciclo cardíaco – 1 batimento cardíaco: • Diástole ventricular: relaxamento e enchimento de ventrículos; Kamilla Azevedo – UFPB 110 § Valvas atrioventriculares abertas; valvas do tronco pulmonar e da aorta fechadas. • Sístole ventricular: contração e esvaziamento dos ventrículos. § Valvas atrioventriculares fechadas; valvas do tronco pulmonar e da aorta abertas. Sons cardíacos (bulhas cardíacas): de fechamento das valvas – 1º tum (diástole: fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta) -> 2º tá (sístole: fechamento das valvas atrioventriculares). à o Estrutura cardíaca • Parede cardíaca, camadas: § Epicárdio: lâmina visceral do pericárdio seroso (mesotélio); § Miocárdio: músculo cardíaco, helicoidal e espesso – movimento de torção por contração de camada espiral externa (basal) e espiral interna (apical); Þ Esqueleto fibroso do coração: arcabouço fibroso de tecido colágeno denso (TC denso não modelado), onde miocárdio se fixa: ü 4 anéis fibrosos circundando óstios de valvas + trígono fibroso D e E (conexão de anéis) + partes membranáceas de septos interatrial, interventricular e atrioventricular; ü Funções: fixação para válvulas e valvas; fixação para miocárdio (em anéis fibrosos de valvas de TP e aorta); isolante elétrico de câmaras D e E; mantém óstios de valvas abertos e impede dilatação excessiva. § Endocárdio: endotéliovascular + TC, membrana de revestimento. • Pirâmide de 3 lados (4 faces), apresentação tridimensional: § Ápice do coração: parte inferolateral de VE, anterior e para esquerda; posterior ao 5º espaço intercostal esquerdo – batimento apical; Kamilla Azevedo – UFPB 110 § Base do coração: posterior, superior e para direita (oposta ao ápice); formada pelo AE e AD – de bifurcação de tronco pulmonar até sulco coronário; voltado para T6-T9; § Sulcos interventriculares anterior e posterior; § Sulcos coronários/AV; Þ “Cruz do coração” posterior; linhas oblíquas anteriores. • Faces do coração § Face esternocostal: anterior, principalmente VD; § Face diafragmática: inferior, principalmente VE (+ VD); § Face pulmonar: direita (AD) e esquerda (VE – impressão cardíaca do pulmão esquerdo) – profa. considera apenas face esquerda. • Margens do coração § Margem superior: átrios e aurículas D e E; § Margem direita: AD; § Margem esquerda: VE+; § Margem inferior: VE (+ VD). o Configuração interna do coração • Esqueleto fibroso do coração; • Câmaras cardíacas: § AD Þ Seio venoso: seio das veias cavas (óstios de VCS, VCI e seio coronário) – parte posterior lisa, paredes finas; Þ Crista terminal, internamente entre parte lisa e áspera, e externamente com sulco terminal; Þ Músculos pectíneos: parte anterior rugosa, abaixo de aurícula direita; Þ Septo interatrial: fossa oval (remanescente de forame oval – atalho de sangue oxigenado de placenta de AD para AE -> com respiração ao nascimento, a mudança de pressão induz o fluxo atual e consequente fechamento) e limbo da fossa oval; Þ Valva AV direita + seu óstio. Se não ocorre fechamento completo, não há problema de oxigenação, apenas aumento de fluxo sanguíneo para AD (não é CIA). Þ Aurícula direita: bolsa muscular, câmara adicional e rugosa. Kamilla Azevedo – UFPB 110 § VD Þ Cone arterial, infundíbulo: parede lisa, via de saída para a valva pulmonar; Þ Trabéculas cárneas: elevações musculares em face interna; Þ Crista supraventricular: separa parede lisa de parte de saída e parede rugosa de parte de entrada; Þ Valva AV direita, tricúspide: válvulas anterior, posterior e septal; Þ Cordas tendíneas: fixação de válvulas a músculos papilares; Þ Músculos papilares: anterior (VA, VP), posterior (VP, VS) e septal (VS, VA) – evitam a separação das válvulas e inversão (prolapso = entrada no AD; regurgitação = fluxo retrógrado); ü Sístole ventricular: contração de m. papilares -> fechamento de valvas AV; abertura de valvas de saída; ü Diástole ventricular: relaxamento de m. papilares -> abertura de valvas AV; fechamento de valvas de saída. Þ Septo interventricular: parte muscular e membranácea; Þ Trabécula septomarginal, banda moderadora: conduz parte de ramo direito do fascículo AV (complexo estimulante do coração) a m. papilar anterior (atalho). Þ Valva do tronco pulmonar: válvulas semilunares anterior, direita e esquerda; Þ Seios pulmonares: parede ligeiramente dilatada, superior às válvulas. § AE Þ Maior parte da base do coração; Þ Aurícula esquerda: muscular, tubular – margem esquerda (m. pectíneos); Þ Parede lisa, com óstios de 4 veias pulmonares + Parede rugosa, com músculos Kamilla Azevedo – UFPB 110 pectíneos (ligeiramente mais espessas que AD); Þ Septo interatrial, com assoalho da fossa oval (depressão semilunar) + valva do forame oval; Þ Óstio da valva AV esquerda. § VE Þ Forma: ápice, face pulmonar, margem esquerda e maior parte de face diafragmática do coração; Þ Miocárdio 2x mais espesso que VD; Cavidade cônica mais longa; Trabéculas cárneas mais finas e numerosas; M. papilares mais longos; Þ Valva AV direita (mitral, bicúspide): válvulas anterior e posterior – 4º espaço intercostal; Þ M. papilares: anterior e posterior; Þ Cordas tendíneas; Þ Trabéculas cárneas; Þ Vestíbulo da aorta: parte de saída, parede lisa, superior e anterior; Þ Valva da aorta: válvulas semilunares direita, esquerda e posterior – 3º EIC; ü Cada válvula apresenta: nódulo (ápice de margem livre) e lúnula (margem de válvula). Þ Seios da aorta: coronários D e E (com óstios de aa. coronárias), não coronários (posterior) -> sangue entra na diástole ventricular; Þ Parte ascendente da aorta. • Valvas (já citadas) § Atrioventriculares; § Valva da aorta; § Valva pulmonar. Obs.: As duas últimas são chamadas valvas semilunares. o Vasculatura do coração Obs.: Situam-se sob o epicárdio, envoltas em tecido adiposo; Obs.2: Endocárdio + parte de tecido subendocárdico: suprido por difusão e microvascularização de câmaras do coração; Epicárdio Kamilla Azevedo – UFPB 110 + miocárdio: irrigados por artérias coronárias e veias cardíacas. • Artérias coronárias § Origina-se de seios da aorta, na região proximal da parte ascendente da aorta: artérias coronárias direita e esquerda, com ramos atriais finos; § Dominância do sistema arterial coronário definida pela artéria que dá origem ao ramo interventricular posterior – auxilia a equilibrar as áreas de irrigação das aa. coronárias: Þ 67-70%: ACD – compartilha quase igualmente o suprimento sanguíneo do coração; Þ 15-20%: ACE – nutre praticamente toda a área, um coágulo nesse caso afetaria com intensidade o coração; Þ 15%: codominância. § Artéria coronária direita (ACD) Þ Origem no seio da aorta direito da parte ascendente da aorta, seguindo pelo sulco coronário/atrioventricular, encoberta pela aurícula direita; Þ Ramos da ACD: emite ramo do nó sinoatrial (60%, ascendente, irriga nó SA), ramo do cone atrial (descendente), ramo ventricular anterior (?), ramo marginal direito (irriga Kamilla Azevedo – UFPB 110 margem direita), ramo interventricular/descendente posterior (irriga ventrículos, emite ramos interventriculares septais), ramo do nó atrioventricular (80%, irriga nó AV, ascendente). Þ Supre: ü AD e maior parte de VD; ü Face diafragmática de VE; ü 1/3 posterior de septo IV; ü Nó SA ou sinusal (60%) e nó AV (80%). § Artéria coronária esquerda (ACE) Þ Origem no seio da aorta esquerdo da parte ascendente da aorta, seguindo pela esquerda no sulco coronário, entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar (tronco da artéria coronária esquerda); Þ Na extremidade superior do sulco IV anterior, divide-se em: ü Ramo IV/descendente anterior (DAE = descendente anterior esquerdo): artéria mais importante do coração, origina ramos septais para a porção anterior do septo IV e ramos laterais/diagonais para a parede anterior do VE (quando de maior calibre, ramo diagonalis; ü Ramo circunflexo (CX): emite ramo marginal esquerdo e ramos para a parte diafragmática do VE – geralmente, termina antes de chegar à crux cordis, mas em 1/3 dos casos pode seguir adjacente ao sulco IV posterior. Obs.: Ramo do nó SA (40%, origina-se de ramo circunflexo na face posterior); Crux cordis, cruz de Has, cruz do coração: na parte posterior. Þ Supre: ü AE, maior parte de VE e parte de VD; ü 2/3 anteriores de septo IV e feixe AV de sistema de condução; ü Nó SA (40%) e AV (20%). Kamilla Azevedo – UFPB 110 § Distribuição dos territórios de irrigação da ACD e ACE Þ Cintilografia de perfusão miocárdica (eixo curto, longo vertical e longo horizontal): irrigação de miocárdio em condições de repouso e estresse (isquêmicas – problemas em artérias, como abaixo, ex. IV anterior, circunflexa, lesão alta de tronco) -> faces: anterior, lateral, septal e inferior. § Circulação colateral coronariana: ramos das artérias coronárias = consideradas artérias terminais funcionais (sem anastomoses suficientes para suprir oclusões), em geral. Mas podem ocorrer anastomoses entre ramos e entre artérias e vasos extracardíacos (ex.a. torácica interna); Þ Ex. Terminações de ACD e ACE no sulco coronário e entre ramos IV = 10%; Þ Quanto maior idade, maior desenvolvimento de anastomoses (reduz risco de infartos fulminantes, por compensar irrigação). • Drenagem venosa do coração – por veias que desembocam no seio coronário e por pequenas veias que drenam para o AD. § Seio coronário: canal venoso que segue na parte posterior do sulco coronário, recebe sangue de veias e desemboca no AD; § Território esquerdo: Þ Veia cardíaca magna: principal tributária do seio coronário – 1ª parte: veia IV anterior + 2ª parte: veia coronária esquerda (OBS.: geralmente, as artérias e veias apresentam sentido de fluxo contrário, mas essa é exceção, com mesmo sentido de ramo circunflexo de ACE); Þ Veia marginal esquerda; Þ Veia ventricular esquerda (posterior do VE); Þ Veia oblíqua do AE (de Marshall): remanescente da VCS esquerda embrionária, desce sobre parede posterior de AE e desemboca no seio (início). § Território direito: Þ Veia coronária direita: infrequentes – 32% -> vv. anteriores de VD cruzam o sulco Kamilla Azevedo – UFPB 110 coronário e desembocam diretamente no AD; Þ Veia marginal direita; Þ Veia cardíaca parva: continuação da v. marginal direita no sulco coronário, recebe vv. posteriores do VD; Þ Veia IV posterior: desemboca com v. cardíaca parva na extremidade direita de seio coronário. § Veias cardíacas mínimas: conduzem sangue de câmaras para miocárdio. • Drenagem linfática do coração § Vasos linfáticos miocárdicos e subendocárdicos drenam para o plexo linfático subepicárdico -> seguem até sulco coronário, acompanhando aa. coronárias -> único vaso linfático originado pela confluência deles ascende entre tronco pulmonar e AE -> linfonodos traqueobronquiais inferiores. o Sistema de condução do coração, Complexo estimulante do coração = gera e transmite impulsos produtores de contração – coordena ciclo cardíaco: • Formado por tecido nodal e fibras condutoras (fibras musculares cardíacas altamente especializadas na condução de impulsos elétricos); • Nó sinoatrial ou sinusal (SA): marca-passo do coração, inicia e controla os impulsos para contrações cardíacas; § Tecido nodal + fibras condutoras + tecido conjuntivo fibroelástico; Kamilla Azevedo – UFPB 110 § Localizado no encontro de VCS com AD, próximo à extremidade superior do sulco terminal, abaixo de epicárdio; § Suprido por a. do nó sinoatrial; § Inervado por plexo cardíaco, por SNA simpático e parassimpático; § Autoexcitação e automaticidade – baixa negatividade do potencial de repouso, mais próximo do limiar de descarga; permeabilidade ao sódio; marca-passo com maior frequência. • Entre nós SA e AV, sinal propagado por condução miogênica (por miocárdio); • Feixe interatrial; • Feixes intermodais: anterior, médio e posterior; • Nó atrioventricular (AV): distribui sinais para ventrículos, por fascículo/feixe AV (de His), atravessando o esqueleto fibroso do coração, com trajeto no septo IV -> ramos direito e esquerdo, na junção da parte membranácea e muscular (divisão anterossuperior e posteroinferior, obs.: também pode haver a média - tetrafasciculado) -> ramos subendocárdios (fibras de Purkinje). § Localizado na região inferior do septo interatrial, próximo ao óstio do seio coronário; § Suprido pela a. do nó AV; § Inervado por plexo cardíaco; § Fascículo suprido por ramos septais do ramo IV anterior da ACE; § Estimulam: mm. papilares, parede de ventrículos (quando nó SA falha, pode atuar em compensação). o Inervação do coração • Fibras nervosas autônomas do plexo cardíaco – posterior à bifurcação do tronco pulmonar e à parte ascendente da aorta, anterior à bifurcação da traqueia; Kamilla Azevedo – UFPB 110 • Inervação simpática: fibras de gânglios paravertebrais cervical e torácico superior = aumenta a FC, força de contração, dilatação de aa. coronárias (receptores b2 -> relaxamento), condução de impulsos; • Inervação parassimpática: fibras do nervo vago = reduz FC, força de contração, contração de aa. coronárias (receptores muscarínicos). o Casos clínicos – doenças coronarianas: partes elétrica, estrutural e hidráulica do coração podem ser afetadas. • Defeitos de septos: malformações mais comuns – comunicações interatriais (CIA –> shunt/desvio de AE para AD e hipertrofia) e interventriculares (CIV, sobretudo em parte membranácea, mais comum de defeitos cardíacos -> hipertensão, insuficiência cardíaca -> Tetralogia de Fallot, síndrome do bebê azul (VD -> VE): grande defeito de septo interventricular, obstrução de valva pulmonar, hipertrofia de VD, cavalgamento de aorta); • Valvopatia cardíaca: por ruptura de cordas, fibrose, etc -> estenose valvar (estreitamento, fusão de válvulas, incapacidade de abertura completa) ou regurgitação (ou insuficiência valvar, ausência de fechamento completo -> sopro) -> valvoplastia (próteses valvares artificiais ou biológicas/xenoenxertos) ou valvoplastia com cateter balão (aumenta abertura de folhetos na estenose); § Pode levar à insuficiência cardíaca: comprometimento de bombeamento sanguíneo -> refluxo/congestão de sangue nas veias, acúmulo de líquido nos pulmões, falta de ar (esquerda), abdômen ou pernas (direita), fadiga, hipertrofia ventricular (ex. valva da aorta). • Prolapso da valva mitral: protusão para AE na sístole -> sopro; • Estenose da valva pulmonar: restrição de fluxo de saída, hipertrofia de AD; ou incompetência/insuficiência da valva pulmonar -> sopro cardíaco; • Estenose aórtica: anormalidade valvar mais frequente, hipertrofia de VE; ou incompetência aórtica -> sopro cardíaco, pulso colapsante; • Transposição dos grandes vasos: cardiopatia congênita, com inversão da origem dos vasos (aorta do VD, a. pulmonar do VE) -> cirurgia de Janete ou desvio arterial; • Coronaropatia, doença da a. coronária (DAC) § Método mais usado para descrever a extensão das DAC: uniarterial, biarterial e triarterial; Kamilla Azevedo – UFPB 110 § Infarto agudo do miocárdio (IAM): oclusão de artéria por êmbolo -> infarto (sem sangue) e necrose -> mais comum: ramo IV anterior de ACE (DAE), ACD, ramo circunflexo de ACE; § Aterosclerose coronariana: -> estenose de lúmen de artérias -> afeta a oxigenação -> pode levar a IAM; § Doença coronariana lentamente progressiva: oclusão lenta de a. coronária -> desenvolvimento de canais anastomóticos colaterais como mecanismo de compensação (unem vasa vasorum de túnica adventícia de a. aorta, pulmonares, torácica interna, bronquial, frênica às aa. coronárias). ü Pode levar à insuficiência cardíaca. • Angina pectoris (do peito): dor originada no coração, menos intensa que infarto, decorrente de comprometimento de aa. coronárias, ex. estenose -> isquemia de miocárdio, sem necrose -> metabolismo anaeróbico -> ácido lático e dor; • Oclusão coronariana e lesão do complexo estimulante do coração -> bloqueio de ramos (BAV, bloqueio atrioventricular: interrupção da transmissão de impulsos de átrios para ventrículos) -> assincronia -> marca-passo de urgência; • Fibrilação cardíaca: padrão irregular de contrações, espasmos rápidos e descoordenados, por lesão em complexo estimulante -> atrial ou ventricular (não há débito cardíaco efetivo); • Dor referida cardíaca: isquemia e acúmulo de metabólitos -> dor referida em dermátonos e em áreas de passagem de neurônios com trajetos semelhantes (contatos sinápticos) -> regiões subesternal, peitoral, ombro esquerdo, face medial de membro superior esquerdo. o Aplicações médicas • Avaliação coronariana: angiotomografia, cateterismo cardíaco (padrão ouro), USG intracoronário;• Cineangiocoronariografia, angiografia coronariana ou cateterismo cardíaco (CATE): exame de investigação cardíaca (circulação sanguínea e atividade cardíaca) – aa. coronárias, pressões cavitárias, ventriculografia/função ventricular; § Realizado por cardiologista intervencionista ou hemodinamicista (especialidade); § Acesso por punção ou dissecação de território arterial: a. femoral, braquial (hoje, menos comum), radial – (+ contraste radiopaco, a base de iodo); § Imagens obtidas por radioscopia (radiação contínua) e incidências geralmente em posições oblíquas (menor sobreposição de artérias): Þ Incidência oblíqua anterior esquerda (OAE) ü Forma de “C” da ACD. Kamilla Azevedo – UFPB 110 Þ Incidência oblíqua anterior direita (OAD) ü Forma de “L” da ACD. 1.Tronco da ACE; 2. Ramo IV anterior; 3. R. circunflexo; 4. Ramo diagonal; 5. Ramo marginal. • Ventriculografia; • Tomografia computadorizada de tórax (TC) Kamilla Azevedo – UFPB 110 • Ecocardiograma bidimensional com Doppler (ECO): USG Doppler -> analisa a anatomia cardíaca (fluxo de sangue em coração e grandes vasos) e a função ventricular em repouso (sístole e diástole); • Cirurgia de revascularização miocárdica: a partir de segmento de vasos (ex. pontes de safena e enxertos de mamária), ligando parte ascendente de aorta ou parte proximal de a. coronária à sua parte distal, após a obstrução; § Melhor que angioplastia em alguns casos: ex. vasos finos e tortuosos, possibilidade de reobstrução (ex. paciente diabético). • Angioplastia coronariana: cateter com balão inflável, que pode ter stent (endoprótese): aumento de lúmen; ou cateter com tromboquinase (dissolve coágulo), laser, etc; • Circulação colateral de v. cardíacas mínimas: inversão de fluxo de vv. anteriores de VD e cardíacas mínimas -> circulação suplementar (sangue luminal, de câmaras -> capilares de miocárdio), mas insuficiente; • Eletrocardiografia: eletrocardiograma (ECG) analisa passagem de impulsos de nó SA, em provas de esforço; • Radiografia de tórax em AP (anteroposterior), perfil: Kamilla Azevedo – UFPB 110 § Aumento da área cardíaca: índice cardiotorácico > 50% -> miocardiopatias dilatadas (sintomas de insuficiência cardíaca); § Aumento do AE, ex. por estenose de valva mitral; § Rx tórax com esôfago contrastado – ex. aumento do AE (como por estenose de valva mitral): • Marca-passo cardíaco artificial: em BAV = bateria + fio + eletrodo, gera impulsos elétricos em frequência predeterminada, para contrações ventriculares; • Ablação de via lenta do nó AV: a partir de cateter, há aquecimento e queima de foco de arritmia por radiofrequência – triângulo de Koch; • Reanimação cardíaca: reanimação cardiopulmonar (RCP), com massagem cardíaca externa/fechada ou interna/aberta; • Desfibrilação cardíaca: choque elétrico interrompe movimentos cardíacos, que podem voltar de forma mais normal; • Focos de ausculta cardíaca -> 4 valvas: foco pulmonar (P), aórtico (A), mitral (M), tricúspide (I) + pulso apical (foco mitral, M – contato do ápice do coração com parede torácica) -> obs.: sangue tende a conduzir o som no sentido do seu fluxo. Kamilla Azevedo – UFPB 110 Mediastino - Mediastino superior o Conteúdo no sentido anteroposterior: • Timo; • Grandes vasos: veias (braquiocefálica, VCS) -> artérias (arco da aorta, ramos – braquicefálico, a. carótida comum esquerda, a. subclávia esquerda) + nervos (vago, frênico, plexo cardíaco + plexo pulmonar); • Traqueia (vias respiratórias); • Esôfago (sistema digestório) + nervos (n. laríngeo recorrente esquerdo); • Ducto torácico e troncos linfáticos; • Músculos pré-vertebrais. o Timo • Órgão linfoide – desenvolvimento e manutenção de sistema imune; • Parte anterior de mediastino superior; posterior ao manúbrio do esterno; de pescoço até mediastino anterior; anterior à v. braquiocefálica; • Involução após puberdade, substituído por gordura; • Irrigação arterial: aa. tímicas, provindas de ramos intercostais anteriores e mediastinais anteriores de aa. torácicas internas; • Drenagem venosa: vv. do timo -> v. BC E, torácica interna, tireoidea inferior; Kamilla Azevedo – UFPB 110 • Drenagem linfática: vasos -> linfonodos paraesternais, BC e traqueobronquiais. o Grandes vasos • Vv. braquiocefálicas D e E: união de v. jugulares internas e subclávias, posterior às articulações esternoclaviculares; § VBC E maior que VBC D, cruza 3 ramos de arco da aorta -> VCS (1ª cartilagem costal D) – sangue de cabeça, pescoço e membros superiores; § Tributárias: v. vertebral; v. intercostal suprema (drena 1º EIC); v. tireóidea inferior; v. intercostal superior E ((?) drena 2/3º EIC); vv. tímicas; vv. pericárdicas; ducto linfático D (no ângulo venoso D) e ducto torácico (no ângulo venoso E); § Obs.: Punção de vv. calibrosas, geralmente, do lado direito, para evitar rompimento de ducto torácico e sepse (quilotórax = acúmulo de linfa no espaço pleural). • VCS: lado direito do mediastino superior e metade terminal no mediastino médio -> AD (3ª cartilagem costal); anterolateral à traqueia e posterolateral à aorta; • (Parte ascendente da aorta: mediastino médio, intrapericárdica; origina aa. coronárias nos seios da aorta); • Arco da aorta: continuação curva da parte ascendente da aorta, a partir de ângulo do esterno (2ª art. esternocostal); § Trajeto: sobe no sentido posterior para esquerda (anterior à a. pulmonar direita e bifurcação da traqueia) -> ápice (lateral e esquerda de traqueia e esôfago; 2,5 cm abaixo de incisura jugular) -> desce, posterior à raiz do pulmão esquerdo – parte torácica (descendente) da aorta (2ª art. esternocostal E); § Ramos: tronco braquiocefálico, a. carótida comum E, a. subclávia E. • Arco da v. ázigo: correspondente à aorta no lado direito; direita da traqueia, sobre raiz do pulmão direito; § V. subclávia -> m. escaleno anterior -> a. subclávia -> m. escaleno médio. • Tronco braquiocefálico: 1º ramo do arco da aorta; posterior ao manúbrio e à v. braquiocefálica E e v. braquiocefálica D, até art. esternoclavicular D -> a. carótida comum D e a. subclávia D; Kamilla Azevedo – UFPB 110 • A. carótida comum E: 2º ramo do arco da aorta; posterior ao manúbrio e ao tronco BC (mais à esquerda também), anterior à a. subclávia E -> ascende, passando posteriormente à art. esternoclavicular E; • A. subclávia E: 3º ramo do arco da aorta; não emite ramos no mediastino; entra na raiz do pescoço, posteriormente à art. esternoclavicular E; • Lig. arterial: remanescente de canal arterial fetal, entre a. pulmonar E e arco da aorta -> persistência do canal arterial (PCA), quando não fecha, após o nascimento. o Nervos • Nn. vagos: posterolateralmente às aa. carótidas comuns, posteriores às art. esternoclaviculares e vv. BC; § Conduz fibras parassimpáticas para formar plexos cardíaco -> pulmonares -> esofágico; § N. vago direito (NVD): anterior à a. subclávia -> ramo: n. laríngeo recorrente D (curva ao redor de a. subclávia, ascende para traqueia e esôfago -> laringe) -> lado direito da traqueia -> posterior à v. BC D, VCS, raiz do pulmão D -> plexo cardíaco + plexo pulmonar D -> único nervo - > plexo esofágico; § N. vago esquerdo (NVE): entra no mediastino entre a. carótida comum E e a. subclávia E -> desvio posteriormente, separado do n. frênico E pela v. intercostal superior E -> n. laríngeo recorrente E (circunda inferiormente o arco da aorta, lateralmente ao lig. arterial -> laringe) -> posterior à raiz do pulmão E -> plexo cardíaco + pulmonar E -> único nervo -> plexo esofágico. • Nn. frênicos: suprem diafragma, pericárdio, parte mediastinal da pleura parietal;§ N. frênico D: entra no mediastino entre a. subclávia D e origem de v. BC D -> direita de v. BC D, VCS (anterior à raiz do pulmão D) e pericárdio do AD, VCI -> perfura diafragma próximo ao óstio da VC; § N. frênico E: entre a. carótida E e subclávia E -> esquerda de arco da aorta, anterior à v. intercostal superior E -> anterior à raiz do pulmão E -> esquerda de pericárdio do AE e VE -> perfura diafragma. o Traqueia: anterior à esôfago, inclinada para a direita -> divide-se em brônquios D e E, no ângulo do esterno, acima de nível do coração – não faz parte do mediastino posterior; o Esôfago: tubo fibromuscular, de faringe a estômago, entre traqueia e coluna vertebral (T1-T4) -> Kamilla Azevedo – UFPB 110 inclina-se para esquerda -> direita de arco da aorta e de ducto torácico -> atravessa hiato esofágico no diafragma. Estruturas paralelas: traqueia, esôfago, n. laríngeo E e ducto torácico. - Mediastino posterior o Anterior às vértebras T5-T12; posterior ao pericárdio e m. diafragma; lateralmente, pleuras parietais dos pulmões. Lado azul Lado vermelho o Parte torácica (descendente) da aorta: continuação do arco da aorta – de margem inferior do corpo da vértebra T4 -> desce de lado esquerdo de T5-T12 - > posterior à raiz do pulmão E, pericárdio e esôfago (1/3 inferior, mais próxima ao plano mediano) -> hiato da aorta -> parte abdominal da aorta. Obs.: Veia ázigo – ducto torácico ascendem com aorta (desde hiato). • Ramos da parte torácica da aorta Kamilla Azevedo – UFPB 110 § Plano mediano anterior – ramos viscerais ímpares -> intestino e derivados, ex. aa. esofágicas (2-5); § Planos laterais – ramos viscerais pares -> outras vísceras, ex. aa. bronquiais (1 D e 2 E – obs.: a D geralmente se origina da 3ª a. intercostal superior D); § Planos posterolaterais – ramos parietais/segmentares pares -> paredes do corpo, ex. aa. intercostais posteriores (9 pares, do 3-11º EIC), aa. subcostais (inferior à 12ª costela, seguem abaixo de diafragma). Obs.: Exceções – aa. frênicas superiores (ramos parietais pares, anterolateralmente); ramos pericárdicos e aa. mediastinais (viscerais ímpares -> em vez de intestino, enviam ramos a pericárdio ou linfonodos do mediastino, respectivamente). o Esôfago • Desce no mediastino superior e inferior, à direita de arco da aorta, posterior ao pericárdio e AE (principal relação posterior da base do coração), anterior à coluna vertebral; • Desvio para a esquerda -> hiato esofágico; • 3 constrições: arco da aorta + brônquio principal E + diafragma. o Ducto torácico e troncos linfáticos • Ducto torácico: maior canal linfático do corpo – membros inferiores, cavidades pélvica e abdominal, membro superior esquerdo e lado esquerdo de tórax, cabeça e pescoço; • Origem no abdome (cisterna do quilo) -> hiato aórtico -> entre aorta e v. ázigo; entre esôfago e corpos vertebrais T12-T6 -> esquerda, entre T4-T6 -> ângulo venoso esquerdo (origem da veia BC E) ou v. subclávia; o Sistema venoso ázigo – drena as paredes de dorso, tórax e abdome e as vísceras do mediastino; via colateral entre VCS e VCI (supre quando há obstrução dessa última): • Veia ázigo (sem par): face posterior de VCI e união de v. subcostal e v. lombar ascendente -> ascende do lado direito da coluna vertebral T5-T12 -> T4 cruza sobre raiz do pulmão D -> VCS; § Recebe drenagem de: vv. intercostais posteriores D + plexos venosos vertebrais + v. hemiázigo acessória + v. hemiázigo + vv. mediastinais, esofágicas e bronquiais D + v. intercostal superior D; • Veia hemiázigo: união de vv. subcostal e lombar ascendente E -> à E de coluna vertebral -> cruza posteriormente à aorta, ducto torácico e esofágico -> veia ázigo (T8-9). § Drena das veias: intercostais posteriores inferiores E (9-11) + pode receber v. hemiázigo acessória + vv. esofágicas inferiores + vv. mediastinais; • Veia hemiázigo acessória: união de vv. intercostais posteriores E (4-8º EIC E) -> desce à esquerda -> cruza em T7-8, para v. ázigo (pode desembocar na v. hemiázigo) – obs.: pode estar ligada à v. intercostal superior E. Kamilla Azevedo – UFPB 110 o Linfonodos mediastinais posteriores (traqueobronquiais): posteriores ao pericárdio, relacionados à aorta e ao esôfago – drena linfa de: esôfago, diafragma, face posterior do pericárdio e EIC posteriores médios; o Plexo esofágico; o Troncos simpáticos torácicos: laterais à cada lado da coluna vertebral -> atravessam lig. arqueado com n. esplâncnico imo, para entrar em abdome; o Nn. esplâncnicos torácicos inferiores: maior (TS G. 5-9), menor (TS 10-11) e imo (TS 12); o Fibras parassimpáticas -> troncos vagais (anterior – origem do n. vago E; e posterior – mais calibroso, origem de n. vago D); o Fibras simpáticas: n. esplâncnico maior. - Mediastino anterior Kamilla Azevedo – UFPB 110 o Subdivisão anterior do mediastino inferior – limites: anterior, esterno e m. transverso do tórax; posterior, pericárdio; inferior, diafragma; superior, linha do plano transverso do tórax; o Conteúdo: • TC frouxo, lig. esternopericárdicos + tecido adiposo; • Linfonodos + vasos linfáticos; • Ramos de vasos torácicos internos; • Parte inferior do timo, em lactentes e crianças. - Correlações clínicas o Ramos do arco da aorta – variações e anomalias • 65%: padrão habitual; • 27%: tronco BC -> a. carótida comum E; • 5%: a. vertebral E -> arco da aorta; • 2,5%: tronco BC não se forma -> origens diretamente no arco; • 1,2%: troncos BC D e E; • A. subclávia D retroesofágica -> arco da aorta -> pode comprimir esôfago; • Arco da aorta à D: curva-se sobre raiz de pulmão D e segue pelo lado D, podendo seguir posteriormente ao esôfago e alcançar lado E; • Arco da aorta duplo: anel vascular ao redor de esôfago e traqueia. o Aneurisma da aorta ascendente: dilatação na parte distal da aorta ascendente (forte impulso de sangue + ausência de pericárdio fibroso) -> dor torácica, irradiada para o dorso + compressão de traqueia, esôfago, n. laríngeo recorrente E; o Coartação da aorta: estreitamento/estenose, causando obstrução de fluxo sanguíneo para a parte inferior do corpo -> mais comumente próximo ao lig. arterial; o Lesão dos nn. laríngeos recorrentes: espirala-se ao redor de arco da aorta, ascende entre traqueia e esôfago -> supre quase todos os mm. intrínsecos da laringe -> afeta voz. Ex. por carcinoma broncogênico ou esofágico, aumento de linfonodos mediastinais, aneurisma de arco da aorta. Diafragma - Diafragma o Abertura inferior do tórax; o Divisão musculotendínea, com dupla cúpula, que separa cavidades torácica e abdominal; o Músculo da respiração – principal m. da inspiração (expiração é passiva); • Fixado na margem inferior de caixa torácica e vértebras lombares superiores (apenas parte Kamilla Azevedo – UFPB 110 central se movimenta); • Face superior: convexa; face inferior: côncava; • Cúpula D mais alta que esquerda (fígado); o Parte muscular periférica • Parte esternal: duas alças musculares, posterior ao processo xifoide; • Parte costal: alças musculares largas – faces int. de 6 cartilagens costais inf. – cúpulas D e E; • Parte lombar: origem de ligamentos arqueados medial e lateral + 3 vértebras lombares superiores: § Pilares do diafragma: feixes musculotendíneos, com origem em corpos de L1-L3 + lig. longitudinal anterior; Þ Pilar D: maior, L1-4; Þ Hiato esofágico: abertura oval para o esôfago, formada por cruzamento de fibras do pilar D (70% dos indivíduos); ü Passagem: esôfago; troncos vagais anterior e posterior; rr. esofágicos de vasos gástricos E; vasos linfáticos; ü Acima e à E de hiato aórtico; ü Nível de T10; ü Obs.: Direcionamento para esquerda delinha mediana + esfíncter muscular por fibras de pilar D -> constringe quando diafragma contrai -> evita refluxo. Þ Pilar E: L1-3. § Arcos aponeuróticos Þ Lig. arqueado mediano: une 2 pilares, fibroso; Þ Lig. arqueado medial: espessamento de fáscia de m. psoas maior; Þ Lig. arqueado lateral: espessamento de fáscia de m. quadrado lombar; Þ Obs.: Hiato aórtico: abertura posterior de diafragma; ü Pilares D e E + linha arqueada mediana; ü Passagem: aorta; ducto torácico; vv. ázigo e hemiázigo (TRÍADE); ü Nível de T12; ü Obs.: Alta pressão, pode passar entre ossos e ligamentos (mais central à medida que desce) -> posterior ao diaframa, não afetando fluxo sanguíneo. Þ Outras aberturas ü Forame (trígono) esternocostal: passagem de vasos linfáticos (fígado) e epigástricos superiores; ü Abertura sob o lig. arqueado medial: tronco simpático (esplâncnicos imos); ü Abertura nos pilares do diafragma: nn. esplâncnicos maior e menor. o Centro tendíneo: parte tendinosa central, aponeurótica, trilaminar, “trevo”; • Pericárdio situa-se nessa parte central; • Mais anterior em tórax; • Forame da VC § Passagem: VCI; rr. terminais de n. frênico D (além de atravessarem fibras de diafragma); Kamilla Azevedo – UFPB 110 vasos linfáticos de fígado para linfonodos frênicos médios e mediastinais; § Mais para a D, mais superior; § Nível de T8-9; § Obs.: Facilita retorno venoso, quando diafragma se contrai, alarga a abertura (inspiração), dilatando a VCI; Obs.: Doenças geralmente acometem pulmão e abdome, passando pelo forame. o Irrigação arterial do diafragma • Face superior: a. pericardicofrênica e musculofrênica (ramos da a. torácica interna) + aa. frênicas superiores (parte torácica da aorta); • Face inferior: aa. frênicas inferiores (parte abdominal da aorta). o Drenagem venosa do diafragma • Face superior: v. pericardicofrênica e musculofrênica (-> vv. torácicas internas) + v. frênica superior (lado direito, -> VCI) + vv. da curvatura posterior (-> v. ázigo e hemiázigo); • Face inferior: vv. frênicas inferiores D (-> VCI) e E (dupla: ramo anterior -> VCI, pelo hiato esofágico, e posterior -> v. suprarrenal E). o Drenagem linfática do diafragma • Face superior: linfonodos frênicos anteriores e posteriores -> linfonodos paraesternais, pré- vertebrais (mediastinais posteriores) e frênicos; • Face inferior: linfonodos frênicos e lombares superiores (e diafragmáticos anteriores) – obs.: Capilares densos, pela absorção de líquido peritoneal e substâncias introduzidas por injeção peritoneal (IP). o Inervação do diafragma • Motora: nn. frênicos D e E (C3-5); § Paralisia do diafragma: ipsilateral, por lesão de n. frênico -> movimento paradoxal, oposto ao fisiológico. • Sensitiva: nn. frênicos + nn. intercostais (6-7 inferiores: T5-T11) e subcostais (T12). o Ações do diafragma Kamilla Azevedo – UFPB 110 • Inspiração: contração de diafragma -> cúpulas puxadas inferiormente: redução de pressão intratorácica (aumento do volume da CT) + aumento de pressão intra-abdominal (redução do volume); § Entrada de ar; § Favorece o retorno venoso da VCI. § Obs.: Em decúbito dorsal (posição de Trendelenburg), diafragma em nível mais elevado; decúbito lateral, hemidiafragma em nível superior; sentada/em pé, nível inferior (facilita inspiração -> mais volume pulmonar de reserva). Vasos da raiz do pescoço e principais vasos dos membros e abdome - Raiz do pescoço o Área de junção entre tórax e pescoço; o Lado cervical da abertura superior do tórax, imediatamente superior a ela e às entradas das axilas. - Trígonos do pescoço o Trígono ou região cervical anterior • Limites: anterior, linha mediana do pescoço; posterior, m. ECM; superior, mandíbula; ápice, incisura jugular; teto, tela subcutânea (m. platina) e assoalho, faringe, laringe e gl. tireoide; • Trígono submentual: inferior ao mento (queixo); lateralmente, mm. digástricos; superior ao hioide; ápice, sínfise da mandíbula; • Trígono submandibular: entre margem inferior das mandíbulas e ventres anterior e posterior dos mm. digástricos; gl. submandibular; • Trígono carótico: limitada por m. ECM, ventre posterior do m. digástrico; contém a. carótida comum -> margem superior da cartilagem tireóidea -> a. carótida interna e externa; Bainha carótica: revestimento fascial tubular de base do crânio até raiz do pescoço; aa. carótidas medialmente; VJI lateralmente; n. vago posteriormente. • Trígono muscular: entre m. ECM, hioide; contém mm. infra-hioideos, gl. tireoide e paratireoide. Kamilla Azevedo – UFPB 110 o Trígono ou região cervical lateral • Limites: m. ECM, anteriormente; m. trapézio, posteriormente; terço médio de clavícula inferiormente; ápice, linha nucal superior do occipital; • Trígono occipital: a. occipital no ápice; n. acessório; • Trígono omoclavicular: VJE; 3ª parte da a. subclávia (trígono subclávio); o Artérias na raiz do pescoço e no pescoço • Arco da aorta -> Tronco braquiocefálico (-> A. subclávia D + A. carótida comum D) + A. carótida comum E + A. subclávia E; • A. subclávia § Suprem o pescoço, MMSS, encéfalo; § Trajeto: ü Início na art. esternoclavicular de cada lado -> trajeto inicial ascendente -> curva sobre 1ª costela, posteriormente ao m. escaleno anterior (e anterior ao m. escaleno médio); ü Trajeto descendente em direção ao terço médio da clavícula -> canal cervicoaxilar: a. axilar (passando da margem externa da 1ª costela); ü A. axilar: continuação da a. subclávia, estendendo-se até a borda inferior do m. redondo -> a. braquial. ü A. ulnar + a. radial -> Arco palmar superficial. § A. subclávia D: origem de TBC, posteriormente à art. esternoclavicular D; § A subclávia E: origem do arco da aorta, 1 cm distal à a. carótida comum E -> sobe no mediastino superior -> raiz do pescoço, posterior à art. estrenoclavicular E. • Partes e ramos da a. subclávia § 1ª parte: desde origem até margem medial do m. escaleno anterior; Þ A. vertebral; ü Partes: pré-vertebral (cervical); transversária (vertebral); atlântica (suboccipital); intracraniana; ü Sobe nos espaços entre mm. escalenos e longos; ü Penetra nos forames transversários de C6-C1; ü Entra no crânio pelo forame magno e unem-se na margem inferior do TE para formar a a. basilar. Þ A. torácica interna único ramo descendente; ü Origem na face anteroinferior da a. subclávia – não emite ramos no pescoço; ü Trajeto descendente na face interna do tórax -> lateral ao esterno e à v. torácica interna; ü Origina aa. intercostais anteriores; ü Ramos terminais: a. musculofrênica e a. epigástrica superior; Kamilla Azevedo – UFPB 110 ü Obs.: “Artérias mamárias”, usadas em cirurgias de revascularização de miocárdio (ponte mamária). Þ Tronco tireocervical; ü Origem medial ao m. escaleno anterior; ü 4 ramos: a. tireoidea inferior + a. cervical ascendente + a. cervical transversa + a. supraescapular; ü Ramos terminais: a. cervical ascendente + a. tireoidea inferior. § 2ª parte: posterior ao m. escaleno anterior; Þ Tronco costocervical; ü Origem na face posterior da 2ª parte da a. subclávia; ü Divide-se em: a. intercostal suprema (1-2º EIC) + a. cervical profunda (supre mm. profundos). § 3ª parte: lateral ao m. escaleno anterior até margem externa de 1ª costela. Þ A. dorsal da escápula: ramo profundo da a. cervical transversa; ü Passa lateralmente ao plexo braquial, anteriormente ao m. escaleno médio, aprofundando-se no m. levantador da escápula; ü Supre mm. romboides. • Artérias profundas do pescoço: a. carótida comum -> a. carótida interna + a. carótida externa. Kamilla Azevedo – UFPB 110 o Veias do pescoço • Veias superficiais § V. jugular externa Þ Origem a partir de v. retromandibular e v. auricular posterior; Þ Trajeto superficialmente ao m. ECM; Þ Tributárias: v. cervical transversa +v. supraescapular + v. jugular anterior; Þ Desemboca na v. subclávia. § V. jugular anterior Þ Origem no trígono submentual -> trajeto descendente no trígono muscular -> desemboca na v. jugular externa ou na v. subclávia. § Arco venoso jugular Þ União das vv. jugulares anteriores, superiormente à incisura jugular. • Veia profunda § V. jugular interna Þ Continuação do seio sigmoide, a partir do forame jugular; Þ Trajeto na bainha carótica, lateralmente à a. carótida comum e anteriormente ao n. vago; Þ Tributárias: v. facial; v. lingual; v. faríngea; v. occipital; v. tireoidea anterior; v. tireoidea média; Þ Termina na raiz do pescoço, pela união com a v. subclávia -> v. BC. • Ângulo venoso: união de v. jugular interna + v. subclávia, onde desembocam ductos torácico e linfático; • Veias superficias do MS: v. cefálica (+ lateral) e v. basílica. o Drenagem linfática do pescoço • Linfonodos cervicais profundos -> importantes na anamnese, ex. metástases em câncer, inflamações. o Correlações clínicas • Punção da v. subclávia -> ex. cateterismo cardíaco D (ou VJI). Kamilla Azevedo – UFPB 110 • Pulsos arteriais superficias da cabeça e pescoço + Pulsos arteriais do MS: - Outros vasos importantes o Parte abdominal da aorta • Tronco celíaco § A. gástrica E + a. hepática comum + a. esplênica. • A. mesentérica superior -> pâncreas, intestino delgado, parte do int. grosso; • A. mesentérica inferior -> parte do int. grosso; • Aa. renais D e E -> ramos diretos da aorta abdominal na região lombar. • Aa. testiculares • A. aorta abdominal -> Aa. ilíacas comuns D e E. o Veia porta • Drena sangue de trato digestivo para fígado (nutrientes metabolizados); • Origem de união da v. mesentérica superior + v. esplênica, posteriormente ao colo do pâncreas. § V. mesentérica inferior é tributária da v. esplênica. o VCI • Pelve + MMII -> v. ilíaca comum D e E -> VCI. o Aa. ilíacas externas (-> a. femoral) e internas (irrigam pelve); o Artérias dos MMII • A. femoral: continuação da a. ilíaca externa, inferiormente ao lig. inguinal -> a. poplítea; • A. tibial anterior; • A. tibial posterior; • A. fibular; Kamilla Azevedo – UFPB 110 • A. dorsal do pé + arco dorsal do pé + aa. tarsais dorsais + aa. digitais dorsais. o Veias superficiais dos MMII • V. safena parva + arco venoso dorsal do pé + v. safena magna (-> v. femoral).
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