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003 Historia da psicanalise no Brasil (1)

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ITG – INSTITUTO TEOLÓGICO GAMALIEL
DEPARTAMENTO ACADÊMICO
CURSO DE PSICANÁLISE
História da psicanálise no Brasil
Os debates e discursos a respeito da psicanálise nas terras brasileiras surgiram nas primeiras décadas do século XX por meio de debates a questão da modernidade em seguida apresentar rumos que deram um grande contorno a psicanalítica no Rio e em São Paulo.
Algo muito sério era ver um país recém-saído da escravidão as voltas de vários problemas de cidadania grande parte da população sem acesso e abandonada totalmente pelo Estado começa a se agregar ex. escravos, negros, mulatos, loucos, mendigos e toda espécie que era vista como um entrave para o desenvolvimento do país cujo os mesmos desnutridos e doentes para a identidade da nação.
O debate girava em torno de um aprimoramento das raças e condições dos brasileiros no sentido de fornecer a população menos adequado parâmetro satisfatórios de saúde educação, e ainda vemos um período muito marcado por ações sanitaristas que ao longo dos anos causaram grande impacto na sociedade brasileira muitas campanhas sanitárias de Oswaldo Cruz no início do século.
Neste cenário a entrada da psicanálise é algo que parece tomar corpo, neste contexto de discussões e projetos, qual a formação ideal do homem e de um povo que poderia ser tornar uma bússola da sua origem, participando nos debates que a psicanálise começa então a ser difundida no Brasil.
Mas alguns psiquiatras que ofereciam uma abordagem sobre a psique humana ficaram entusiasmados, porém na realidade a difusão inicial da psicanálise do Brasil não significou muito.
Ainda que muitos divergiam a importância de ressaltar uma mudança Freud a partir da entrada da psicanálise no cenário brasileiro e sobre os brasileiros a cultura passaria a ser vista em termos em conflito entre a civilização europeia e relacionada intimamente as regras a razão e, portanto, a consciência do sujeito quanto a sua sexualidade, o primitivo e o caos que existiam pela civilização.
A primeira sociedade de psicanálise da América Latina em suas duas sessões no Rio de Janeiro a psicanálise floresceu dentro de um hospital psiquiátrico e em São Paulo a entrada da psicanálise pelo meio médico muito rejeitada ainda que ela estava sendo difundida na sua iniciativa de Franco da Rocha um dos médicos mais importantes da cidade, uma das hipóteses de tanta resistência pode ser a fragilidade da estrutura psiquiátrica local o que pode ter implicado na retirada de verdades mais convencionais de um posicionamento mais rígido diante das alternativas psiquiátricas, Franco da Rocha foi um grande exemplo das dificuldades e resistências enfrentadas pela psicanálise no meio paulista ele sofreu muitas retaliações por causa da sua ousadia, sofrendo exposição sobre a sua sexualidade chegando a gerar problemas em meio a faculdade de medicina uma certa apreensão relação a sua sanidade mental foi levantada. 
Até mesmo o discípulo de Franco da Rocha o senhor Durval Marcondes por inúmeras vezes tentou mostrar entre os médicos os resultados positivos, mas tudo em vão.
Durval então consegue o auxílio de alguns modernistas, pensadores, educadores, amigos e grupos de psicanálise no intuito de aprofundar a psicanálise no Brasil. Marcondes fundou 1927 a sociedade brasileira de psicanálise, em primeiro momento restrita São Paulo, mas logo buscando articulação com Rio de Janeiro e o resultado foi a divisão da sociedade em dois núcleos São Paulo e Rio.
Em 1930 Durval fecha a sociedade psicanalista porque segundo ele ela tinha várias pessoas que não estavam interessados em se tornar psicanalistas e a sua troca de correspondência com Freud que recomendavam uma aproximação brasileira a IPA. 
Em 1934 lembrando que Hitler estava no poder na Alemanha queimando livros de psicanálise com autoria judia como Freud, Durval Marcondes renova suas esperanças receber uma carta do presidente da IPA, comunicando que alguns psicanalistas estavam sendo obrigados a fugir dos Estados Unidos e alguns cogitavam a possibilidade de estarem vindo para o Brasil.
Doutor Koch conseguiu um respeito suficiente para quebrar algumas barreiras da hostilidade podemos dizer que a seu lado profissional europeu prevaleceu sobre essas barreiras cíveis e cientistas os traços de judaísmo e da feminilidade foram ficando cada vez menores pois podemos entender que não vemos comentários sobre tais assuntos.
Em 1940 no Rio de janeiro a tentativa de um grupo de abrir uma sociedade de acordo com as regras da IPA ocorreram, mais uma grande dificuldade e os vários obstáculos uma parte dos estudantes, que conseguiram uma bolsa de estudo na Argentina para iniciar a sua formação ainda em 1946, do serviço nacional de saúde mental conseguiram a formação na Argentina.
Em meio ao pós-guerra a psicanálise europeia estava enfrentando muitos problemas seja com dificuldade de se recompor a sociedades a perseguição da dominação nazista nestas circunstâncias o Brasil foi se tornando um mercado possível para os psicanalistas, cujo de fato em 1948 foi um ano de muita integração e crescimento para o processo de institucionalização no Rio de Janeiro, uma vez que a demanda pela psicanálise cresce rapidamente o interesse pelo Brasil aumentava.
Formando assim um instituto Brasileiro de psicanálise, cujo o mesmo passa por uma grande crise e é dividido quando Kemper sai do grupo por ter sido acusado de dar o título de psicanalista a sua esposa mesmo sem a própria ter estudado ou se capacitado para a função, e funda o centro de estudos psicanalíticos, cujo esse grupo ganhou reconhecimento junto a sociedade psicanalítica do Rio de Janeiro em meados de 1955.
Kempel foi preso por algumas horas por não ser médico formado e atuar como psicanalista, mas quando em 1959 a Internacional Psuchoanalytic Congress de Copenhague e a IPA finalmente reconhecem a sociedade psicanalista do Rio de Janeiro e o Brasil já permitia psicanalistas não médicos ainda que tal prática fosse cercada por supervisão de psiquiatra. 
Uma forte tensão em graves embates incluiu recursos da polícia marcando a relação entre os primeiros psicanalistas a situação no Rio de Janeiro é possível inferir que a presença de vários grupos disputava o comando local.
Mesmo os confrontos mais acirrados no Rio de Janeiro, não exclui a participação dos paulistas em tais em embates, mesmo entendendo que a participação nas discussões de São Paulo na maioria das vezes foi marcada por atitudes muito discretas e reservadas.
Agora em meio tanto embate, desafios e obstáculos vemos que a psicanálise conseguiu romper e até hoje está enfrentando suas dificuldades, mas essas divergências trouxeram a institucionalização e ao desenvolvimento da psicanálise no país isso não podemos negar mesmo com tantas divergências houvesse algo muito positivo.

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