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Petição Inicial (Aula 06) NATANAEL DO VALE

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PLANO DE AULA 06
(EXAME OAB SP 130º 2ª fase, ADAPTADO) Samuel, por força de um contrato escrito, domiciliado em Campo Grande/MS, deveria restituir o cavalo mangalarga chamado “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00, para Bernardo, que mora na cidade de Dourados/MS, no dia 02 do mês de outubro/2016. Até o mês de janeiro de 2017, Samuel ainda não o havia restituído por pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do cavalo, o que foi inevitável devido à altura atingida pela água, bem como à sua força. Bernardo procura você, advogado, para ingressar com ação no Juizado Especial Cível, no intuito de defender os seus interesses. Desta forma, promova a medida judicial mais adequada, considerando o inadimplemento contratual, mora, e perdas e dados.
COMENTÁRIOS PRÉVIOS:
A ação correta a ser proposta, nesse caso, é uma Ação Indenizatória de danos materiais e morais, com base nos arts. 397, 389 e 399 do Código Civil, endereçada ao Juizado Especial Cível de Dourado/MS.
A argumentação deverá pautar-se no fato de Samuel não ter cumprido com sua obrigação no tempo certo, assumindo o risco de indenização em caso de perda do bem. O valor de R$10.000,00 deve ser solicitado com correções e também a produção de provas.
1) Definido o Foro, Juízo Especial, conforme art. 3, inc. I da Lei 9.099/95, local do domicílio do autor. Citar na peça “... pelo procedimento especial conforme art. 3, inc. I da Lei 9.099/95”;
2) Definição da Peça Adequada:
Ação de Indenização por Perdas e Danos (avaliar C/C Danos Morais – Se há de fato algum dano moral), com fulcro nos arts. 389, 402 do CC e arts. 497 – 500 do CPC;
3) Não houve nenhuma informação que justificasse o pedido de Justiça Gratuita;
4) Tópico de Audiência de Mediação e Conciliação, importante o autor se manifestar, deixando claro para o juiz se tem interesse nessa audiência para esclarecer os fatos;
5) DOS FATOS e FUNDAMENTOS JURÍDICOS – Sempre abrir o tópico com um parágrafo, contextualizando os fatos e preparando o texto para conectar com as fundamentações;
6) Fundamentação essencialmente sobre os artigos 394, 305, 307 e 399 do Código Civil, dando Ênfase a quebra do cumprimento de obrigação da entrega e exclusão da argumentação do caso fortuito, por haver expirado o prazo de entrega;
7) PERDAS E DANOS: Devemos abrir um tópico para citar perdas e danos materiais;
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DOURADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
	BERNARDO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº xxx, expedida pelo xxx, inscrito no CPF/MF sob nº xxx, residente e domiciliado a rua nº xxx, bairro: xxx, CEP: xxx, na cidade de Dourados, no Estado do Mato Grosso do Sul, com endereço eletrônico xxx, por seu advogado abaixo subscrito, com endereço profissional na rua xxx, bairro xxx, CEP xxx, cidade, estado, com endereço eletrônico xxx, onde recebe intimações, pelo procedimento especial, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS
Com fulcro nos art. 389, 402 do Código Civil e arts 497 – 500 do Código de Processo Civil, em face de SAMUEL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador de carteira de identidade nº xxx, expedida pelo xxx, inscrito no CPF xxx, residente e domiciliado na rua xxx, bairro xxx, CEP xxx, cidade de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, com endereço eletrônico xxx.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
	O autor da presente ação, manifesta interesse na AUTOCOMPOSIÇÃO, requer a resignação da AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO conforme artigo 319, V e 334 do Código de Processo Civil e, por consequência, a citação do réu para comparecer à citada audiência, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciar-se-á o prazo para apresentar resposta, na forma da lei, em consonância aos princípios da celeridade e economia processual na tutela de direito das partes.
I. DOS FATOS
Foi celebrado um contrato escrito, entre Samuel e Bernardo, no qual o cavalo, de espécie manga-larga e nome “Tufão”, de propriedade de Bernardo, que estava em posse de Samuel, que deveria restituir o mesmo, até a data de 02 de outubro de 2016, onde foi registrado no contrato, que o referido bem foi avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Ocorre que Samuel não entregou o referido cavalo na data determinada e segundo relatos e fatos constatados, por negligência de Samuel que não resguardou a segurança do cavalo, após uma forte chuva o cavalo morreu afogado. Desse modo, o autor perdeu seu cavalo, de modo que precisa ser restituído com valor descrito em contrato, de modo que possa amenizar os danos materiais sofridos.
II. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Conforme os relatos acima, o contrato descrevia sobre a restituição de um cavalo de raça manga-larga, cujo nome era “Tufão”, avaliado na ordem de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Acontece que o réu deveria ter devolvido o cavalo, na data definida em contrato, no entanto, não o fez por pura desídia, desse modo fora firmada uma obrigação positiva, que até então não foi cumprida.
1. DA CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR E DO INADIMPLEMENTO ABSOLUTO DA OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR COISA CERTA
Fica evidente, que o caso descrito, trata-se de uma obrigação de restituir coisa certa, que foi inevitavelmente descumprida em razão demora do réu em restituir o animal de mais de três meses, fato constatado e originário da culpabilidade do mesmo na causa da morte do animal. Não há que se falar em caso fortuito aqui, pois o prazo estipulado para devolução foi descumprido, desse modo o réu assumiu todas as consequências de danos que viessem a ocorrer.
Conforme trás o Código Civil, de modo bem claro ao caso em questão, a responsabilidade do devedor que se encontra em mora na sua obrigação. Nos termos dos artigos 394, 395, 397 e 399 do aludido regramento, aquele que estiver em atraso com a obrigação em que se estabeleceu, responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, acrescidos de juros, correção monetária e honorários advocatícios.
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Dito isso, não restam dúvidas, de forma inequívoca a culpa do réu no fato ocorrido. Caso o mesmo tivesse cumprido no tempo acordado em contrato a devolução do animal, o evento fatal tivesse se dado, teríamos excludente de culpabilidade, o que não foi o caso.
2. DAS PERDAS E DANOS
Conforme cita o art. 402 do Código Civil, o credor tem direito a receber o que efetivamente perdeu (danos emergentes) e o que razoavelmente deixou de lucrar (lucros cessantes). Essa regra está conectada aos arts. 186, 187 e 927 do Código Civil, que legisla sobre responsabilidade extracontratual, também sobre a responsabilidade negocial (decorrente do descumprimento de uma obrigação).
	Com base nisso, estima-se o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a título de danos emergentes, já que o cavalo, “Tufão”, objeto da obrigação inadimplida, era um animal de raça “manga-larga” e atuava em competições que aconteceriam após a data determinada para restituição por parte do réu.
III. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer que Vossa Excelência se digne a:
1. Determinar a designação da audiência de conciliação ou mediação e a intimação do réu para seu comparecimento nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil;
2. Determinar a citação do réu paraintegrar a relação processual e, querendo, apresentar contestação, sob pena de se reputarem verdadeiros os fatos narrados na petição inicial;
3. Julgar PROCEDENTE o pedido para condenar o réu ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais) equivalente ao cavalo perdido, ao valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais) a título de perdas e danos, mais juros moratórios de 1% ao mês e correção/atualização monetária desde o inadimplemento/vencimento da obrigação de restituir, conforme o artigo 5º, V e X da CF e os artigos 239, 395 e 402 do CC;
4. Determinar a condenação do réu no pagamento do ônus da sucumbência e dos honorários advocatícios de 20% sobre o valor da causa.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 32 da Lei 9.099/95.
DO VALOR DA CAUSA
	Dar-se a causa o valor de R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais).
	Pede deferimento.
		Local, data, mês de Ano
		Advogado
		OAB/UF

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