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ANATOMIA DO TÓRAX

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ANATOMIA DO TÓRAX 
 
O tórax é a parte superior do tronco, o qual situa-se entre o pescoço e o abdome. Seus 
limites são: 
 Limite superior: abertura superior do tórax; 
 Limite inferior: abertura inferior do tórax/ diafragma; 
 Limite anterior: osso esterno; 
 Limite posterior: I a XII vértebras torácicas; 
 Limites laterais: I a XII costelas. 
 
Os órgãos contidos na cavidade torácica são principalmente os órgãos do sistema 
respiratório e circulatório. 
 
ABERTURA SUPERIOR DO TÓRAX 
A abertura superior do tórax forma o limite superior da cavidade torácica. Ela é delimitada 
por: 
 Limite anterior: manúbrio do esterno (borda superior dele); 
 Limite posterior: 1ª vértebra torácica – T1; 
 Limites laterais: primeiras costelas (1º par de costelas). 
 
ABERTURA INFERIOR DO TÓRAX 
A abertura inferior do tórax forma o limite inferior da cavidade torácica. Seus limites são: 
 Limite anterior: processo xifoide do osso esterno; 
 Limite posterior: 12ª vértebra torácica – T12; 
 Limites posterolaterais: formados pelas costelas flutuantes, XI e XII; 
 Limites anterolaterais: formados pelo rebordo costal (formado pela fusão das VII 
a X cartilagens costais). 
 
Diferente da abertura superior do tórax, a abertura inferior do tórax é fechada, obliterada 
pelo músculo diafragma, enquanto que a abertura superior é aberta e contínua com a 
região cervical, formando uma comunicação entre essas duas regiões. 
 
 
CAIXA TORÁCICA 
A caixa torácica é formada por componentes ósseos e musculares, sendo que os 
componentes ósseos são: 
 Osso esterno: 
 12 costelas bilaterais + cartilagens costais: as cartilagens costais dão flexibilidade 
a caixa torácica, diminuindo a ocorrência de fraturas; 
 12 vértebras torácicas. 
 
 
 
Os componentes musculares são: 
 Músculos intercostais externos; 
 Músculos intercostais internos; 
 Músculos intercostais íntimos; 
 Músculos subcostais; 
 Músculo transverso do tórax; 
 Músculos levantadores das costelas. 
 
Funções da caixa torácica: proteger as vísceras torácicas e permitir a mobilidade do tórax 
necessária para a ventilação. 
Obs: os músculos intercostais externos são contínuos com o músculo oblíquo esterno do 
abdome, os músculos intercostais internos são contínuos com o músculo obliquo interno 
do abdome e o músculo transverso do tórax é contínuo com o músculo transverso do 
abdome. 
 
MEMBRANA INTERCOSTAL EXTERNA 
A membrana intercostal externa é formada pelos músculos intercostais externos, os quais 
tem origem no tubérculo costal e se estendem com sentido antero-inferior em direção ao 
osso esterno, no entanto, ao nível do início das cartilagens costais, ou seja, das 
articulações costocondrais, as fibras musculares cessam, seguindo apenas uma parte 
fibrosa, a qual se insere no osso esterno, formando a membrana intercostal externa. 
Obs: os músculos intercostais externos têm origem na margem inferior de uma costela e 
se inserem na margem superior da costela seguinte. 
 
MEMBRANA INTERCOSTAL INTERNA 
A membrana intercostal interna é formada pelos músculos intercostais internos, os quais 
tem origem no osso esterno e estendem-se em direção postero-inferior para se inserirem 
no tubérculo costal, no entanto ao nível do ângulo das costelas, as fibras musculares 
cessam e o músculo segue como uma parte fibrosa, formando a membrana intercostal 
interna. 
 
 
VASCULARIZAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA 
A irrigação arterial da parede torácica é feita pelas: 
 Artérias intercostais anteriores: são ramos da artéria torácica interna (1ª a 6ª) e da 
artéria musculofrênica (7ª a 10ª); 
 Artérias intercostais posteriores: são ramos da aorta torácica, com exceção das 1ª 
e 2ª artérias intercostais posteriores, as quais são ramos da artéria intercostal 
suprema, um ramo da artéria subclávia; 
 Artérias subcostais: ramos da aorta torácica. 
As artérias intercostais anteriores anastomosam-se com as artérias intercostais posteriores 
criando uma circulação colateral. 
Temos 10 artérias intercostais anteriores (no 11º espaço intercostal temos apenas artéria 
intercostal posterior), 11 artérias intercostais posteriores e uma artéria subcostal de cada 
lado da caixa torácica. 
 
A drenagem venosa da parede torácica é feita pelas: 
 Veias intercostais anteriores: drenam para as veias musculofrênicas e veias 
torácicas internas, as quais drenam para as veias braquiocefálicas; 
 Veias intercostais posteriores: drenam para as veias hemiázigos e ázigos; 
 Veias subcostais: drenam para as veias ázigo e hemiázigo. 
Da mesma forma que as artérias, as veias intercostais anteriores e posteriores 
anastomosam-se entre si. 
 
 
 
 
 
ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA OU ARTÉRIA MAMÁRIA 
A artéria torácica interna é um ramo da artéria subclávia. Ela cursa por dentro da caixa 
torácica, imediatamente lateral ao esterno (acompanhando as margens laterais dele) na 
face interna da caixa torácica. A artéria torácica interna cursa inferiormente aos músculos 
intercostais interno e externo, no entanto ela cursa anterior ao músculo transverso do 
tórax, dessa forma, abaixo da 2ª cartilagem costal ela cursa entre o músculo intercostal 
interno e o músculo transverso do tórax. 
Ao nível da 6ª cartilagem costal a artéria torácica interna bifurca-se em artéria epigástrica 
superior e artéria musculofrênica, a qual acompanha o rebordo cotal. Além desses ramos, 
a artéria torácica interna, emite superiormente as artérias intercostais anteriores. 
Ramos da artéria torácica interna: 
 Artérias intercostais anteriores; 
 Artéria epigástrica superior; 
 Artéria musculofrênica. 
As veias torácicas internas drenam para as veias braquiocefálicas e não para as veias 
subclávias. 
 
 
SISTEMA ÁZIGO 
O sistema ázigo é formado pelas veias: 
 Ázigo; 
 Hemiázigo; 
 Hemiázigo acessória. 
Sendo que as veias hemiázigo e hemiázigos acessória drenam para a veia ázigo a qual 
drena para a veia cava superior. 
OBS: só temos hemiázigos do lado esquerdo, enquanto que a veia ázigo se localiza no 
lado direito e cruza posterior e superiormente ao hilo pulmonar esquerdo para drenar para 
a veia cava superior. 
 
 
 
ARTICULAÇÕES DA CAIXA TORÁCICA 
 Articulação manubriesternal: articulação que ocorre entre o manúbrio do esterno 
e o corpo do esterno; 
 Articulação xifoesternal: articulação entre o processo xifoide e o corpo do esterno; 
 Articulações costocondrais: articulações que ocorrem entre as costelas e as 
cartilagens costais; 
 Articulações esternocostais: articulações que ocorrem entre as costelas e o osso 
esterno; 
 Articulações costovertebrais: articulações das costelas com as vértebras. 
 
COSTELAS 
As costelas são classificadas em três tipos: 
 Costelas verdadeiras (I a VII): as costelas verdadeiras são aquelas que se articulam 
diretamente com o osso esterno por meio de suas cartilagens costais, as quais 
individualmente se articulam no osso esterno; 
 Costelas falsas (VIII a X): as costelas falsas são as costelas que não se articulam 
diretamente com o osso esterno, ou seja, essas costelas sofrem a fusão das suas 
cartilagens costais com a cartilagem costal da costela de cima, articulando-se 
assim indiretamente ao osso esterno; 
 Costelas flutuantes (XI e XII): são as costelas que não se articulam com o osso 
esterno, no entanto, elas possuem cartilagens costais. 
 
Obs: da I a VII costelas, elas vão aumentando gradualmente o seu comprimento, sendo 
que a partir da VII ocorre aumento da cartilagem costal e diminuição do comprimento da 
costela. 
As costelas são ainda classificadas como costelas típicas e atípicas: 
 
Costelas típicas (III a IX): as costelas típicas possuem uma cabeça com duas faces 
articulares (uma para a vértebra correspondente e outra para a vértebra superior), sendo 
que essas duas faces articulares são divididas pela crista da cabeça da costela), um 
tubérculo costal (localizadono colo), um ângulo e um sulco costal na borda inferior por 
onde passa o feixe vasculonervoso. 
 
 
 
 
 Costela II: possui um tubérculo do músculo serrátil anterior; 
 Costelas X, XI e XII: possuem apenas uma face articular na cabeça, portanto 
articulam apenas com a vértebra de mesmo número e as costelas XI e XII não 
possuem colo nem tubérculo costal e dessa forma não possuem articulação 
costotransversária. 
 
As costelas articulam-se com as vértebras posteriormente por meio das articulações 
costovertebrais e articulam-se anteriormente com o osso esterno pelas articulações 
esternocostais. 
As articulações costoverterbais envolvem as articulações com a cabeça da costela e as 
articulações costotransversárias: 
 Articulações da cabeça das costelas: ocorre por meio da articulação das faces 
articulares da cabeça da costela com as fóveas costais presentes no corpo das 
vértebras torácicas. A face articular superior da cabeça da costela articula-se com 
a fóvea costal inferior da vértebra de cima, enquanto que a face articular inferior 
da cabeça da costela articula-se com a fóvea costal superior da vértebra de mesmo 
número (as I, X, XI e XII não se articulam com a vértebra superior, elas articulam-
se apenas com a vértebra de mesmo número). As articulações da cabeça das 
costelas são reforçadas por dois ligamentos, o ligamento interarticular e o 
ligamento radiado. 
 Articulações costotransversárias: as articulações costotransversárias ocorrem 
entre a face articular dos tubérculos costais e a fóvea costal dos processos 
transversos das vértebras de mesmo número (com exceção da XI e XII costelas 
que não possuem tubérculo costal). Essas articulações são reforçadas pelos 
ligamentos costotransversário, ligamento costotransversário superior e ligamento 
costotransversário lateral. 
 
 
 
 Articulações esternocostais: são as articulações que ocorrem entre as cartilagens 
costais e as faces articulares do osso esterno. Essas articulações são reforçadas 
pelos ligamentos esternocostais radiados. 
 
MOVIMENTOS DA CAIXA TORÁCICA 
As articulações da caixa torácica possuem cada uma, de forma isola, baixa amplitude de 
movimento, no entanto, associadas, esses movimentos auxiliam na respiração, dessa 
forma quando se impede esse baixo movimento das articulações da cavidade torácica 
como ao engessar a caixa torácica ao quebrar fios de costela, tem-se problemas de 
respiração, porque por mais que sejam movimentos de baixa amplitude, associados eles 
exercem um importante movimento para a respiração. Os movimentos que temos são: 
 Movimento de alça de balde: esse movimento ocorre nas articulações da cabeça 
da costela e provoca aumento da dimensão transversal da caixa torácica; 
 Movimento de alavanca de bomba: é o movimento que ocorre nas articulações 
costotransversárias, o qual aumenta o diâmetro anteroposterior da caixa torácica. 
 
 
FEIXE VASCULONERVOSO 
O feixe vasculonervoso é formado pela veia intercostal, artéria intercostal e nervo 
intercostal, os quais se situam na face interna da margem inferior das costelas, no sulco 
costal. De superior para inferior, as estruturas do feixe vasculonervoso são: 
 Veia intercostal; 
 Artéria intercostal; 
 Nervo intercostal. 
Esses vasos passam entre os músculos intercostal interno e íntimo. 
Obs: sempre que for fazer uma cirurgia, corta-se na margem superior da costela, nunca 
na margem inferior da costela pois ali está passando o feixe vasculonervoso e podemos 
lesiona-lo. 
 
VÉRTEBRAS TORÁCICAS 
 Possuem processos espinhos longos e verticais; 
 Possuem 4 fóveas costais no corpo vertebral, duas de cada lado, fóvea costal 
superior e inferior, direita e esquerda: na fóvea costal superior articula-se a costela 
de mesmo número e na fóvea costal inferior articula-se a costela seguinte; 
 Possuem uma fóvea costal no processo transverso. 
 
 
ESTERNO 
O esterno é formado pelo manúbrio do esterno, corpo do esterno e processo xifoide. No 
manúbrio do esterno temos duas faces articulares, uma para a clavícula e a outra para a 
metade da I costela. O corpo do esterno possui faces articulares para I a VI costelas e para 
a margem costal. 
A articulação entre o manúbrio do esterno e o corpo do esterno (articulação 
manubriesternal) forma um “degrau” uma vez que o manúbrio é mais posterior que o 
corpo do esterno. Esse degrau é chamado de ângulo do esterno ou ângulo de Louis. 
 
 
ÂNGULO DE LOUIS 
O ângulo de Louis ou ângulo do esterno é uma saliência do osso esterno formada ao nível 
da articulação do manúbrio com o corpo do esterno. Ao nível do ângulo de Louis temos: 
 A 2ª cartilagem costal e a 2ª costela; 
 O início do arco da aorta; 
 A bifurcação da traqueia em brônquios principais direito e esquerdo (carena 
traqueal); 
 Bifurcação do tronco pulmonar em artéria pulmonar direita e esquerda. 
 
 
CAVIDADE TORÁCICA 
A cavidade torácica é dividida em 3 compartimentos: 
 Compartimento pulmonar direito; 
 Mediastino; 
 Compartimento pulmonar esquerdo. 
 
 
COMPARTIMENTOS PULMONARES 
Os compartimentos pulmonares direito e esquerdo abrigam os pulmões e são separados 
um do outro pelo mediastino. 
 
 
MEDIASTINO 
O mediastino é o compartimento central da cavidade torácica, nele estão localizadas todas 
as estruturas contidas no tórax, com exceção dos pulmões. Ele é dividido em mediastino 
superior e inferior pelo plano transverso do tórax. 
 Plano transverso do tórax: o plano transverso do tórax estende-se do ângulo de 
Louis ao IV disco intervertebral entre TIV e TV. 
Superiormente ao plano transverso do tórax temos o mediastino superior e inferior a ele 
o mediastino inferior, o qual é divido em mediastino anterior, médio e posterior. 
Limites do mediastino: 
 Limite superior: abertura superior do tórax; 
 Limite inferior: abertura inferior do tórax/diafragma; 
 Limites laterais: compartimentos pulmonares direito e esquerdo. 
 
MEDIASTINO SUPERIOR 
O mediastino superior estende-se da abertura superior do tórax ao plano transverso do 
tórax. As estruturas que passam por ele de anterior para posterior são: 
 Timo; 
 Veia cava superior, troncos braquiocefálicos venosos; 
 Arco da aorta e raízes de seus ramos; 
 Traqueia; 
 Esôfago; 
 Nervos vago e frênico; 
 Ducto torácico e troncos linfáticos. 
 
 
 
DUCTO TORÁCICO 
O ducto torácico é o maior ducto linfático do corpo, ele drena praticamente toda a linfa 
para o sistema venoso. Ele é único, não é bilateral e ele drena/ desemboca na junção entre 
a veia subclávia esquerda e a veia jugular interna esquerda. O ducto torácico origina-se 
a partir doa cisterna do quilo no abdome e ascende para o tórax passando pelo hiato 
aórtico. 
 
 
MEDIASTINO ANTERIOR 
O mediastino anterior estende-se verticalmente do plano transverso do tórax até o 
músculo diafragma e horizontalmente do mediastino médio ao osso esterno. No 
mediastino anterior temos: 
 Parte inferior do timo (quando ele ainda não involuiu); 
 Gordura. 
 
MEDIASTINO MÉDIO 
O mediastino médio estende-se verticalmente do plano transverso do tórax ao 
diafragma e horizontalmente do mediastino anterior ao posterior. No mediastino 
médio temos: 
 Saco pericárdico; 
 Coração; 
 Raízes dos grandes vasos: parte ascendente da aorta, parte terminal das veias cavas 
superior e inferior e tronco pulmonar. 
 
SACO PERICÁRDICO 
O saco pericárdio é formado por duas membranas: 
 Pericárdio fibroso: membrana mais externa; 
 Pericárdio seroso: é dividido em um folheto parietal e um folheto visceral, os quais 
são contínuos ao nível das raízes dos grandes vasos. 
 
Entre a lâmina parietal e visceral do pericárdio seroso temos um espaço virtual, a cavidade 
do pericárdio, na qual temos uma secreção de pequena quantidade de uma substância 
lubrificante que facilita os movimentos cardíacos, impedindo atritos. 
 
A irrigação do saco pericárdicoé feita pelas artérias pericardicofrênicas, ramos das 
artérias torácicas internas e a drenagem venosa é feita pelas veias pericardicofrênicas, as 
quais drenam diretamente para as veias braquiocefálicas. A inervação do saco pericárdico 
é feita pelo nervo frênico. 
Obs: os vasos pericardicofrênicos cursam junto com o nervo frênico. 
 
 
 
CORAÇÃO 
O coração é responsável por bombear o sangue para a pequena e grande circulação, 
permitindo a sua oxigenação e distribuição para os órgãos do nosso organismo. 
O coração é formado por 4 câmaras: 
 Átrio direito; 
 Ventrículo direito; 
 Átrio esquerdo; 
 Ventrículo esquerdo. 
O lado direito do coração contém sangue venoso, enquanto que o lado esquerdo recebe 
sangue arterial. 
 
 
A parede das câmaras cardíacas é formada por três camadas, de interno para externo: 
 Endocárdio: formado por tecido epitelial. 
 Miocárdio: formado por músculo cardíaco 
 Epicárdio: formado pela lâmina visceral do pericárdio seroso. 
 
O coração possui 4 faces e 4 margens: 
 Face esternocostal; 
 Face diafragmática; 
 Face pulmonar direita; 
 Face pulmonar esquerda; 
 Margem superior; 
 Margem inferior; 
 Margem direita; 
 Margem esquerda. 
 
 
 
 
VALVAS 
As 4 câmaras são separadas entre si por valvas que impedem o refluxo de sangue: 
 Valva tricúspide: entre o átrio direito e o ventrículo direito; 
 Valva pulmonar: entre o ventrículo direito e o tronco pulmonar; 
 Valva mitral ou bicúspide: entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo; 
 Valva aórtica: entre o ventrículo esquerdo e a aorta. 
 
Essas valvas são classificadas como valvas atrioventriculares ou valvas semilunares: 
 Valvas atrioventriculares: são as valvas tricúspide e mitral, as quais são formadas 
por três e dois folhetos respectivamente. As valvas atrioventriculares possuem 
uma diferença em relação as valvas semilunares que é a presença de cordas 
tendíneas e de músculos papilares, os quais auxiliam no fechamento dessas valvas 
quando ocorre a contração dos ventrículos e consequentemente dos músculos 
papilares, os quais são evaginações do músculo cardíaco. 
 Valvas semilunares: são as valvas pulmonar e aórtica as quais se localizam entre 
os ventrículos e os grandes vasos. As valvas semilunares não possuem cordas 
tendíneas nem músculos papilares, mas possuem seios de valsalva, os quais são 
espaços que ficam entre os folhetos das valvas e a parede dos vasos. Esses seios 
de valsalva permitem que os folhetos das valvas não colabem com a parede do 
vaso, o que poderia prejudicar o seu fechamento. Além disso, esses seios 
contribuem para o fechamento dessas valvas, à medida que quando o sangue 
começa a refluir dos vasos para os ventrículos, eles preenchem esses espaços dos 
seios de valsalva, forçando o fechamento dos folhetos e consequentemente das 
valvas. 
 
 
 
As bulhas cardíacas são os sons que auscultamos no estetoscópio, os quais correspondem 
ao fechamento das valvas. A primeira bulha cardíaca corresponde ao fechamento das 
valvas atrioventriculares e a segunda ao fechamento das valvas semilunares. 
 
ÁTRIO DIREITO 
O átrio direito recebe sangue venoso das veias cavas superior (leva o sangue venoso da 
cabeça, pescoço e membros superiores) e inferior (leva o sangue venosos dos membros 
inferiores, pelve e abdome) e do seio coronário (leva o sangue venoso do músculo 
cardíaco). 
O átrio direito possui uma parede posterior lisa e uma parede anterior rugosa, formada 
pelos músculos pectíneos, sendo que a parte lisa é separada da rugosa pela crista terminal. 
A contração/ sístole do átrio direito faz com que o sangue contido nele seja ejetado para 
o ventrículo direito o qual estará em diástole/ relaxado para receber esse sangue. 
Obs: durante a contração do átrio direito temos o fechamento da valva de Eustáquio, valva 
da veia cava inferior, no entanto não temos valva na veia cava superior e nem no seio 
coronário. 
 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
Os ventrículos, tanto o direito quanto o esquerdo possuem parede mais espessas/ grossas 
que as paredes dos átrios uma vez que eles precisam ejetar o sangue com mais força para 
que ele consiga percorrer a pequena e grande circulação com pressão. 
O ventrículo direito possui em suas paredes as trabéculas cárneas, as quais são 
“irregularidades” do músculo cardíaco e possuem as cordas tendíneas e músculos 
papilares da valva tricúspide. 
Durante a contração isovolumétrica do ventrículo direito ocorre o fechamento da valva 
tricúspide e em seguida, a medida que a força de contração aumenta, temos a abertura da 
valva pulmonar e a ejeção do sangue para o tronco pulmonar. 
 
 
 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
O átrio esquerdo recebe sangue rico em oxigênio por meio das veias pulmonares direitas 
e esquerdas, superior e inferior, as quais trazem o sangue arterial dos pulmões. 
Assim como o átrio direito, o átrio esquerdo também possui uma parede posterior lisa e 
uma parede anterior rugosa. 
A contração do átrio esquerdo provoca a abertura da valva mitral e a ejeção do sangue 
para o ventrículo esquerdo. 
Obs: tanto no átrio direito quanto no esquerdo temos as aurículas, as quais são “bolsas” 
que permitem a expansão dos átrios. 
 
 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
O ventrículo esquerdo possui uma parede mais espessa que o ventrículo direito (é bem 
visível), no entanto da mesma forma que ele, o ventrículo esquerdo possui trabéculas 
cárneas, cordas tendíneas e músculos papilares da valva mitral. 
A contração do ventrículo esquerdo ocorre com força maior, devido ao tamanho de sua 
parede e essa contração força o fechamento da valva mitral e a abertura da valva aórtica 
com consequente ejeção do sangue para todo o corpo, com exceção dos pulmões. 
Obs: da direita para a esquerda temos: veia cava superior, aorta e tronco pulmonar. 
 
 
VASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO 
O endocárdio é irrigado diretamente pelo sangue que está contido nas câmaras cardíacas, 
por difusão, enquanto que o miocárdio e o epicárdio são irrigados pelas artérias coronárias 
direita e esquerda. 
Na superfície externa do coração temos os sulcos coronários, os quais ficam entre os átrios 
e os ventrículos e os sulcos interventriculares anterior e posterior, os quais marcam o nível 
do septo interventricular. 
Artéria coronária direita 
A artéria coronária direita tem origem no seio de valsalva direito da valva aórtica. Ela 
cursa pelo sulco coronário direito, sendo que logo no seu início ela emite um primeiro 
ramo, o ramo para o nodo sinoatrial, ela segue pelo sulco coronário e na borda lateral 
direita do coração ela emite um ramo, a artéria marginal direita. Na face posterior, a artéria 
coronária direita segue cursando pelo sulco coronário direito posterior e ao nível do sulco 
interventricular posterior ela se ramifica formando a artéria interventricular ou 
descendente posterior e o ramo para o nodo atrioventricular. Dessa forma os ramos da 
artéria coronária direita são: 
 Ramo para o nó sinoatrial; 
 Artéria marginal direita; 
 Artéria interventricular ou descendente posterior; 
 Ramo para o nó atrioventricular. 
Obs: em 60% das pessoas o ramo para o nodo sinoatrial é ramo da artéria coronária direita 
e em 20% dela ele é ramo da coronária esquerda enquanto que em 80% das pessoas o 
ramo para o nodo atrioventricular é ramo da coronária direita. 
A artéria coronária direita supre: 
 Átrio direito; 
 Ventrículo direito; 
 Nó sinoatrial em 60% das pessoas; 
 Nó atrioventricular em 80% das pessoas; 
 Parte do ventrículo esquerdo (devido a interventricular posterior). 
Artéria coronária esquerda 
A artéria coronária esquerda origina-se no seio de valsalva esquerdo. Ela cursa 
posteriormente ao tronco pulmonar e quando emerge de trás dele ela já se bifurca 
formando a artéria interventricular ou descendente anterior, a qual cursa pelo sulco 
interventricular anterior e a artéria circunflexa, a qualcursa pelo sulco coronário. Na 
borda lateral esquerda do coração a artéria circunflexa emite um ramo, a artéria marginal 
esquerda. Dessa forma, os ramos da artéria coronária esquerda são: 
 Artéria interventricular ou descendente anterior; 
 Artéria circunflexa; 
 Artéria marginal esquerda. 
A artéria coronária esquerda supre: 
 Átrio esquerdo; 
 Ventrículo esquerdo; 
 Parte do ventrículo direito (devido a artéria interventricular anterior); 
 Nó sinoatrial em 40% das pessoas; 
 Nó atrioventricular em 20% das pessoas. 
Obs: as artérias coronárias direita e esquerda enchem-se de sangue durante a diástole e 
não na sístole. 
Obs: o domínio do sistema arterial depende de quem origina a artéria interventricular 
posterior, sendo que na maior parte das vezes 67% das vezes ela é ramo da artéria 
coronária direita, fazendo com que a dominância seja direita. 
 
 
 
 
 
A drenagem venosa do coração é feita basicamente pelas seguintes veias: 
 Veia cardíaca magna: cursa junto com a veia interventricular anterior; 
 Veia cardíaca parva: cursa junto com a veia marginal direita; 
 Veia cardíaca média: cursa junto com a veia interventricular posterior. 
Todas essas veias drenam para o seio coronário, o qual por sua vez drena para o átrio 
direito por meio do óstio coronário. 
 
 
 
 
 
MEDIASTINO POSTERIOR 
O mediastino posterior estende-se verticalmente do plano transverso do tórax ao 
músculo diafragma e horizontalmente do mediastino médio até a parede posterior da 
caixa torácica/ corpos vertebrais. No mediastino posterior temos, de anterior para 
posterior: 
 Esôfago; 
 Aorta torácica; 
 Veia ázigo, hemiázigo e hemiázigo acessória; 
 Ducto torácico e tronco linfático; 
OBS: lembrar sempre que a aorta é mais posterior e situa-se mais a esquerda da veia 
cava inferior. 
 
NERVOS VAGO E FRÊNICO 
Nervo vago: 
O nervo vago, X par de nervo craniano, cursa no pescoço entre as artérias carótidas 
comuns e as veias jugulares internas (ou seja, ele cursa lateralmente a carótida comum). 
Os nervos vagos, em ambos os lados, entram no tórax passando inferiormente a 
articulação esternoclavicular e a veia braquiocefálica e anteriormente a artéria subclávia. 
No lado direito, o nervo vago, ao cruzar anteriormente a artéria subclávia, emite um ramo, 
o nervo laríngeo recorrente superior direito, o qual rebate, cursando ao redor da artéria 
subclávia e ascendendo no pescoço, entre a traqueia e o esôfago para inervar a laringe e 
as cordas vocais. Após dar esse ramo o nervo vago direito segue inferiormente, começa a 
se posteriorizar e passa posterior ao hilo pulmonar (mais especificamente, posteriormente 
ao brônquio principal direito) para emitir os ramos que formarão os plexos cardíaco, 
esofágico e pulmonar direito. 
O nervo vago esquerdo possui o mesmo trajeto que o direito no pescoço e ele também 
entra na cavidade torácica passando anterior a artéria subclávia e posteriormente a veia 
braquiocefálica. O nervo vago esquerdo segue mais inferiormente (até o nível do arco da 
aorta) que o direito para se ramificar formando o nervo laríngeo recorrente superior 
esquerdo. O nervo laríngeo recorrente esquerdo rebate e passa ao redor do arco da aorta 
para ascender pelo pescoço, entre a traqueia e o esôfago. O nervo vago segue 
inferoposteriormente e passa como o nervo vago direito, posteriormente ao hilo pulmonar 
esquerdo (mais especificamente o brônquio pulmonar esquerdo), de onde se ramifica para 
formar os plexos. 
 
 
Nervo frênico: 
Os nervos frênicos são formados pelas raízes de C3, C4 e C5. No pescoço eles cursam 
anteriormente aos músculos escalenos, ou seja, eles são mais laterais que os nervos vagos. 
Posteriormente os nervos frênicos entram na cavidade torácica passando superior a artéria 
subclávia e inferiormente a veia braquiocefálica e cursam na cavidade torácica passando 
lateralmente ao saco pericárdico e anterior ao hilo pulmonar, em direção ao músculo 
diafragma. No lado direito, o nervo frênico passa entre a parte mediastinal da pleura 
parietal e a veia cava superior. 
Obs: os nervos vagos passam posteriormente ao hilo pulmonar, enquanto que os nervos 
frênicos passam anteriormente ao hilo pulmonar. 
 
 
 
 
AORTA 
A aorta é dividida em três porções no tórax: 
 Parte ascendente; 
 Arco da aorta; 
 Parte descendente ou torácica. 
Os ramos da aorta ascendente são: 
 Artéria coronária direita; 
 Artéria coronária esquerda. 
Os ramos do arco da aorta são: 
 Tronco braquiocefálico arterial direito: o qual se bifurca, ao nível da articulação 
esternoclavicular, formando a artéria carótida comum direita e a artéria subclávia 
direita; 
 Artéria carótida comum esquerda; 
 Artéria subclávia esquerda. 
Os ramos da aorta torácica ou descendente são: 
 Artérias intercostais posteriores; 
 Artérias subcostais; 
 Artérias esofágicas; 
 Artérias frênicas superiores; 
 Artérias bronquiais. 
 
Após passar posteriormente ao hilo pulmonar esquerdo, o arco da aorta continua-se na 
forma de aorta torácica, ou seja, o arco da aorta inicia e termina ao nível do ângulo de 
Louis. 
Ao cruzar o hiato aórtico, posteriormente ao diafragma, a aorta descendente ou torácica 
passa a ser chamada de aorta abdominal. 
 
 
VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS 
As veias braquiocefálicas direita e esquerda são formadas pela união das veias jugular 
interna e veia subclávia, a qual ocorre no nível da articulação esternoclavicular. 
 
 
VEIAS CAVA SUPERIOR 
A veia cava superior é formada pela união dos troncos braquiocefálicos direito e 
esquerdo, os quais, por sua vez são formados pela união das veias subclávias e jugulares 
internas. 
A união dos troncos braquiocefálicos ocorre no nível da 1ª cartilagem costal e a fusão da 
veia cava superior com o átrio direito ocorre ao nível da 3ª cartilagem costal, ou seja, ela 
se estende da 1ª a 3ª cartilagem costal. 
Obs: o tronco braquiocefálico esquerdo é também chamado de veia inominada, ele é mais 
longo/ comprido que o direito e cruza anteriormente as raízes dos ramos do arco da aorta. 
 
DIAFRAGMA 
O diafragma é o músculo que fecha a abertura inferior do tórax, sendo o limite entre a 
cavidade torácica e a cavidade abdominal (ele se insere nos limites da abertura inferior 
do tórax). 
O diafragma é o músculo mais importante da respiração, uma vez que a sua contração 
provoca a sua “descida” o que aumenta o tamanho da caixa torácica permitindo a queda 
da sua pressão, o que permite a entrada do ar nos pulmões. 
O relaxamento do músculo diafragma provoca a sua subida, diminuindo o espaço da caixa 
torácica, forçando a expiração. 
O músculo diafragma é irrigado pelas artérias musculofrênicas, as quais são ramos das 
artérias torácicas interna e a sua inervação é feita pelos nervos frênicos, formados pelas 
raízes de C5 a C7. 
O diafragma possui duas aberturas, o forame para a veia cava inferior e o hiato esofágico 
e posteriormente a ele temos o hiato aórtico, estruturas que permitem a comunicação das 
cavidades torácica e abdominal. 
A inervação do músculo diafragma é feita pelos nervos frênicos e lesões nesses nervos 
provocam dificuldade de respirar, um dos achados é que por exemplo lesão no nervo 
frênico direito faz com que durante a inspiração a cúpula direita não contraia e dessa 
forma não desça. 
Irrigação arterial do diafragma: 
 Artérias frênicas superiores: ramos da aorta torácica; 
 Artérias frênicas inferiores: ramos da aorta abdominal; 
 Artérias musculofrênicas e pericardicofrênicas: ramos da artéria torácica interna. 
 
PULMÕES 
Os pulmões situam-se nos compartimentos pulmonares direito e esquerdo. Os pulmões 
são revestidos por uma camada de tecido, as pleuras visceral e parietal: 
 Pleura parietal: recobre a face interna da parede dos compartimentos pulmonares; 
 Pleura visceral: recobre o pulmão, estando em íntimo contado com ele e 
acompanhando assuas fissuras. 
As pleuras parietal e visceral são contínuas uma com a outra ao nível do hilo pulmonar 
onde a pleura parietal rebate e continua-se como pleura visceral. Entre as duas pleuras 
temos um espaço virtual, a cavidade pleural, na qual há a presença de pequena quantidade 
de líquido que lubrifica essas duas membranas permitindo que os pulmões aumentem ou 
diminuam seu tamanho durante a ventilação sem atrito. 
A pleura parietal é dividida em partes: 
 Parte costal da pleura parietal: fica em contato com as costelas; 
 Parte diafragmática da pleura parietal: fica em contato com o diafragma; 
 Parte mediastinal da pleura parietal: reveste a face mediastinal dos pulmões; 
 Cúpula da pleura parietal: reveste o ápice dos pulmões. 
Obs: Recesso costodiafragmático: espaço que fica entre a parte costal e diafragmática da 
pleura parietal, na cavidade pleural. 
 
 
 
 
Cada pulmão possui: 
 Uma base; 
 Um ápice; 
 Uma face diafragmática; 
 Uma face parietal; 
 Uma face mediastinal; 
 Uma margem anterior; 
 Uma margem posterior; 
 Margem inferior. 
 
 
 
 
Obs: o ápice dos pulmões atravessa a abertura superior do tórax, situando-se 
profundamente na fossa supraclavicular. 
 
 
SEGMENTOS PULMONARES 
PULMÃO DIREITO 
O pulmão direito possui três lobos, um lobo superior, um lobo médio e um lobo inferior, 
os quais são separados pelas fissuras horizontal e oblíqua respectivamente. Cada lobo 
pulmonar é dividido em vários segmentos: 
Lobo superior: o lobo superior divide-se em três segmentos, segmento apical, segmento 
anterior e segmento posterior; 
Lobo médio: divide-se em segmento lateral e segmento medial; 
Lobo inferior: divide-se em segmento superior, segmento basilar posterior, segmento 
basilar lateral, segmento basilar anterior e segmento basilar medial. 
 
PULMÃO ESQUERDO 
O pulmão esquerdo, devido a posição do coração possui apenas dois lobos, o lobo 
superior e o lobo inferior, sendo que estes são separados pela fissura oblíqua. Os lobos do 
pulmão esquerdo são divididos em vários segmentos: 
Lobo superior: o lobo superior do pulmão esquerdo divide-se em segmento apical, 
segmento anterior, segmento posterior, segmento lingular inferior e segmento lingular 
superior; 
Lobo inferior: divide-se em segmento superior, segmento basilar posterior, segmento 
basilar lateral, segmento basilar anterior e segmento basilar medial. 
 
Obs: o pulmão esquerdo não possui lobo médio, no entanto ele possui, no lobo superior 
uma incisura cardíaca e uma língula. 
 
 
HILO PULMONAR 
O hilo pulmonar localiza-se na porção medial dos pulmões, onde entram e saem todos os 
vasos e estruturas que ligam os pulmões a outras partes do tórax. 
As estruturas que passam pelo hilo pulmonar, de anterior para posterior são: 
 Veias pulmonares; 
 Artéria pulmonar; 
 Brônquio principal. 
 
 
TRAQUEIA 
A traqueia inicia ao nível da cartilagem cricóide e estende-se inferiormente até o ângulo 
de Louis, cursando anterior ao esôfago e posterior aos grandes vasos, Ao nível do ângulo 
de Louis a traqueia se bifurca (carina traqueal) em brônquios principais direito e esquerdo, 
sendo que o brônquio principal direito e mais largo e mais vertical que o esquerdo, 
explicando a facilidade para microrganismos entrarem inicialmente no pulmão direito. 
 
 
O brônquio principal direito após entrar no pulmão divide-se em brônquios lobares 
superior, médio e inferior, os quais irão para cada lobo do pulmão. Em seguida, os 
brônquios lobares dividem-se em brônquios segmentares ou brônquios terciários os quais 
dirigem-se para cada um dos segmentes pulmonares. Os brônquios segmentares por fim 
se dividem em bronquíolos (a partir dos bronquíolos não temos mais anéis cartilaginosos), 
os quais formarão os sacos alveolares, local em que ocorrem as trocas gasosas. 
Obs: o ponto em que a traqueia se bifurca em brônquios principais direito e esquerdo é 
chamado de carina traqueal. A traqueia + todas as suas ramificações formam a árvore 
traqueobrônquica. 
 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO PULMONAR 
O sangue venoso chega aos pulmões por meio das artérias pulmonares direita e esquerda, 
as quais são ramos do tronco pulmonar que recebe sangue do ventrículo direito. Ao nível 
dos alvéolos ocorrem as trocas gasosas e o sangue arterial sai dos pulmões por meio das 
veias pulmonares superiores e inferiores direita e esquerda que levam o sangue para o 
átrio esquerdo. 
Da mesma forma que os brônquios principais, as artérias pulmonares ramificam-se em 
artérias lobares que acompanham os brônquios lobares, posteriormente as artérias lobares 
dividem-se em artérias segmentares. 
Obs: a artéria pulmonar direita é mais comprida (uma vez que o tronco pulmonar fica a 
esquerda da aorta) e passa inferiormente ao arco da aorta, anterior a bifurcação da traqueia 
e posteriormente a veia cava superior. 
 
 
MAMAS 
As mamas, estruturas presentes tanto nos homens quanto nas mulheres, localizam-se no 
tórax, no espaço subcutâneo, superiormente ao músculo peitoral maior (entre o músculo 
e ela há um espaço o espaço retromamário). As mamas são constituídas por: 
 Tecido adiposo: responsável por dar o volume da mama; 
 Tecido glandular; 
 Tecido conjuntivo: os ligamentos de Cooper/ ligamentos suspensores da mama 
são responsáveis pela sustentação das mamas; 
 Vasos e nervos. 
 
Externamente cada mama possui uma papila mamária e uma aréola, na qual temos 
glândulas produtoras de secreções sebáceas, as quais tem a função de lubrificar a papila 
mamária impedindo rachaduras (por isso a importância da pega correta da mama pelo 
bebê). 
 
 
Obs: os homens também possuem glândula mamária, no entanto ela é menos 
desenvolvida em relação a glândula mamária feminina. Desse modo, homens também 
podem desenvolver câncer de mama. 
Obs: em algumas mulheres a mama se estende em direção a axila, formando o processo 
axilar ou cauda de Spence, o qual as vezes é confundido com um nódulo. 
 
Obs: as mamas são divididas em quadrantes medias e laterais, superiores e inferiores. 
 
GLÂNDULA MAMÁRIA 
A glândula mamária é constituída por: 
 Lóbulos mamários: parte responsável pela síntese de leite.; 
 Ducto lactíferos: conduzem o leite sintetizado pelos lóbulos mamários para a 
papila mamária; 
 Seio lactífero: é uma porção dilatada da parte final dos ductos lactíferos, na qual 
temos o armazenamento de pequeno volume se leite para que o bebê não largue o 
seio até que o estímulo da sucção estimula a secreção do leite. 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO DA MAMA 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL 
A mama é irrigada por: 
 Ramos mamários mediais: ramos dos ramos cutâneos das artérias torácicas 
internas; 
 Ramos mamários laterais: ramos das artérias torácica lateral toracoacromial, as 
quais são ramos das artérias axilares. 
 
DRENAGEM VENOSA 
A drenagem venosa da mama é feita pelos: 
 Ramos mamários mediais venosos: drenam para as veias torácicas internas que 
drenam para as veias braquiocefálicas; 
 Ramos mamários laterais venosos: drenam para as veias torácica lateral e 
toracoacromial, as quais drenam para a veia axilar. 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DAS MAMAS 
A drenagem linfática das mamas é feita pelos: 
 Vasos linfáticos paraesternais: fazem a drenagem linfática dos quadrantes mediais 
da mama; 
 Vasos linfáticos axilares: fazem a drenagem linfática dos quadrantes laterais da 
mama (a maior parte da drenagem linfática da mama é feita pelos linfonodos 
axilares). 
 
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE DO TÓRAX 
Linhas da cavidade torácica: 
 Linha mediana anterior ou linha medioesternal: é uma linha vertical traçada sobre 
o meio do osso esterno. 
 Linha mediana posterior ou linha mediovertebral: é uma linha vertical traçada 
sobre os processos espinhosos das vértebras; 
 Linha medioclavicular: linha vertical traçada a partir do ponto médio/ da metade 
da clavícula; 
 Linha axilar anterior:linha vertical traçada ao nível da prega axilar anterior. 
 Linha axilar média: linha vertical traçada sobre o meio da axila/ da fossa axilar; 
 Linha axilar posterior: linha vertical traçada na prega axilar posterior; 
 Linhas escapulares: linhas verticais traçadas no nível do ângulo inferior das 
escápulas. 
 
 
 
 
 
Importante: o seio transverso do pericárdio é um espaço que se situa posteriormente ao 
tronco pulmonar e a aorta.

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