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Viollet-le-Duc: Arquitetura e Restauração

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VIOLLET-LE-DUC
DADOS BIOGRÁFICOS
Nome: Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc.
Nasceu na França em 1814, em família burguesa, economicamente estável e
que tinha afinidade com as artes e convivência com artistas e intelectuais.
Começa a trabalhar nos anos 1830 e foi arquiteto, escritor e desenhista. Viveu
após a Revolução Francesa (1789), em um período em que várias edificações
medievais foram destruídas. Morreu em 1874.
Contexto histórico e cultural
A cultura arquitetônica francesa do início do século XIX era dominada por
Quatremère de Quincy, fiel aos ideais clássicos. A arquitetura oficial na França
seguia padrões clássicos, com a inclusão de correntes como o
Neopalladianismo e o Neogrego.
VIOLLET-LE-DUC
No entanto, aumenta neste período o interesse pela arquitetura
medieval, com vários novos estudos nas décadas de 1820 e 1830. Esse
interesse provinha em muitos casos pela definição do medieval como o estilo
autenticamente nacional (francês), em oposição à arquitetura clássica
acadêmica – o que ocorreu também na Inglaterra e outros países.
Ao mesmo tempo a restauração começava a se firmar como uma ciência.
Os primeiros anos
A partir da década de 1830 faz viagens pela França, conhece mais e melhor
alguns exemplos da arquitetura medieval francesa.
Em 1834 se torna professor de desenho. Em 1836 viaja para a Itália de conhece
Nápoles, Paestum, Roma, Livorno e Pisa. No final da viagem, reside por seis
meses em Roma.
Na Itália, consolida noções como a adequação da forma à função, da estrutura
à forma e do ornamento ao conjunto.
VIOLLET-LE-DUC
O trabalho
Voltando a Paris, se torna subinspetor. Logo depois, se torna auditor no
Conselho de Construções Civis, em época de reconhecimento da arquitetura
medieval, principalmente a partir dos escritos de Victor Hugo e do arqueólogo
Arcisse de Caumont.
Em 1830, Ludovic Vitet é nomeado inspetor geral de monumentos históricos.
Em 1834 é Prosper Mérimée quem ocupa o cargo. Ambos são amigos de
família de Viollet-le-Duc.
Em 1837 é criada a Comissão dos Monumentos Históricos, que em 1840 indica
Viollet-le-Duc a chefiar as obras de restauração da Igreja de Vézelay.
Neste mesmo ano de 1840, passa a participar como assistente na restauração,
iniciada em 1836 por Félix Duban, da Sainte-Chapelle, em Paris, onde houve
preocupação de pesquisa documental e de indícios relativos ao histórico desta
igreja.
VIOLLET-LE-DUC
Em 1844 seu projeto de restauração para a Catedral de Notre-Dame de Paris
(juntamente com o arquiteto Jean-Baptiste Lassus) é escolhido para ser
desenvolvido. Integra missões do Serviço de Cultos (responsável pela
conservação e restauração das igrejas).
E m 1846, já reconhecido como restaurador, é escolhido para os trabalhos da
Abadia de Saint-Denis.
Em 1853 é nomeado um dos três inspetores gerais da recém-criada Comissão
das Artes e Edifícios Religiosos, onde avalia projetos de restauração em toda a
França e também realiza alguns projetos de restauração, como o da Catedral
de Amiens.
Também realiza restaurações para a Comissão de Monumentos
Históricos, como as obras para a cidade medieval de Carcassone.
VIOLLET-LE-DUC
Ao mesmo tempo escreve suas formulações teóricas, de grande influência,
sobre a restauração e a conservação:
•Recomenda que os edifícios devam ter manutenção periódica, para evitar a
restauração.
•Indica modos de realização de levantamentos, análise e verificação de causas
mais comuns de degradação dos edifícios.
•Orienta sobremodos de talhar a pedra e de fazer rejuntes.
•Explica técnicas de construçãomedievais.
•Indicamodos adequados de restauração de edificações.
VIOLLET-LE-DUC
Entre 1854 e 1868 publica o Dictionnaire Raisonné de l’Architecture Du XIe au
XVIe Siècle, em 10 volumes.
Entre 1863 e 1872 publica os Entretiens sur l’Architecture. Ambos tiveram
grande repercussão na França e no exterior.
Ele expõe nestes textos:
•Conhecimentos gerais de arquitetura.
•Análises sobre formas de construir (racionalidade na
construção, materiais, formas, funções e estruturas).
•A importância da racionalidade, coerência, coesão e eficiência para a
arquitetura (ele toma a arquitetura gótica como exemplar).
•A importância da busca por “um sistema ideal de correspondência entre
forma, estrutura e função, formando um sistema lógico, perfeito e fechado
em si” (novamente tomando como exemplar a arquitetura gótica).
VIOLLET-LE-DUC
SUA TEORIA E PRÁTICA DE RESTAURAÇÃO
Põe em prática na restauração teorias que defendia para a racionalidade da
obra arquitetônica:
•Realiza intervenções incisivas, fez reconstituições e chegou mesmo a fazer
“correções” em projetos que ele considerava “defeituosos”, fatos que o
tornaram um anti-exemplo para as práticas mais recentes de restauração.
•“Não se contenta unicamente em fazer reconstituição hipotética do estado de
origem, mas procura fazer uma reconstituição daquilo que teria sido feito
se, quando da construção, detivessem todos os conhecimentos e experiências
de sua própria época, ou seja, uma reformulação ideal de um dado projeto”.
•Procurava inicialmente “entender profundamente um sistema, concebendo
então um modelo ideal e impondo, a seguir, sobre a obra, o esquema
idealizado”.
VIOLLET-LE-DUC
•Não tem o respeito que diversos contemporâneos seus tinham “pela
matéria, pela configuração original e pelas transformações da obra do
decorrer do tempo”.
•Altera partes originais que considerava “defeituosas”, não respeita
modificações posteriores, não tem cerimônias em relação ao preexistente e
faz reconstituições de grande extensão, na busca da pureza de estilo.
Sua postura é diametralmente oposta à do inglês John Ruskin, que publicou
em 1849 The Seven Lamps of Architecture e pregava absoluto respeito pela
matéria original e levava em consideração as transformações feitas em uma
obra no decorrer do tempo. Ruskin fez pesadas críticas às restaurações e
defendia a conservação, para evitar degradações e se contentava com a pura
contemplação do edifício antigo.
Tanto Viollet-le-Duc quanto Ruskin exerceram enorme influência em seu
tempo dentro e fora de seus países, e tanto Viollet-le-Duc influenciou o
trabalho de alguns ingleses quanto Ruskin exerceu influência sobre alguns
franceses mais “prudentes”.
VIOLLET-LE-DUC
Demite-se da Comissão dos Monumentos Históricos em 1874. Entre os
motivos de seu desligamento está sua defesa do restauro reconstitutivo
proposto por Denis Darcy para a Catedral de Evreux.
Sua postura excessivamente intervencionista o tornou um “vilão” da
restauração em relação às tendências mais atuais.
Foi, entretanto, importante em seu papel de valorizador da arquitetura
medieval e em suas tentativas de metodização de trabalhos de
restauração, na época em que este conceito começava a se sistematizar.
VIOLLET-LE-DUC
Mas há também proposições pontuais de Viollet-le-Duc que continuam válidas
ainda hoje, como os fatos de:
•“Recomendar que se deva restaurar não apenas a aparência do edifício, mas
também a função portante de sua estrutura”.
•“Procurar seguir a concepção de origem para resolver os problemas
estruturais”.
•“Fazer levantamentos pormenorizados da situação existente”.
•“Agir somente em função das circunstâncias, pois princípios absolutos
podem levar ao absurdo”.
•Observar a “importância da reutilização para a sobrevivência da obra, pois
restaurar não é apenas uma conservação da matéria, mas de um espírito da
qual ela é suporte”.

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