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Aula 1 - Planejamento de Carreira

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Prévia do material em texto

PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL
Ambiente universitário e desenvolvimento pessoal
DEFINIÇÃO
Novas oportunidades surgirão na sua vida a partir do momento em que você tomar a decisão de ingressar no Ensino
Superior. Uma vez que compreenda o impacto do ambiente universitário como pontapé inicial em sua jornada,
focaremos em você: como você aprende? Você tem metas? Também vamos rever os conceitos
de inclusão e desigualdade sob o viés social. Afinal, você está se preparando para cumprir um papel profissional de
forma ativa na sociedade e precisará entender como ela funciona.
PROPÓSITO
Ao entender como o ambiente universitário funciona, obtendo autoconhecimento e analisando o contexto social
atual, você estará mais preparado para alcançar o sucesso acadêmico e profissional.
OBJETIVOS
Primeiro módulo: Listar as características do Ensino Superior e a sua importância
Segundo Módulo: Discutir métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos
Terceiro Módulo: Explicar questões de diversidade e inclusão na sociedade
Listar as características do Ensino Superior e a sua importância
NTRODUÇÃO
Por que vamos para a Universidade?
No vídeo, Rodrigo Rainha comenta sobre a existência das Instituições de Ensino.
Link do vídeo 1 - http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/5804
INSTITUIÇÕES DE ENSINO
São nas Instituições de Ensino Superior (IES) que funcionam os cursos de graduação e os de pós-graduação. As IES
podem ser classificadas como Universidades, Centros Universitários ou Faculdades. Mas, quais as diferenças entre
essas três denominações? Vejamos:
FACULDADE: Atua normalmente em uma área específica do saber, por exemplo, oferecendo apenas cursos de gestão,
ou de saúde, ou voltados à educação etc. Uma Faculdade não possui autonomia para criar programas de ensino sem a
autorização do MEC.
CENTRO UNIVERSITÁRIO: Possui cursos de graduação em variadas áreas e autonomia para criar cursos na sede da
instituição. Geralmente, Instituições de Ensino que se classificam como Centros Universitários não preencheram todos
os requisitos necessários para serem aceitas como Universidades e costumam ser de tamanho menor que elas.
UNIVERSIDADE: O status de Universidade garante que a IES tenha autonomia total para executar suas finalidades e
criar seus cursos.
OBS: UNIVERSIDADE - O termo Universidade vem do latim Universitas magistrorum et scholarium (Comunidade de
mestres e estudiosos). A Universidade é fundamentalmente multidisciplinar, já que deve ser constituída por uma oferta
variada de cursos. É uma das instituições mais antigas da cultura ocidental e, como toda instituição que sobrevive à
passagem da história, vem se transformando para corresponder aos anseios sociais. mAs Universidades no Brasil
podem ser instituições de origem pública ou privada; porém, estão submetidas às leis maiores do país, como a
Constituição Federal de 1988. Segundo a Constituição de 1988, as Universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, devendo obedecer ao princípio da indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão.
A Universidade deve possuir ao menos 4 programas de pós-graduação stricto
sensu, sendo três mestrados e um doutorado.
Resumindo: As diferenças entre Faculdade, Centro Universitário e Universidade
não estão diretamente relacionadas com a qualidade dos cursos ofertados, mas
sim com a autonomia e a complexidade institucional, como no quadro ao lado.
Saiba mais: Está prevista na legislação brasileira a possibilidade de outras
instituições, públicas ou privadas, ministrarem a Educação Superior, como as
faculdades, os centros universitários e os institutos superiores.
Abaixo, apresentamos os tipos de cursos oferecidos pelas Instituições de Ensino:
Cursos de Graduação
BACHARELADO : Graduação que confere ao formado competências em determinado campo do saber para o exercício
de alguma atividade profissional.
LICENCIATURA: Tipo de graduação que prepara o indivíduo para atuar como professor na Educação Básica dentro da
área escolhida. Tanto a Licenciatura quanto o Bacharelado possuem uma base comum, por isso, normalmente, eles têm
o mesmo peso.
TECNOLÓGICO: Já esse tipo de curso possui carga horária menor que o Bacharelado e a Licenciatura, e apresenta
como principal característica a preparação em caráter prático, em um nicho mais específico que o Bacharelado, como
Logística e Design Gráfico, por exemplo.
Cursos de Pós-graduação
LATO SENSU: Os cursos lato sensu também são chamados especialização, possuem caráter de aperfeiçoamento ou
de atualização em uma determinada área de conhecimento, com objetivo de aprofundar o conhecimento ou qualificar o
egresso para uma determinada função. Têm carga horária mínima de 360 horas. São inclusos nesta categoria também
os cursos de tipo MBA e MFA.
STRICTO SENSU: Os cursos stricto sensu são cursos voltados à formação científica e pesquisa acadêmica. Existem
nos níveis: mestrado e doutorado. O mestrado dura entre dois e dois anos e meio, durante os quais o aluno
desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas relativas ao tema pesquisado. Já o doutorado, tem duração média de
quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração de uma tese.
ESPECIFICIDADES ACADÊMICAS
Concepção de um curso superior
As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios (disciplinas) e os tempos
mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a
obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular ou trabalho de
conclusão de curso, por exemplo.
De forma geral, o processo de aprovação de um curso culmina na utilização de uma matriz curricular que serve ao
aluno como uma espécie de guia, contendo todas essas informações.
Obs: matriz curricular - Apresentamos um trecho da matriz
curricular de um curso de administração com suas informações
fundamentais: Agora, vamos explorar as nomenclaturas:
• Período letivo: Compreende o espaço de tempo em que se dá
uma etapa do curso. Geralmente o período é semestral, sendo
cada semestre composto por um grupo de disciplinas e,
eventualmente, por atividade(s) acadêmica(s) para aquele
período. Procure cursar todas as disciplinas do período para evitar que sua progressão acadêmica fique confusa.
• Código e nome da disciplina: Cada disciplina, de cada curso, possui um código de referência, uma espécie de
identidade da disciplina, que geralmente é associado ao seu nome. Os códigos e nomes das disciplinas são importantes
quando há mudança de currículo, por exemplo, ou quando se deseja transferir de curso, entre outras situações
acadêmicas.
• Tipo da disciplina
• As disciplinas denominadas mínimas são aquelas de cumprimento obrigatório, que compõem a estrutura curricular
mínima, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC.
• As disciplinas denominadas eletivas contemplam determinados temas, áreas ou subáreas, podendo o estudante
escolher dentre elas as que deseja cursar. Verifique se seu curso possui exigência de disciplinas eletivas e quais estão
disponíveis.
• As disciplinas optativas constituem um vasto elenco de possibilidades de enriquecimento curricular. Os alunos
poderão cursá-las facultativamente, sem limite mínimo ou máximo, sendo o resultado incluído no seu histórico escolar.
• Carga horária: A carga horária compreende o número de horas previsto para abranger o conteúdo a ser abordado na
disciplina. Também é calculada de acordo com o número total de horas de um curso, o qual é harmoniosamente
distribuído pelos períodos para se ter uma uniformidade. O número de horas de uma disciplina também pode
contemplar, além das aulas teóricas em sala de aula, atividades práticas, pesquisas etc.
• Pré-requisito: Algumas disciplinas, em virtude de seu conteúdo, exigem conhecimento prévio adquirido em disciplinas
anteriores. A isso denominamos pré-requisito; ou seja, para cursar uma disciplina que possuital exigência, é necessário
ter cursado uma disciplina anterior que guarda relação de conteúdo. É possível ainda haver co-requisito: uma disciplina
deverá ser cursada juntamente com outra, no mesmo período.
A seguir, veremos um pouco mais sobre esse processo de forma prática:
01- O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o Projeto Pedagógico do
Curso, e junto com ele, a matriz curricular.
02- Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação das ementas, carga
horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que compõem a matriz curricular.
03- Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz curricular, verificando
quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga horária, créditos etc.
Espaços comuns: O mundo acadêmico vai muito além de uma cadeira e uma mesa, e você precisa conhecê-lo bem,
aproveitando todas as oportunidades que ele oferece. Para começar, vamos apresentar os espaços oferecidos pela IES
que você deverá utilizar com frequência durante sua jornada acadêmica:
01- SALAS DE AULA: Onde acontecem as aulas (geralmente teóricas), que contam com a presença física do professor
e dos estudantes. Normalmente a aula teórica utiliza métodos de ensino baseados em exposições feitas pelo professor.
02- LABORATÓRIOS: Ambientes específicos voltados para aulas práticas de alguns cursos (podendo, por exemplo,
ser um laboratório de fotografia, de química, informática etc.). A aula prática utiliza métodos de ensino baseados na
aplicação do conhecimento, com simulações, experiências, atividades individuais ou coletivas realizadas pelo estudante.
03- AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: Nesse ambiente, o professor atua como mediador da aprendizagem,
incentivando a construção e a troca de conhecimentos e experiências entre você e outros estudantes, com o importante
papel de impulsionar os estudos. Além das aulas, há discussões realizadas nos fóruns, ferramentas de interação, chats,
biblioteca virtual da disciplina, conteúdo interativo, videoaulas etc.
04- BIBLIOTECA: A biblioteca é um espaço de apoio ao aluno. Além de suas funções principais, oferece, de forma
sistemática, oficinas que habilitam o estudante a pesquisar na Internet e cursos sobre as normas técnicas a serem
seguidas na formulação de trabalhos escritos. Geralmente, ao falarmos de biblioteca estamos nos referindo à biblioteca
presencial, mas em muitas universidades já existe a biblioteca virtual.
Recomendação: A unidade em que você estuda possui várias instalações, explore-as.
Atividades curriculares
A exigência de Atividades Curriculares deve variar de acordo com as características do curso que você escolheu.
Além das atividades exigidas em aula, vejamos as mais comuns:
ATIVIDADES ESTRUTURADAS: São atividades pertinentes que integram a carga horária de algumas disciplinas.
Devem ser desenvolvidas e propostas pelos professores e executadas pelos alunos, de forma individual ou coletiva,
dependendo da atividade.
ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES (AAC): Para se formar, o aluno deve ter uma carga horária mínima
de horas de Atividades Acadêmicas Complementares de acordo com o exigido na sua Matriz Curricular. São
componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer e
complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente acadêmico e incluem a prática de
estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. Elas privilegiam a
formação social e profissional, fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado do trabalho.
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: O Estágio é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos
de nível superior (especialmente para os cursos de Licenciatura). Trata-se da articulação entre a teoria e a prática,
essencial para a formação profissional. A carga horária mínima do estágio varia conforme o curso. Consulte a Estrutura
Curricular do seu curso para mais informações.
EXTENSÃO: As atividades de extensão, por sua vez, consistem primordialmente em propiciar à comunidade o
estabelecimento de uma relação de reciprocidade com a instituição de ensino, integrando estudantes, professores e
comunidade em projetos consistentes e de relevância social, geralmente valendo algumas horas AAC.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA: A iniciação científica e a pesquisa incentivam a investigação, com vistas ao
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à criação e difusão de cultura. As atividades de pesquisa desenvolvem o
entendimento do ser humano e da sociedade. Como estudante, você será estimulado a conhecer os métodos científicos
e a aprendizagem de técnicas de pesquisa, bem como o desenvolvimento da mentalidade crítica e investigativa.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC): É um componente curricular presente ao final dos bacharelados e
licenciaturas, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contempla a diversidade dos aspectos de
sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo do Projeto Pedagógico de
cada curso. Consulte a matriz curricular do seu curso para saber se o TCC é obrigatório.
Procedimentos de avaliação
Os procedimentos de avaliação seguem normas que podem ser diferenciadas tanto de acordo com a IES quanto para a
modalidade da disciplina. O aluno deve ser avaliado pelo seu desempenho nas avaliações, sendo a cada uma delas
atribuído uma nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). Em relação à prova em si, os instrumentos para avaliação da
aprendizagem podem ser construídos a partir de itens de teste: questões objetivas e discursivas, classificadas
em diferentes níveis de complexidade e diferentes níveis cognitivos.
Será considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver nota igual ou superior a uma média, que costuma ser
gerada a partir de todas as notas dessa disciplina em particular. É importante que você procure saber qual a média da
sua Instituição de Ensino e que pergunte para cada professor sobre a forma de avaliação.
ESTABELECENDO CONTATOS
Vestibular concluído, aprovação no curso, matrícula feita. E agora? A partir desse momento, você conviverá presencial
ou virtualmente com diversos membros dessa comunidade. Trata-se de um novo grupo de parceiros que estabelecerá
com você uma rede de futuros contatos pessoais e profissionais. Conheça, a seguir, seus principais interlocutores:
estudantes, coordenadores, professores e funcionários do campo. Lembre-se: seu comportamento, sua personalidade e
sua imagem serão lembrados por essas pessoas.
Alunos falam brevemente sobre suas expectativas em relação ao curso superior.
No vídeo, Rodrigo Rainha comenta sobre a existência das Instituições de Ensino.
Link do vídeo 2 – http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/5964
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O ministério da Educação é o responsável por estabelecer as diretrizes de funcionamento do Ensino Superior no
Brasil. Ele determina os seguintes fatores, exceto:
a) Carga horária mínima para integralização do curso.
b) Criação de um Núcleo Docente Estruturante.
c) Regras de funcionamento do TCC.
d) Obrigatoriedade da criação um Projeto Pedagógico de Curso.
2. Assinale a alternativa que não corresponde a um tipo de Instituição de Ensino Superior:
a) Faculdade.
b) Centro Universitário.
c) Universidade.
d) Tecnólogo.
Discutir métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
Dedicação, vontade de crescer e superação de dificuldades são fundamentais em qualquer área de atuação. Chegou a
hora de entender mais sobre como estudar de forma organizada, o assunto principal deste módulo. Iniciaremos com
algumas reflexões:
01- Você já se preocupou com o tempo?
02- Você vive “correndo contra o tempo”?
03- O tempo parece ter ficado mais rápido?
04- O que causa essa percepção do tempo?
Imagine a situação a seguir:
01- Quando estamos no trânsito e o sinal vermelhonos impede de prosseguir, nossa percepção de tempo se dá de
duas formas: se estamos com pressa, o sinal demora; se não temos urgência, sequer percebemos que ele mudou para
verde.
02- Uma constatação é: nunca teremos tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos.
03- Durante toda nossa vida, o tempo esteve e está presente, indicando horários a cumprir e decisões a tomar, mas
nem sempre sabemos lidar com isso.
04- Saber administrar o tempo é identificar, dentre as várias coisas que precisam ser feitas, o que é prioritário para
você.
05- Teoricamente é uma tarefa simples, mas não é. Estabelecer prioridades é uma necessidade.
Sendo assim, ele pode ser visto como um projeto. Administrar o tempo ajuda a organizar sua rotina,
aumentando sua produtividade. Como todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é
diferente.
A necessidade de organizar o tempo se tornou premissa básica nos dias atuais. Ser desorganizado pode trazer prejuízos
emocionais, profissionais e até financeiros. Administrar o tempo é saber o que é prioritário dentre as várias atividades da
sua rotina. Estabelecer prioridades não é tão simples quanto parece e cumpri-las é mais desafiador ainda. Por isso,
precisamos ter em mente o quão importante é essa organização para a nossa vida.
Recomendação
É de extrema importância que você tenha uma agenda pessoal como ferramenta. Atualmente temos várias alternativas,
seja de agenda física, tradicional, ou de aplicativos que cumprem esse papel. O fundamental, seja no trabalho ou nos
estudos, é que você escolha uma boa agenda, onde você possa marcar todos os compromissos. Você poderá consultá-
la sempre ou, no caso do aplicativo, configurá-la para enviar notificações de compromissos com minutos, horas ou dias
de antecedência.
Podemos resumir os passos para uma administração do tempo bem-sucedida da seguinte forma:
1- Estabelecer prioridades
2- Planejar rotina
3- Estipular metas
4- Elaborar plano de ação
Confira, a seguir, orientações para que você execute cada uma dessas etapas de acordo com suas prioridades.
1 - Estabelecer Prioridades
Saber definir prioridades e gerenciar tarefas traz impactos significativos para a organização das demandas a serem
cumpridas e para a tomada de decisões. Além disso, estabelecer prioridades ajuda a trazer mais equilíbrio também para
o campo pessoal. Você pode definir quais compromissos precisam da sua atenção em determinado momento e, assim,
evitar sensações de esgotamento ou de culpa por achar que deveria estar em outro local.
a - Listar atividades: Liste todas as suas atividades para que você enxergue com mais clareza tudo o que tem para
fazer diariamente.
b - Estabeleça ordem de prioridade: A partir da lista, estabeleça sua ordem de prioridades, respeitando a
importância e a relevância de cada atividade, seus valores, impactos e prazos.
2 - Planejar Rotina
Você deve organizar o seu dia de acordo com a relação atividades/tempo, sempre utilizando a lista de prioridades como
referência.
Para que a lista seja fiel à realidade e factível de ser cumprida, é fundamental que você se conheça a fundo, isto é, que
identifique sua capacidade produtiva, seu tempo de concentração, sua necessidade de sono etc. Dessa forma, você vai
encontrar seu melhor momento para fazer cada atividade.
Nossos corpos têm relógios embutidos que determinam os melhores momentos para comer, dormir, fazer exercícios e
trabalhar. Talvez você não tenha a flexibilidade de fazer tudo no tempo certo para si, mas tente ouvir seu relógio interno
o máximo possível.
Recomendação: Se você é daquelas pessoas cujos trabalhos criativos são melhor produzidos à noite, tente evitar
afazeres criativos durante o dia e agende mais tarefas administrativas e analíticas para a manhã. Se você acha que
exercitar-se é melhor no meio do dia, tente fazer isso durante seu intervalo para o almoço ou faça uma pausa no
trabalho à tarde e retorne no início da noite.
3 - Estipular Metas
Uma vez feito o planejamento da sua rotina, é preciso que ele seja cumprido. Assim, uma boa dica é estabelecer
metas. Você sabe o que é uma meta? Em termos conceituais, podemos dizer que a meta é um ponto aonde se quer
chegar. Vamos destacar quatro possíveis metas relacionadas à sua formação superior:
- Meta acadêmica: concluir o curso superior no prazo de formação estipulado.
- Meta financeira: Redimensionar o orçamento doméstico para custear o investimento em educação.
- Meta profissional: conquistar um novo emprego de acordo com a formação superior adquirida.
- Meta pessoal: Ser um profissional bem preparado, ético e cidadão.
4 - Elaborar Plano de Ação
Usando a meta acadêmica como exemplo, o próximo passo é estabelecer um Plano de Ação:
1. Primeiro movimento: Aqui, vamos determinar as ações do semestre. Neste caso, levantamos três passos: obter
presença no máximo de aulas possível, estudar cada disciplina duas horas a mais por semana e obter aprovação nas
avaliações.
2. Organizar as ações: Percebemos que as duas primeiras ações definirão o cumprimento da terceira, então
focaremos nas duas primeiras até o resultado das avaliações. A organização delas pode ser feita em uma tabela.
3. Monitorar as ações: Na tabela, criaremos colunas referentes aos meses para cada ação. O acompanhamento
deve ser feito por ela, lembrando que você precisa saber a média e o limite de faltas para se guiar.
4. Apurar dos resultados: Semanas antes de executar as avaliações, você pode checar essa tabela para saber se
tem chances de ser aprovado. Ao final de todas as avaliações, insira suas notas no plano.
5. Atingir meta:“Concluir o curso superior no prazo de formação estipulado”.
Recomendação: Neste plano, selecionamos três ações relacionadas à meta, mas você poderá ter outras. Procure
aprimorar esta organização incluindo uma coluna de comentários/observações, por exemplo, ou uma coluna de prazo
para cumprimento, e outras que achar necessário. No semestre seguinte, repita a operação.
TÉCNICAS DE ESTUDO
As técnicas de estudo são procedimentos facilitadores em âmbito acadêmico. Temos que pensar em como melhorar os
três pontos abaixo:
- Atenção. Exemplo: problemas de atenção ao realizar uma leitura.
- Concentração. Exemplo: dificuldade em se concentrar em aula.
- Memória. Exemplo: Sentir “bloqueada” para guardar determinado conteúdo estudado.
Com a aplicação de técnicas de estudo, você pode melhorar o seu ofício ou rendimento acadêmico.
Você deve estar se perguntando: existe alguma técnica de estudo que me ajude a estudar ou a trabalhar de uma
maneira mais efetiva? Sim, existe e selecionamos algumas técnicas:
- FICHAMENTO: A primeira técnica de estudo serve para trabalhar concentração e memória. É
o fichamento ou resumo. Uma coisa muito importante ao ler é que você tenha uma caneta ou um tablet para anotar as
informações mais importantes do texto. Isso ajuda você a reter essa informação, melhorando sua atenção e sua
memória. Então, todas as vezes que estiver lendo um texto, você pode e deve escrever no papel frases ou palavras-
chaves que sejam importantes. Se você for fazendo isso ao longo de todo o texto, ao terminar de lê-lo, você verá que o
seu fichamento está pronto. A partir disso, o que você pode fazer é deixar as anotações ali naquele papel ou transcrever
as palavras para o seu Word, ou para uma agenda (física, eletrônica), porque você já terá os pensamentos básicos
principais todas as vezes que quiser usar aquele texto. Então, o fichamento ou o resumo podem ser feitos dessa
maneira de forma prática.
- MAPA MENTAL: A segunda atividade ou técnica que você pode fazer para melhorar sua memória e sua atenção é
o mapa mental. É muito parecido com o fichamento, mas você coloca esse texto (ou atividade, filme, livro etc.) em
palavras, em temas, então destaca o tema daquele texto que você está lendo. A partir daquele tema, você vai encontrar
no texto quais são as palavras que são relacionadas àquele tema e que são importantes. O mapa mental é formado por
temas que vão se conectando por linhas para formar diagramas. Isso é uma técnicamnemônica, ou seja, uma técnica
que faz você lembrar o que fez, o que leu, de forma bastante rápida e eficiente.
- TABELA: Outra técnica que também pode ser utilizada é a construção de tabelas. Algumas pessoas preferem utilizar a
tabela para resgatar o texto ou o trabalho que está fazendo de maneira rápida, então basta construir uma tabela com as
colunas que achar necessárias e aí se colocam os temas, as palavras-chaves ou os assuntos pertinentes e importantes
daquele texto. É uma ótima forma de resumir.
- AUTOEXPLICAÇÃO: Por fim, falaremos da autoexplicação. Algumas pessoas têm dificuldades de ler em voz baixa,
dizem assim: “quando eu leio baixo, não entendo que eu li”, então é preciso ler alto. Essas pessoas vão se dar muito
bem com a técnica da autoexplicação, ou seja, elas leem o texto e explicam para si próprias e, durante essa explicação,
as dúvidas vão surgir e a própria pessoa vai explicá-las.
- GRAVAÇÃO EM ÁUDIO Uma outra técnica que pode ser aliada a essas outras é a gravação em áudio. Quem, nos
dias atuais, não tem um celular na mão? Então, com o gravador do seu celular você pode gravar um texto que você está
estudando, ou uma matéria que esteja escrevendo. Depois, você pode ouvir no trem, no ônibus, onde você estiver. É
uma ótima forma de você relembrar, logo, uma técnica mnemônica.
TIPOS DE APRENDIZADO
Vamos conhecer, então, quais são as categorias de aprendizagem e ver como elas se diferenciam no processo de
educação, pois cada perfil de estudante possui maneiras mais adequadas de compreender um conteúdo. Em seguida,
você poderá descobrir qual dos perfis mais se assemelha às suas características.
- Alunos virtuais: memorizam matérias, nomes e dados com mais facilidade quando a visão é estimulada.
- Alunos auditivos: precisam de silencio e concentração para ouvir e memorizar a explicação dos professores para
repassar o conteúdo em voz alta, mais tarde, na hora de estudar.
- Alunos Cinestésicos: Precisam entender o conteúdo na pratica, colocar a mão na massa. Não basta apenas ler ou
ouvir as explicações do professor.
Leia atentamente as características a seguir e escolha aquelas que mais se ajustam ao seu perfil como estudante. Você
pode marcar quantas alternativas quiser. Ao final do teste, você identificará qual é a sua categoria de aprendizagem.
Explica bem conceitos e teorias. Aprende ao ver imagens e diagramas. Pensa de forma linear.
Não consegue ficar parado por muito tempo. Precisa de silêncio quando estuda. Lê lentamente.
Costuma falar rápido e interromper outras pessoas Faz intervalos quando está estudando.
Fala mais lentamente. Aprende quando faz ou resolve os problemas na prática.
Gosta de abordagens práticas de ensino. Imagina conceitos a partir de imagens.
Faz anotações detalhadas. Repete as coisas em voz alta.
Você é um aluno: CINESTÉSICO
Veja algumas dicas para facilitar seus estudos:
- Estude em pequenos blocos de tempo;
- Frequente aulas práticas em laboratórios;
- Faça viagens de pesquisa de campo;
- Estude com outras pessoas;
- Use jogos de memória e fichas de anotações para memorizar conteúdos.
Conheça as características das três categorias.
Características das categorias de aprendizagem
Alunos Visuais:
• Costumam falar rápido e interromper outras pessoas;
• Aprendem ao ver imagens e diagramas;
• Precisam de silêncio quando estudam;
• Imaginam conceitos a partir de imagens;
• Fazem anotações detalhadas.
Alunos Auditivos
• Falam mais lentamente;
• Explicam bem conceitos e teorias;
• Possuem a tendência de serem ouvintes naturais;
• Repetem as coisas em voz alta;
• Pensam de forma linear;
• Leem lentamente;
• Preferem ouvir, ao invés de ler informações.
Alunos Cinestésicos
• Falam mais lentamente;
• Aprendem quando fazem ou resolvem os problemas na prática;
• Gostam de abordagens práticas de ensino;
• Não conseguem ficar parados por muito tempo;
• Fazem intervalos quando estão estudando;
• Sofrem de períodos curtos de falta de atenção.
INTERNET COMO ALIADA
A Internet revolucionou a comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e interatividade. Os ambientes
virtuais de aprendizagem, adotados pela maior parte das Instituições de Ensino, costumam ter características similares,
como fóruns de discussão, por exemplo.
Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar ideias, imagens, vídeos, textos, músicas e
estimulam a criação coletiva, colaborativa.
- Não copie e cole sem citar fonte, muito menos use textos da internet em trabalhos acadêmicos como se fossem de
sua autoria. Isso é uma questão de Ética na rede!
Obs: Ética- Em termos gerais, ética é o código de princípios e valores morais que regem o comportamento de uma
pessoa ou grupo, com relação ao que é certo ou errado, influenciando na conduta e na tomada de decisões. Portanto, a
ética está relacionada à opção ou desejo de se manter com os outros relações e/ou condutas justas e aceitáveis que
consiste em uma reflexão crítica que permita a escolha da melhor forma de agir.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
03. O conteúdo desse módulo busca traçar um perfil proativo para que você tenha um referencial de comportamento
que facilite o entrosamento com as matérias. Selecione as características desse perfil:
a) Gostar de desafios, demonstrar pouca dedicação e ter atitude passiva.
b) Ser organizado, demonstrar pouca dedicação e ter uma atitude ativa.
c) Ser interessado, organizado e gostar de desafios.
d) Demonstrar pouca dedicação, ter atitude passiva, mas gostar de desafios.
4. Qual o tipo de inteligência que contempla as características: aprender ao fazer ou resolver os problemas na prática e
não conseguir ficar parado por muito tempo?
a) Inteligência visual. b) Inteligência cinestésica. c) Inteligência auditiva. d) Inteligência espacial.
Explicar questões de diversidade e inclusão na sociedade
DIVERSIDADE
Nas sociedades, encontramos uma multiplicidade de pessoas com religião, etnias, línguas, gênero, orientação sexual,
cultura, classe social, geração distintas, isto é, de variadas identidades sociais/culturais; chamamos esse fato de
diversidade. É a condição de ser composto de diferentes elementos.
Para construir as identidades e as diferenças, é necessário entender o que é alteridade. Esse é um conceito filosófico,
resultado de um processo de diferenciação que acontece entre o “eu” interior e particular de cada um, e o “outro”
diferente, isto é, aqueles que são estranhos e não familiares. Estranhar o “outro” é reconhecer em outro indivíduo, ou em
um conjunto deles, as suas peculiaridades, diferenças e equivalência.
Nessa comparação, o “outro” ou “outros”, tornam-se identificáveis, possibilitando hierarquizá-los, separá-los, classificá-
los, dominá-los. A partir da distinção entre o “eu” e o “outro” são construídas identidades, tanto individuais quanto
sociais.
Resumindo:
- O conceito de identidade se refere a uma parte mais individual do sujeito, mas que, ainda assim, é totalmente
dependente da convivência social.
- Identidade social é o conjunto das características atribuídas a um indivíduo pelos outros, uma espécie de
categorização realizada pelos demais para identificar o que uma pessoa é em particular.
Exemplo
A profissão de professor é um título profissional e, portanto, possui uma série de qualidades predefinidas no contexto
social que são atribuídas aos indivíduos que exercem tal ofício. A partir disso, o sujeito posiciona-se e é posicionado em
seu âmbito social em relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos atributos.
Diversidade e História
A noção de diversidade tem uma longa história na configuração das Ciências Sociais. A compreensão da diversidade
das culturas é o tema central dos estudos da Antropologia Cultural. Esta considera que as sociedades devam aceitar a
diversidade das culturas. No entanto, o que se observa é que a humanidade esteve por muito tempo cega para as
diferenças culturais e sociais e tornando objetos de exclusão tudo o que não fazia parte de suas ideologias dominantes.
Ao longo da história, cada sociedade se autodefiniu em uma relaçãode contraposição em relação a outras culturas.
Vejamos, por exemplo a resistência europeia em relação à culturas “menores”:
- Roma - 27 a.C.: Podia ocorrer, por vezes, que, em um amplo território como o império Romano, existissem culturas
formadas pelos povos dominados.
- Roma - Séc. IV: O dominador romano designava sob o nome de bárbaro tudo o que não participava da cultura e, para
civilizá-los, impunham sua língua, seus costumes principais, seus deuses, sua crença, de forma oficial.
- Europa - Séc. XVII: Na época do Renascimento as pessoas da floresta eram chamadas de naturais ou de selvagens.
- Europa - Séc. XIX: O termo “primitivo” designava os grupos tribais. O que não se parecesse ao mundo europeu deveria
ser considerado inferior e atrasado. Não existia diversidade religiosa, apenas fiéis e infiéis, crentes e hereges; não havia
diversidade étnica, somente brancos civilizados e negros, índios selvagens e bárbaros.
Importante: Desse modo, o ocultamento da diversidade servia, e ainda serve, para consolidar a ideia de um mundo
homogêneo, no qual a diferença é considerada perigosa e ruim, condição que devia ser superada para a conformação
dos modernos estados nacionais.
No mundo globalizado, a existência de culturas e grupos humanos diversos coexistindo ocasiona uma série de
questões que envolve desde os modos de construção de uma sociedade democrática, plural e justa, até a
conciliação do direito à diferença com o direito à igualdade.
Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em
um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento
perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros.
Saiba mais: Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas
diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes,
o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros.
DESIGUALDADE SOCIAL
A desigualdade social é toda situação de diferenciação social e/ou econômica. Na desigualdade social existe uma
distribuição desigual de recursos materiais ou simbólicos ocasionada pelas estruturas da sociedade. Esta traz
circunstâncias que privilegiam alguns em detrimento de outros. Esses privilégios podem ser observados tanto pelo
acesso diferenciado às oportunidades como pela riqueza econômica, que geram distinção, estigma, vulnerabilidade,
exclusão individual e coletivamente.
A diferença torna-se uma desigualdade apenas se provocar uma desvantagem ou uma vantagem.
Existem diferentes tipos de desigualdade: social, econômica, política, cultural e de gênero, por exemplo. É importante
não confundir as desigualdades com as diferenças.
Há diferenças relacionadas a diversos gêneros, idades, religiões, etnias etc. No entanto, uma desigualdade é uma
diferença que se traduz com vantagens e desvantagens.
Resumindo:
DIFERENÇA: Um indivíduo ser lido como homem pela sociedade e outro indivíduo ser lido como mulher.
DESIGUALDADE: Ocorre quando o resultado de diferença de gênero culmina em desigualdade salarial em uma
empresa.
Importante: O racismo, o machismo, a xenofobia, a homofobia, entre outras ideologias discriminatórias, vincularam e
vinculam determinadas pessoas a características coletivas e pejorativas, que as impedem de receber prestígio, respeito
e valoração social como um indivíduo qualquer, por meio de discriminações, que, na maioria das vezes, são executadas
indiretamente.
Obs:
Racismo: Preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente, geralmente se refere à
segregação racial.
Machismo: Opinião ou atitudes que discriminam ou recusam a ideia de igualdade dos direitos entre homens e mulheres,
a partir da concepção de que mulheres são subordinadas aos homens.
Xenofobia: Aversão, rejeição, preconceito e discriminação a pessoas ou coisas estrangeiras ou ao estranho no seu
ambiente.
Homofobia: Aversão ou rejeição, preconceito e discriminação a uma pessoa homossexual.
EXCLUSÃO
No Brasil, a desigualdade social é econômica, cultural e política, além de étnica. Esse processo deve ser entendido
como exclusão, isto é, uma impossibilidade de poder partilhar, o que leva à vivência da privação, da recusa, do
abandono e da expulsão, inclusive com violência, de um conjunto significativo da população. A exclusão é uma situação
de privação coletiva e inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não
representação pública.
Não se trata de um processo individual, embora atinja pessoas, mas de uma lógica que está presente nas várias
formas de relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira.
Saiba mais: O tema da desigualdade e inclusão social no Brasil é muito importante, uma vez que segundo
recentes dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH—2018), revelado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), o país ocupa o 79º lugar entre 189 nações no ranking de IDH pelo terceiro ano seguido, que
leva em conta indicadores de educação, renda e saúde, de acordo com o relatório de desenvolvimento humano.
Obs: Dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH—2018)
O país perdeu 17 posições na classificação correspondente à diferença entre ricos e pobres, e, entre os países da
América do Sul, o Brasil é o terceiro país que mais perde percentualmente neste índice (com 23,9%), atrás do Paraguai
(25,5%) e Bolívia (25,8%). A desigualdade brasileira também cresce nas comparações de gênero. Embora as mulheres
tenham mais anos esperados de escolaridade (15,9, frente a 14,9 dos homens) e maior tempo médio de estudo (8 anos,
contra 7,7 dos homens), elas ainda recebem bem menos que os homens no Brasil. A renda per capita da mulher é
42,7% inferior à de pessoas do sexo masculino. No índice de desigualdade de gênero, o país aparece na 94ª posição
entre 160 países analisados. Também é baixa a representatividade da mulher no Congresso Nacional (apenas 15%, em
2019).
É, portanto, um processo múltiplo que se explica por várias situações de privação material e/ou relacionadas à escassez
de autonomia, de desenvolvimento humano, de qualidade de vida. Desse modo, a exclusão não está restrita ao acesso
de bens e serviços, mas também à segurança, à justiça, à cidadania.
Resumindo:
Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, a exclusão social foi impulsionada pelas
estruturas desse sistema econômico e político e intensificadas com a globalização do capitalismo neoliberal, a partir do
final do século XX. Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são
marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.
- 1980: No Brasil, na década de 1980, a redemocratização da sociedade brasileira e os ciclos econômicos recessivos aumentaram a
visibilidade das questões sociais.
- 1990: Na década de 1990, surgiram os sinais evidentes de uma piora das condições de vida. A exclusão social tornou-se visível e
contundente a partir da população de rua e da violência urbana.
Os grupos dos excluídos são denominados minorias, correspondem a grupos sociais ou mesmo nações que lutam na
defesa de seus ideais.
Obs: Minoria: O termo “minoria”, nesse caso, não se trata de um conceito quantitativo.
A situação em comum dessas minorias é a situação de exclusão e/ou discriminação, que provoca o surgimento
de movimentos sociais à procura de conquistar a dignidade e o respeito, por meio de ações políticas.
Importante: Os excluídos não são apenas aqueles que se encontram em situação de carência material, mas também os
que não são reconhecidos como sujeitos, que são estigmatizados, considerados nefastos ou perigosos à sociedade.
Como, por exemplo: a impossibilidade dos homossexuais constituírem uniões estáveis e terem direito à herança de seus
companheiros ou companheiras.
Dentro do contexto da exclusãosocial, existem diferentes graus e formas de exclusão que, segundo Sposati (2006), se
apresentam como: Exclusão estrutural, Exclusão absoluta, Exclusão relativa, Exclusão da possibilidade de
diferenciação , Exclusão da representação e Exclusão integrativa. Segue abaixo a explicação de cada uma:
Exclusão estrutural: Resultado do processo seletivo do mercado, que não garante emprego a todos, gerando contínua
desigualdade.
Exclusão absoluta: Originada da condição de pobreza absoluta de um crescente segmento social.
Exclusão relativa: Sentida por aqueles que possuem os níveis mais baixos de acesso e apropriação da riqueza social e
das oportunidades historicamente acessíveis do ser humano.
Exclusão da possibilidade de diferenciação: Resultado do grau de normalização e enquadramento que as regras de
convívio estabelecem entre os grupos de uma sociedade, não efetivando os direitos das minorias. No caso, o padrão de
intolerância inclui, ou não, as heterogeneidades de gênero, etnia, religião, orientação sexual, necessidades especiais etc.
Exclusão da representação: Grau pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas as
necessidades, interesses e opiniões dos vários segmentos, especialmente na relação Estado-Sociedade.
Exclusão integrativa: A exclusão é perversamente a maneira de um segmento da população permanecer precariamente
presente na lógica da acumulação.
INCLUSÃO
A inclusão é um termo amplo, utilizado em diferentes contextos, em referência a questões sociais variadas.
Entretanto, de modo geral, corresponde à inserção social de pessoas que experimentam algum tipo de exclusão,
seja da escola, do mercado de trabalho e/ou de qualquer outro espaço social, devido à sua condição
socioeconômica, de gênero, orientação sexual, raça, não domínio de tecnologia ou por possuir algum tipo de
deficiência. A inclusão social é a busca da afirmação de direitos que há muito tempo foram negados e a valorização
da diversidade.
Portanto, a exclusão e a inclusão social são necessariamente interdependentes.
Alguém é excluído de uma situação de inclusão específica. A sociedade que exclui é a mesma que inclui e integra, e
esta transmutação é a condição de uma ordem desigual.
Todos estamos de algum modo inseridos, mas nem sempre decente e dignamente. A ideia da inclusão se fundamenta
em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa a garantia do acesso de
todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
A inclusão social é uma questão qualitativa e pressupõe, segundo Sposati (2006), os seguintes quesitos:
Autonomia: É entendida como a capacidade e a possibilidade do cidadão em suprir suas necessidades vitais, especiais,
culturais, políticas e sociais, sob as condições de respeito às ideias individuais e coletivas. Estas supõem uma relação
com o mercado e com o Estado, ambos responsáveis por assegurar as necessidades de exercício de liberdade, com
reconhecimento da sua dignidade e a possibilidade de representar pública e partidariamente os seus interesses, sem ser
impedido por ações de violação dos direitos humanos e políticos ou pelo cerceamento à sua expressão.
Qualidade de vida: A qualidade e a democratização dos acessos às condições de preservação do homem, da natureza
e do meio ambiente. Qualidade de vida é a possibilidade de melhor redistribuição, e usufruto, da riqueza social e
tecnológica aos cidadãos de uma comunidade; a garantia de um ambiente de desenvolvimento ecológico e participativo
de respeito ao homem e à natureza, com o menor grau de degradação e precariedade.
Desenvolvimento humano: É a possibilidade de todos os cidadãos de uma sociedade melhor desenvolverem seu
potencial com o menor grau possível de privação e de sofrimento; a possibilidade da sociedade poder usufruir
coletivamente do mais alto grau de capacidade humana. O estudo do desenvolvimento humano tem sido realizado pela
ONU/PNUD, por meio do Indicador de Desenvolvimento Humano (IDH).
Equidade: É o reconhecimento e a efetivação, com igualdade, dos direitos da população, sem restringir o acesso a eles
nem estigmatizar as diferenças que conformam os diversos segmentos que a compõem. Assim, equidade é entendida
como possibilidade das diferenças serem manifestadas e respeitadas, sem discriminação; condição que favoreça o
combate das práticas de subordinação ou de preconceito em relação às diferenças de gênero, políticas, étnicas,
religiosas, culturais, de minorias etc.
Cidadania: É aqui considerada como o reconhecimento de acesso a um conjunto de condições básicas para que a
identidade de morador de um lugar se construa pela dignidade, solidariedade e não só pela propriedade. Esta dignidade
supõe não só o usufruto de um padrão básico de vida como a condição de presença, interferência e decisão na esfera
pública da vida coletiva.
Democracia: A possibilidade do exercício democrático é componente de inclusão local na medida em que esta supõe
cidadania e não acesso a renda e serviços, o que coloca as pessoas no patamar da sobrevida sem alcançar a condição
de sujeitos cidadãos.
Felicidade: Para atingi-la supõe-se muito mais do que a posse, o acesso a condições objetivas de vida. Ela traz à cena
a subjetividade e, nela, o desejo, a alegria entre um conjunto de sentimento em busca da plenitude humana. Vale dizer,
uma situação que permita que o potencial das capacidades humanas sem restrições a povos ou pessoas possa se
expandir. “De cada um conforme a sua capacidade, e a cada um conforme sua necessidade” (Marx).
POLÍTICAS PÚBLICAS
A Constituição Federal do Brasil assume como fundamental, entre outros, o princípio da igualdade, quando reza no seu
artigo 5º que:
“[...] todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo -se aos
brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade.”
Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos iguais e desigual aos
desiguais).
O QUE ISSO SIGNIFICA? Que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige
que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos
possam usufruir das oportunidades existentes. Tratar desigualmente não se refere à instituição de privilégios, e sim, à
disponibilização das condições exigidas pelas peculiaridades individuais na garantia da igualdade real.
O principal valor que permeia, portanto, a ideias da inclusão é o configurado no princípio da igualdade, pilar
fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de tratamento, para que
não se transforme em desigualdade social. Este princípio da igualdade permite à lei tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais.
O princípio postula que as desigualdades de fato decorram das diferenças das aptidões pessoais, dando
tratamento diferenciado às pessoas diferenciadas.
Desse modo, a configuração social do Estado brasileiro estabelecida pela Constituição de 1988 traz um conjunto de
tarefas que visam superar as diferenças sociais e, em especial, a exclusão. É através das políticas públicas que a
promessa constitucional da inclusão social será realizada pelo Estado e pela sociedade.
Obs: Políticas públicas: Em geral, políticas públicas são um instrumento ou um conjunto de ação dos Governos,
uma ação elaborada no sentido de enfrentar um problema público ou ainda um conjunto de decisões e ações destinadas
à resolução de problemas políticos.
Quem regula? A gestão da política social está ancorada na parceria entre o Estado, a sociedade civil, organizada ou
não, e a iniciativa privada.
As políticas públicas compreendidas como as opções que o governo toma, em instância federal, estadual ou municipal,
para cumprir os objetivos estatais, exigem a participação dos interessados, isto é, todos os cidadãos, segundo o ideal
republicano.Por que participar? Participar de maneira efetiva da tomada das decisões políticas do Estado, tanto nos momentos
cruciais como na realização cotidiana das tarefas estatais, promove um sentimento de pertencimento, e de
corresponsabilidade no cidadão na sua realidade social.
Como é a participação das empresas privadas nesse processo? As empresas privadas têm sido também
fortes parceiras nos programas de inclusão social uma vez que as incorporam à agenda de Responsabilidade Social
Corporativa, que é uma forma de conduzir os negócios e que torna a empresa parceira e corresponsável pelo
desenvolvimento social.
Saiba mais As políticas públicas de inclusão social podem ser divididas em ações afirmativas e programas sociais.
Obs: Ações afirmativas: Conjunto de políticas que compreendem que, na prática, as pessoas não são tratadas
igualmente e, consequentemente, não possuem as mesmas oportunidades, o que impede o acesso destas a locais de
produção de conhecimento e de negociação de poder. Esse processo discriminatório atinge de forma negativa pessoas
que são marcadas por estereótipos que as consolidam socialmente como inferiores, incapazes, degeneradas etc.
Programas sociais: Iniciativas destinadas a melhorar as condições de vida de uma população. Nesse assunto, serão
apresentados dados e informações sobre algumas iniciativas do governo voltadas à população de baixa renda do Brasil.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
5. Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão. A exclusão absoluta seria:
a) Grau de exclusão pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas, as necessidades,
interesses e opiniões dos vários segmentos.
b) Grau de exclusão representada pela miséria.
c) Exclusão do processo seletivo de mercado que não garante emprego à todos.
d) Referente ao direito das minorias sociais.
6. Sobre a Diversidade, podemos afirmar que:
a) A Diversidade cultural passou a ser um tema recente no debate da Antropologia Social.
b) A Diversidade cultural e social sempre foi tolerada pelas ideologias dominantes.
c) A Diversidade só surgiu a partir da globalização.
d) Hoje em dia, a coexistência de culturas e grupos humanos diversos ocasiona uma série de questões que envolvem
uma sociedade democrática, plural e justa.
Considerações Finais
Ao longo desses três módulos, você conheceu alguns aspectos da vida profissional durante e após a Universidade.
Discorremos sobre os possíveis caminhos após a conclusão dos curso, oferecendo recomendações para situações do
cotidiano.
Esperamos que com este material você se planeje melhor para a graduação e que, quando for buscar o seu lugar no
mercado de trabalho, sinta-se mais preparado e confiante para os desafios que certamente encontrará. Entretanto, é
importante compreender que, no final das contas, o que faz a diferença é a maneira como você vai encarar os desafios
que a vida apresentar.
Cabe a você tomar decisões que, embora pareçam pequenas, farão grande diferença ao longo dos anos. Assiduidade,
participação nas atividades extracurriculares, aproveitar ao máximo o conhecimento dos docentes, trabalhar em equipe,
realizar os exercícios propostos, preparar-se antecipadamente para as aulas, respeitar professores e colegas e saber
exatamente como e onde você se posiciona na sociedade são atitudes que, ao final do curso, terão contribuído muito
para o seu futuro e para sua reputação.
Para você entender melhor o significado de todo esse esforço, imagine-se ocupando uma posição gerencial e
precisando contratar um reforço para sua equipe. Que tipo de aluno você gostaria de recrutar? Aquele com notas
razoáveis e reputação de “fazer o necessário para passar” ou o que carrega uma reputação de seriedade, dedicação,
companheirismo, empatia, interesse e que esteve sempre disposto a aprender um pouco mais?
A resposta é fácil, não é mesmo?
Podcast: Em nosso podcast, Rodrigo Rainha e Luís Claudio Dallier discutem os principais desafios do Ensino Superior:
CONQUISTAS ADQUIRIDAS
Reconheceu as características do Ensino Superior e a sua importância.
Identificou métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos.
Assimilou questões de diversidade e inclusão na sociedade.
Referências Bibliográfica
CLAVERY, Elisa. Brasil tem pequena melhora no IDH mas segue estagnado no 79º lugar em ranking global. Disponível
em: https://g1.globo.com/ mundo/ noticia/ 2018/09/14/brasil-tem -pequena -melhora- no-idh-mas -segue-estagnado -
no-79lugar -em-rankin g-global.ghtml. Acesso em 4 dez. 2019.
SAWAIA, Bader (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 1999.
SECRETARIA DE GOVERNO-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Inclusão Social. Disponível
em: http://www.secretariadegoverno .gov.br/iniciativas/ internacional/ fsm/ eixos/inclusao-social. Acesso em 12 jun.
2017.
SPOSATI, Aldaíza. Preparo da NOB-RH/SUAS. MDS/UNESCO, Brasília, 2006.

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