CONSTRUIR UM DIAGNÓSTICO DA PROBLEMÁTICA SOCIAL LOCAL E A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES SOCIAIS DIANTE DOS PROCESSOS HISTÓRICOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS

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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
42
DESENVOLVIMENTO
52.1
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
72.1.1
RELAÇÕES FAMILIARES NA CONTEMPORÂNIEDADE
82.1.1.1
MULHER, TRABALHO E CONFIGURAÇÃO FAMILIAR NO SÉCULO XX
103
CONCLUSÃO
11REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
A convivência com os números é constante. As referências numéricas estão nas nossas vidas a todo momento, até nas atividades mais corriqueiras: na administração doméstica, na administração de uma empresa, na administração de políticas sociais em programas sociais e em instituições nas quais os profissionais de serviço social que têm como função a gestão social.
Apresenta-se nessa produção textual dados do município de Marabá no estado do Pará, evidenciando os indicadores da região, elaborando um diagnóstico da problemática social, destacando a importância dos indicadores sociais frente a construção das políticas sociais, refletindo na realidade da regional.
Em seus tópicos observa-se as características do município, os seus principais indicadores também correlacionados com a educação, a expectativa de vida e a saúde da cidade. Seus fatores econômicos com enfoque na assistência social.
2 DESENVOLVIMENTO
Marabá encontra-se entre dois grandes rios, Itacaiúnas e Tocantins. Vista de cima, o núcleo da Velha Marabá tem o formato de “Y”. A cidade divide-se em cinco núcleos urbanos distintos: Marabá Pioneira ou Velha Marabá localizada as margens dos rios, Cidade Nova, onde se situa o aeroporto, Nova Marabá onde os bairros recebem o nome de folhas numeradas, São Felix I e II, situados depois da ponte sobre o rio Tocantins e Morada Nova, a 20 km de Marabá.
Tem na formação do município um papel importante, porque apesar dessa região ter sido explorada pelos portugueses ainda no século XVI, permaneceu sem ocupação definitiva durante quase 300 anos. Somente a partir de 1892 é que, de fato, o espaço foi ocupado por colonizadores.
A denominação Marabá tem origem indígena e significa filho do prisioneiro ou estrangeiro, ou ainda o filho da índia com o branco.
Criado em 27 de fevereiro de 1913 por reivindicação da comunidade marabaense, o município só foi instalado formalmente em 05 de abril do mesmo ano, data que passou a ser comemorada como seu aniversário e só recebeu o título de cidade em 27 de outubro de 1923
Com a abertura da PA-70, em 1969, Marabá é ligada à rodovia Belém-Brasília. Em 1988 dá início aos preparativos para a instalação de indústrias siderúrgicas, para produção de ferro-gusa, negócio que veio trazer grandes benefícios e expansão para o município.
A população do município aumentou significativamente e em meados de 1998 o número de habitantes fixos alcançava 157.884. Sempre nesse processo de crescimento é que no ano seguinte, a cidade, se firmou como a sede de grandes eventos de repercussão nacional: MARALUAR, EXPOAMA, FECAM e FICAM.
2.1 OS PRINCIPAIS INDICADORES
Segundo o IBGE (2010) o município se estende por 15.28,061 Km², Marabá tem a quarta maior população do estado com 233.669 habitantes no último censo, a densidade demográfica e de 15,4 habitante por Km² no território do município.
Vizinho dos municípios de Itupiranga, São Domingos do Araguaia i São João do Araguaia. Situado a 84 metros de altitude, de Marabá as coordenadas geográficas do município Latitude: 5° 22' 12'' Sul Longitude: 49° 7' 1'' Oeste.
Além disso, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Marabá (0,714) seria o mais baixo entre as capitais. Uma das causas é a explosão demográfica do município que viu sua população crescer 38% entre 2000 e 2010, passando de 168 mil para 233 mil habitantes. O crescimento acelerado, influenciado principalmente pela instalação de siderúrgicas e a atividade da pecuária na região, trouxe pessoas de diferentes partes do país. Em 2000, de acordo com dados do IBGE, 42% da população de Marabá não era nascida no estado do Pará.
Considerando apenas a educação o valor do índice é de 0.564, enquanto o do Brasil é 0.637, o índice da longevidade é de 0.785 (o brasileiro é 0,816) e o de renda é de 0.673 (o do Brasil é 0.739).6 Marabá possui todos os indicadores abaixo da média nacional segundo o PNUD.77 A renda per capita é de 15.857,00 reais, a taxa de alfabetização é 93,93% e a expectativa de vida é de 72,09 anos.78 O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,41,79 sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 42,73% e a incidência da pobreza subjetiva é de 46,50%. A população marabaense é composta de 35,1% de brancos, 61,4% de pardos, 6,5% de pretos e 2% de pessoas de outras etnias.
Marabá conta com escolas em praticamente todas as regiões do município, contudo está longe de ser uma das melhores. As escolas da rede estadual contam com infraestrutura precária, e em sua maioria encontram-se sucateadas. A rede municipal de ensino conta com escolas em melhores condições alcançando a meta do IDEB de 2015 para o município (4,1),136 no entanto, na avaliação geral segundo o Ministério Público, o ensino ainda é de má qualidade.137
No que tange a educação profissional e superior, o município conta com duas universidades públicas, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e a Universidade do Estado do Pará, e com o Instituto Federal do Pará, e ainda com mais cinco faculdades privadas. Há inda vários centros de formação técnica como a Obra Kolping do Brasil e o SENAI.
Segundo dados do IBGE/2005, Marabá possui 58 estabelecimentos de saúde, sendo 30 deles públicos, entre hospitais, prontos socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Em 2006 a cidade possuía 198 leitos para internação em estabelecimentos de saúde, sendo 123 públicos e 75 privados.76 Há também o Centro de Referência à Saúde da Mulher (CRISMU) e o Hospital da Guarnição de Marabá (HGuMba), subordinada à 23ª Bda Inf Sl, sendo um dos melhores hospitais da região.139
Contudo os dados não refletem a qualidade da saúde no município. O Hospital Municipal de Marabá (HMM) é o responsável pelo atendimento ao público de Marabá e de toda a região, mas suas condições estruturais não permitem um ótimo atendimento devido à intensa demanda. Em 2007 foi inaugurado o Hospital Regional do Sudeste do Pará, com a intenção de desafogar o Hospital Municipal, entretanto, a demanda já havia crescido e o hospital não mais atendia o exigido.
2.1.1 FATORES ECONÔMICOS E A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Assistência social é dever do estado e direito de todo cidadão que dela precisar, promovendo bem-estar e proteção social a famílias, crianças, adolescentes e jovens, pessoas com deficiência, idosos – enfim, a todos que dela necessitarem.
A transparência e a universalização dos acessos aos programas, serviços e benefícios sócio assistenciais, são promovidas por um modelo de gestão descentralizada e participativa, que vem consolidar, definitivamente, responsabilidades no enfrentamento da pobreza e da desigualdade, com a participação complementar da sociedade civil organizada, através de movimentos sociais e entidades de assistência social.
Apesar da importância que vem sendo atribuída à família, atualmente, as discussões se situam em torno das significativas mudanças que vêm ocorrendo nas configurações familiares contemporâneas. Estas mudanças propõem à sociedade um novo olhar sobre estes grupos, que pouco se assemelham àqueles descritos nas páginas da história e nos sermões tradicionais da igreja, onde qualquer família que fugisse ao modelo tradicional era considerada como ‘desviada’ ou ‘anormal’. Contudo, mesmo em meio a tantas mudanças, a família continua sendo base indispensável ao desenvolvimento psíquico.
É possível notar que mudanças no contexto familiar não são raras em nossa sociedade atual, tornando-se relevante reconsiderar as bases sobre as quais se constroem as relações familiares e, sobretudo, o modo como estas relações são vistas pela sociedade, a fim de evitar um desamparo no que diz respeito à capacidade de olhar e assistir às reais necessidades das famílias dos novos tempos.
2.1.1.1 MULHER, TRABALHO E CONFIGURAÇÃO FAMILIARNO SÉCULO XX
É possível observar o aumento significativo da participação feminina no mercado de trabalho. Ocorreram diversas mudanças na economia mundial causando impactos sobre as relações de comércio, de produção e de trabalho. A crescente urbanização e expansão da industrialização contribuíram para um ambiente propício à entrada de novos trabalhadores no mercado de trabalho, incluindo o sexo feminino.
A inserção da mulher no mercado foi marcada por um período de preconceitos e dificuldades. Muitos problemas foram e ainda são enfrentados por mulheres, como por exemplo, salários menores que o dos homens pagos pelo mesmo trabalho, menores chances de capacitar-se profissionalmente, entre outros.
As mulheres passaram a lutar por igualdade entre os sexos em busca da obtenção dos mesmos direitos masculinos. Com o passar do tempo, além da conquista pela igualdade em relação ao trabalho, as mulheres conseguiram também alguns benefícios, como, por exemplo, o divórcio, o direito a matrícula em cursos superiores, a ampliação da licença maternidade, entre outros.
As mulheres conseguem emprego com mais facilidade e seus rendimentos crescem a um ritmo mais acelerado que os homens. Mais mesmo com toda essa evolução, ela ainda não está numa condição de vantagem em relação aos homens, pois continua existindo muito preconceito e discriminação, mas principalmente desigualdade salarial entre homens e mulheres.
A expectativa é de que neste século, pela primeira vez na história, as mulheres superem em número os homens nos postos de trabalho. Se souberem aproveitar isso, capitalizando oportunidades emergentes, o impacto no mercado de trabalho será, de fato, singular. Significa o rompimento de uma forte estrutura, as hierarquias empresariais moldadas pelos homens a partir da Era Industrial. A mulher da atualidade nem de longe tem o mesmo perfil daquelas que encontravam realização trabalhando nas linhas de produção.
A família era configurada por uma clara e rígida divisão de trabalho, o pai era o único provedor e responsável pelo sustento da casa. O homem era o centro de tudo, do mundo dos negócios, das realizações profissionais, o trabalho remunerado era responsabilidade somente dele. Enquanto a mulher tinha o papel somente no âmbito doméstico, era dedicada apenas aos afazeres do lar, incluindo a administração da casa e os cuidados com os filhos.
Dessa forma foi algumas características de personalidade são identificadas, o homem por ser agressivo e competitivo e a mulher sendo delicada, observadora, o cuidado e a afetividade. Com essa estrutura familiar facilitava a transmissão da cultura e a continuidade da espécie. Só que algumas mudanças, especialmente na economia, contribuíram para o declínio desse modelo familiar no final do século XIX e o início do século XX.
As mulheres têm conquistado espaço significativo no mercado de trabalho e começaram a alcançar melhores ocupações e fatias de poder no mundo todo. Hoje temos um grande número de mulheres que deixaram de ser somente esposas, donas de casa e mães, e que deixando para trás barreiras seculares, passaram a contribuir para a economia nacional.
O século 20 mostrou a chamada inversão de papéis, ou seja, as mulheres conquistando maior destaque no competitivo mundo dos negócios e os homens, por sua vez, assumindo a manutenção do lar e o cuidado com as crianças. Mas se as mulheres desejarem sair vencedoras nesta empreitada, terão de dominar as regras que eles criaram. 
3 CONCLUSÃO
Podemos concluir com essa produção textual que ao trabalhar não podemos permitir que interfira na integridade da família, pois mais importante que qualquer outra coisa, se destaca a família. Se não der para conciliar os dois objetivos ambos com qualidade, a família deve estar em primeiro lugar.
O que se espera do ser humano como postura em busca de um mundo melhor: Se queremos profissionais melhores e mais qualificados temos que trabalhar para criar seres humanos melhores, mais preparados. Precisamos ensinar as pessoas a amar mais, a não ter preconceitos, a expandir suas consciências, a aceitar e conviver com as diferenças, a buscar sempre o melhor.
REFERÊNCIAS
Sociologia / Wilson Sanches, Sérgio de Goes Barboza, Katja Junqueira Bohmann, Pedro Fernandes Leite da Luz, Carla Craice da Silva. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014.
www.significados.com.br/familia/
www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v4n1_reestrut.htm
www.ebah.com.br/content/ABAAAAymsAL/a-divisao-social-trabalho-marx-weber-durkheim
www.posuniasselvi.com.br/artigos/rev02-05.pdf
www.ufvjm.edu.br/site/revistamultidisciplinar/files/2011/09/Mulher-mercado-de-trabalho-e-as-configura%C3%A7%C3%B5es-familiares-do-s%C3%A9culo-XX_fatima.pdf
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11575
http://www.humanaaventura.com.br/arquivos/file/Fam%C3%83%C2%ADlia_na_contemporaneidade.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-49802009000200008&script=sci_arttext
Sistema de Ensino Presencial Conectado
graduação em serviço social
Construir um diagnóstico da problemática social local e a importância dos indicadores sociais diante dos processos históricos das políticas sociais brasileiras.
Marabá
2015
Construir um diagnóstico da problemática social local e a importância dos indicadores sociais diante dos processos históricos das políticas sociais brasileiras
Trabalho de serviço social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina do 2º semestre
Orientador: Rosane, Sergio, Wilson e Adir
Marabá
2015