Buscar

Igualdade Racial na Educação Infantil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
pedagogia-licenciatura
MARciele
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL III
 
 IGUALDADE RACIAL E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Murici / Alagoas
2019
 
 MARCIELE 
 IGUALDADE RACIAL E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
 
Trabalho apresentado ao Curso (Pedagogia-Licenciatura)da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Organização e Didatica na Educação Infantil.
Prof.Tatiane Jardim, Bruna Donato, Patricia Proscencio, Fabiana Lopes, Lucy Mara Conceição. 
Murici / Alagoas
2019
	
RESUMO
Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser ensinada desde os primeiros anos de escolaridade. O combate a todas as formas de preconceito deve ser prioridade desde os primeiros anos da Educação Infantil. O objetivo desse projeto e esclarecer e incluir na proposta pedagógica práticas promotoras de igualdade racial. O tema será práticas promotoras da igualdade racial, a linha de pesquisa será à docência na educação infantil. Os conteúdos a serem desenvolvidos pelo professor serão músicas, brincadeiras e contos valorizando a cultura negra e as diferenças. Com a finalidade de possibilitar aos nossos alunos da Educação Infantil um conhecimento significativo, foi criado o projeto ‘‘Cara e cor do Brasil: Resgatando a nossa identidade’ que diz respeito a construção gradativa da identidade. Os recursos necessários serão: Pendrive, TV, livros de histórias, recortes de revista, cartolinas, desenhos, bonecas confeccionadas pelos alunos. O aluno será avaliado na perspectiva interdisciplinar, tornando o aluno sujeito da sua própria aprendizagem. No desenvolvimento deste projeto foi feita uma pesquisa bibliográfica analisando as proposições para se trabalhar a diversidade no contexto da educação infantil. O referencial teórico que subsidiará as análises na legislação vigente Lei 10639/03 e na RCNEI e em estudos que analisam na perspectiva críticas as desigualdades raciais (por exemplo: SILVÉRIO, 2011; SILVA, 2005; CAVALEIRO ,2001.) 
Palavras-chave: educação infantil; igualdade racial; racismo; interdisciplinaridade; discriminação.
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO.............................................................................................03
2-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................02
2.1 JUSTIFICATIVA........................................................................................03
2.2 PROBLEMATIZAÇÃO...............................................................................04
2.3 OBJETIVOS..............................................................................................05
2.4 CONTEÚDO..............................................................................................06
2.5 METODOLOGIA........................................................................................07
2.6 TEMPO DE REALIZAÇÃO........................................................................08
2.7 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS...................................................09
2.8 AVALIAÇÃO...............................................................................................
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA................................................................ 
1
1-INTRODUÇÃO 
O tema deste projeto será sobre as práticas promotoras da igualdade racial, a fim de ressaltar, esclarecer e incluir projetos sobre a importância de ensinar a história através de uma educação voltada para a formação de valores e posturas que contribuam para que essas crianças valorizem seu pertencimento étnico-racial, e as diferenças entre si. A linha de pesquisa utilizada será a docência na educação infantil. O projeto “Cara e cor do Brasil: Resgatando a nossa identidade”, diz respeito a construção gradativa da identidade, considerando que o conhecimento dela, faz parte da distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas. A começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir, pensar e da história pessoal de cada um. O Brasil é um país historicamente formado por uma diversidade de grupos étnicos-raciais, e com isto, pluralidade de crenças, costumes, entre outros. Entretanto, é muito presente o racismo em suas diferentes formas de expressão. Este é um país com baixo desenvolvimento social, econômico e político e com graves problemas relacionando a educação, saúde, habitação. Antes de propor ações positivas para a questão racial, é importante entender o significado exato de três conceitos fundamentais para trabalhar corretamente sobre as práticas da igualdade racial são elas: Preconceito, discriminação e racismo. No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os negros são 45,5% da população, mas tem nível de escolaridade menor que os brancos. Os alunos precisam ter um ambiente que estimulam o respeito a diversidade, o combate à discriminação na sala de aula beneficiaria a todas as crianças. O objetivo central deste projeto e que essas crianças possam conhecer sua história de vida apropriando-se de sua identidade étnico-racial. Pois as mesmas precisam estar esclarecidas sobre quem são, desenvolvendo o senso crítico, através de questionamentos sobre as diferenças. A conversação e socialização das mesmas, aguçando o conhecimento prévio dos alunos em relação a sua raça (cor da pele). Os conteúdos trabalhados na educação infantil durante o projeto a serem desenvolvidos serão: diferenças diversidade racial, identidade, musicas, brincadeiras e contos valorizando a cultura negra. Este projeto será feito durante a semana da consciência negra nos dias 19 de novembro a 23 de novembro. Durante a semana as crianças desenvolveram atividades onde terão um melhor esclarecimento sobre um tema tão importante. A partir dessa iniciativa essas crianças irão valorizar sua história, e terão uma imagem positiva de si, ampliando sua autoestima e confiança. E ainda aprenderão sobre respeito, valorizando sua cultura e sua identidade étnico-racial. Os recursos utilizados serão dvd, televisão, livros de histórias, colagens, pinturas, desenhos, confecção de cartazes, recortes de revistas, bonecas feitas pelos alunos. 
A avaliação neste projeto tem como objetivos auxiliar o processo de aprendizagem, fortaleceremos a autoestima do aluno e orientaremos as crianças pois a avaliação deve permitir que elas acompanhem suas próprias conquistas, dificuldades e possibilidades ao longo do processo. Os principais autores e documentos utilizados nesse projeto foram RCNEI e a legislação vigente Lei 10639 /03 e em estudos que analisam na perspectiva críticas as desigualdades raciais (por exemplo: SILVÉRIO, 2011; SILVA, 2005; CAVALEIRO,2001).
2-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Garantir que a diversidade esteja presente nas escolas ainda e um desafio que deve ser enfrentado por toda a comunidade escolar. A importância desse tema primeiramente e uma questão de legislação é o cumprimento da LDB, e é importante o currículo das escolas estarem atentos a história e cultura africana, afro-brasileiro e cultura indígena, por outro lado e uma questão de educação, cuidado e uma questão de vida. Pois trabalhando com essa história apresentando pra crianças a diversidade elas irão aprender a conviver e conviver bem. Portanto nós temos esses dois pilares a cumprir uma legislação e o outro garantir o cuidado e direito a vida. Embora as crianças não saibam o que é o racismo, elas tem atitudes de discriminação, algumas vezes acham que é sujeira, outras acham diferente e por vezes o motivo e por que as famílias tratam dessa forma. Quando falamos em diversidade precisamos tratar a autoestima da criança, porém na prática e feito diferente. Essas crianças nascem bem com sua autoestima, na verdade precisamos cuidar das outras pessoas que podem prejudica-lascom comentários maldosos e preconceituosos. Isso vale para todas as raças, indígenas, negros, brancos todos infelizmente sofrem com preconceito. Devemos ensinar as crianças a se sentirem bem com elas mesma. Por isso o combate a todas as formas de preconceito deve ser prioridade no ambiente escolar. “O sucesso escolar está ligado a uma boa formação. E esse sucesso depende muito da relação que a criança tem com a escola”, destaca o sociólogo Valter Roberto Silvério, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A sala de aula é um local para construção das identidades através de diversas linguagens. Uma vez que a diferença faz parte do nosso cotidiano as crianças utilizam muito do visual e do ouvir, as escolas devem procurar investir em um material lúdico, para que a aprendizagem seja eficaz. Alguns exemplares de livros a serem usados são, Menina bonita do laço de fita. Texto de Ana Maria Machado e Ilustrações de Claudius. 7. Ed. São Paulo: Ática, 2005. A cor da vida. Texto de Semíramis Paterno. Belo Horizonte/MG: Editora Lê,2008.
Livros de literatura infantil são excelentes ferramentas para trabalhar esse tema de uma forma divertida através de brincadeiras e jogos focando a questão da diferença. O papel do professor de educação infantil e fundamental por que além de educar e cuidar, ele estará iniciando esse processo de desenvolvimento da construção do sujeito. Para que seja incorporada pelas crianças, a atitude de aceitação do outro em suas diferenças e particularidades precisa estar presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem na instituição. Começando pelas diferenças de temperamento, de habilidades e de conhecimentos, até as diferenças de gênero, de etnia e de credo religioso, o respeito a essa diversidade deve permear as relações cotidianas. (BRASIL:RCNEI,1998, p .41). Os professores e equipe de apoio, as famílias e a comunidade, precisam se unir contra com o objetivo de transformar a situação de discriminação existente nos ambientes escolares. Antes de propor ações positivas para a questão racial, é importante entender o significado exato de três conceitos fundamentais para trabalhar corretamente o tema. Preconceito e quando alguém faz um prejulgamento ou tem uma ideia preconceituosa, sem razão objetiva, a respeito de um indivíduo ou de um povo. E preconceituoso quem diz que “os negros (ou os índios) não gostam de estudar. Discriminação ocorre quando os preconceitos são exteriorizados em atitudes ou ações que violam os direitos das pessoas com base em critérios injustos (que podem ser não só de raça, mas de sexo, idade e religião entre outros). Racismo e definido como “o comportamento hostil e de menosprezo em relação a pessoas cujas características intelectuais ou morais são consideradas inferiores por outros que se consideram superiores”. 
Conhecer as leis, a história da população negra, suas lutas, e reconhecer a herança dos povos africanos e suas culturas na formação do Brasil. Ações como estudar os documentos oficiais e outros documentos e experiências que tratam da igualdade racial na educação infantil são de grande importância; para que as práticas pedagógicas estejam preocupadas com o pleno desenvolvimento da criança e que considerem o reconhecimento do pertencimento racial como que são importante para a construção da identidade. Todas as crianças devem ter acesso aos diferentes conhecimentos que advêm do processo educativo, na variedade de experiências com o espaço, objetos e matérias, e na interação de pessoas que a cercam. No entanto a discriminação e o preconceito racial existem na sociedade brasileira e tem onerado as crianças negras impossibilitando-lhes ocupar-se tão somente dessas experiências de forma produtiva e integral. Os profissionais da educação infantil devem ter um olhar atento as atividades realizadas no cotidiano das instituições, para que elas sejam inclusivas e promovam a igualdade e não reprodução a discriminação racial. Precisamos de profissionais que seja dinâmico e responsáveis pela elaboração de projetos que visem dinamizar as interações e práticas cotidianas; objetos de amplo alcance, jogos, instrumentos musicais, Cd’s e Dvd’s e muito mais. Apesar da pouca idade de algumas crianças elas já tem o preconceito, no sentido de não querer aproximação, de não querer tocar no outro e até mesmo de não falar com o outro pela cor de pele, ou aspecto do cabelo do outro. Algumas situações que hoje talvez seja considerada bullying na verdade tem outro nome Racismo. Conforme a RCNEI “Compreender, conhecer, e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da Educação Infantil.” (Brasil, 1998, p.2 2). Se não houver discursões a cerca desses assuntos provavelmente algo irá mudar. Um passo importante é reconhecer que há sim ações discriminatórias nas escolas e dar atenção de vida quando essas atitudes ocorrem. “A ausência de iniciativa diante de conflitos raciais entre alunos e alunas mantém o quadro de discriminação. Diante desses conflitos o “silencio” revela conivência com tais procedimentos (CAVALLEIRO,2001, p.153). O silêncio gera no aluno o sentimento de abandono, o mesmo se sente sem apoio. A falta de ação por parte dos professores leva por vezes uma revolta, e o aluno acaba se tornando agressivo e a violência racial que ele sofreu acaba sendo desconsiderada. A questão da criança negra ao ser educada nesse processo onde ela não tem uma história, não tem um pertencimento é algo perigoso, é como se para o negro se sentir pertencente da sociedade ele precisa agir com os costumes dos brancos. “A educação é a ferramenta mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo”. (NELSON MANDELA) Neste sentindo é importante promover práticas pedagógicas onde haja reflexões sobre o tema igualdade racial na perspectiva de desenvolver estratégias de práticas antirracistas de acordo com a Lei n.º 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Cabe aos estabelecimentos de educação que ela seja cumprida a rigor. Segue o que reza a Lei: “Art .1º A lei n.º 9.3 94, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A E 79-B: Art. 26 – A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre história e Cultura Afro Brasileira. 1º- O conteúdo programático a que se refere o caput deste incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo nas áreas social, econômica e política pertinentes a história do Brasil. 2º- Os conteúdos referentes a história e Cultura Afro-Brasileira serão ministradas no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e Histórias Brasileiras. 3º (VETADO) Art. 79-A (VETADO) Art. 79-B O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.
Uma equipe que esteja bem preparada com conhecimento teórico e metodológico sobre o assunto dará condições deste conhecimento, com a intenção de implantar na escola uma prática antirracista. Devemos repudiar toda e qualquer forma de preconceito nas escolas para assim melhoramos o ensino aprendizagem e ajudar na manutenção dos alunos negros nas escolas com voz e participação ativa neste processo. Um dos desafios e a gestão perceber que ela está definindo também o mundo em quer e o mundo que ela está construindo para as crianças, além disso entender que trabalhar com diversidade é uma questão de direitos, a legislação torna obrigatório e as instituições que não estão cumprindo estão em desacordo com a lei. Uma outra dificuldade é trazer as famílias, normalmente nos lembramos de tratar sobre a aquisição de livros, uniformes, fraldas, alimentação e falamos pouco de relações humanas. As famílias são os grandes parceiros das instituições no trabalho com a diversidade, pois a família traz acultura e ela irá mediar a cultura do outro, então trazer as famílias é fortalecer as políticas dentro da instituição com uma política de gestão, que tenha impacto administrativo e pedagógico e acima de tudo considerar sempre as crianças. Trabalhar com a temática étnica-racial exige muito conhecimento e sensibilidade por isso é um grande desafio. Por ser um assunto tão amplo não deveria ser trabalhado apenas em um mês especifico, justamente por tratar de diversidade deveria ser trabalhado ao longo do ano escolar. A implantação dessas questões no currículo escolar é fundamental para promover uma sociedade igualitária. Para chegarmos no momento em que nós vivemos hoje em que temos por exemplo a Lei 10.639 /13, e posteriormente a lei 11.645 /08 que vai instituir a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura africana e indígena nas escolas e nos estabelecimentos escolares desde o início na educação infantil até a graduação, houve uma grande trajetória de luta do movimento negro no Brasil. É importante ter claro que a luta dos negros africanos e afro brasileiros é a luta de resistência mais longa da história, foram mais de 380 anos de resistência e de luta contra a escravidão. Em 1995 houve a marcha de zumbi dos palmares em Brasília contra o racismo e por cidadania. Essa marcha foi para que fosse entregue uma pauta com várias reinvindicações para o então presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, que incluíam por exemplo a educação e da cultura Afro-Brasileiro, para que isso fosse incluído no currículo escolar. Foi a primeira vez que essa questão foi oficializada, esse foi um momento emblemático nesse processo de luta para chegarmos até o ano de 2003 quando na primeira vez na nossa história teremos uma lei que irá regulamentar e trazer a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura Afro-Brasileira. No ano de 2008 essa lei sofreu uma mudança com um adendo trazendo também a questão indígena pra esse contexto. Então a lei muda de número e se transforma na lei 11.645 /08 que traz a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-Brasileira e indígena. Essa temática não é uma temática exclusiva da pedagogia, história e geografia muito pelo contrário esse tema deve passar por todas as áreas de conhecimentos na educação como um todo. Até porque os povos africanos, afro-brasileiros e indígenas, produziram muito conhecimento em todas áreas. Todo conhecimento e boa parte da tecnologia empregado nos 200 primeiros anos da sua história é uma tecnologia fundamentalmente africana, esses africanos que foram trazidos a força trouxeram com eles, o conhecimento de agricultura, mineração, construção civil e uma série de outros conhecimentos que foram empregados no desenvolvimento das indústrias. Sem contar do conhecimento indígena na área das ciências a questão das ervas medicinais. Ao introduzir discursões sobre esses temas na educação não quer dizer que teremos que esquecer ou excluir o que já vinha sendo ensinado, e confrontar o que vinha sendo ensinado de uma forma relacionando os diversos conhecimentos de raças formadoras da sociedade brasileira.
 “Não sou descendente de escravo, eu descendo de seres humanos que foram escravizados!” (MAKOTA VALDINA)
A lei 10.639/03 é de 9 de janeiro de 2003 na verdade representa uma grande contribuição para o Brasil como nação. Primeiro porque é uma lei federal e tem um peso legal de obrigatoriedade, isso na verdade é uma forma de garantir a todos os brasileiros o direito de acesso a conteúdo que contribuem com a formação pessoal e profissional, em relação a um dos três pilares em termos culturais e históricos brasileiros. Essa obrigatoriedade da lei acaba na prática sendo abordada de forma diferenciadas. Temos um histórico de professores que por decisão particular trabalham os conteúdos em sala de aula, de uma forma lúdica, outros através de dinâmicas, jograis entre outras formas criativas. Nesse sentindo a lei veio como uma ferramenta colaborativa para que todos os professores das diversas áreas de conhecimentos o façam e isso se torna um desafio no sentido da prática pedagógica. Estamos em um momento de transição onde os professores precisam se adaptar à nova realidade afinal se ele é um profissional hoje, no processo de formação dele, ele não teve acesso a esses conteúdo. Outra questão é que o material didático pedagógico historicamente não tínhamos no Brasil disponibilidade para a formação profissional nessa área. Hoje a realidade dessa lei tem mudado esse quadro, porém essa realidade precisa se efetivar mais como ferramenta legal e como pratica pedagógica pois ela é uma realidade no sentido de ser um desafio que hoje grita pois existe uma série de processos de atualização nessa área. É uma realidade que preocupa afinal um dos fatores que impedem a efetivação da lei é o imaginário brasileiro que não valoriza, sua história e raízes, um imaginário que entende que a origem do negro está limitada na condição de escravos por causa dos processos coloniais e são conteúdos que foram recebidos pela escola, então nesse sentido mais um elemento colaborativo da lei, ela abre as perspectiva de que novas gerações possam conhecer esses conteúdo que irão mudar a nossa concepção do negro no Brasil. Para que a pessoa possa ser efetivamente um cidadão no completo da palavra ele tem que saber da sua identidade, ele precisa se conhecer. O ser humano precisa reconhecer as suas origens e valorizar essas diferenças. 
Assim, para que essa lei seja aplicada em todas as escola do país, o primeiro passo seria o governo de estados e governos municipais assumam uma lei federal que precisa ser cumprida. No segundo passo seria a contribuição de pesquisas que ajudariam a montar um perfil que aponta para as irregularidades da lei. Seria importante saber quais os estados mais apoiam e desenvolvem iniciativas pedagógicas em termos da efetivação da lei 10.639. Assim o Estatuto da Igualdade Racial prevê várias políticas públicas no sentindo de assegurar a igualdade, em várias áreas sociais, como por exemplo, saúde, educação, trabalho, cultura, lazer, esporte, além de instituir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), “como forma de organização e de articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas e serviços destinados a superar as desigualdades étnicas existentes no país, prestados pelo poder público federal”. (ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL, 2014, art.47). A Lei 12.888 de 20 de julho de 2010 institui o estatuto de igualdade racial, a necessidade de lidar com diferenças sendo o Brasil um país com tanta diversidade. A ideia do estatuto racial e garantir a população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais e coletivos, e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância. Logo em seu artigo 2º, estabelece que: É dever do Estado e da sociedade garantir igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independentemente da etnia ou da cor de pele, o direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e culturais. A criação desse estatuto foi uma forma criada pelas autoridades públicas para amenizar a enorme dívida que o Brasil possui com os negros, pois foi o último país a abolir o regime escravocrata, e mesmo assim por anos os brasileiros ainda tem atitudes discriminatórias. Atualmente tendo sido comum mais do que possamos imaginar o número de pessoas feridas por ser julgadas, descriminadas por sua cultura, cor ou raça, no Brasil em que vivemos as pessoas tem perdido o senso de seus valores, infelizmente muitas das vezes tem acontecido nas escolas o começo de tudo, pois muitos dos alunos para sentir-se aceito pelos seus amigos mais populares da escolaprefere passar por cima de sua crença para se sentir pertencentes pelos seus amigos ou sociedade. Hoje, torna-se evidente que a herança africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, os modos de sentir, pensar, sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul do Estados Unidos ao norte do Brasil, passando pelo Caribe e pela Costa do Pacifico, as contribuições culturais herdadas da África são visíveis por toda parte; em certos casos, chegam a constituir os fundamentos essenciais da identidade cultural de alguns dos segmentos mais importante da população (Amadou Mahtar M’ Bow, prefácio da primeira edição portuguesa da HGA). Como relatado acima podemos ver claramente que herdamos várias heranças dos povos africanos como: vestimentas, a gastronomia, cultura e linguística. Somos um país que temos uma diversidade incrível, porém uma diversidade que não é respeitada e cuidada. Dentre as raças dos negros, indígenas, brancos, pardos entres outros os que mais sofrem com perseguições, e discriminação são os negros. Infelizmente é comum vermos bastantes apelidos pejorativos muito usados no meio escolar e na sociedade em geral. Apelidos que não apenas se repetem, mais também se diversificam e se multiplicam com o passar dos tempos, vejamos alguns insultos:
A escola precisa se tornar um ambiente que propicia o convívio e a quebra de preconceitos:
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S) a escola é um lugar privilegiado para a promoção de igualdade eliminação de toda forma de discriminação e racismo, por possibilitar em seu espaço físico a convivência de pessoas de diferentes origens étnicas, culturais e religiosa (APARECIDA, p. 105).
2.1 EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE VALORIZAÇÃO À DIVERSIDADE. 
 A Educação é considerada a base do processo de inclusão social, é através dela que ocorrem as transformações em uma sociedade, tomando como ciência as desigualdades existentes como um todo, e é através dessa mesma educação que criamos mecanismos para combater o racismo existente na sociedade. Tomando como base a trajetória do negro no Brasil, temos uma história composta de racismo, preconceito e desigualdade aos direitos humanos. Todos esses fatores tiveram influência negativa como isso, uma geração desprovida de direitos legais que de certa forma tem interferido na vida social e profissional das classes minoritárias e como consequência disso, uma geração de sujeitos ricos culturalmente, mas refém de um poder subversivo à grande massa da sociedade. Atualmente há evidências de casos isolados de preconceito, o que antes era praticado abertamente, transformou-se em racismo velado, apenas alguns casos em que haja denúncia são contabilizados, por isso muitas vezes passam despercebidos. Ferreira nos aponta que, o preconceito é um problema latente em nossa sociedade. Sendo assim, 
 No Brasil, o preconceito não é abertamente afirmado, dificultando a elaboração de leis que favoreçam sua reversão. A ideologia de que vivemos num país em que as diferenças são aceitas e valorizadas, ‘um verdadeiro exemplo para as outras nações’, encobre o problema. Em função disso, a população negra encontra-se submetida a um processo em que as condições de existência e o exercício de cidadania tornam-se muito mais precários com relação à população considerada branca. Em decorrência construção de uma identidade positivamente afirmada, requisito necessário para as pessoas se engajarem em políticas efetivas voltadas para a melhoria de suas condições sociais, torna-se um processo dificultado. (FERREIRA, Ricardo Franklin, 2002 p.71).
A comunidade escolar é composta por alunos de diferentes grupos sociais, políticos, econômicos, étnicos, religiosos etc., diante dessa afirmativa, existe uma grande dificuldade para atender esta diversidade. O grande desafio das escolas nos dias atuais é a conscientização dos direitos das minorias, destacando-se três grupos: negros, mulheres e homossexuais. Sendo essas minorias bem diferentes entre si, mas que em detrimento das condições vivenciam diariamente as diversas formas de preconceito dentro da sala de aula, não precisamente de forma explícita mas algo camuflado, somente quem vive qualquer forma de preconceito é sabedor do sentimento de impotência diante de um ato discriminatório. Segundo Carvalho (2002, p. 70) “Pensar em respostas educativas da escola é pensar em sua responsabilidade para garantir o processo de aprendizagem para todos os alunos, respeitando-os em suas múltiplas diferenças.” Assim, pode-se dizer que o professor é, sobretudo, responsável pelo compartilhamento e construção de saberes conscientes, aproveitando a sala de aula para disseminar valores significativos de igualdade e liberdade, a fim de que se possam formar alunos bem estruturados em suas diversas ações dentro e fora da sala de aula. É importante reconhecer a relevância da temática em discussão, acreditando ser fundamental levar o profissional da educação a refletir que vivemos em um mundo de diversidades, onde a individualidade humana deve ser respeitada, reconhecida e aceita, uma vez que, comprovadamente somos diferentes uns dos outros, o que faz com que todos nós tenhamos capacidades e limitações para aprender. Neste contexto, cabe ao professor reconhecer seu papel de mediador de aprendizagem para todos os alunos, devendo ser esta mediação desprovida de preconceito, estigma e exclusão. É preciso que o professor reconheça e identifique a existência do preconceito no ambiente escolar e a partir disso, trabalhar os diversos valores como forma de aceitação do outro. É importante salientar que o preconceito é um mal a ser combatida na escola e dentro da sala d e aula , esta é uma missão que deve ser trabalhada com discussões e projetos bem elaborados que valorize o respeito à diversidade, por meio de abordagens e temas de reflexão para todos os alunos, a fim de fortalecer o reconhecimento, aceitação e o respeito às diferenças.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 
3.1 IGUALDADE RACIAL E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Neste projeto trataremos os questionamentos sobre as raças e esclareceremos dúvidas, e mostraremos as crianças como é importante respeitar o ser humano pois somos únicos. Iremos tratar sobre preconceito, racismo e identidade, para que essas crianças valorizem seu pertencimento étnico-racial, e as diferenças entre si. A linha de pesquisa utilizada será a docência na educação infantil. A importância desse projeto e fazer com que os alunos valorizem quem se sente menosprezado ou discriminado por alguma característica física. Estimular que se respeitem entre si, e formar cidadão preocupados com a coletividade. A ter mais empatia com o outro. 
3.2 JUSTIFICATIVA
O combate a esse tipo de preconceito deve ser travado por meio da educação que deve servir como parâmetro de compreensão do mundo e das diferenças, tendo sempre como objetivo a afirmação da igualdade de direitos e deveres que todos temos uns com os outros , independente de sexo, gênero, cor, orientação sexual, crença ou situação econômica. 
Contudo existe a crença de que a discriminação e o preconceito não fazem parte do cotidiano da Educação Infantil, e de que não há conflitos entre as crianças por conta de seus pertencimentos raciais. Infelizmente, muitas escolas reproduzem a discriminação racial e muitos professores não apresentam propostas pedagógicas para que possamos reverter essa situação. No Brasil, os negros tem nível de escolaridade menor que os brancos. 
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO
Um dos elementos fundamentais na definição de um projeto de ensino é a problematização. Aqui o aluno vai levantar questões importantes sobre a escolha do tema, problematizando-o,fazendo relação com os conteúdos trabalhados durante o curso. Levando em consideração a problemática do preconceito e o desafio de combatê-la diante das relações sociais com uma fonte de preocupação na atualidade, tendo como parâmetro o passado e seus dados históricos, temos portanto, a escola como um espaço de troca de conhecimento e saberes mútuo. É também considerada como um dos espaços sociais onde geralmente estão presentes diversas formas de preconceito, racismo e discriminação. Promover o respeito e aceitação as diferenças é a melhor forma de combater esse mal. 
 
 
3.4 OBJETIVOS
As intervenções pedagógicas do referente projeto permitirão ao educador avançar e trabalhar as áreas de conhecimento numa perspectiva interdisciplinar, tornando o educando sujeito da sua própria aprendizagem. Um dos objetivos desse projeto e a criança:
•	Familiarizar-se com sua história, valorizando sua identidade étnico-racial. 
•	Identificar através de uma roda de conversa e socialização das mesmas, aguçando o conhecimento prévio dos alunos em relação a sua raça; 
•	Levar essas crianças a valorizarem sua história, levantarem sua autoestima; 
•	Reconhecer a sua própria história e ser um agente transformador de sua vida. 
3.5 CONTEÚDOS
Os conteúdos trabalhados durante a semana de consciência negra serão: 
•	Identidade (Quem eu sou?); 
•	Diversidade racial ou diferenças (étnicos-raciais), rodas de conversas para combater o preconceito, músicas e artes pois a música desenvolve o senso crítico e prepara as crianças para outras atividades. 
•	Conhecer diferentes línguas, e de diferentes origens, é um bom caminho para estimular o respeito pelos diversos grupos humanos, e isso se aplica a todas as formas de arte. E para finalizar a semana teremos a culminância do projeto com uma peça teatral: Menina bonita do laço de fita. 
3.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
O projeto se inicia na segunda feira no dia 19 de novembro onde as crianças irão conversar sobre identidade e sobre quem elas são, nesse momento cada um poderá falar de como é, e como se sente em relação ao outro. As crianças nesse momento irão socializar suas histórias e fotos delas e de suas famílias. Assim cada um irá conhecer e valorizar a vivência do colega da classe. E um segundo momento eles irão confeccionar cartazes com as fotos. Pra esse dia os recursos que serão utilizados são: cartolinas, cola, lápis de cor, tv, pendrive e retroprojetor. 
No segundo dia iremos trabalhar sobre a diversidade racial, conversar com eles sobre as diferenças que nos unem e nos fazem únicos. Iremos trabalhar com atividade impressa, após a leitura do livro menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado 1999. O objetivo dessa atividade é desenvolver o senso crítico. Iremos também trabalhar a música de Grandes pequeninos “Normal é ser diferente”. Para conscientizar a turma que todas as pessoas são iguais, apesar das diferenças. 
No terceiro dia iremos fazer uma grande roda com os alunos onde iremos falar sobre preconceito, entender o que é o preconceito na visão deles, e saber deles como devemos combater a essa prática. Juntamente com a conversa iremos assistir a um vídeo que fala sobre o tema e cartazes com tinta sobre qual sentimento eles tem quando pensam em preconceito. 
 Dia 22 de novembro de levaremos os alunos para o laboratório de informática, onde os alunos irão pesquisar músicas e pinturas de outras culturas e linguagens. No final eles irão pintar uma atividade impressa usando a imaginação de acordo com o conteúdo que a crianças mais se identificou. 
No dia 23 de novembro iremos encerrar com a culminância do projeto, nossa sala de aula nesse dia estará com uma decoração colorida com vários elementos representando as diferenças das raças. Neste dia teremos a apresentação de uma peça teatral: MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, os pais dos alunos ficaram responsável pelo lanche coletivo, onde cada criança irá trazer um lanche a ser compartilhado. 
3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO 
O projeto permeara durante a semana de consciência negra do dia 19 a 23 de novembro durante o horário de aula. No dia 19 de novembro o tema será Identidade (Quem sou eu?). No dia 20 de novembro o tema será Diversidade racial ou diferenças (étnicos-raciais). No dia 21 de novembro Rodas de conversas para combater o preconceito. Através de um vídeo, onde demostra a vivencias de algumas crianças que já sofreram com essa prática. No dia 22 de novembro trabalharemos músicas e artes falando sobre outras culturas, linguagens e etc.
No dia 23 finalizaremos o projeto com a apresentação da peça menina bonita do laço de fita, onde iremos conscientizar que todas as pessoas são iguais, apesar das diferenças. 
 3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS. 
Os recursos utilizados serão livros de histórias, dvd, televisão, filmes, músicas, teatro, colagens, pinturas, confecção de cartazes, massinhas, desenhos, atividades impressas. 
 3.9 AVALIAÇÃO 
O aluno será avaliado durante o desenvolvimento do projeto, na participação das atividades realizadas durante a semana. Será observado se os alunos aceitam bem a diversidade e se todos valorizam suas origens e auto- imagem, no contexto de transformação social para valorizar positivamente a diferença, garantindo uma cultura reciproca e de convivência harmoniosa entre todos os grupos étnicos-raciais, requisito para a construção de uma educação e de uma sociedade igualitária preocupados com a coletividade.
4-CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente portfólio foi produzido a partir de pesquisas e conceitos acerca da problemática sobre o preconceito e o racismo nas escolas, sendo esta fonte de preocupação nos dias atuais, porém vimos que este problema vem se estendendo desde os antepassados quando negros e descendentes eram vistos como inferiores. A diferença é que no passado essa questão racial era muito latente e não havia nada que proibisse e punisse atitudes desse nível. O povo brasileiro é composto por diferentes raças e culturas, ou seja, há uma diversidade de costumes e crenças existentes, cuja população, se caracteriza como não racista, mas de alguma forma manifesta algum grau em menor ou maior proporção de racismo seja declarado ou não. É comum ouvir pessoas que declaram não ser racista, quando na verdade existe um preconceito velado, a pessoa não se declara, porém tem atitudes contrárias à sua fala. Sabemos que atitudes preconceituosas e racistas são geralmente adquiridas a partir do convívio social, as pessoas não nascem preconceituosas, elas se tornam assim, em razão das desigualdades existentes em nossa sociedade. Muitas vezes, iniciadas no seio familiar o que posteriormente vem refletir no convívio em sociedade, manifestando-se de forma negativa principalmente na escola e na sala de aula que é o segundo ambiente mais frequentado pelos jovens. Atualmente existem leis que regulamentam e caracterizam atos discriminatórios e preconceituosos como crime. Quando denunciado e havendo provas de tal atitude, haverá punição conforme determina a Lei. Diante disso, é necessário que a escola se manifeste de forma a lidar com esse problema, a fim de combater este mal, por meio desenvolvimento de projetos e ações de enfrentamento que visem combater qualquer atitude de racismo e preconceito na escola. Pensando nisso, foram desenvolvidas nesse projeto, uma proposta com atividades diferenciadas para serem desenvolvidas na escola e na sala de aula com conteúdo, palestras e brincadeiras que enriquecem e buscam estimular o compartilhamento de atitudes que incentivam a reflexão e o resgate de valores acerca da constante perpetuação de atos discriminatório, com isso, promover sujeitos livres e conscientes do seu papel na sociedade .
 
Portanto, precisamos de mais debates, mais conversas sobre diversidade e aceitação das raças. Somos o país com a maior diversidade de raças, somos negros, somos brancos, somos mamelucos, somos índios, somos brasileiros. Precisamos ter mais profissionais da área deeducação capacitados para ministrar o conteúdo e está atento pois o conhecimento e uma ferramenta que aliada as leis, podem certamente mudar o quadro ao qual vivemos hoje. Este projeto vem para ressaltar o desejo daqueles que querem ser respeitados por suas histórias de lutas, e não apenas por terem sido escravos. Somos o país onde a pluralidade cultural está presente e respeitar nossa cultura, nossas danças, nossas músicas, nossos povos e fundamental para preservamos o que temos de melhor, nossas vivencias e histórias. Podemos nos unir e atuar principalmente na área da educação, formando cidadãos com novos pensamentos contra o racismo. Pois as crianças de hoje serão os jovens de amanhã, respeitar e valorizar para assim caminharmos juntos por um país onde todos se respeitem, tendo uma cidadania justa e igualitária. Os matérias didáticos também precisam ser revisados e tratar com mais clareza esses temas, os professores precisam usar de uma forma dinâmica conteúdos usando a interdisciplinaridade trabalhando diversas formas de saberes. Um fato importante e trazer pra dentro do convívio escolar a família com suas histórias e vivencias para assim fortalecer o vínculo, entre família e escola. Um povo forte e um povo que conhece sua história, e que reconhece a importância dos seus. Dentro desta perspectiva precisamos ensinar sobre o respeito mútuo, ter empatia. O retrocesso não pode mais fazer parte de nossa educação. 
5-REFERÊNCIAS
LDB: Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9 .394, de 1996. º ed. 2001. 
CURY, Augusto. Pais brilhantes professores fascinantes. 
DIAS, L. Carmem. Curso de Extensão Família e Escola. Presidente Prudente: Unoeste, 2010. 
DESSEN, M. A, & Pereira-Silva, N. L. (2004). A família e os programas de intervenção: Tendências atuais. 
In E. G. Mendes, M. A. Almeida & L.C.A. Williams (Orgs.), Temas em educação especial: Avanços recentes (pp. 179-187). São Carlos: EDUFSCAR. 
LIBÂNEO, José Carlos: organização e gestão: teoria e pratica/ ed. Alternativa. 2001. 
 SABINI, Maria Aparecida Cória. A psicologia do desenvolvimento. Ed. Atica,1998

Outros materiais