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Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos Meta da aula Discutir os diversos parâmetros físicos que servem na caracterização dos efluentes líquidos. Objetivos Identificar os parâmetros físicos dos efluentes; Classificar os poluentes presentes nos efluentes líquidos. 2.1. Introdução Do mesmo modo que um médico, antes de medicar um paciente, precisa identificar de que mal sofre o enfermo, o tratamento de um efluente requer prévia caracterização de seus parâmetros. Na etapa de projeto de uma estação de tratamento de efluente, a empresa, tomando por base sua produção, consegue estimar o volume de efluente que será gerado no processo. Assim, o dimensionamento da estação de tratamento de efluente tomará por base o volume estimado de efluente que será gerado por unidade de tempo (hora ou dia). Numa indústria é gerado tanto o efluente do processo, como esgoto sanitário (dos funcionários). Em alguns casos, estes dois efluentes são tratados conjuntamente, em outros não. Quando o processo industrial for o de uma indústria do setor alimentício, sua característica fundamental é possuir um elevado teor de matéria orgânica (exemplos; laticínio, frigorífico). Neste caso, é relativamente comum este efluente ser tratado já misturado ao esgoto gerado pelos funcionários. Já, quando o processo industrial for, por exemplo, o de uma indústria metalúrgica, de tinta, ou petroquímica, por suas características próprias, é conveniente que este efluente seja tratado separadamente do esgoto sanitário. Os esgotos sanitários contêm excrementos humanos líquidos e sólidos, pro- Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos 23 e-Tec Brasil dutos diversos de limpezas, resíduos alimentícios e produtos desinfetantes. Nos excrementos humanos, existem ainda micro-organismos. O esgoto sanitário contém substâncias orgânica e inorgânica. As substâncias orgânicas são: proteínas, açúcares, óleos e gorduras, micro- organismos, sais orgânicos e componentes dos produtos de limpeza e desinfecção. Os principais constituintes inorgânicos são os sais. Nestes, os ânions são: cloretos, sulfatos, nitratos, fosfatos. Já os cátions são: sódio, cálcio, potássio, ferro e magnésio (VON SPERLING, 1996). Os efluentes industriais têm sua composição dependente do processo envolvido. Por exemplo: enquanto o efluente de indústria alimentícia possui uma elevada carga de matéria orgânica, o efluente de uma empresa que trabalha com galvanoplastia tem elevada concentração de metais pesados. 2.2. Classificação dos Poluentes Presentes nos Efluentes Líquidos GRADY (1999) classifica os poluentes encontrados em águas residuárias, segundo diversos critérios. A Tabela 2.1 apresenta estas classificações. Cada poluente de um efluente pode ser caracterizado pela combinação das diversas classificações abaixo, uma vez que não são excludentes. Assim, como exemplo, um poluente pode ser composto de materiais orgânicos, solúveis e biodegradáveis ou materiais orgânicos, insolúveis e biodegradáveis; e assim por diante. e-Tec Brasil 24 Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos Características Físicas Solúvel Insolúvel Tabela 2.1: Exemplos de Classificações de Poluentes de Águas Residuárias Fonte: GRADY . (1999). et al Parâmetro de Classificação Tipo Características Químicas Orgânico Inorgânico Suscetibilidade a alteração por micro-organismos Biodegradáveis Não biodegradáveis Origem Biogênico Antropogênico Efeitos Tóxico Não tóxico et al 25 e-Tec Brasil Ser biodegradável indica que um poluente pode decompor-se por ação de micro-organismos. Se o poluente for biodegradável, indica tratar-se de um composto orgânico que pode ser convertido em inorgânico por processos biológicos, pela ação de micro-organismos. Do contrário, estamos diante de um poluente não biodegradável pela ação dos micro-organismos. Poluentes não biodegradáveis não devem ser tratados por tratamento biológico. Quanto à origem, o poluente pode ser biogênico ou antropogênico. O biogênico é o poluente de origem natural (resultado de erupções vulcânicas, dissolução de rochas, etc.). Já o antropogênico é o poluente resultado de alguma atividade humana. A poluição pode ser fruto de atividade industrial, que gera os resíduos líquidos, sólidos ou gasosos. Já o esgoto doméstico gerado pelos habitantes de uma cidade pode ser encarado como poluição for urbana. A poluição agropastoril é resultado das atividades agrícolas e de pecuária. Estas atividades geram poluição pelo uso de agrotóxicos, fertilizantes, e geração de excrementos de animais, além da erosão que promovem. 2.3. Principais Parâmetros para Caracterização dos Efluentes Líquidos A qualidade da água pode ser definida por meio de diversos parâmetros. As águas possuem enquadramento diferenciado em função de suas características. Podem ser águas de abastecimento, águas residuárias, mananciais e corpos receptores. Segundo VON SPERLING (1996), em termos de qualidade física, a água pode ser avaliada por meio dos seguintes parâmetros: cor, turbidez, temperatura, sabor e odor. Os parâmetros químicos são: pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro e manganês, cloretos, fósforo, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, micropoluentes orgânicos e inorgânicos. Por último, mas não menos importante, temos o parâmetro biológico. Leva em conta a capacidade da água em transmitir doenças causadas por organismos vivos. A avaliação pode ser de modo indireto, por exemplo, por meio dos organismos indicadores de contaminação fecal, pertencentes ao grupo de coliformes. 2.3.1. As características sensoriais Odor e cor do efluente são parâmetros facilmente percebidos por todos, especialistas ou leigos. Por isso, chama a atenção rapidamente, inclusive das autoridades ambientais. Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos 2.3.1.1. Odor O odor nos efluentes industriais está associado ao desprendimento no ar de substâncias orgânicas ou inorgânicas geradas em reações de fermentação que ocorrem no efluente (especialmente no caso de esgoto doméstico, com a liberação de ácidos voláteis e gás sulfídrico). Indústrias farmacêuticas, de essências e de solventes geram efluentes com odores bem específicos. No caso de esgotos domésticos, alguns principais odores são bem característicos (VON SPERLING, 1996): �Odor de mofo: razoavelmente suportável, típico do esgoto fresco; Odor de ovo podre: �insuportável�, típico do esgoto velho ou séptico, que ocorre devido à formação de gás sulfídrico (H S) proveniente da 2 decomposição do lodo contido nos despejos; e Odores variados de produtos podres: repolho, legumes, peixe, podres; de matéria fecal; de produtos rançosos; de acordo com a predominância de produtos sulfurosos, nitrogenados, ácidos orgânicos, etc.� A decomposição da matéria orgânica nos despejos industriais também contribui para o aparecimento de odores. 2.3.1.2. Cor Um efluente colorido lançado em qualquer corpo hídrico logo chama a atenção. Os corantes dissolvidos (naturais ou artificiais), além das substâncias coloidais (turbidez), definem a cor do efluente. Unidade de medida da cor: uH (Unidade Hanzen � padrão de platina cobalto). A contribuição natural para a cor é dada pela decomposição da matéria orgânica, e da presença de íons dissolvidos, como de ferro e manganês. A contribuição antropogênica para a cor é dada pela presença dos mais diversos resíduos industriais, corantes (orgânicos e inorgânicos), bem como esgotos domésticos. No caso de esgoto doméstico, a cor acinzentada caracteriza esgoto fresco. Já a cor preta é típica do esgoto velho (no qual já ocorreu uma decomposição parcial). O efluente possui uma cor aparente e outra verdadeira. A cor aparente é aquela que o efluente possui quando os sólidos suspensos ainda estão presentes. Após a remoção dos sólidos suspensos por centrifugação, por exemplo, obtém-se a cor verdadeira que é atribuída aos sólidos dissolvidos. e-Tec Brasil 26 Aula 2 - Caracterização físicados efluentes líquidos 27 e-Tec Brasil 2.3.1.3. Turbidez A turbidez é dada pelo grau de interferência que o efluente promove à passagem da luz. A unidade de medida é a Ut (Unidade de Turbidez � Unidade Nefelométrica). A presença de material coloidal é o que confere turbidez aos efluentes industriais. Para os esgotos domésticos a medida da turbidez é um indicativo da eficiência da etapa do tratamento secundário, pois está relacionada à concentração dos sólidos em suspensão. 2.3.2. Parâmetros físicos Os parâmetros físicos que caracterizam um efluente são inúmeros. Dentre eles, podemos citar: temperatura, gases dissolvidos, turbidez, condutividade elétrica, densidades e outros mais. Nesta obra, entretanto, nos deteremos à temperatura, aos gases dissolvidos e à matéria sólida presente. 2.3.2.1. Temperatura: A poluição térmica Num processo industrial qualquer, a poluição térmica pode ser causada tanto por efluente do processo, como pelo descarte de água usada no aquecimento ou resfriamento em alguma das etapas. A temperatura do efluente ao final destas operações normalmente não se encontra dentro de uma faixa permitida pela legislação ambiental. Por isso, se lançamento do efluente acontecer fora dos padrões em termos de temperatura, estamos diante de uma situação de poluição térmica. A temperatura influencia tanto nas reações químicas e biológicas, como na solubilidade dos gases. Efluente lançado à temperatura elevada sempre causa danos aos seres vivos existentes no corpo receptor. Da mesma forma com que um refrigerante quente desprende muito mais facilmente o gás nele dissolvido, um efluente lançado quente num rio diminui a concentração dos gases ali dissolvidos, dentre eles o oxigênio, que, como sabemos, é indispensável à vida. O mau cheiro também é mais evidenciado em efluentes quentes, pois nesta condição o desprendimento de gases de cheiro ruim é mais intenso para a atmosfera. Você sabe que quando aquecemos o mel ele se torna mais fluido. Isto acontece porque a viscosidade do mesmo diminui com o aquecimento. Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos e-Tec Brasil 28 O mesmo acontece com a água e efluentes. Quando quentes, tornam-se mais fluidos. Isto facilita a mobilidade de organismos (exemplo: algas) ali presentes, promovendo a sua decantação (deposição no fundo). A temperatura do efluente influencia a qualidade de seu tratamento. Assim: Nas operações de decomposição biológica do esgoto, a velocidade desta decomposição aumenta com a temperatura. A faixa ideal, entretanto, para a atividade biológica, é de 25 a 35 °C (METCALF & EDDY, 2003); Nos processos que necessitam de solubilização de oxigênio no efluente, quanto menor a temperatura, melhor a solubilização do gás (como lagoas aeradas e lodos ativados); Nas operações de sedimentação, o aumento da temperatura diminui a viscosidade do efluente, facilitando a sedimentação de sólidos em suspensão e organismos. 2.3.2.2. Gases dissolvidos Outro parâmetro físico importante no efluente são os gases dissolvidos no mesmo. Os esgotos podem também contaminar o ar tanto emitindo odores desagradáveis (gás sulfídrico e ácidos voláteis), como por desprendimento de micro-organismos na forma de aerossóis. As substâncias orgânicas desprendidas para o ar pelos efluentes são compostos voláteis orgânicos ou inorgânicos. Devemos lembrar que estas substâncias, além do odor desagradável, tem cada qual sua toxicidade própria. Os compostos orgânicos voláteis desprendidos pelos efluentes recebem a sigla VOC's. A Tabela 2.2, retirada da obra de Giordano (1999), aponta os parâmetros físicos dos efluentes. Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos 29 e-Tec Brasil 2.3.2.3 . Matéria sólida Os sólidos podem ser compostos de substâncias orgânicas ou inorgânicas. Das características físicas, o teor de matéria sólida é da maior importância para o dimensionamento e controle de operações das unidades de tratamento. Segundo Jordão & Pessôa (1995), a matéria sólida presente nos esgotos é classificada em função de inúmeros fatores. As classificações para os sólidos presentes nos efluentes apresentam-se: a. Em função das dimensões das partículas: Sólidos em suspensão: São subdivididos em sólidos coloidais, sedimentáveis e flutuantes. Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos Tabela 2.2: Parâmetros físicos dos efluentes Fonte: Giordano (1999). Nomes dos Parâmetros Uso ou significado sanitário Sólidos totais (ST) A composição de cada forma dos sólidos expressa direta ou indiretamente os outros poluentes. mg/L Unidades Sólidos totais voláteis (STV) Matéria orgânicamg/L Sólidos totais fixos (STF) Matéria orgânicamg/L Sólidos suspensos (SS) Matéria orgânica e inorgânica com Ø>0,45µmmg/L Sólidos suspensos voláteis (SSV) Matéria orgânica ou biomassamg/L Sólidos suspensos fixos (SSF) Matéria inorgânica coloidal e com Ø superioresmg/L Sólidos dissolvidos totais Matéria orgânica e inorgânica com Ø>0,45µmmg/L Sólidos dissolvidos voláteis Matéria orgânica dissolvidamg/L Sólidos dissolvidos fixos (SDF) Sais e óxidos solúveismg/L Curva de distribuição granulométrica Contribui para a definição do processo de tratamento Ø% Turbidez Permite o conhecimento da transparência dos efluentes e a presença de coloides uT Cor Está relacionada aos corantes orgânicos sintéticos e ou residuais, aos inorgânicos (metais pesados), aos compostos húmicos e outros subprodutos de biodegradação uT Transmitância Aplicabilidade de UV%T Temperatura Processos biológicos e para a solubilidade dos gases na água, além de interferir na velocidade de sedimentação das partículas °C Densidade Aplica-se a efluentes com altas concentrações de sólidos g/cm³ Condutividade Está relacionada à concentração de sais solúveis no efluente. mS/cm e-Tec Brasil 30 Sólidos dissolvidos: Partículas com diâmetros inferiores a 1,2 �m são consideradas dissolvidas, e em suspensão, as de diâmetro superior a este valor. Os sólidos coloidais são aqueles que permanecem em suspensão por seu pequeno diâmetro e pela ação da camada de solvatação. Isto impede o crescimento daquelas partículas sólidas. Os sólidos sedimentáveis e os flutuantes são aqueles que se separam da fase líquida por diferença de densidade. b. Em função da sedimentabilidade: Sólidos sedimentáveis: São sólidos sedimentáveis aqueles que decantam em uma hora num recipiente denominado cone Imhoff. A fração que não se sedimenta representa os sólidos não sedimentáveis. Sólidos flutuantes ou flotáveis: São os sólidos que permanecem na superfície do líquido, como se estivessem boiando. Sólidos não sedimentáveis: Representam a fração sólida que não sedimenta no cone de Imhoff. Figura 2.1: Cone de Imhoff. Fonte:http://www.aquaculturehub.org/photo/photo/search?q=+imhoff Acessado em 07/03/2012. Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos 31 e-Tec Brasil c. Em função da secagem à alta temperatura (550 a 600°C): Sólidos voláteis (Matéria orgânica); Sólidos fixos (Matéria inorgânica). Os sólidos fixos estão associados aos sólidos de composição inorgânica. Já os voláteis são associados a compostos orgânicos. A fração orgânica, com o aquecimento, é oxidada. Sofre, assim, volatilização, restando apenas a fração inerte, que representa ainda a matéria inorgânica ou mineral. d. Em função da secagem à temperatura média (entre 103 e 105 °C.): Os sólidos podem ainda ser classificados em: Sólidos Totais; Sólidos em Suspensão e Sólidos Dissolvidos. Sólidos Totais São aqueles que permanecem como resíduo após evaporação à temperatura de 103 a 105 °C. Os sólidos totais são compostos de sólidos em suspensão e dissolvidos (filtráveis). Cada uma dessas categorias de sólidos totais, suspensos e filtráveis, pode ser classificada com base na sua volatilidade a 300 °C. A fração orgânica se oxidará a esta temperatura (sólidos voláteis), e a fração inorgânica permanecerá como cinza (sólidosfixos). Sólidos em Suspensão (Voláteis e Fixos) Permite verificar a eficiência de remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis nos decantadores primários e determinar certos parâmetros de operação como é o caso do índice e idade do lodo. Sólidos Dissolvidos (Voláteis e Fixos) Os sólidos dissolvidos também podem ser fixos ou voláteis. Os sólidos dissolvidos representam os sólidos que não são afetados pelo tratamento primário. O teor de sólidos dissolvidos pode aumentar, em virtude da liquefação e decomposição do material sólido. Pode também diminuir, como resultado do o tratamento secundário do esgoto, devido à oxidação ou adsorção. Giordano (1999) apresenta um esquema (Figura 2.2) que representa a distribuição dos sólidos nos efluentes. Aponta o referido autor que a análise dos sólidos não tem preocupação em definir a composição química das substâncias, se são materiais oriundos do processo industrial, ou mesmo produtos do metabolismo dos micro-organismos ou se são os próprios Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos e-Tec Brasil 32 flocos biológicos. Ainda segundo Giordano, adaptando os resultados de Jordão (1985), na Figura 2.3 é apresentada a composição mais provável dos sólidos nos esgotos sanitários. Alerta para o fato de que, para efluentes industriais, a composição dos sólidos é dependente do processo industrial em questão. Sólidos Sedimentáveis É o volume de sólidos presente no efluente que se sedimenta após um período de tempo de repouso do líquido (60 minutos). Esta fração é medida no cone de Imhoff. Sua quantificação é expressa, geralmente, em mL/L. Normalmente são removidos do efluente por simples decantação. A Figura 2.4 representa de modo esquemático como são divididos os sólidos presentes nos efluentes. Figura 2.2: Classificação dos sólidos presentes nos efluentes em função do tamanho das partículas. Fonte:Giordano (1999) Figura 2.3: Distribuição percentual dos sólidos presentes nos efluentes. Fonte:Giordano (1999) Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos 33 e-Tec Brasil Algumas relações entre as diversas frações de sólidos expostas acima são úteis para que se tire alguma conclusão de como se encontra o efluente, o que leva à escolha adequada do tratamento a ser dado a ele. Relações SF/SV, SSF/SSV, SDF/SDV elevadas indicam a predominância absoluta de material inerte na água residuária e a necessidade de sua separação prévia a fim de se efetivar o tratamento biológico. A concentração de sólidos suspensos fixos (SSF) fornece uma estimativa da concentração de partículas inertes (tais como areia). E, na ausência de dados mais precisos, pode ser adotada no projeto de certas unidades destinadas a remover essas partículas. Concentrações elevadas de sólidos dissolvidos fixos (SDF), quando comparadas com as de sólidos dissolvidos voláteis (SDV), indicam água residuária com alta salinidade. Assim, é provável a necessidade de tratamento físico-químico, pois estes sais não são removidos em processos biológicos, além de comprometerem sua eficiência. Sólidos Sedimentáveis em concentração razoável aponta para a necessidade de uma unidade de sedimentação (decantador) antecedendo as unidades de tratamento biológico convencionais aeróbias, ou os reatores anaeróbios, principalmente se o teor de sólidos em suspensão fixos (SSF) é alto. Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos Figura 2.4: Quantificação dos sólidos presentes nos efluentes. Fonte:Giordano (1999) e-Tec Brasil 34 Atividades Propostas 1. Como são classificados os sólidos existentes em um efluente bruto (sem tratamento)? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 2. Pesquise sobre qual é a solubilidade do oxigênio na água pura, no nível do mar (uma atmosfera de pressão) nas temperaturas de 20°C, 50°C e 70°C. Explique a influência da temperatura na solubilidade deste gás. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ Aula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos Referências Bibliográficas GRADY Jr, C.P.L. e Lin, H.C. Biological wastewater treatment, Pollution engineering and technology, New York: Marcel Decker, inc, 1980. JORDÃO, E. P. e PESSÔA, C. A. Tratamento de esgotos domésticos. Rio de Janeiro: ABES, 3. ed. 1995. METCALF & EDDY � Wastewater Engineering: Treatment and Reuse. 4a ed. Boston: Mc Graw Hill, 2003. VON SPERLING, Marcos. Princípios de Tratamento biológico de Águas Residuárias. Vol. 1. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental � UFMG. 2a. Edição revisada. 1996. 35 e-Tec BrasilAula 2 - Caracterização física dos efluentes líquidos 1: Aula 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14
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