Buscar

Apostila - Análise de Investimentos

Prévia do material em texto

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 
GST 1445 
2 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
4 
DF’s 
 
Em tempos de acirrada competitividade empresarial, criar mecanismos de controle de 
processos e resultados torna-se indispensável para a perenidade de qualquer negócio. 
Sendo assim, dado o cenário de escassez de recursos e necessidades ilimitadas de 
capital para a realização de projetos, destacam-se os tomadores de decisões que 
conseguem utilizar técnicas que permitem obter maior retorno esperado para dado 
nível tolerável de risco assumido. 
 
 
5 
 
O principal insumo utilizado no processo decisório de uma empresa é a informação, 
seja ela de caráter financeiro, econômico ou operacional. No entanto, o volume de 
informações disponíveis é muito grande, fato que cria a demanda por sistemas 
complexos e robustos, bem como modelos matemáticos e estatísticos, que permitam 
gerar relatórios para resumir e tornar a análise da realidade da empresa mais objetiva 
e eficiente. 
 
DF’s 
6 
DF’s 
 
 
As ferramentas de análise financeira e econômica de demonstrações financeiras são 
amplamente utilizadas em todo o mundo. Entender e controlar o comportamento e o 
desempenho de um negócio com base em indicadores traz muitos benefícios para os 
tomadores de decisões, independentemente do tipo, porte ou atividade da companhia. 
 
 
 
 
7 
AF DE CURTO PRAZO 
 
A Administração Financeira, na prática, engloba processos e decisões com impacto no 
curto, médio e longo prazos. No entanto, em termos didáticos, torna-se necessário 
dividi-la em Administração Financeira de Curto Prazo e de Longo Prazo. A primeira 
parte dessa divisão está direcionada para o estudo da gestão do valor do capital de giro. 
 
Capital circulante (de giro) 
O capital de giro pode ser representado pelo montante de ativos e passivos correntes 
necessários para viabilizar as atividades de uma empresa. 
 
 
 
8 
CAPITAL DE GIRO 
 
O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional das entidades 
e, se administrado de maneira inadequada, pode resultar em sérios problemas 
financeiros. Assim, a gestão do capital de giro representa um conjunto de regras que 
têm por objetivo preservar a saúde financeira do negócio. 
 
O objetivo principal dessa gestão é administrar os principais componentes do capital 
de giro, como estoques, contas a receber, disponibilidades, fornecedores, empréstimos 
bancários entre outros, visando o equilíbrio entre liquidez e rentabilidade (MATIAS, 
2014). 
 
 
9 
CAPITAL DE GIRO 
 
Nesse cenário, as atividades de produção, venda e cobrança devem ser sincronizadas 
para garantir a maximização dos retornos e a minimização dos custos. 
 
Para garantir que o capital de giro seja administrado corretamente, faz-se necessário 
tratar ativos e passivos de curto prazo de maneira interdependente, ou seja, sempre 
que o volume de recursos investidos em estoque for alto, ou quando os estoques 
tiverem baixa liquidez, a empresa deverá manter mais recursos aplicados em caixa e 
equivalentes caixas; obrigações com terceiros de prazos muito curto demandam 
investimentos em ativos mais líquidos; o impacto de altas taxas de inadimplência pode 
ser controlado com maior concentração de recursos em contas do disponível. 
 
10 
CAPITAL DE GIRO 
São determinantes da importância e do volume de capital de giro (Assaf Neto e 
Tibúrcio, 2012): 
 Volume de vendas, que impactam o volume de estoques, valores a receber e 
disponível; 
 Sazonalidade; 
 Fatores cíclicos da economia como, por exemplo, recessão ou crescimento 
econômico; 
 Tecnologia, dada sua influência sobre os custos; tempo de produção; e 
produtividade; 
 Fatores externos como posição e decisões dos concorrentes, aumento das exigências 
e necessidades dos consumidores, alteração do contrato com fornecedores, 
condições de crédito, de fornecimento e produção. 
 
 
11 
CAPITAL DE GIRO 
 
Diante de tantos fatores, controláveis ou não, que podem afetar o volume de capital de 
giro necessário para o funcionamento de uma empresa, é importante separar o volume 
mínimo demandado, também conhecido como capital de giro permanente; e os 
recursos correntes empregados em situações não previstas ou anormais, necessários 
para fazer frente a possíveis ameaças ou oportunidades do negócio, também definido 
como capital de giro variável. 
 
Para uma maior compreensão do capital de giro é importante utilizar as 
demonstrações contábeis da organização, pois é por meio delas que serão explicados e 
resumidos seus diversos mecanismos e aspectos (MATIAS, 2014). 
 
12 
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 
 
O capital de giro é composto por ativos e passivos correntes. O financiamento do 
capital de giro deve seguir a regra da boa saúde financeira, ou seja, utilizar fontes de 
recursos de curto prazo para financiar aplicações correntes e fontes de recursos de 
longo prazo para financiar os investimentos com prazos de retorno mais longos. 
 
Assim, por meio do capital de giro líquido (CGL) é possível verificar o “casamento” de 
prazos entre ativos e passivos circulantes de uma empresa. 
 
13 
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 
Em termos do excedente das aplicações a curto prazo em relação às captações de 
recursos de curto prazo, a fórmula utilizada para cálculo do CGL é: 
 
CGL ou CCL = Ativo Circulante - Passivo Circulante 
 
Em termos de excedente dos recursos permanentes alocados pela empresa em relação 
ao montante também aplicado a longo prazo, a fórmula utilizada para cálculo do CCL é: 
 
CCL = (Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante) - (Ativo Não Circulante) 
 
Cabe ressaltar que independentemente da fórmula de cálculo utilizada, o valor 
encontrado para o CCL será o mesmo. 
 
 
 
 
14 
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 
 
Para analisar o capital de giro líquido deve-se considerar que saldos maiores que zero 
representam folga financeira; se o valor encontrado for igual a zero, o total de ativos 
de curto prazo será exatamente igual ao total de passivos correntes, ou seja, situação 
de equilíbrio financeiro; mas se o CCL é negativo, encontra-se uma situação de 
desequilíbrio, ou seja, os passivos de curto prazo são superiores aos ativos correntes. 
 
Interpretação: 
 
Se CCL > 0 existe folga financeira 
Se CCL = 0 não existe folga financeira/ equilíbrio 
Se CCL < 0 existe desequilíbrio financeiro 
 
 
 
15 
CCL POSITIVO 
Quando o CCL é positivo a empresa apresenta maior liquidez, uma vez que ela tem 
prazo para transformar ativos em dinheiro e pagar as dívidas com terceiros. 
 
Ativos correntes já são ou serão transformados em dinheiro no curto prazo, enquanto 
uma parte das suas dívidas assumidas para financiar parte desses ativos de curto prazo 
só vencerá no longo prazo. 
 
No entanto, apesar do risco de liquidez ser menor em empresas com CCL maior do que 
zero, há uma tendência de que a rentabilidade também seja menor, uma vez que os 
ativos de curto prazo, de maneira geral, são menos rentáveis do que ativos de longo 
prazo, especialmente porque, ativos correntes como disponibilidades e contas a 
receber, perdem valor durante o tempo por conta da inflação. 
 
16 
CCL POSITIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A parte amarela da figura representa quanto o ativo circulante é superior ao passivo 
circulante, ou seja, existe folga financeira porque uma parte dos ativos de curto prazo 
é financiada pelos passivos de longo prazo. 
 
17 
CCL POSITIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No exemplo anterior, a folga financeira da empresa é de R$500, montante de ativos 
circulantes financiados por passivos de longo prazo, que vencerão depois do término 
do exercício social seguinte. 
 
18 
CCL NULO 
 
O CCL nulo indica equilíbrio financeiro. Ativos correntes já são ou serão transformados 
em dinheiro no curto prazo para pagar todas as dívidas de curto prazo. Empresas com 
CCL nulo apresentam risco de liquidez e rentabilidade moderados, se comparadas com 
empresas com folga financeira ou em desequilíbrio entre ativos e passivos correntes. 
 
O risco de liquidez é maiorpara empresas com CCL nulo do que para empresas com CCL 
positivo porque qualquer imprevisto impacta a capacidade de pagamento de curto 
prazo, como por exemplo, inadimplência de clientes e obsolescência de estoques. 
 
 
19 
CCL NULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse segundo cenário, o total de ativos correntes é exatamente igual ao montante de 
passivo circulante, ou seja, não existe folga nem desequilíbrio financeiro. 
 
20 
CCL NULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No exemplo anterior, o CCL é igual a R$0, indicando que o montante de ativos 
circulantes é totalmente financiado pelos passivos de mesmo prazo. 
 
21 
CCL NEGATIVO 
 
Todo cenário com CCL negativo indica menor liquidez, uma vez que o prazo para 
transformar ativos em dinheiro e pagar as dívidas é maior do que o vencimento de 
parte dessas dívidas. Ativos não correntes serão transformados em dinheiro no longo 
prazo, enquanto uma parte das suas dívidas assumidas para financiar parte desses 
ativos de longo prazo vencerá no curto prazo. 
 
Empresas com CCL menor do que zero tendem a apresentar maior risco de liquidez, 
mas há uma tendência de que a rentabilidade seja maior do que em empresas com 
folga financeira, uma vez que os ativos de longo prazo, de maneira geral, são mais 
rentáveis do que ativos de curto prazo. 
 
 
 
 
 
 
22 
CCL NEGATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A parte amarela da figura representa quanto o ativo circulante é inferior ao passivo 
circulante, ou seja, não existe folga financeira porque uma parte dos ativos de longo 
prazo é financiada pelos passivos de curto prazo. 
 
23 
CCL NEGATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No exemplo anterior, o CCL é negativo em R$500, montante de ativos não circulantes 
financiados por passivos de curto prazo, que vencerão antes do término do exercício 
social seguinte. 
 
24 
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO NO GIRO 
A Necessidade de Capital de Giro (NCG), também denominada Necessidade de 
Investimento no Giro (NIG), é a chave para a administração financeira eficiente de uma 
empresa. Não se trata apenas de análise do ponto de vista financeiro, mas também de 
estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade (MATARAZZO, 2007). 
 
Ativos e passivos correntes são divididos em operacionais (cíclicos) e financeiros 
(erráticos), fato que justifica a importância do estudo do NIG, dada sua proposta de 
decomposição do CCL em montante operacional e montante financeiro. 
 
O ativo circulante operacional é o investimento que decorre automaticamente das 
atividades de compra/ venda/ produção/ estocagem, enquanto o passivo circulante 
operacional representa o financiamento que decorre dessas atividades. 
 
 
 
 
25 
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO NO GIRO 
A diferença entre esses investimentos e financiamentos é o montante que a empresa 
necessita de capital para financiar o giro (MATARAZZO, 2007). 
 
NIG = Ativo Circulante Op – Passivo Circulante Op 
 
A situação em que ativos circulantes operacionais são superiores ao montante de 
passivos circulantes operacionais representa a situação normal na maioria das 
empresas. Nesses casos, existe uma necessidade de capital de giro para a qual a 
empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento. Se os ativos circulantes 
operacionais forem iguais aos passivos de mesma natureza, a empresa não apresenta 
necessidade de financiamento para o giro (MATARAZZO, 2007). 
 
 
 
26 
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO NO GIRO 
 
 
A diferença entre o CCL e o NIG representa o saldo disponível ou saldo em tesouraria, 
ou seja, a margem de segurança financeira da empresa. 
 
SD = CCL – NIG 
 
 
 
27 
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO NO GIRO 
 
Já em situações nas quais o passivo circulante operacional é superior ao montante dos 
ativos de mesma natureza, a empresa tem mais financiamentos operacionais do que 
investimentos operacionais, ou seja, sobram recursos das atividades operacionais, os 
quais poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro (MATARAZZO, 2007). 
 
Interpretação: 
 
Se ACop > PCop com necessidade de investimento no giro 
Se ACop = PCop sem necessidade de investimento no giro 
Se ACop < PCop sobra de recursos operacionais 
 
 
 
28 
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO NO GIRO 
 
 
 
29 
NECESSIDADE DE INVESTIMENTO NO GIRO 
No exemplo anterior, a folga financeira da empresa é de R$10.000, montante de ativos 
circulantes financiados por passivos de longo prazo, que vencerão depois do término do 
exercício social seguinte. 
 
No entanto, ao decompor essa folga financeira, verifica-se que a necessidade de 
investimento no giro (NIG) em termos de ativos e passivos operacionais de curto prazo 
é de apenas R$7.000, indicando que os R$3.000 restantes representam o saldo em 
tesouraria, ou seja, a margem de segurança financeira no período analisado. 
 
 
30 
OVERTRADING 
 
Refere-se a uma forte expansão no volume de atividade de uma empresa sem o devido 
lastro de recursos disponíveis para financiar as necessidades adicionais de giro. Toda 
empresa possui um limite financeiro capaz de suportar determinado volume de 
negócios. Quando o volume de vendas exceder esse limite, ou quando a capacidade de 
financiar os negócios se reduzir, tem-se uma consequente redução na margem de 
segurança da empresa, verificando-se o overtrading (ASSAF NETO E TIBURCIO, 2012). 
 
 
31 
OVERTRADING 
OVERTRADING = SD (–) > LIMITES DE CRÉDITO 
 
Algumas decisões podem ser tomadas para se reverter tal situação: 
• Diminuição da necessidade de investimento no giro pela redução do investimento em 
estoques e contas a receber ou pelo aumento do financiamento por fornecedores e 
renegociação de prazos; 
• Busca por linhas de financiamento mais baratas; 
• Venda de ativos fixos para utilização de recursos no giro; 
• Aporte de capital social para financiamento do giro. 
 
32 
OVERTRADING 
 
O acompanhamento da situação financeira da empresa para controle eficiente da 
margem de segurança deve ser feito pela análise horizontal da evolução do CCL e do 
NIG. 
 
Se uma empresa apresentar folga financeira suficiente para suprir a necessidade de 
investimento no giro em determinado período e passar, posteriormente, a não ter 
mais margem, identifica-se o efeito tesoura. 
 
33 
OVERTRADING 
Efeito tesoura 
 
Quando o crescimento expressivo das vendas 
não vem acompanhado de adequado suporte 
de recursos para cobrir a maior necessidade de 
capital de giro, a empresa passa a se utilizar de 
créditos onerosos de curto prazo para financiar a 
NIG, tornando seus negócios dependentes da 
manutenção entre passivos e aumentando seu 
risco financeiro e seu custo de financiamento. 
. 
 
34 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
O ciclo operacional (CO) de uma empresa representa o período que ela leva para 
completar toda sua operação. 
 
Em uma indústria, por exemplo, o ciclo operacional começa com a compra das 
matérias-primas e insumos produtivos, passa pelo processo de fabricação, de 
estocagem dos produtos acabados, de venda e de recebimento das vendas a prazo. 
 
Para o comércio, o ciclo começa com a compra dos produtos que serão vendidos, passa 
pela estocagem desses produtos, a venda e finaliza com o recebimento. 
35 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
O prazo de estocagem de matérias-primas e insumos, bem como a fase de produção, 
não existem. 
 
Por fim, para serviços, não existe prazo de estocagem de matérias-primas ou produtos 
acabados, bem como não existe a fase de produção. 
 
O ciclo financeiro (CF) ou ciclo de caixa representa o prazo em que a empresa 
dependerá do seu próprio capital de giro ou de recursos de terceiros para financiar sua 
atividade, uma vez que ele começa assim que ocorre o pagamento do fornecedor. 
36 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
Quando a entidade não conta com capital de giro suficiente, tem de buscar recursos 
fora. Fontes de financiamento de terceiros muito caras podem comprometer a 
rentabilidade e merecem atenção especial dos tomadores de decisões. 
 
A figura a seguir representa um ciclo operacional completo.37 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
Onde: 
 
PME é o prazo de estocagem da matéria-prima; 
PMF é o prazo de fabricação; 
PMV é o prazo de venda ou de estocagem dos produtos acabados; 
PMC é o prazo de cobrança ou de recebimento das vendas a prazo; 
PMPF é o prazo médio de pagamento do fornecedor. 
 
38 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
 
Os prazos médios apresentados anteriormente são chamados de indicadores de 
atividade e visam mensurar a duração de cada etapa do ciclo operacional. A soma dos 
prazos médios de estocagem de matéria-prima, fabricação, venda e recebimento 
representa o prazo total do ciclo operacional. Como dito anteriormente, o ciclo 
financeiro começa quando ocorre o pagamento dos fornecedores e a empresa passa a 
financiar sua atividade com capital de giro próprio ou recursos de terceiros. 
 
39 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
 
O controle adequado dos indicadores de atividade promove maior eficiência na gestão 
financeira da empresa. O ideal é que a empresa garanta prazos de recebimento 
menores que seus prazos de pagamento, gerando capacidade de pagar seus passivos 
com recursos gerados pelas vendas. Em cenários como esse, o risco de liquidez é menor. 
 
O prazo de cobrança deve estar alinhado com toda a política de crédito adotada no 
período. 
 
40 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
 
Além disso, sabe-se que quanto maior o investimento em estoques, maior os custos 
com aluguel, mão-de-obra, energia elétrica entre outros. Quando o prazo de estocagem 
é controlado e mantido conforme a real necessidade da empresa, o custo pode ser 
reduzido. No entanto, os níveis de estoques devem manter uma margem de segurança 
mínima, para não se atrasar o processo produtivo ou para não se perder vendas por 
falta de opções ou disponibilidade dos itens demandados pelos clientes. 
 
41 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
42 
43 
44 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
 
Estoques, clientes e fornecedores são utilizados em valor médios entre os períodos. 
 
O ciclo operacional da Cia Alfa tem duração de 186 dias, ou seja, a empresa leva 186 
dias entre a estocagem dos seus produtos e a cobrança das vendas a prazo. 
 
O ciclo de caixa tem duração de 118 dias, prazo em que a entidade terá que financiar 
suas operações com capital de giro próprio ou capital de terceiros. 
45 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
Não existe uma duração ideal para os ciclos operacional e financeiro, podendo variar 
conforme o setor de atuação, o porte e a gestão de cada negócio. De qualquer forma, o 
ideal é o acompanhamento desses ciclos ao longo do tempo para entender suas 
variações e possíveis necessidades de ajustes e decisões. Veja exemplo a seguir: 
 
46 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
 
Identifica-se um aumento do ciclo operacional da empresa de 161 para 175 dias, 
especialmente por conta do aumento do prazo médio de estocagem. O aumento do 
ciclo implica um aumento do custo da atividade também. No entanto, a empresa 
negociou mais prazo com seus fornecedores, reduzindo seu ciclo financeiro de 89 para 
83 dias. Nesse caso, promovendo uma redução do tempo e o volume de capital de giro 
ou recursos de terceiros para financiar sua operação. 
 
47 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
Com relação aos custos: 
 
 
48 
CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
 
 
Quanto maior a duração do ciclo operacional, maior o custo da atividade da empresa. 
 
Quanto maior o ciclo financeiro, maior o tempo que a empresa passa financiando sua 
operação, bem como maior o volume de recursos necessários para esse fim. 
 
49 
AF DE LONGO PRAZO 
 
 
A Administração Financeira, na prática, engloba processos e decisões com impacto no 
curto, médio e longo prazos. No entanto, em termos didáticos, torna-se necessário 
dividi-la em Administração Financeira de Curto Prazo e de Longo Prazo. A segunda parte 
dessa divisão engloba a gestão da criação de valor com sustentabilidade financeira. 
50 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
 
Indicador é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, 
que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma 
empresa. 
 
O importante não é dispor de um número elevado de índices, mas sim de um conjunto 
que permita conhecer a situação da empresa segundo o grau de profundidade desejada 
na análise. 
 
51 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
Para melhor controle da saúde financeira utiliza-se diversos grupos de indicadores, 
entre eles, os de endividamento, que mostram os resultados de decisões financeiras, 
em termos de aplicação e captação de recursos. 
 
Os quatro principais são: 
• Composição do endividamento (CE); 
• Participação do capital de terceiros (PCTe); 
• Imobilização do patrimônio líquido (ImobPL); 
• Imobilização dos recursos não correntes (ImobRNC). 
 
52 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
53 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
A Composição do Endividamento indica quanto das dívidas com terceiros, assumidas 
pela empresa, vencem no curto prazo. Quanto maior esse indicador, maior deve ser a 
liquidez dos ativos, para que a entidade tenha condições de pagar as dívidas assumidas. 
Interpretação: percentual de obrigações de curto prazo em relação a obrigações totais 
de terceiros. 
A Participação do Capital de Terceiros revela o nível de endividamento (dependência) 
da empresa em relação a seu financiamento por meio de recursos próprios. 
Interpretação: quanto a empresa tem de capital de terceiros para cada $1 de capital 
próprio. 
 
 
54 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
A Imobilização do Patrimônio Líquido representa quanto dos recursos investidos pelos 
sócios na empresa foram direcionados para investimentos em ativos de longo prazo. 
Interpretação: para cada $1 de PL quanto a empresa investiu em ativos não correntes. 
 
A Imobilização dos Recursos não Correntes representa quanto do passivo de longo 
prazo somado aos recursos investidos pelos sócios na empresa foram direcionados para 
ativos de longo prazo. Interpretação: para cada $1 de PñC + PL quanto a empresa 
investiu em ativos não correntes. 
 
 
55 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
 
Se os indicadores de imobilização forem superiores a 1, verifica-se que os recursos 
permanentes da empresa não são suficientes para financiar suas aplicações 
permanentes, sendo utilizados nessa situação fundos provenientes do passivo 
circulante com reflexos negativos sobre o capital de giro e o risco de liquidez (ASSAF 
NETO, 2014). 
 
 
56 
57 
58 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
Comentários: 
 
• 7% das obrigações da empresa são de curto prazo (baixo risco de liquidez); 
• Para cada $1 de capital próprio a empresa tem $0,45 de capital de terceiros; 
• Para cada $1 de PL a empresa aplicou $0,91 no ativo não circulante líquido do RLP; 
• A empresa aplicou 64% de recursos não correntes no ativo não circulante líquido do 
RLP. 
 
 
59 
INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
 
Deve-se notar, ainda, que os valores do ativo permanente e do patrimônio líquido 
considerados nas várias expressões de cálculo dos índices de endividamento e estrutura 
são idealmente obtidos em termos de valores médios corrigidos. Para o analista 
externo, contudo, esse critério mais adequado de correção dos valores é de difícil 
aplicação prática, sendo adotado, na falta de melhores informações, o uso da média 
aritmética simples baseada nos valores disponíveis (ASSAF NETO, 2014). 
 
 
60 
 
 
 
 
 Façam os exercícios das páginas 59 e 60 do 
livro. 
 
 Bons estudos! 
“Jamais desista das pessoas que ama. Jamais desista de ser feliz. Lute 
sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a 
vida é um espetáculo imperdível.” (Augusto Cury) 
“Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. 
Ações conduzem a resultados.” (T. Harv Eker) 
Obrigada, Deus. 
Obrigada, Queridos Discentes. 
Muito Obrigada. 
Fique com Deus. 
Forte Abraço.

Continue navegando