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JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO E TEMPO. A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
Andreia Siqueira da Silva Melocro 
Edna Alencar Gama 
Fernanda Martinelli 
Lynda Wayne do Nascimento Magalhães 
Márcia Martins de Oliveira 
Rosane Aparecida Alves Durães 
Roselainy Galdino da Silva 
Tamara Siqueira Tavares de Góes 
 
 
 
JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES 
ENTRE ESPAÇO E TEMPO 
 
 
 
Apresentação do Projeto Integrador - vídeo: 
https://youtu.be/rm76PwBFKWo 
 
Cabreúva – SP 
2018 
https://youtu.be/rm76PwBFKWo
 
 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES 
ENTRE ESPAÇO E TEMPO. 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Científico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Licenciatura em Pedagogia da Fundação 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo – 
UNIVESP 
 
 
 
Tutora: Camila Santos Tolosa Bianchi 
 
Cabreúva – SP 
2018 
 
 
 
 
MELOCRO, Andreia Siqueira da Silva; GAMA Edna Alencar; MARTINELLI, 
Fernanda; MAGALHÃES, Lynda Wayne do Nascimento; OLIVEIRA, Márcia Martins 
de; DURÃES, Rosane Aparecida Alves; SILVA, Roselainy Galdino da; GÓES, 
Tamara Siqueira Tavares de. Jogos e Brincadeiras na Construção das Relações 
Entre Espaço e Tempo. – A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Camila Santos Tolosa 
Bianchi. Polo Cabreúva-SP, 2018 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem por finalidade abordar a importância da ludicidade na 
educação infantil, os estudos destacam a influência do brincar e como a ação 
lúdica estimula a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. Visa também 
identificar e especificar as definições de infância, as legislações voltadas para 
essa fase, brincadeiras, brinquedos e jogos. As referências teóricas feitas neste 
trabalho foram precedentes para os resultados obtidos. Buscamos conceitos em 
torno do brincar que justificasse sua importância para as crianças no seu 
desenvolvimento, respeitando tempos, em espaços, com materiais e rotinas 
utilizadas com intencionalidade pedagógica. E por fim, as considerações a 
respeito das ações lúdicas e sua empregabilidade no processo de construção do 
conhecimento. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Infância; Educação Infantil; Ludicidade; Brincadeiras; Desenvol-
vimento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MELOCRO, Andreia Siqueira da Silva; GAMA Edna Alencar; MARTINELLI, 
Fernanda; MAGALHÃES, Lynda Wayne do Nascimento; OLIVEIRA, Márcia Martins 
de; DURÃES, Rosane Aparecida Alves; SILVA, Roselainy Galdino da; GÓES, 
Tamara Siqueira Tavares de. Jogos e Brincadeiras na Construção das Relações 
Entre Espaço e Tempo. – A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Camila Santos Tolosa 
Bianchi. Polo Cabreúva-SP, 2018 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present study aims to address the importance of playfulness in early childhood 
education, the studies highlight the influence of play and how playful action 
stimulates the learning and development of children. It also aims to identify and 
specify the definitions of childhood, legislation aimed at this phase, games and toys. 
The theoretical references made in this work were precedents for the obtained 
results. We seek concepts about play that justify its importance for children in their 
development, respecting times, spaces, with materials and routines used with 
pedagogical intentionality. And finally, the considerations regarding playful actions 
and their applicability in the process of knowledge construction. 
 
 
 
KEYWORDS: Childhood, Child Education; Playfulness; Child Plays; Development; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6 
1 - CONCEITO DE INFÂNCIA .............................................................................. 7 
1.1 - Infância na atualidade....................................................................................10 
2 – OS TEÓRICOS DA INFÂNCIA ...................................................................... 11 
3 - A EDUCAÇÃO INFANTIL NA VISÃO LEGAL ................................................16 
3.1 - Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI).................18 
3.2 - Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCNEI)...............................19 
4 – RESPONSABILIDADE DOCENTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA .................... 20 
4.1 – Formação Docente ...................................................................................... 22 
4.2 – Brincar é Aprender ...................................................................................... 23 
4.3 – Desafios da Educação Infantil: Incorporação do cuidar e do educar ........... 25 
4.4 - Rotina, Tempos e Espaços na Educação Infantil..........................................26 
4.5- Planejamento e Organização de tempos e espaços......................................28 
5- PROPOSTA PEDAGÓGICA DE BRINCAR ................................................... 31 
MATERIAIS DE PESQUISA ................................................................................ 35 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 36 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA:..................................... 38 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A intenção deste trabalho, é iniciar nossos conhecimentos práticos docentes, 
acerca de um dos primeiros aspectos que tange à educação, que trata do ingresso 
da criança de 0 a 5 anos no ambiente escolar – Educação Infantil, à partir da ideia 
de que a primeira sociedade a qual a criança está inserida é a família e a segunda, 
a que se tornará porta para o mundo, é a escola; Juntamente a essa nova relação, 
nos é mister entender como se deu o reconhecimento da infância através da 
história, as implicações legais e principalmente como se dá os desenvolvimentos: 
sensoriais, interacionais, afetivo das crianças e quais são os seus impactos na 
sociedade, através da interação. Ainda na trilha da infância discorreremos sobre a 
importância da ludicidade - do brincar e da brincadeira - no desenvolvimento das 
relações entre espaço e tempo, na observação e aplicação de brincadeiras com 
esse enfoque. 
PROBLEMA: 
Como estabelecer uma relação entre espaço, tempo e transformação para o 
desenvolvimento infantil, através das brincadeiras? 
Esse trabalho visa identificar, através dos conteúdos e disciplinas desse 
semestre, como os professores da Educação Infantil, podem se instrumentalizar de 
teorias, técnicas e práxis de sucesso, para que se estabeleça uma relação 
acolhedora e educativa com as crianças e suas famílias na primeira experiência 
escolar dos pequeninos, utilizando o cuidar e o brincar com intencionalidade 
pedagógica a fim de se obter sucesso no desenvolvimento humano dessa fase. 
 
OBJETIVO: 
O objetivo do presente trabalho foi inicialmente observar alunos da 
Educação Infantil, considerar práticas de convívio social, o brincar, o cuidar e o 
educar nos seguintes aspectos: 
- Relembrar o conceito de infância; 
- Relembrar as teorias filosóficas, sociais e pedagógicas da infância; 
7 
 
 
- Relembrar a legislação específica; 
- Citar a importância e a responsabilidade docente; 
- Pesquisar as proposições pedagógicas e lúdicas sobre planejamento, 
observação, registro, ambiente, espaço, tempo, materiais e rotinas como agentes 
educacionais, na organização do trabalho pedagógico; 
- Propor conduta ou intervenções/brincadeiras que desenvolvam a criança sob a 
ótica infantil como acolhedora, sadia e respeitosa às interações da relação 
humana. 
 
JUSTIFICATIVA:Na vida agitada da atualidade, com pais ou responsáveis legais 
trabalhadores em tempo integral, as crianças passam no mínimo 5 horas na escola 
em companhia dos professores, tornando imperioso ajustar assim a lente do olhar 
desse profissional de forma mais atenta e contínua, sobre o comportamento, 
desenvolvimento e evolução infantil que lhe seja característico à idade. Em muitos 
casos, devido essa longa permanência da criança na escola, acabam sendo os 
professores, a mais valiosa referência na construção humana desses indivíduos. 
 A partir de um currículo reelaborado, ou melhor, adaptado, o professor 
poderá calcar muitas das propostas pedagógicas focadas ao tema das relações 
humanas, de empatia e respeito, priorizando a boa convivência e o respeito mútuos, 
através da linguagem lúdica e subjetiva. 
1 - CONCEITO DE INFÂNCIA 
 
Ao considerar infância e o lugar social que a criança ocupa na sociedade é 
importante analisar as diferentes mudanças que ocorreram e destacar que a visão 
de criança é algo que foi historicamente construído ao longo dos anos. Cada época 
irá proferir um discurso e defender seus ideais e expectativas em relação às 
crianças. A intenção, então, é revelar as transformações do sentimento de infância 
presente em determinados momentos da história, para, a partir do conceito 
8 
 
 
histórico, analisar a experiência da criança em seus contatos iniciais com o mundo 
contemporâneo que a influência. 
Segundo Neto e Silva (2007) a palavra infância refere-se a Enfant o qual 
significa "aquele que não fala", nesse processo de construção da infância na 
sociedade, notamos que a figura da criança era vista como aquele que não tem um 
espaço na sociedade, sem valor e sendo moldado pelo adulto de acordo com suas 
determinações. Ainda nesse contexto observamos que segundo Paula (2005) antes 
"a criança inexistia ou ficava adstrita a escassos momentos". (p.1). Não existia no 
sentido que a criança não era encarada como criança no modo como ela é hoje e 
até mesmo sendo isolada do meio em que vivia. 
Ariès (1979) fala que "na sociedade medieval a criança a partir do momento em 
que passava a agir sem solicitude de sua mãe, ingressava na sociedade dos 
adultos e não se distinguia mais destes". (p.156). Ou seja, as crianças eram 
tratadas como adultos em tamanho menor e até mesmo não havia acomodação ou 
vestimenta especial para elas. Uma outra característica é que na sociedade 
europeia medieval as crianças não eram retratadas em quadros e quando isso 
ocorriam elas estavam representadas em roupas semelhantes de adultos. Não 
existia uma definição clara entre o que era adequado para crianças e o que seria 
específico para vivência dos adultos. A ausência de privacidade e de segredos 
faziam com que as crianças participassem da vida como se fossem adultos. Essa 
falta de consciência da Idade Média é descrita por Ariès: 
Na sociedade medieval o sentimento de infância, não existia – o que não 
quer dizer que as crianças fossem negligenciadas, abandonadas ou 
desprezadas. O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição 
pelas crianças: corresponde a consciência da particularidade infantil, essa 
particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo 
jovem. Essa consciência não existia (ARIÈS, 1979 p. 156). 
 
A concepção de infância tem uma estreita ligação com à cultura e a 
sociedade que vivemos, sendo assim, Ariès (1979) diz que "a 'aparição' da infância 
se dá a partir do século XVI e XVII na Europa, quando o mercantilismo, altera o 
sentimento e as relações frente à infância, modificado conforme a própria estrutura 
social". (p.14). Uma vez que há transformações na estrutura social começa a se 
9 
 
 
mudar também o conceito de infância, e a própria percepção da família; porque até 
então não se sabia o que representava ser criança. Com o passar do tempo e em 
cada época se criava um sentimento, um modo de perceber a infância, e foi o que 
ocorreu ao fim da Idade Média e após, uma busca para entender quem era a 
criança, e em que lugar colocá-la na sociedade. 
Em épocas mais atuais observamos um reconhecimento que segundo 
Paula: 
Com o estabelecimento de uma nova ordem política, social e econômica, 
impulsionada por diversos fatores, dentre os quais o capitalismo industrial, 
o neoliberalismo e suas consequências (migrações, surgimento da família 
nuclear e burguesa, adstrição da criança à família e ideia de escola), 
ocorreram transformações que influenciaram a organização da estrutura 
familiar e, consequentemente a vida das crianças. (Paula, 2005 p.1). 
 
A criança é vista como um sujeito despreparado para tal sociedade, e desta 
forma surge a questão de escolarizar as crianças, prepará-la para o futuro. Aos 
poucos cresce o pensamento de como inserir as crianças nessa mudança social. 
Em consequência no século XVIII começaram a serem reconhecidas em suas 
particularidades, obtendo determinações específica e adequada para idade, 
ocupando assim um espaço maior. Portanto a concepção de infância muda 
conforme a sociedade passa a ver a criança como indivíduo que pertence ao meio 
social, inserido em sua cultura com o seu próprio modo de entender o mundo. 
Nascia assim a concepção de infância. 
No decorrer dos anos vemos que houve uma variação da percepção de infância 
e para Fernandes e Kuhlmann Júnior (2004) “a infância seria um conceito, uma 
representação, um tipo ideal a caracterizar elementos comuns a diferentes 
crianças” (p. 28). Para os Referenciais curriculares (1998) "a concepção de criança 
é uma noção historicamente construída e consequentemente vem mudando ao 
longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no 
interior de uma mesma sociedade e época". (p.21). Sendo assim, a infância muda 
com o tempo e com as transformações dos diferentes contextos sociais, porém, 
nos resta ainda saber, o que seria infância nos tempos contemporâneos? 
10 
 
 
 
1.1 – Infância na atualidade 
Desde 1959, a ONU (Organização Das Nações Unidas), aprovou a "Declaração 
Universal dos Direitos Da Criança" que visa incluir os direitos a igualdade, 
alimentação e escolaridade gratuita para todos, ou seja, com isso a criança passou 
a ocupar seu lugar na sociedade. 
Mas se analisarmos essa questão, ainda há muitas crianças fora da escola, 
principalmente as que vivem em classes mais pobres, pois, infelizmente muitas 
delas ajudam no sustento da família, deixando assim de lado sua educação. 
Quando falamos sobre o conceito de infância na atualidade, podemos destacar 
que a globalização trouxe várias mudanças graduais, ou seja, aos poucos 
brinquedos como: carrinhos ou bonecas ficaram mais acessíveis, mas com o tempo 
foram deixados de lado, dando espaço para os aparelhos eletrônicos e em seguida 
a internet. 
Podemos destacar que em nosso país a influência da mídia está cada vez mais 
poderosa, em virtude do sistema precário da educação, pois ao invés de ajudar no 
ensino, ela garante a distração das crianças, possibilitando-as a obter acesso ao 
que quiserem. 
Observa-se que as crianças de hoje passam a se comportar e se vestir de modo 
adulto, assim como eram as do século XVIII, por isso os pais devem se atentar a 
isso, não deixando que seus filhos percam a infância. É claro que hoje a tecnologia 
ajuda de um modo geral, porém deve se tomar muito cuidado com isso, pois tanto 
pode ser bom, como também trazer o mal para uma família, se não souberem fazer 
uso de um modo correto. 
A escola como intermédio família-criança tem um papel fundamental na 
valorização da infância, pois sabe-se que é direito de toda criança aprender e ela 
tem como principal papel educar e ajudar na inserção do cidadão na sociedade. Ou 
seja, a educação para as crianças deve promover a integração entre os diversos 
11 
 
 
aspectos que as norteiam, como o aspecto físico, emocional, cognitivo, entre 
outros. 
A partir do momento em que a escola passaa proporcionar um trabalho onde 
a criança tem seu espaço, participa das atividades escolares fazendo escolhas, ela 
passa a proporcionar que esta se torne criadora de uma cultura própria. Nesta 
perspectiva, a escola passa a ressignificar seu trabalho, e isto ao estabelecer que 
este tenha a opinião delas, e a visão de mundo que elas têm em sua “interpretação 
infantil”. 
Este é um trabalho que, como diz Jobim e Souza (1994) et al. Andrade (2007), 
“faz-se uma ruptura com a representação desqualificadora de que a criança é 
alguém incompleto, alguém que constitui em um vir a ser no futuro”. Pois segundo 
estes autores ressaltam “a criança não se constitui no amanhã; ela é hoje, no seu 
presente, um ser que participa da construção da história e da cultura de seu tempo”. 
(p.4). 
Portanto, a educação da criança, pode ser destacada como um trabalho 
conjunto entre família-escola, pois é através dos dois que a criança formará base 
para o seu desenvolvimento. Ou seja, não basta somente a escola estar fazendo 
seu papel, se a família por outro lado não estar participando, devem ter sempre em 
mente de que todos têm o direito a educação e a criança desde bem cedo passa a 
aprender o que é ser cidadão e valorizar seu espaço na sociedade. 
 
2 – OS TEÓRICOS DA INFÂNCIA 
 
João Amós Comênio (1592 – 1657), pai da didática moderna, destacam-se 
em sua época o respeito aos estágios da educação infantil no seu processo de 
aprendizagem e construção do conhecimento através das experiências da 
observação e da ação, uma educação sem punição e sim diálogo. 
12 
 
 
Jean Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo que se destacou na história 
da pedagogia. Considerado autor da racionalidade pedagógica moderna, 
Rousseau enfatiza que a infância é um momento onde se vê, se pensa e se sente 
o mundo de um modo próprio, afirmando que “a infância não era apenas uma via 
de acesso, para um período de preparação para a vida adulta, mas tinha valor em 
si mesma”. Para ele esse nesse momento, a ação do educador deveria ser uma 
ação natural que levasse em consideração a peculiaridade da infância, a 
ingenuidade, a inconsciência da criança. Defendendo “uma educação não 
orientada pelos adultos, mas que fosse resultado do livre exercício das capacidades 
infantis. 
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), seguidor do protestantismo e das 
ideias de Rousseau. Antecipando as concepções da Escola Nova, Pestalozzi 
pregou que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolverem 
habilidades naturais e inatas. Considerou que o ato de educar “deveria ocorrer em 
um ambiente o mais natural possível, num clima de disciplina estrita, mas amorosa, 
e pôr em ação o que a criança já possui dentro de si, contribuindo para o 
desenvolvimento do caráter infantil”. Seu projeto educativo tinha também, a 
“intuição” como fundamento básico para se atingir o conhecimento. Assim sendo, 
sua educação se fundamenta na percepção, no desenvolvimento dos sentidos da 
criança e o ensino deveria priorizar a utilização de objetos, não de palavras. 
Friedrich Fröebel (1782 – 1852), educador alemão, considerado o primeiro 
educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica e o apreender do significado 
da família nas relações humanas. Sua teoria salientou a importância do desenho e 
das atividades que envolvessem movimentos e ritmos. 
Inspirado pelo amor as crianças e a natureza, sua ideia de atividade e liberdade 
reformularam a educação, embora seja conhecida apenas como fundador dos 
jardins da infância ou por sua metodologia de educação infantil. 
Apesar de ter trabalhado com Pestalozzi, de forma independente e crítica, 
formalizou seus próprios princípios educacionais enfocando o período da infância, 
insistindo para que as necessidades infantis fossem plenamente desenvolvidas. Ao 
13 
 
 
abrir o primeiro jardim de infância, as crianças poderiam se expressar por meio de 
diferentes atividades envolvendo percepção sensorial, linguagem oral associada a 
natureza e à vida e dos brinquedos. Paralelamente dedicou-se a fundação de 
outros jardins, à formação de professores e elaboração de métodos e 
equipamentos pedagógicos. 
Ovide Decroly (1871 – 1932), médico belga, sua obra educacional destaca-
se pelo valor que colocou as condições do desenvolvimento infantil, da atividade 
da criança e a função global do ensino. Ao trabalhar com crianças excepcionais, 
Decroly foi ao mesmo tempo educador, psicólogo e médico, criou metodologia com 
base no interesse e na auto avaliação. 
Sua teoria fundamentada acreditava que a necessidade gera o interesse, 
uma direção ao conhecimento, e caso despertado, seria a base de toda atividade 
que incitaria a criança a observar, associar e expressar-se. Para ela a educação 
não se constituía em uma preparação para a vida adulta, porque a criança deve 
aproveitar a infância e a juventude para resolver as dificuldades compatíveis ao seu 
momento de vida. 
Maria Montessori (1870 – 1952), médica psiquiatra iniciou seus estudos e 
trabalho com crianças com deficiência mental em uma clínica psiquiatra de Roma. 
Contrapondo-se aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e 
processo evolutivo do desenvolvimento da criança, a pedagogia montessoriana se 
insere no movimento Escola Nova, ocupando papel de destaque devido as técnicas 
aplicadas na educação infantil e primeiras séries do ensino formal. 
Montessori defendia que a função da educação é favorecer o progresso 
infantil de acordo com os aspectos biológicos de cada criança. Em sua concepção, 
como os estímulos externos formam o espírito infantil, eles precisam ser 
determinados. Dessa forma além de propor que, em sala de aula, a criança fosse 
livre para agir sobre os objetos sujeito a sua ação, desenvolveu jogos e outros 
materiais didáticos que passaram a ter um papel predominante no trabalho 
educativo. 
14 
 
 
Esses materiais tinham a função de estimular e desenvolver a criança numa 
busca detalhada do conteúdo a ser trabalhado, prevendo exercícios destinados a 
evolução das diversas funções psicológicas. Criou instrumentos elaborados para 
educação motora, e para educação dos sentidos e da inteligência. 
 Celestin Freinet (1896 – 1966), foi um dos educadores que renovou as 
práticas pedagógicas de seu tempo. Crítico da escola tradicional, não poupou a 
escola tradicional se mostrando contra o autoritarismo do sistema educacional 
tradicional, expresso nas regras rígidas, no conteúdo arbitrário, fragmentado 
disfarçado em relação social e ao progresso da ciência. Sua corrente pedagógica 
partia do respeito mútuo entre professor e aluno, a ordem e a disciplina em sala de 
aula se estabeleciam naturalmente. 
Suas técnicas: “o jornal escolar, correspondência interescolar, desenho livre, 
a livre expressão, as aulas-passeio, o livro da vida”, têm como objetivo favorecer o 
desenvolvimento de métodos naturais da linguagem, da matemática, das ciências 
naturais e das ciências sociais num contexto de atividades significativas. Desse 
modo, possibilita às crianças sentirem-se sujeitos do processo de aprendizagem e 
a partir do seu interesse estabelecer condições da apropriação do conhecimento. 
Jean Piaget (1896 – 1980), biólogo e psicólogo, foi o formulador da teoria 
do desenvolvimento da inteligência humana e é hoje considerado como o mais 
importante teórico da área cognitiva. Piaget não propôs um método de ensino, a 
partir da observação cuidadosa de seus próprios filhos e de outras crianças, 
elaborou uma teoria do conhecimento e desenvolveu investigações cujos 
resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos. Em suas pesquisas, 
concebeu a criança como ser dinâmico, que a todo o momento interage com a 
realidade, utilização de objetos e pessoas. 
Criador da “epistemologia genética”, Piaget mostra que todas as crianças 
passam por estágios estáveis de estruturação de pensamento, procurou investigar 
como se davaà construção do conhecimento no campo social, afetivo, fisiológico 
e cognitivo. 
15 
 
 
Fazendo uma investigação em suas obras literárias constataremos que 
Piaget desenvolveu longos estudos e pesquisas nos mais diversos campos do 
saber, contribuindo com um valioso legado de informações e conhecimento a 
respeito da gênese e desenvolvimento e aprendizagem infantil. 
Lev Semenovich Vygotsky (1896 – 1934), habilitado em direito, filosofia, 
medicina e psicologia, foi professor de pedagogia. Vygotsky traz a ideia do ser 
humano como “fruto” do contexto histórico e cita a pedagogia como sendo a ciência 
básica para o estudo do desenvolvimento humano por se tratar de uma síntese das 
disciplinas que estudam a criança integrando os aspectos biológico, psicológico e 
antropológico do desenvolvimento. 
É importante ressaltar que a principal preocupação de Vygotsky não foi 
elaborar uma teoria do desenvolvimento infantil, mas de compreender 
desenvolvimento psicológico do ser humano. Utilizando-se dos pressupostos 
elaborados por Marx e Engels, Vygotsky buscou compreender o homem sempre 
como agente produtor de conhecimento de acordo as interações sociais. 
Vygotsky destaca-se também pelas contribuições de sua teoria com relação 
ao desenvolvimento e aprendizagem do homem, ao apresentar as “zonas de 
desenvolvimento”. Para Vygotsky desenvolvimento e aprendizagem são processos 
interativos, ou seja, ao aprender em um contexto social específico o indivíduo está 
se desenvolvendo. Partindo dessa concepção ele afirma que “o aprendizado 
humano pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual 
as crianças penetram na vida intelectual daqueles que as cercam” (VYGOTSKY, 
2007, p. 100). 
Diante de tantos teóricos e suas contribuições no processo histórico e 
evolutivo da educação na infância, conclui-se que os estudos com relação à 
educação, metodologias, recursos didáticos e pedagógicos não se esgotam apenas 
nestes teóricos. Porém vale ressalta que cada um deles diante de seus estudos e 
pesquisas procurou compreender o período da infância e dar suas contribuições no 
campo da Educação Infantil. 
16 
 
 
Paulo Freire (1921 – 1997), nasceu em Recife e faleceu em São Paulo. Foi 
um renomado educador brasileiro conhecido mundialmente pela visão que defendia 
uma educação de transformação, onde objetivo da escola é ensinar o aluno a ler o 
mundo. Também ficou conhecido pela alfabetização dos adultos, aplicado pela 
primeira vez na região de Angicos (RN) em 1963, onde uma região que era marcada 
por trabalhadores rurais, pedreiros, domestica, que acreditavam na importância de 
aprender a ler para “mudar a vida”. 
César Coll Salvador (1951), psicólogo espanhol, foi um dos principais 
coordenadores da reforma educacional espanhola e consultor do MEC na 
elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais, aqui no Brasil. Inspirado em 
Jean Piaget, Coll tem um pensamento construtivista de ensino-aprendizagem. Para 
ele o que importa é o que o aluno efetivamente aprende, não o conteúdo transmitido 
pelo professor. O novo currículo proposto por Coll contempla ainda os temas 
transversais, que devem estar presentes em todas as disciplinas e séries da 
Educação Básica. 
 
3 - A EDUCAÇÃO INFANTIL NA VISÃO LEGAL 
A concepção educação infantil no Brasil teve suas mudanças baseadas na 
inserção social da criança no contexto político e econômico do país. 
Foi com esse intuito de atender essas crianças que apareceram os primeiros 
estabelecimentos nomeados de creches e pré-escolas com a intenção de atender 
as crianças pequenas de 0 a 5 anos, contudo essa nova concepção de educação 
infantil estava voltada ao assistencialismo, pois eram atendimento direcionado às 
famílias de baixa renda, ou seja, aos pais que não tinham com quem deixar seus 
filhos. 
Essas instituições começaram a serem vista de forma discriminada pela 
sociedade, e acabaram se transformando em depósito de crianças. Cartaxo (2011, 
p. 37) elucida que a educação infantil é taxada como caráter assistencialista e que 
17 
 
 
esse tipo de atendimento passa ser visto como um favor as famílias menos 
abastadas. 
Somente no fim da década de 90 com a criação do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, em 1990 e com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDBEN), em 1996, é que as leis foram sendo revistas, juntamente com a 
elaboração de vários documentos é que a educação infantil passou a ser vista mais 
em caráter educacional e com isso houve mais qualidade no atendimento à criança. 
O direito a essa educação nas creches está prevista no inciso IV da CF/88 
no artigo 2008, onde diz que: “ - educação infantil, em creche e pré-escola, às 
crianças até 5 (cinco) anos de idade;”, porém é correto afirmar que infelizmente 
nem todos os pais que trabalham e necessitam desse apoio da escola pública 
conseguem uma vaga para seus filhos numa creche, mas é correto deixar claro que 
é um direito assegurado pela principal Lei do país que é Constituição Federal, a 
criança tem direito a educação desde seus primeiros anos de vida. 
Cartaxo (2011, p.47) destaca que tanto no campo de pesquisa como no 
legislativo a educação infantil passa a ser vista sob um novo prisma com a 
redemocratização e implementação de inovações políticas educacionais. A 
Constituição Federal de 1988 reconhece o direito da criança de ser atendida em 
creches e pré-escolas, mas enfatizando o atendimento para o campo educacional 
e não assistencialista, antes da CF/88 não havia nenhuma lei que assegurava o 
direito das crianças com menos de 7 anos a ter educação, nenhuma outra 
Constituição se preocupou com a importância da educação nos primeiros 6 anos 
de vida da criança, fase essa de importância para o desenvolvimento da inteligência 
e personalidade do indivíduo. 
No art.227, capitulo VII- Da Família, Da Criança, da Constituição Federal, 
encontramos a seguinte afirmação: É dever da família, da sociedade e do 
estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o 
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a 
convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão. (Brasil, 1988). 
18 
 
 
O aprender a criança é uma experiência significativa que integra o que ela já 
conhece com o que é novo. Entendo que é uma construção social a qual envolve a 
criança como um todo, no contexto educativo. Isso fica claro na própria redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013 em seu Art. 29 onde diz que “ A educação infantil, 
primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral 
da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e 
social, complementando a ação da família e da comunidade.” Com isso fica claro a 
importância da educação desde cedo e nessa fase que será estimulada boa parte 
da formação pessoal da criança, em convívio social, e as formas com que o 
professor, os pais, entre outros, vão abordar e incentivar no desenvolvimento da 
criança o aprender de uma forma sadia com brincadeiras transforma o jeito com 
que a criança irá se desenvolver. 
Portanto, ao relacionar-se com o adulto, a criança exerce variadas funções, 
tais como companheirismo, colaboração, mediação, intervenção, observação e 
tantas outras, tendo em vista o papel que o adulto tem no brincar. 
 
3.1 – Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). 
Com o passar do tempo o Brasil ganhou novos projetos relacionados a 
educação, saindo da vertente da Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases, 
chegando assim a ser criado documentos para atender a determinação do 
ministério da Educação, indo em valor ao que está mencionado na Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), cria-sea RCNEI (Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil). 
A RCNEI foi elaborada por vários profissionais especializados em crianças 
que buscaram por meio de vários debates, para criar um guia de cunho educacional 
para os professores e profissionais que atuam com crianças de zero a seis anos. 
Essa proposta e considerado um avanço na educação infantil ao buscar 
soluções educativas para a superação, nas fases que se integra da creche e, a pré-
escolas. 
19 
 
 
O RCNEI é composto por três volumes, o primeiro trata da Introdução, 
trazendo reflexões sobre creches e pré-escolas, infância, educação e 
profissionalização, além do referencial teórico que sustenta a obra, o segundo 
volume trata da formação pessoal e social da criança diz respeito aos processos 
de construção da identidade e autonomia, e por fim o terceiro volume traz seis 
documentos, relacionado ao: movimento, música, artes visuais, linguagem oral e 
escrita, natureza e sociedade e matemática. Esses volumes surgem para ajudar na 
construção de propostas educativas que respondam às demandas das crianças e 
seus familiares nas diferentes regiões do Brasil. 
 
3.2- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) 
As Diretrizes Curriculares Nacionais são um conjunto de definições 
doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica 
que servem para orientam as escolas na organização, articulação, 
desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas, tendo sua origem na 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. 
Em 1998 e criado a DCNEI estabelece o que deve ser ensinado, e no ano 
de 2009 com a RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009, ocorreu uma 
nítida mudança em relação a colocar a criança em foco e serviram como um uma 
fundamentação teórica para a base, esse documento traz a importância do aluno 
ter acesso ao conhecimento cultural, científico, e contato com a natureza, também 
e colocado em evidencia a importância da interação e na brincadeira como eixos 
estruturantes do currículo, além de considerar os princípios éticos, políticos e 
estéticos que deveriam nortear a produção do conhecimento nas escolas infantis, 
ajudando assim no desenvolvimento desde cedo das crianças para o convívio em 
sociedade. 
Essa resolução deixa clara a importância que o aluno tenha acesso aos 
conhecimentos escolares, porém, preservando o modo de a criança aprender, 
deixando evidente a importância do cuidar e educar a maneira como isso será 
realizado por parte dos profissionais da área. 
20 
 
 
4 – RESPONSABILIDADE DOCENTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA 
 
O ser humano é a única criatura que nasce com forte dependência do adulto 
em seus cuidados por mais tempo, na infância, do que às demais criaturas, devido 
à complexidade de seu desenvolvimento físico e cognitivo. O bebê quando nasce 
carece de cuidados extremos de alimentação, higiene, aquecimento, abrigo, mas 
acima de tudo acolhimento e carinho por parte de sua família. E essa necessidade 
segue ao longo de sua existência, analisaremos aqui o momento em que a criança 
sai de seu meio social primário, a família, para ingressar na sociedade de educação 
escolar. Os professores da creche e da educação infantil serão como uma extensão 
familiar, sendo esses tutores responsáveis por seus cuidados integrais, em seus 
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família 
e da comunidade, na sua permanência na instituição escolar, pelo menos nos 
primeiros 5 anos. 
Tais cuidados, os chamados cuidados integrais, contemplam o cuidar e o 
educar, pois as crianças não possuem autonomia por um período de sua infância 
e é com o auxílio da escola que ela começa a ser desenvolvida. A escola nesse 
período infantil, de 0 a 5 anos, tem função de abrir as portas para a interação 
humana; e ao cuidar e educar a professora proporciona: interação entre as crianças 
e o objeto e entre as crianças com outras crianças e, através de situações de 
cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada, contribui 
com o desenvolvimento delas. 
E para que os profissionais da educação – os professores - possam atuar 
de forma eficiente na pedagogia da infância, é mister que se preparem através de 
sólida formação inicial e de forma continuada buscando aperfeiçoar-se cada vez 
mais, pois além de complexa a pedagogia da infância é dinâmica e mutável. O 
mundo muda e a pedagogia muda, acompanhando as tendências humanas e 
sociais. 
Vimos que grandes mudanças vêm ocorrendo ao longo da história da 
humanidade, o reconhecimento da infância e suas características e necessidades 
21 
 
 
e o reconhecimento da criança como um ser social e de direito (sujeito de direito), 
dotando-a do amparo de ordenamentos legais e políticas públicas. 
Os professores de Educação Infantil também são sujeitos essenciais para o 
desenvolvimento de uma educação de qualidade, aplicando seus conhecimentos 
para educar e cuidar. O cuidado e a educação estão intrinsecamente relacionados 
ao ser humano, à existência humana. A educação é um fenômeno próprio dos seres 
humanos e, como ação humana, é prática social, expressão de certa concepção, 
uma visão de mundo. E o cuidar é uma expressão do educar. 
Além do cuidar outra forma de ensinar as crianças é através das 
brincadeiras, pois é pela ludicidade que a criança consegue compreender o mundo 
que a cerca, pois se utilizadas com intencionalidade pedagógica abrirá as 
perspectivas: social, histórica e cultural. É pelo brincar que as crianças 
compreendem o mundo e conseguem se expressar. 
"Toda criança que brinca se comporta como um poeta, pelo fato de criar 
um mundo só seu, ou, mais exatamente, por transpor as coisas do mundo 
em que vive para um universo novo em acordo com suas conveniências." 
Sigmund Freud, 1973 
 
O brincar e os jogos tem função séria na educação infantil, pois é através 
dela que a criança consegue organizar o caos de muitas informações recebidas ao 
mesmo tempo, é na brincadeira que ela organiza, classifica, reflete e imita, de 
maneira também subjetiva, como afirma Brougère, 1998. 
“... o jogo deixa menos marcas que a linguagem, e há os que pensam que 
ele só pode ser associado à subjetividade de um indivíduo que obedece 
ao princípio do prazer. Trata-se de fato de um ato social que produz uma 
cultura (um conjunto de significações) específica e, ao mesmo tempo, é 
produzido por uma cultura. “ 
 
 No entanto a criança não nasce sabendo brincar, como afirma Brougère, “a 
brincadeira não é inata. Mesmo que tenha elementos naturais, ela sempre é o 
resultado de uma construção social. É algo que se aprende e se estrutura...” Logo, 
a criança aprende a partir de estímulos e brincadeiras desde a mais tenra idade, 
sendo a figura do professor perante atividades lúdicas a de estimulador, interventor, 
incentivador e avaliador. Pois ele será a figura a qual a criança será inspirada e 
tomada muitas vezes como paradigma. 
22 
 
 
4.1 – Formação Docente 
 
 Um dos grandes desafios da área docente, é formar professores para a 
Educação Infantil, o que exige conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento 
e aprendizagem das crianças e sobre as condições adequadas de organização do 
trabalho nas creches e pré-escolas. 
O curso de Pedagogia surgiu em 1938, com a vocação de formar 
educadores, filósofos da educação, planejadores, pesquisadores em educação e 
para formar professores das escolas normais. A vocação não era para formar 
alfabetizadores somente. E desde então a Pedagogia vem se atualizando com o 
passar dos tempos e atualmente a formação do professor enseja que seja robusta, 
uma formação na qual o professor tenha clareza das metodologias, de como pensa 
a sala de aula, de como organizam o plano de trabalho, o plano de ensino para 
assim conduzir a um processo de aprendizagem de que garanta o mínimo de 
compreensão dos conteúdos que as criançasestão se apropriando e assim 
aprendendo. 
A importância da formação do professor, principalmente nos anos iniciais 
deve considerar o conjunto das disciplinas elementares, que fomentam o 
entendimento de qual é a dinâmica do processo de ensino e aprendizagem. 
A dialogia é a principal forma de se aplicar o processo de ensino e 
aprendizagem, pois é através do diálogo que se negocia um saber significativo com 
os sujeitos (alunos), considerando a múltiplas culturas, a comunidade a qual a 
escola está inserida e o cenário atual. 
Tudo muda, o mundo, as crianças, a sociedade, a tecnologia e para isso a 
Pedagogia, na pessoa do professor, precisa se aperfeiçoar de modo que possa 
acompanhar essa tendência de frenética mudança, não podendo mais ficar 
aprisionado na instituição de antigamente que não dialoga com o mundo, com a 
linguagem e com a tecnologia de nossa sociedade. Entretanto não é tarefa isolada 
do professor, pois está associado a instituição, então juntos professor e escola tem 
23 
 
 
a função de educar e acima de tudo fazer uma pedagogia do futuro, uma escola do 
futuro, como diz Libâneo: 
“ Seja falando de escola do presente, seja falando de escola do futuro, na 
minha maneira de ver a escola tem uma função que é específica dela, que 
é ensinar. E hoje ensinar significa ajudar os alunos a desenvolverem suas 
capacidades intelectuais, sua capacidade reflexiva”...”A escola precisa 
manter essa característica de ensinar, o bom professor é aquele que 
consegue organizar os seus conteúdos, levando em conta as 
características dos alunos. Os professores hoje, não podem desconhecer 
que os alunos vêm a escola com uma variedade muito grande de saberes 
que ele encontra fora da escola. A escola hoje não tem o monopólio do 
saber, então uma escola do futuro é uma escola, que ensina, mas é uma 
escola em que os professores saibam muito bem organizar o conteúdo, 
tendo em vista as características individuais, sociais, culturais que os 
alunos trazem à sala de aula.”” 
4.2 – Brincar é Aprender 
A criança, na escola, amplia seus interesses além do mundo infantil e dos 
objetos, expande as possibilidades de relações sociais, estabelece interações mais 
diversificadas com os adultos, compreende, gradativamente, as ações e as várias 
formas de atividades humanas: trabalho, lazer, produção cultural e científica. O jogo 
e a brincadeira, nessa etapa, são formas de expressão e apropriação do mundo 
das relações, das atividades e dos papéis dos adultos. A criança, por intermédio 
das atividades lúdicas, atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes esferas 
humanas, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes 
(BISSOLI, 2005). Contudo é comum a concepção que atribui ao jogo e à brincadeira 
a finalidade de ser “passatempo”, “desgaste de energia excedente”, quando, para 
a criança, brincar é algo essencial para suas aprendizagens e desenvolvimento. 
Vygotsky (2001), ao analisar a relação entre o brinquedo e a escrita na 
prática escolar, ressalta que o primeiro pode ser visto como um componente da 
pré-história da escrita, considerando que a apropriação deste complexo código 
requer um nível elevado de desenvolvimento da capacidade simbólica. Para esse 
teórico, a diferença entre uma criança de três e outra de seis anos, nas situações 
lúdicas, está, principalmente, no modo pelo qual empregam as várias formas de 
representação, tornando-se cada vez mais complexas. Uma contribuição 
importante, portanto, da brincadeira, reside no aspecto de que, quanto mais a 
24 
 
 
criança brinca, mais ela desenvolve a sua capacidade simbólica, e esta favorece a 
aprendizagem de códigos sociais mais complexos, neste caso específico, a escrita 
(LURIA, 1988). 
Até que a criança desenvolva a linguagem, é por meio das brincadeiras que 
ela se expressa (sentimentos e pensamentos). Ao brincar ela interage com o grupo 
e com o meio, ampliando assim sua autoimagem positiva e constituindo sua 
personalidade. Friedmann (1996) afirmou, ao dizer que, a afetividade é uma 
constante no processo de construção do conhecimento e é ela que, na verdade, irá 
influenciar o caminho da criança na escolha dos seus objetivos. 
Enquanto brinca, a criança está consciente de que está representando um 
objeto, situação ou fato, mas, ao mesmo tempo, está inconsciente de que esteja 
representando algo que lhe escapa por estar fora do campo de sua consciência no 
momento. A brincadeira simbólica, como as demais manifestações simbólicas, dá 
à criança condições de aprender a lidar com suas emoções e afetos. 
Para Piaget (1976), a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades 
intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou 
entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e 
enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma: 
"O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício 
sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade 
própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real 
em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos 
de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um 
material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as 
realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à 
inteligência infantil". (Piaget 1976, p.160). 
 
A proposta de usar o Brincar nas séries iniciais, especificamente na idade de 
2 a 3 anos enfatizada aqui, desde cedo possibilita que os alunos desenvolvam 
habilidades corporais participando de atividades culturais, tais como jogos, 
esportes e danças, tendo como finalidades de lazer, expressão de sentimentos, 
afetos e emoções. 
25 
 
 
4.3 - Desafios da Educação Infantil: Incorporação do cuidar e do educar 
 
Um dos desafios que a educação ainda enfrenta é a incorporação entre o 
“cuidar e educar”. Em uma perspectiva histórica ocorre um deslocamento das 
funções sociais do âmbito restrito do lar, entretanto o Cuidar e Educar, criam 
oportunidades para que os educadores discutam sobre as funções das instituições 
onde trabalham e quais as melhores formas de exercer o ensino aprendizagem. 
Diante disso abre uma discussão: é possível cuidar realmente educando? 
Cuidar de uma criança é uma ação complexa que envolve diferente fazeres, 
mas quando a criança percebe esse cuidar sente-se mais segura e aos poucos 
adquire autonomia para mais tarde exercer sozinha, tornando-se independente. Já 
o educar significa criar condições onde ela possa se apropriar das formas de ações, 
forma esta que a constitui como sujeito histórico. 
Ao fazê-lo a criança propaga sua afetividade, imaginação, raciocínio e 
linguagem, motricidade, firmando assim um autoconceito positivo em relação a si 
mesma. 
Disse Didonet, consultor de educação infantil e ex-presidente da OMEP 
(Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar), “Cuidar e educar são ações 
intrínsecas e de responsabilidade da família, dos professores e dos médicos. Todos 
têm de saber que só se cuida educando e só se educa cuidando”. 
Para se pôr em prática o cuidar e educar é necessário que os educadores 
planejem suas ações baseadas em ajudar a criança. Dando a ela uma ampliação 
sobre possibilidades trazidas por diferentes culturas à compreensão da forma 
injusta de como os preconceitos são construídos e alimentados, mas sem deixar o 
mais importante que é fazê-la construir atitudes de respeito e solidariedade. 
O documento Introdutório do Referencial para Educação Infantil mostra: 
Além da dimensão afetiva e relacional do cuidado, é preciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades e 
priorizá-las, assim como atendê-las de forma adequada. Assim, cuidar da 
26 
 
 
criança é, sobretudo, dar atenção a ela como pessoa que está num 
contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua 
singularidade, identificando e respondendoàs suas necessidades. Isto 
inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa o que ela sabe 
sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de 
suas habilidades, que aos poucos, a tornarão mais independente e 
autônoma. (Educar: cuidar. Documento Introdutório o Referencial para a 
Educação Infantil. Vol.1). 
Portanto o educador que propõe metas valiosas à aprendizagem e ao 
desenvolvimento da criança exerce uma educação com cuidados. 
4.4 – Rotina, Tempos e Espaços na Educação Infantil 
A educação infantil, vem sofrendo algumas mudanças influenciadas por 
várias pesquisas em relação ao tempo e espaços destinados aos alunos durante o 
período em que permanecem na escola. Esse novo olhar para criança ocorre 
quando ela deixa de ser vista como um sendo um objeto de proteção, passando a 
ser tratada como um sujeito de direitos, todos garantidos pela LDB, que assegura 
a todas as crianças o direito à educação infantil e seu acesso em instituições 
públicas de qualidade. 
Outros documentos surgiram como o Referencial Curricular Nacional para a 
Educação Infantil (RCNEI, 1998), que foi organizado para orientar gestores e 
professores quanto às práticas pedagógicas suas atribuições e possíveis formas 
de trabalhá-las. Essas mudanças ocorrem pela necessidade de uma pedagogia 
diferenciada principalmente para os primeiros anos escolares, a educação infantil 
deixa de ter caráter assistencialista e passa a ser um dos principais meios 
responsáveis na formação moral e intelectual do sujeito. Neste aspecto surge a 
necessidade da organização do tempo e espaços físicos e sua influência na 
interação entre as crianças e a importância de se estabelecer uma rotina escolar. 
E este é o desafio para os educadores, principalmente quando falamos de 
creches e pré-escolas, que deverão organizar as tarefas diárias a serem realizadas 
durante o período de aula, intercalando atividades entre o cuidar e educar, levando 
em consideração o objetivo de proporcionar o desenvolvimento das crianças. Nesta 
27 
 
 
perspectiva, as pesquisadoras de tempos e espaços na educação infantil Maria 
Carmen Silveira Barbosa e Maria da Graça Souza Horn afirmam que: 
Organizar o cotidiano das crianças da Educação Infantil pressupõe pensar 
que o estabelecimento de uma sequência básica de atividades diárias é, 
antes de mais nada, o resultado da leitura que fazemos do nosso grupo 
de crianças, a partir, principalmente, de suas necessidades. É importante 
que o educador observe o que as crianças brincam, como estas 
brincadeiras se desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em que 
espaços preferem ficar, o que lhes chama mais atenção, em que 
momentos do dia estão mais tranquilos ou mais agitados. Este 
conhecimento é fundamental para que a estruturação espaço-temporal 
tenha significado. Ao lado disto, também é importante considerar o 
contexto sociocultural no qual se insere e a proposta pedagógica da 
instituição, que deverão lhe dar suporte. (BARBOSA; HORN, 2001, p. 67). 
Os educadores de creches devem estar preparados para educar por meio 
da rotina, pois é a partir dela que se determina a estrutura o trabalho do educador. 
Entende-se por rotina, a distribuição de tarefas e atividades pelo tempo que a 
mesma permanecerá na instituição, levando em consideração os aspectos do 
cuidado quanto às brincadeiras e atividades didáticas. A rotina representa, também, 
a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de 
trabalho educativo realizado com as crianças. “A rotina deve envolver os cuidados, 
as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas (RCNEI, p. 54).” 
Ela também é importante para otimizar o tempo, orientando gestores, 
professores, auxiliares, alunos e os pais com a prática educativa cotidiana, o que 
faz favorecer as interações entre os envolvidos com menor ansiedade sobre o que 
é imprevisível ou desconhecido. Pode auxiliar professores nos planejamentos das 
aulas diárias, no entanto é preciso ser flexível, se ajustando às necessidades que 
forem surgindo. Seu processo de construção está baseado na realidade social e 
cultural dos alunos, para que assim o educador possa organizar o tempo, 
adaptando a rotina conforme suas necessidades. 
Esse é um fator importante, o professor não pode estabelecer uma rotina e 
esperar que a criança se adapte a ela, a rotina deve ser construída de acordo com 
as necessidades dos alunos, respeitando ainda os limites e individualidades de 
cada um, portanto não pode ser padronizada. É um fato que desde cedo temos que 
28 
 
 
aprender a lidar com o tempo, no entanto estas imposições não podem reprimir os 
desejos das crianças. 
Para tanto, o professor precisa ser criativo, trazer o lúdico para suas 
propostas pedagógicas, assim ficará mais fácil de cumprir o cronograma escolar 
em um espaço criativo, organizado com tempo necessário. Além disso é preciso 
ter um planejamento diário, mensal e anual a serem seguidos, com metas e 
objetivos a serem alcançados. Bons gestores e educadores compreendem a 
necessidade de a rotina ser constantemente moldada e flexível, do contrário pode 
se tornar um recurso perigoso para o bom desenvolvimento, caracterizando-se 
como desmotivadora e cansativa por conta da mesmice. 
Sendo assim o tempo e o espaço são estruturantes do currículo escolar, pois 
todas as ações que serão realizadas no interior na escola ocorrem em um 
determinado espaço (sala de aula, sala de informática, quadra, pátio, refeitório, etc.) 
e em um tempo específico (dia, duração de aula, atividades e apresentações, etc.). 
As dimensões de tempo e espaços não são propriedades inatas dos sujeitos e sim 
atribuições a serem aprendidas. Este é o principal motivo de que cada instituição 
escolar tenha suas particularidades de acordo com as condições sociais, 
econômicas, culturais e políticas que estejam presentes, portanto cada escola 
constrói a sua cultura de organização. 
Os educadores têm papel fundamental na organização dos tempos e 
espaços, e este é o principal motivo de que uma aula pode tornar-se bastante 
diferenciada da outra, mesmo ainda quando utilizado o mesmo espaço (sala de 
aula), apenas em tempos distintos (períodos, turnos), tendo a presença de outro 
professor e alunos. 
 
4.5 - Planejamento e organização de tempos e espaços 
Existe uma preocupação muito grande por parte dos educadores em como 
planejar um ambiente adequado, e como este ambiente poderá contribuir no 
processo de ensino aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. É dever do 
29 
 
 
professor pensar sobre os espaços, atividades e materiais de recursos, como 
inerentes da proposta pedagógica. O espaço deve ser elaborado com a intenção 
de estimular as crianças em pensar sobre seus atos, agir com os elementos, 
interagir umas com as outras e terem autonomia sobre suas escolhas. “A 
organização do espaço físico, os materiais, brinquedos, instrumentos sonoros e o 
mobiliário não devem ser vistos como elementos passivos, mas como componentes 
ativos do processo educacional. (RCNEI, 1998)”. 
A criança aprende e se desenvolve através dos estímulos e ações que 
acontecem em um ambiente, e estes afetam sua conduta e aprendizagem. Ou seja, 
conforme a organização de um ambiente as crianças obtêm experiências 
formativas, positivas ou negativas de acordo com a organização realizada dos 
espaços e dos recursos utilizados. O espaço é um conjunto de significados e 
emoções, é por ele que os elementos presentes tomam formas e proporcionam 
experiências diferentes, a criança observa e interage com o meio através das 
representações já compreende que existem espaços para brincar, descansar, 
comer e dormir por exemplo. Segundo Piaget (appud HORN, 2004,p.16), 
“...a representação do espaço para a criança é uma construção 
internalizada a partir das ações e das manipulações sobre o ambiente 
espacial próximo do qual faz parte. Tendo esta consciência o educadordeve idealizar os espaços como fonte de oportunidade, que pode 
favorecer ou dificultar a desenvoltura intelectual, moral, motora e cognitiva 
do aluno. “ 
Para se ter êxito no processo ensino aprendizagem o educador deve criar 
ambientes que estimulem os sentidos, o qual não é possível em uma sala de aula 
com um quadro negro, armários, cadeiras e mesas enfileiradas (infelizmente o que 
ocorre ainda na maioria das escolas). Segundo Vygotsky (apud HORN, 2004, p.20): 
“...o desenvolvimento humano é uma tarefa conjunta e recíproca. No caso 
da criança em idade pré-escolar, o papel do adulto é o de parceiro mais 
experiente que promove, organiza e provê situações em que as interações 
entre as crianças e o meio sejam provedoras de desenvolvimento.” 
A sala de aula deve ser organizada de forma funcional, criar cantos de 
aprendizagem pode ser a “chave para o sucesso”, pode-se se construir o canto dos 
blocos de construção, o canto da leitura, dos materiais para pintar e recortar, o 
30 
 
 
canto das fantasias e dos brinquedos. Horn (2006) reforça a ideia do ambiente 
organizado por cantos, e aborda também, a questão estética e harmônica para com 
esse espaço. Também deve estar organizado de tal maneira que favoreça os 
momentos de brincadeiras coletivas e individualizada, otimizando a construção do 
autoconhecimento, autonomia, mobilidade por meio da exploração dos espaços. 
As aulas externas não devem ser vistas apenas como momentos de lazer, 
estes precisam ser incorporados na proposta pedagógica. Segundo Horn (2006, 
p.35), “O espaço é entendido sob uma perspectiva definida em diferentes 
dimensões: a física, a funcional, a temporal e a relacional, legitimando-se como um 
elemento curricular”. No espaço externo as aulas tendem ser mais interativas e 
fantasiosas, é importante que se crie um ambiente explorador, que estimulem os 
movimentos corporais, táteis, imaginários, a criança deve ser estimulada a explorar 
o ambiente, mas sempre respeitando sua vontade própria. 
O ambiente externo pode ser construído para desafiar a capacidade 
intelectual e motora da criança oferecer sucatas e materiais recicláveis, onde a 
criança poderá criar seu próprio brinquedo ou brincadeira com os recursos que 
estão disponíveis, os quais irão estimular sua criatividade e imaginação. 
A criação dos espaços como já mencionado deve estar de acordo com as 
necessidades das crianças presentes, por este motivo é importante que as mesmas 
façam parte do processo de construção destes espaços. 
Não é suficiente um espaço decorado e recheados de recursos que desafiam 
a capacidade e competência dos alunos, é preciso que elas interajam com meio, 
que façam uso dos objetos, viver as experiências de forma intencional, assim ela 
deixa de ser apenas receptor de conhecimento e passando a ser um produtor ativo, 
que constrói e reconstrói suas ações sobre o meio social. Conforme afirma Horn 
sobre o espaço físico, 
“ É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o 
mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se 
inserem emoções. Essa qualificação do espaço físico é o que o transforma 
em um ambiente (HORN, 2004, p. 28).” 
31 
 
 
Configura-se por um espaço o ambiente que traga significados, 
aprendizagem e desenvolvimento para os que fazem seu uso, contribuindo em sua 
formação como sujeito. O ambiente deve estimular o desenvolvimento dos alunos, 
através das fantasias, construções, jogos, interações com diferentes culturas, 
aproveitar o lúdico, o faz de conta, pois são por estes que ela exerce o papel 
representacional, baseando-se pelas imitações que servem como base 
fundamental no seu processo de desenvolvimento. 
5- PROPOSTA PEDAGÓGICA DE BRINCAR 
 
PROJETO: VEM BRINCAR DE CORPO E ALMA 
 
Objetivo: Explorar na criança, uma forma de expressão corporal envolvendo 
os movimentos faciais, gestuais, motores, posturais e todo seu sistema cerebral. 
Reconhecendo sentimentos, emoções e afetividade, explorando o vinculam familiar 
e a sensibilidade entre eles. 
 
1) Pintura de rosto 
Mesa com 2 voluntárias + educadoras. 
2) Kit pintura 
Atividade para 4 crianças durante a pintura de rosto. 
3) Bolha ao alvo 
4 voluntárias + educadoras Alvo de EVA com ponteira ou balde grande Bexigas 
cheia de água. 
As crianças organizadas em 3 filas, deveram arremessar a bexiga e acertar o alvo 
para estourar a mesma, atividade para 13 crianças. 
4) Bolha em dupla com farinha de trigo 
2 voluntárias + educadoras 
As crianças deveram ficar em dupla em duas fileiras, a brincadeira é jogar a bolha 
para o amigo sem que ela caia no chão. 
5) Dança Maluca 
6) Volta a calma com a professora de Ballet 
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PROJETO: MEIO AMBIENTE 
 
Justificativa: O Meio Ambiente é a principal fonte para a preservação do planeta 
e, consequentemente, da vida. É preciso conscientizar nossas crianças, desde a 
creche, que cuidar dele é condição essencial para que as gerações futuras tenham 
uma qualidade de vida digna. A escola/creche, através desse projeto, pretende 
conscientizar as crianças de hoje para que sejam, no futuro, adultos conscientes 
da importância de cuidar e amar o Planeta Terra. 
 
Objetivo Geral: Conscientizar nossos alunos sobre a importância da Preservação 
do Meio Ambiente como meio de preservação da própria vida. 
 
Objetivos Específicos: - Explorar as plantas: textura das folhas, cheiro, formas, 
tamanhos e cores. - Conhecer diferentes tipos de animais: pelagem, onde moram, 
como vivem, se alimentam e etc. 
Explorar os diversos tipos de materiais que podem ser reciclados: latas, garrafa pet, 
potes de iogurte, cds, rolos de papel higiênico e etc. 
 
Conteúdos Englobados: 
 
 Linguagem: Através de músicas sobre o tema "A Dona Aranha", 
"Borboletinha", "O Sapo não lava o pé". Através de contação de história. 
 Conhecer as plantas e os animais através da classificação de diferentes 
tipos de plantas e animais (tamanhos, formas, texturas...). 
 Atividades com sucatas, usar diferentes tipos de materiais, pintura, texturas, 
colagem, recorte: guache, paetê, pregador de roupa, palito de fósforo, 
semente de capim, terra, pincéis, cola colorida, diversos tipos de papéis, 
materiais reciclados e etc. 
 Passeio Ecológico pelo espaço onde a escola/creche está situada; 
 
 Montagem de cartaz sobre diferentes tipos de animais e Plantas; 
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 Confecção do planeta Terra Feliz e Triste; do Rio Sujo e Limpo; de 
brinquedos com garrafa Pet (tartaruga), com rolo de papel higiênico e 
novamente com garrafa pet (bilboquê) e do cartaz da Dona Aranha; 
confecção da Borboletinha com pregador de roupa. 
 História da Sementinha; plantio e germinação da sementinha em potes de 
iogurte; confecção da Centopeia com cds; 
 Conversa informal sobre meio ambiente, vegetação, plantas, tipos de 
animais, poluição ambiental, coleta de lixo, reciclagem. Levantar possíveis 
problemas ambientais vividos pela comunidade lixos jogados nas ruas, 
desperdício de água, queimadas, etc. Pensar junto com as crianças formas 
de resolver os problemas. 
 Passeio pelo jardim da instituição, murais sobre meio ambiente, plantas e 
suas partes, animais terrestres, aquáticos, aéreos. 
 Jogos: dominó, quebra-cabeça. 
 Músicas relacionadas ao tema: Cinco patinhos, Minhoca, Planeta, enquanto 
seu lobo não vem, não atire o pau no gato, etc. 
 Brincadeiras: Brincadeiras com pé- de lata, vai e vem, bilboquê. 
 Plantar uma horta com as crianças e orientá-los a se responsabilizar por 
cuidar da mesma fotografando cada etapa para aprimorar o aprendizado. 
 Fazer com as crianças as lixeiras recicláveis. 
 Desenvolvimento progressivo de hábito de higiene pessoal (escovar os 
dentes, lavar as mãos, tomar banho, lavar o rosto) e social (quanto a jogar o 
lixo no lixo e preservar o meio ambiente). 
 Contar histórias pertinentes ao tema dos Órgãos do Sentido e fazero 
reconto; 
 Cantar, dançar e dramatizar as músicas: Cabeça, ombro, joelho e pé (Xuxa), 
Boneca de lata, Os Sentidos (Eliana) entre outras. 
 
Trabalhando os órgãos do sentido: 
 
PALADAR 
Olhos vendados, sentir o gosto de algumas frutas, açúcar, sal. Cuidados e higiene 
da boca, escovação, dentista. 
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OLFATO 
Olhos vendados, sentir o cheiro de algumas frutas, café, vinagre, limão, perfumes; 
cuidados e higiene do nariz, gripes e resfriados. 
 
VISÃO 
Mímicas, trabalhar a cor, formas, jogo da memória; cuidados com a visão e higiene 
dos olhos. 
Confecção de binóculo (Rolo de Papel Higiênico) 
 
AUDIÇÃO 
Trabalho com a bandinha rítmica, fazer vários sons com o corpo e as crianças 
tentam reproduzir ou descobrir qual parte do corpo fez o som; cuidados e higiene 
da orelha, ouvido. - Fazer Chocalho. 
 
Sugestão de questionamentos sobre higienização: 
 
✓ O que posso fazer para conservar meu corpo limpo? 
 ✓ Quais cuidados devemos ter com os cabelos, unhas e dentes? 
✓ Qual a melhor maneira de limpar as orelhas? 
✓ Como devo conservar os meus pés? Por quê? 
✓ Como devem ser as roupas que uso para ir para a escola? 
 ✓ Que roupas devem ser usadas para dormir? 
✓ E para passear? 
✓ Como devem ser as roupas nos dias de frio? E nos dias de calor? 
 
*Lembrando que estas atividades do planejamento são sugestões, o (a) educador 
(a) tem autonomia para desenvolver outras que acharem pertinentes à turma. 
 
 
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MATERIAIS DE PESQUISA 
Pesquisas em diversas Bibliografias, sites e vídeos: 
- Constituição da República Federativa do Brasil 
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - no 9.394 
- Teorias da aprendizagem: o que o professor disse 
- Avaliação em sala de aula: conceitos e aplicações 
- Vamos brincar de quê? Cuidado e educação no desenvolvimento infantil. 
- Educação infantil: práticas pedagógicas de ensino e aprendizagem 
- Site Portal da Educação 
- Fundamentos da Educação infantil: ensinando crianças em uma sociedade 
diversificada 
- Avaliação educacional e promoção escolar 
- Avaliação e monitoramento do trabalho educacional 
- Lições de didática 
- A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica 
- A criança e a cultura lúdica 
- Entrevista com Gilles Brougère sobre o aprendizado do brincar 
- Vídeoaula Univesp: Função da Escola por Libâneo 
- Psicologia da Aprendizagem 
- Sobre a história da infância 
- A História Social da Infância e da Família 
- Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil 
- A infância E sua educação – materiais, práticas e representações 
- Quebrando as armadilhas da adultez: o papel da infância na formação das 
educadoras e educadores 
- Crianças e Infâncias: Universos a Desvendar 
- Infância e Atualidade: A Concepção de Infância na Prática Educativa 
- Site Nova Escola 
- Site Gestão Escolar 
- Por amor e por força: rotinas na educação infantil 
- Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços na educação infantil 
- Pensamento e linguagem 
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- Textos de Apoio Univesp 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O direito à escola/educação escolar está explícito na Constituição Federal, 
porém não são todos os pais que conseguem colocar seus filhos numa creche, pré-
escola, porém é correto afirmar que esses pais têm direito de exigir por meios legais 
a vaga da criança, pois é direito da criança. 
Este trabalho expõe a importância da escola na vida nas crianças desde os 
primeiros anos de vida, já que para muitas crianças o convívio com os professores 
é a porta para a construção humana dessa criança, pelo fato destes passar grandes 
períodos do dia longe dos pais, e por isso hoje em dia há uma preocupação com o 
que será ensinado e como será ensinado, mostrando a importância da ludicidade, 
e para que seja realizado esse desenvolvimento nas escolas, a legislação conta 
com diversos documentos que auxiliam dos professores e todos que estão 
envolvidos na área da educação, como é exemplo a RCNEI e a DCNEI. 
Um dos papéis da instituição de Educação Infantil é promover vivência lúdica 
para os alunos, explorando os espaços e valorizando as brincadeiras, uma vez 
que, quando a criança brinca e dança, ela está interagindo com o outro e é nessa 
interação que ocorre o desenvolvimento de suas capacidades. A escola organiza 
o espaço e o tempo de formar a garantir essa aprendizagem para que as crianças 
como sujeito tenham seus diretos preservados e o bom êxito em seu 
desenvolvimento. 
Esse trabalho deixa bem claro a importância da família e da escola na vida 
das crianças, pois desde bem cedo através da aprendizagem é que elas também 
aprendem a desenvolver sua cognição, lado emotivo, afetivo e social. 
Apesar da tecnologia em alta em nossa sociedade, os educadores podem 
fazer bom uso delas, ao aplicar métodos de ensino para seus alunos, pois como 
bem vimos, a maioria das crianças passam a maior parte do tempo em aplicativos 
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de celulares ou tablets, por isso pode-se usar também esse método para que a 
forma de ensino seja eficaz, pois há vários meios para ensinar. Levando em conta 
de que cada idade exige uma maneira diferente de ensino, lembrando-se sempre 
de que a escola é fundamental para o aprendizado de cada aluno, por isso, deve 
ser organizada. 
Analisamos a importância de se estabelecer uma rotina, no entanto não 
podemos falar de rotina sem antes pensar na organização do tempo e espaços 
dentro da instituição escolar. Infelizmente ainda nos tempos de hoje a grande 
maioria das escolas organizam o tempo e espaços de acordo com a necessidade 
do educador ou da instituição, impondo que a criança se adapte a uma rotina fixa 
pré-estabelecida. Com base nos estudos, podemos observar que a rotina precisa 
existir para o bom planejamento dos gestores e educadores pois é a partir dela 
que os mesmos poderão dividir o tempo necessário com as tarefas entre o cuidar 
e o educar. 
Contudo ela precisa ser flexível, se adequando às necessidades das 
crianças e não o contrário. Um bom planejamento intencional por parte do 
profissional, se torna essencial para o desenvolvimento intelectual, cognitivo e 
motor dos alunos, o professor deve organizar as atividades como sendo 
desenvolvedoras de habilidades e afetos. 
É preciso valorizar o brincar, que é instintivo da criança desde os primeiros 
meses de vida, as brincadeiras são as principais formas de aprendizagem e neste 
aspecto o bom profissional estará disposto a utilizar recursos que exploram a 
ludicidade e a fantasia. Por conta dessas características de aprendizagem, os 
espaços devem ser transformados em ambientes para atender as necessidades 
dos alunos, uma forma que vem sendo estudada e certificada de ser eficaz é a 
sala de aula ou espaços externos serem organizados em cantos de aprendizagem. 
A estratégia dos cantos atende a necessidade de todos os alunos de uma 
só vez, pois os mesmos estarão livres e independentes para fazerem suas 
escolhas mesmo estando em um só espaço, interagindo e vivendo suas 
38 
 
 
experiências de forma individual ou coletiva, devendo ainda ser respeitado suas 
vontades e decisões. O educador deve se portar como sendo mediador ou 
facilitador da aprendizagem, é ele em irá propor os conteúdos e o responsável por 
organizar os espaços e tempo destinados para as atividades. Também será seu 
dever reconhecer a criança como sendo protagonista da aprendizagem e 
desenvolvimento que ocorre principalmente pelas interações sociais a qual está 
exposta vivenciando e trocando de saberes e culturas. Cabe ao profissional ser 
criativo quanto as brincadeiras e atividades que poderão ser realizadas por meio 
dos jogos, faz-de-conta, músicas, brinquedos recicláveis, utilização do espaço 
externo, livros de história, jogos de regras, memorização, etc. 
Ao utilizar esses recursos a criança aprende a estruturar suas funções 
motoras, lúdicas e emocionais o que implicará diretamenteem sua formação como 
sujeito na sociedade. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA: 
 
Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional 
promulgado. Em 5 de outubro de 1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 
09.Out.2018 
Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - no 
9.394. Brasília, 1996a. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em 09.Out.2018. 
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Tradução de Solange A. Visconte; Revisão técnica de José Fernando B. Lomônaco. 
São Paulo: Cengage Learning, 2016. 
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2014. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553130 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
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Curitiba: InterSaberes,2012. – (Série Metodologias) 2Mb;PDF. 
Artigo: A ludicidade construindo a aprendizagem de crianças na educação infantil 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/a/50878 Acesso 
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554557 Acesso em 
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ARREDONDO, S. C.; DIAGO, J. C. Avaliação educacional e promoção escolar. 
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https://consultoriaelizianelongarai-wordpress-com.cdn.ampproject.org/v/s/consultoriaelizianelongarai.wordpress.com/2015/01/04/infancia-e-atualidade-a-concepcao-de-infancia-na-pratica-educativa/amp/?amp_js_v=a2&amp_gsa=1&usqp=mq331AQECAFYAQ%3D%3D#aoh=15430837163374&csi=1&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3A%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fconsultoriaelizianelongarai.wordpress.com%2F2015%2F01%2F04%2Finfancia-e-atualidade-a-concepcao-de-infancia-na-pratica-educativa%2F
https://consultoriaelizianelongarai-wordpress-com.cdn.ampproject.org/v/s/consultoriaelizianelongarai.wordpress.com/2015/01/04/infancia-e-atualidade-a-concepcao-de-infancia-na-pratica-educativa/amp/?amp_js_v=a2&amp_gsa=1&usqp=mq331AQECAFYAQ%3D%3D#aoh=15430837163374&csi=1&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3A%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fconsultoriaelizianelongarai.wordpress.com%2F2015%2F01%2F04%2Finfancia-e-atualidade-a-concepcao-de-infancia-na-pratica-educativa%2F
https://consultoriaelizianelongarai-wordpress-com.cdn.ampproject.org/v/s/consultoriaelizianelongarai.wordpress.com/2015/01/04/infancia-e-atualidade-a-concepcao-de-infancia-na-pratica-educativa/amp/?amp_js_v=a2&amp_gsa=1&usqp=mq331AQECAFYAQ%3D%3D#aoh=15430837163374&csi=1&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3A%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fconsultoriaelizianelongarai.wordpress.com%2F2015%2F01%2F04%2Finfancia-e-atualidade-a-concepcao-de-infancia-na-pratica-educativa%2F

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