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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Andreia Siqueira da Silva Melocro Edna Alencar Gama Fernanda Martinelli Lynda Wayne do Nascimento Magalhães Márcia Martins de Oliveira Rosane Aparecida Alves Durães Roselainy Galdino da Silva Tamara Siqueira Tavares de Góes JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO E TEMPO Apresentação do Projeto Integrador - vídeo: https://youtu.be/rm76PwBFKWo Cabreúva – SP 2018 https://youtu.be/rm76PwBFKWo UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO E TEMPO. A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo – UNIVESP Tutora: Camila Santos Tolosa Bianchi Cabreúva – SP 2018 MELOCRO, Andreia Siqueira da Silva; GAMA Edna Alencar; MARTINELLI, Fernanda; MAGALHÃES, Lynda Wayne do Nascimento; OLIVEIRA, Márcia Martins de; DURÃES, Rosane Aparecida Alves; SILVA, Roselainy Galdino da; GÓES, Tamara Siqueira Tavares de. Jogos e Brincadeiras na Construção das Relações Entre Espaço e Tempo. – A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Camila Santos Tolosa Bianchi. Polo Cabreúva-SP, 2018 RESUMO O presente trabalho tem por finalidade abordar a importância da ludicidade na educação infantil, os estudos destacam a influência do brincar e como a ação lúdica estimula a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. Visa também identificar e especificar as definições de infância, as legislações voltadas para essa fase, brincadeiras, brinquedos e jogos. As referências teóricas feitas neste trabalho foram precedentes para os resultados obtidos. Buscamos conceitos em torno do brincar que justificasse sua importância para as crianças no seu desenvolvimento, respeitando tempos, em espaços, com materiais e rotinas utilizadas com intencionalidade pedagógica. E por fim, as considerações a respeito das ações lúdicas e sua empregabilidade no processo de construção do conhecimento. PALAVRAS-CHAVE: Infância; Educação Infantil; Ludicidade; Brincadeiras; Desenvol- vimento; MELOCRO, Andreia Siqueira da Silva; GAMA Edna Alencar; MARTINELLI, Fernanda; MAGALHÃES, Lynda Wayne do Nascimento; OLIVEIRA, Márcia Martins de; DURÃES, Rosane Aparecida Alves; SILVA, Roselainy Galdino da; GÓES, Tamara Siqueira Tavares de. Jogos e Brincadeiras na Construção das Relações Entre Espaço e Tempo. – A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Camila Santos Tolosa Bianchi. Polo Cabreúva-SP, 2018 ABSTRACT The present study aims to address the importance of playfulness in early childhood education, the studies highlight the influence of play and how playful action stimulates the learning and development of children. It also aims to identify and specify the definitions of childhood, legislation aimed at this phase, games and toys. The theoretical references made in this work were precedents for the obtained results. We seek concepts about play that justify its importance for children in their development, respecting times, spaces, with materials and routines used with pedagogical intentionality. And finally, the considerations regarding playful actions and their applicability in the process of knowledge construction. KEYWORDS: Childhood, Child Education; Playfulness; Child Plays; Development; SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6 1 - CONCEITO DE INFÂNCIA .............................................................................. 7 1.1 - Infância na atualidade....................................................................................10 2 – OS TEÓRICOS DA INFÂNCIA ...................................................................... 11 3 - A EDUCAÇÃO INFANTIL NA VISÃO LEGAL ................................................16 3.1 - Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI).................18 3.2 - Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCNEI)...............................19 4 – RESPONSABILIDADE DOCENTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA .................... 20 4.1 – Formação Docente ...................................................................................... 22 4.2 – Brincar é Aprender ...................................................................................... 23 4.3 – Desafios da Educação Infantil: Incorporação do cuidar e do educar ........... 25 4.4 - Rotina, Tempos e Espaços na Educação Infantil..........................................26 4.5- Planejamento e Organização de tempos e espaços......................................28 5- PROPOSTA PEDAGÓGICA DE BRINCAR ................................................... 31 MATERIAIS DE PESQUISA ................................................................................ 35 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA:..................................... 38 6 INTRODUÇÃO A intenção deste trabalho, é iniciar nossos conhecimentos práticos docentes, acerca de um dos primeiros aspectos que tange à educação, que trata do ingresso da criança de 0 a 5 anos no ambiente escolar – Educação Infantil, à partir da ideia de que a primeira sociedade a qual a criança está inserida é a família e a segunda, a que se tornará porta para o mundo, é a escola; Juntamente a essa nova relação, nos é mister entender como se deu o reconhecimento da infância através da história, as implicações legais e principalmente como se dá os desenvolvimentos: sensoriais, interacionais, afetivo das crianças e quais são os seus impactos na sociedade, através da interação. Ainda na trilha da infância discorreremos sobre a importância da ludicidade - do brincar e da brincadeira - no desenvolvimento das relações entre espaço e tempo, na observação e aplicação de brincadeiras com esse enfoque. PROBLEMA: Como estabelecer uma relação entre espaço, tempo e transformação para o desenvolvimento infantil, através das brincadeiras? Esse trabalho visa identificar, através dos conteúdos e disciplinas desse semestre, como os professores da Educação Infantil, podem se instrumentalizar de teorias, técnicas e práxis de sucesso, para que se estabeleça uma relação acolhedora e educativa com as crianças e suas famílias na primeira experiência escolar dos pequeninos, utilizando o cuidar e o brincar com intencionalidade pedagógica a fim de se obter sucesso no desenvolvimento humano dessa fase. OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi inicialmente observar alunos da Educação Infantil, considerar práticas de convívio social, o brincar, o cuidar e o educar nos seguintes aspectos: - Relembrar o conceito de infância; - Relembrar as teorias filosóficas, sociais e pedagógicas da infância; 7 - Relembrar a legislação específica; - Citar a importância e a responsabilidade docente; - Pesquisar as proposições pedagógicas e lúdicas sobre planejamento, observação, registro, ambiente, espaço, tempo, materiais e rotinas como agentes educacionais, na organização do trabalho pedagógico; - Propor conduta ou intervenções/brincadeiras que desenvolvam a criança sob a ótica infantil como acolhedora, sadia e respeitosa às interações da relação humana. JUSTIFICATIVA:Na vida agitada da atualidade, com pais ou responsáveis legais trabalhadores em tempo integral, as crianças passam no mínimo 5 horas na escola em companhia dos professores, tornando imperioso ajustar assim a lente do olhar desse profissional de forma mais atenta e contínua, sobre o comportamento, desenvolvimento e evolução infantil que lhe seja característico à idade. Em muitos casos, devido essa longa permanência da criança na escola, acabam sendo os professores, a mais valiosa referência na construção humana desses indivíduos. A partir de um currículo reelaborado, ou melhor, adaptado, o professor poderá calcar muitas das propostas pedagógicas focadas ao tema das relações humanas, de empatia e respeito, priorizando a boa convivência e o respeito mútuos, através da linguagem lúdica e subjetiva. 1 - CONCEITO DE INFÂNCIA Ao considerar infância e o lugar social que a criança ocupa na sociedade é importante analisar as diferentes mudanças que ocorreram e destacar que a visão de criança é algo que foi historicamente construído ao longo dos anos. Cada época irá proferir um discurso e defender seus ideais e expectativas em relação às crianças. A intenção, então, é revelar as transformações do sentimento de infância presente em determinados momentos da história, para, a partir do conceito 8 histórico, analisar a experiência da criança em seus contatos iniciais com o mundo contemporâneo que a influência. Segundo Neto e Silva (2007) a palavra infância refere-se a Enfant o qual significa "aquele que não fala", nesse processo de construção da infância na sociedade, notamos que a figura da criança era vista como aquele que não tem um espaço na sociedade, sem valor e sendo moldado pelo adulto de acordo com suas determinações. Ainda nesse contexto observamos que segundo Paula (2005) antes "a criança inexistia ou ficava adstrita a escassos momentos". (p.1). Não existia no sentido que a criança não era encarada como criança no modo como ela é hoje e até mesmo sendo isolada do meio em que vivia. Ariès (1979) fala que "na sociedade medieval a criança a partir do momento em que passava a agir sem solicitude de sua mãe, ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes". (p.156). Ou seja, as crianças eram tratadas como adultos em tamanho menor e até mesmo não havia acomodação ou vestimenta especial para elas. Uma outra característica é que na sociedade europeia medieval as crianças não eram retratadas em quadros e quando isso ocorriam elas estavam representadas em roupas semelhantes de adultos. Não existia uma definição clara entre o que era adequado para crianças e o que seria específico para vivência dos adultos. A ausência de privacidade e de segredos faziam com que as crianças participassem da vida como se fossem adultos. Essa falta de consciência da Idade Média é descrita por Ariès: Na sociedade medieval o sentimento de infância, não existia – o que não quer dizer que as crianças fossem negligenciadas, abandonadas ou desprezadas. O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde a consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem. Essa consciência não existia (ARIÈS, 1979 p. 156). A concepção de infância tem uma estreita ligação com à cultura e a sociedade que vivemos, sendo assim, Ariès (1979) diz que "a 'aparição' da infância se dá a partir do século XVI e XVII na Europa, quando o mercantilismo, altera o sentimento e as relações frente à infância, modificado conforme a própria estrutura social". (p.14). Uma vez que há transformações na estrutura social começa a se 9 mudar também o conceito de infância, e a própria percepção da família; porque até então não se sabia o que representava ser criança. Com o passar do tempo e em cada época se criava um sentimento, um modo de perceber a infância, e foi o que ocorreu ao fim da Idade Média e após, uma busca para entender quem era a criança, e em que lugar colocá-la na sociedade. Em épocas mais atuais observamos um reconhecimento que segundo Paula: Com o estabelecimento de uma nova ordem política, social e econômica, impulsionada por diversos fatores, dentre os quais o capitalismo industrial, o neoliberalismo e suas consequências (migrações, surgimento da família nuclear e burguesa, adstrição da criança à família e ideia de escola), ocorreram transformações que influenciaram a organização da estrutura familiar e, consequentemente a vida das crianças. (Paula, 2005 p.1). A criança é vista como um sujeito despreparado para tal sociedade, e desta forma surge a questão de escolarizar as crianças, prepará-la para o futuro. Aos poucos cresce o pensamento de como inserir as crianças nessa mudança social. Em consequência no século XVIII começaram a serem reconhecidas em suas particularidades, obtendo determinações específica e adequada para idade, ocupando assim um espaço maior. Portanto a concepção de infância muda conforme a sociedade passa a ver a criança como indivíduo que pertence ao meio social, inserido em sua cultura com o seu próprio modo de entender o mundo. Nascia assim a concepção de infância. No decorrer dos anos vemos que houve uma variação da percepção de infância e para Fernandes e Kuhlmann Júnior (2004) “a infância seria um conceito, uma representação, um tipo ideal a caracterizar elementos comuns a diferentes crianças” (p. 28). Para os Referenciais curriculares (1998) "a concepção de criança é uma noção historicamente construída e consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época". (p.21). Sendo assim, a infância muda com o tempo e com as transformações dos diferentes contextos sociais, porém, nos resta ainda saber, o que seria infância nos tempos contemporâneos? 10 1.1 – Infância na atualidade Desde 1959, a ONU (Organização Das Nações Unidas), aprovou a "Declaração Universal dos Direitos Da Criança" que visa incluir os direitos a igualdade, alimentação e escolaridade gratuita para todos, ou seja, com isso a criança passou a ocupar seu lugar na sociedade. Mas se analisarmos essa questão, ainda há muitas crianças fora da escola, principalmente as que vivem em classes mais pobres, pois, infelizmente muitas delas ajudam no sustento da família, deixando assim de lado sua educação. Quando falamos sobre o conceito de infância na atualidade, podemos destacar que a globalização trouxe várias mudanças graduais, ou seja, aos poucos brinquedos como: carrinhos ou bonecas ficaram mais acessíveis, mas com o tempo foram deixados de lado, dando espaço para os aparelhos eletrônicos e em seguida a internet. Podemos destacar que em nosso país a influência da mídia está cada vez mais poderosa, em virtude do sistema precário da educação, pois ao invés de ajudar no ensino, ela garante a distração das crianças, possibilitando-as a obter acesso ao que quiserem. Observa-se que as crianças de hoje passam a se comportar e se vestir de modo adulto, assim como eram as do século XVIII, por isso os pais devem se atentar a isso, não deixando que seus filhos percam a infância. É claro que hoje a tecnologia ajuda de um modo geral, porém deve se tomar muito cuidado com isso, pois tanto pode ser bom, como também trazer o mal para uma família, se não souberem fazer uso de um modo correto. A escola como intermédio família-criança tem um papel fundamental na valorização da infância, pois sabe-se que é direito de toda criança aprender e ela tem como principal papel educar e ajudar na inserção do cidadão na sociedade. Ou seja, a educação para as crianças deve promover a integração entre os diversos 11 aspectos que as norteiam, como o aspecto físico, emocional, cognitivo, entre outros. A partir do momento em que a escola passaa proporcionar um trabalho onde a criança tem seu espaço, participa das atividades escolares fazendo escolhas, ela passa a proporcionar que esta se torne criadora de uma cultura própria. Nesta perspectiva, a escola passa a ressignificar seu trabalho, e isto ao estabelecer que este tenha a opinião delas, e a visão de mundo que elas têm em sua “interpretação infantil”. Este é um trabalho que, como diz Jobim e Souza (1994) et al. Andrade (2007), “faz-se uma ruptura com a representação desqualificadora de que a criança é alguém incompleto, alguém que constitui em um vir a ser no futuro”. Pois segundo estes autores ressaltam “a criança não se constitui no amanhã; ela é hoje, no seu presente, um ser que participa da construção da história e da cultura de seu tempo”. (p.4). Portanto, a educação da criança, pode ser destacada como um trabalho conjunto entre família-escola, pois é através dos dois que a criança formará base para o seu desenvolvimento. Ou seja, não basta somente a escola estar fazendo seu papel, se a família por outro lado não estar participando, devem ter sempre em mente de que todos têm o direito a educação e a criança desde bem cedo passa a aprender o que é ser cidadão e valorizar seu espaço na sociedade. 2 – OS TEÓRICOS DA INFÂNCIA João Amós Comênio (1592 – 1657), pai da didática moderna, destacam-se em sua época o respeito aos estágios da educação infantil no seu processo de aprendizagem e construção do conhecimento através das experiências da observação e da ação, uma educação sem punição e sim diálogo. 12 Jean Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo que se destacou na história da pedagogia. Considerado autor da racionalidade pedagógica moderna, Rousseau enfatiza que a infância é um momento onde se vê, se pensa e se sente o mundo de um modo próprio, afirmando que “a infância não era apenas uma via de acesso, para um período de preparação para a vida adulta, mas tinha valor em si mesma”. Para ele esse nesse momento, a ação do educador deveria ser uma ação natural que levasse em consideração a peculiaridade da infância, a ingenuidade, a inconsciência da criança. Defendendo “uma educação não orientada pelos adultos, mas que fosse resultado do livre exercício das capacidades infantis. Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), seguidor do protestantismo e das ideias de Rousseau. Antecipando as concepções da Escola Nova, Pestalozzi pregou que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolverem habilidades naturais e inatas. Considerou que o ato de educar “deveria ocorrer em um ambiente o mais natural possível, num clima de disciplina estrita, mas amorosa, e pôr em ação o que a criança já possui dentro de si, contribuindo para o desenvolvimento do caráter infantil”. Seu projeto educativo tinha também, a “intuição” como fundamento básico para se atingir o conhecimento. Assim sendo, sua educação se fundamenta na percepção, no desenvolvimento dos sentidos da criança e o ensino deveria priorizar a utilização de objetos, não de palavras. Friedrich Fröebel (1782 – 1852), educador alemão, considerado o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica e o apreender do significado da família nas relações humanas. Sua teoria salientou a importância do desenho e das atividades que envolvessem movimentos e ritmos. Inspirado pelo amor as crianças e a natureza, sua ideia de atividade e liberdade reformularam a educação, embora seja conhecida apenas como fundador dos jardins da infância ou por sua metodologia de educação infantil. Apesar de ter trabalhado com Pestalozzi, de forma independente e crítica, formalizou seus próprios princípios educacionais enfocando o período da infância, insistindo para que as necessidades infantis fossem plenamente desenvolvidas. Ao 13 abrir o primeiro jardim de infância, as crianças poderiam se expressar por meio de diferentes atividades envolvendo percepção sensorial, linguagem oral associada a natureza e à vida e dos brinquedos. Paralelamente dedicou-se a fundação de outros jardins, à formação de professores e elaboração de métodos e equipamentos pedagógicos. Ovide Decroly (1871 – 1932), médico belga, sua obra educacional destaca- se pelo valor que colocou as condições do desenvolvimento infantil, da atividade da criança e a função global do ensino. Ao trabalhar com crianças excepcionais, Decroly foi ao mesmo tempo educador, psicólogo e médico, criou metodologia com base no interesse e na auto avaliação. Sua teoria fundamentada acreditava que a necessidade gera o interesse, uma direção ao conhecimento, e caso despertado, seria a base de toda atividade que incitaria a criança a observar, associar e expressar-se. Para ela a educação não se constituía em uma preparação para a vida adulta, porque a criança deve aproveitar a infância e a juventude para resolver as dificuldades compatíveis ao seu momento de vida. Maria Montessori (1870 – 1952), médica psiquiatra iniciou seus estudos e trabalho com crianças com deficiência mental em uma clínica psiquiatra de Roma. Contrapondo-se aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e processo evolutivo do desenvolvimento da criança, a pedagogia montessoriana se insere no movimento Escola Nova, ocupando papel de destaque devido as técnicas aplicadas na educação infantil e primeiras séries do ensino formal. Montessori defendia que a função da educação é favorecer o progresso infantil de acordo com os aspectos biológicos de cada criança. Em sua concepção, como os estímulos externos formam o espírito infantil, eles precisam ser determinados. Dessa forma além de propor que, em sala de aula, a criança fosse livre para agir sobre os objetos sujeito a sua ação, desenvolveu jogos e outros materiais didáticos que passaram a ter um papel predominante no trabalho educativo. 14 Esses materiais tinham a função de estimular e desenvolver a criança numa busca detalhada do conteúdo a ser trabalhado, prevendo exercícios destinados a evolução das diversas funções psicológicas. Criou instrumentos elaborados para educação motora, e para educação dos sentidos e da inteligência. Celestin Freinet (1896 – 1966), foi um dos educadores que renovou as práticas pedagógicas de seu tempo. Crítico da escola tradicional, não poupou a escola tradicional se mostrando contra o autoritarismo do sistema educacional tradicional, expresso nas regras rígidas, no conteúdo arbitrário, fragmentado disfarçado em relação social e ao progresso da ciência. Sua corrente pedagógica partia do respeito mútuo entre professor e aluno, a ordem e a disciplina em sala de aula se estabeleciam naturalmente. Suas técnicas: “o jornal escolar, correspondência interescolar, desenho livre, a livre expressão, as aulas-passeio, o livro da vida”, têm como objetivo favorecer o desenvolvimento de métodos naturais da linguagem, da matemática, das ciências naturais e das ciências sociais num contexto de atividades significativas. Desse modo, possibilita às crianças sentirem-se sujeitos do processo de aprendizagem e a partir do seu interesse estabelecer condições da apropriação do conhecimento. Jean Piaget (1896 – 1980), biólogo e psicólogo, foi o formulador da teoria do desenvolvimento da inteligência humana e é hoje considerado como o mais importante teórico da área cognitiva. Piaget não propôs um método de ensino, a partir da observação cuidadosa de seus próprios filhos e de outras crianças, elaborou uma teoria do conhecimento e desenvolveu investigações cujos resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos. Em suas pesquisas, concebeu a criança como ser dinâmico, que a todo o momento interage com a realidade, utilização de objetos e pessoas. Criador da “epistemologia genética”, Piaget mostra que todas as crianças passam por estágios estáveis de estruturação de pensamento, procurou investigar como se davaà construção do conhecimento no campo social, afetivo, fisiológico e cognitivo. 15 Fazendo uma investigação em suas obras literárias constataremos que Piaget desenvolveu longos estudos e pesquisas nos mais diversos campos do saber, contribuindo com um valioso legado de informações e conhecimento a respeito da gênese e desenvolvimento e aprendizagem infantil. Lev Semenovich Vygotsky (1896 – 1934), habilitado em direito, filosofia, medicina e psicologia, foi professor de pedagogia. Vygotsky traz a ideia do ser humano como “fruto” do contexto histórico e cita a pedagogia como sendo a ciência básica para o estudo do desenvolvimento humano por se tratar de uma síntese das disciplinas que estudam a criança integrando os aspectos biológico, psicológico e antropológico do desenvolvimento. É importante ressaltar que a principal preocupação de Vygotsky não foi elaborar uma teoria do desenvolvimento infantil, mas de compreender desenvolvimento psicológico do ser humano. Utilizando-se dos pressupostos elaborados por Marx e Engels, Vygotsky buscou compreender o homem sempre como agente produtor de conhecimento de acordo as interações sociais. Vygotsky destaca-se também pelas contribuições de sua teoria com relação ao desenvolvimento e aprendizagem do homem, ao apresentar as “zonas de desenvolvimento”. Para Vygotsky desenvolvimento e aprendizagem são processos interativos, ou seja, ao aprender em um contexto social específico o indivíduo está se desenvolvendo. Partindo dessa concepção ele afirma que “o aprendizado humano pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que as cercam” (VYGOTSKY, 2007, p. 100). Diante de tantos teóricos e suas contribuições no processo histórico e evolutivo da educação na infância, conclui-se que os estudos com relação à educação, metodologias, recursos didáticos e pedagógicos não se esgotam apenas nestes teóricos. Porém vale ressalta que cada um deles diante de seus estudos e pesquisas procurou compreender o período da infância e dar suas contribuições no campo da Educação Infantil. 16 Paulo Freire (1921 – 1997), nasceu em Recife e faleceu em São Paulo. Foi um renomado educador brasileiro conhecido mundialmente pela visão que defendia uma educação de transformação, onde objetivo da escola é ensinar o aluno a ler o mundo. Também ficou conhecido pela alfabetização dos adultos, aplicado pela primeira vez na região de Angicos (RN) em 1963, onde uma região que era marcada por trabalhadores rurais, pedreiros, domestica, que acreditavam na importância de aprender a ler para “mudar a vida”. César Coll Salvador (1951), psicólogo espanhol, foi um dos principais coordenadores da reforma educacional espanhola e consultor do MEC na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais, aqui no Brasil. Inspirado em Jean Piaget, Coll tem um pensamento construtivista de ensino-aprendizagem. Para ele o que importa é o que o aluno efetivamente aprende, não o conteúdo transmitido pelo professor. O novo currículo proposto por Coll contempla ainda os temas transversais, que devem estar presentes em todas as disciplinas e séries da Educação Básica. 3 - A EDUCAÇÃO INFANTIL NA VISÃO LEGAL A concepção educação infantil no Brasil teve suas mudanças baseadas na inserção social da criança no contexto político e econômico do país. Foi com esse intuito de atender essas crianças que apareceram os primeiros estabelecimentos nomeados de creches e pré-escolas com a intenção de atender as crianças pequenas de 0 a 5 anos, contudo essa nova concepção de educação infantil estava voltada ao assistencialismo, pois eram atendimento direcionado às famílias de baixa renda, ou seja, aos pais que não tinham com quem deixar seus filhos. Essas instituições começaram a serem vista de forma discriminada pela sociedade, e acabaram se transformando em depósito de crianças. Cartaxo (2011, p. 37) elucida que a educação infantil é taxada como caráter assistencialista e que 17 esse tipo de atendimento passa ser visto como um favor as famílias menos abastadas. Somente no fim da década de 90 com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990 e com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), em 1996, é que as leis foram sendo revistas, juntamente com a elaboração de vários documentos é que a educação infantil passou a ser vista mais em caráter educacional e com isso houve mais qualidade no atendimento à criança. O direito a essa educação nas creches está prevista no inciso IV da CF/88 no artigo 2008, onde diz que: “ - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;”, porém é correto afirmar que infelizmente nem todos os pais que trabalham e necessitam desse apoio da escola pública conseguem uma vaga para seus filhos numa creche, mas é correto deixar claro que é um direito assegurado pela principal Lei do país que é Constituição Federal, a criança tem direito a educação desde seus primeiros anos de vida. Cartaxo (2011, p.47) destaca que tanto no campo de pesquisa como no legislativo a educação infantil passa a ser vista sob um novo prisma com a redemocratização e implementação de inovações políticas educacionais. A Constituição Federal de 1988 reconhece o direito da criança de ser atendida em creches e pré-escolas, mas enfatizando o atendimento para o campo educacional e não assistencialista, antes da CF/88 não havia nenhuma lei que assegurava o direito das crianças com menos de 7 anos a ter educação, nenhuma outra Constituição se preocupou com a importância da educação nos primeiros 6 anos de vida da criança, fase essa de importância para o desenvolvimento da inteligência e personalidade do indivíduo. No art.227, capitulo VII- Da Família, Da Criança, da Constituição Federal, encontramos a seguinte afirmação: É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Brasil, 1988). 18 O aprender a criança é uma experiência significativa que integra o que ela já conhece com o que é novo. Entendo que é uma construção social a qual envolve a criança como um todo, no contexto educativo. Isso fica claro na própria redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013 em seu Art. 29 onde diz que “ A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” Com isso fica claro a importância da educação desde cedo e nessa fase que será estimulada boa parte da formação pessoal da criança, em convívio social, e as formas com que o professor, os pais, entre outros, vão abordar e incentivar no desenvolvimento da criança o aprender de uma forma sadia com brincadeiras transforma o jeito com que a criança irá se desenvolver. Portanto, ao relacionar-se com o adulto, a criança exerce variadas funções, tais como companheirismo, colaboração, mediação, intervenção, observação e tantas outras, tendo em vista o papel que o adulto tem no brincar. 3.1 – Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Com o passar do tempo o Brasil ganhou novos projetos relacionados a educação, saindo da vertente da Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases, chegando assim a ser criado documentos para atender a determinação do ministério da Educação, indo em valor ao que está mencionado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), cria-sea RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil). A RCNEI foi elaborada por vários profissionais especializados em crianças que buscaram por meio de vários debates, para criar um guia de cunho educacional para os professores e profissionais que atuam com crianças de zero a seis anos. Essa proposta e considerado um avanço na educação infantil ao buscar soluções educativas para a superação, nas fases que se integra da creche e, a pré- escolas. 19 O RCNEI é composto por três volumes, o primeiro trata da Introdução, trazendo reflexões sobre creches e pré-escolas, infância, educação e profissionalização, além do referencial teórico que sustenta a obra, o segundo volume trata da formação pessoal e social da criança diz respeito aos processos de construção da identidade e autonomia, e por fim o terceiro volume traz seis documentos, relacionado ao: movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e matemática. Esses volumes surgem para ajudar na construção de propostas educativas que respondam às demandas das crianças e seus familiares nas diferentes regiões do Brasil. 3.2- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) As Diretrizes Curriculares Nacionais são um conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica que servem para orientam as escolas na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas, tendo sua origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. Em 1998 e criado a DCNEI estabelece o que deve ser ensinado, e no ano de 2009 com a RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009, ocorreu uma nítida mudança em relação a colocar a criança em foco e serviram como um uma fundamentação teórica para a base, esse documento traz a importância do aluno ter acesso ao conhecimento cultural, científico, e contato com a natureza, também e colocado em evidencia a importância da interação e na brincadeira como eixos estruturantes do currículo, além de considerar os princípios éticos, políticos e estéticos que deveriam nortear a produção do conhecimento nas escolas infantis, ajudando assim no desenvolvimento desde cedo das crianças para o convívio em sociedade. Essa resolução deixa clara a importância que o aluno tenha acesso aos conhecimentos escolares, porém, preservando o modo de a criança aprender, deixando evidente a importância do cuidar e educar a maneira como isso será realizado por parte dos profissionais da área. 20 4 – RESPONSABILIDADE DOCENTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA O ser humano é a única criatura que nasce com forte dependência do adulto em seus cuidados por mais tempo, na infância, do que às demais criaturas, devido à complexidade de seu desenvolvimento físico e cognitivo. O bebê quando nasce carece de cuidados extremos de alimentação, higiene, aquecimento, abrigo, mas acima de tudo acolhimento e carinho por parte de sua família. E essa necessidade segue ao longo de sua existência, analisaremos aqui o momento em que a criança sai de seu meio social primário, a família, para ingressar na sociedade de educação escolar. Os professores da creche e da educação infantil serão como uma extensão familiar, sendo esses tutores responsáveis por seus cuidados integrais, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade, na sua permanência na instituição escolar, pelo menos nos primeiros 5 anos. Tais cuidados, os chamados cuidados integrais, contemplam o cuidar e o educar, pois as crianças não possuem autonomia por um período de sua infância e é com o auxílio da escola que ela começa a ser desenvolvida. A escola nesse período infantil, de 0 a 5 anos, tem função de abrir as portas para a interação humana; e ao cuidar e educar a professora proporciona: interação entre as crianças e o objeto e entre as crianças com outras crianças e, através de situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada, contribui com o desenvolvimento delas. E para que os profissionais da educação – os professores - possam atuar de forma eficiente na pedagogia da infância, é mister que se preparem através de sólida formação inicial e de forma continuada buscando aperfeiçoar-se cada vez mais, pois além de complexa a pedagogia da infância é dinâmica e mutável. O mundo muda e a pedagogia muda, acompanhando as tendências humanas e sociais. Vimos que grandes mudanças vêm ocorrendo ao longo da história da humanidade, o reconhecimento da infância e suas características e necessidades 21 e o reconhecimento da criança como um ser social e de direito (sujeito de direito), dotando-a do amparo de ordenamentos legais e políticas públicas. Os professores de Educação Infantil também são sujeitos essenciais para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, aplicando seus conhecimentos para educar e cuidar. O cuidado e a educação estão intrinsecamente relacionados ao ser humano, à existência humana. A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos e, como ação humana, é prática social, expressão de certa concepção, uma visão de mundo. E o cuidar é uma expressão do educar. Além do cuidar outra forma de ensinar as crianças é através das brincadeiras, pois é pela ludicidade que a criança consegue compreender o mundo que a cerca, pois se utilizadas com intencionalidade pedagógica abrirá as perspectivas: social, histórica e cultural. É pelo brincar que as crianças compreendem o mundo e conseguem se expressar. "Toda criança que brinca se comporta como um poeta, pelo fato de criar um mundo só seu, ou, mais exatamente, por transpor as coisas do mundo em que vive para um universo novo em acordo com suas conveniências." Sigmund Freud, 1973 O brincar e os jogos tem função séria na educação infantil, pois é através dela que a criança consegue organizar o caos de muitas informações recebidas ao mesmo tempo, é na brincadeira que ela organiza, classifica, reflete e imita, de maneira também subjetiva, como afirma Brougère, 1998. “... o jogo deixa menos marcas que a linguagem, e há os que pensam que ele só pode ser associado à subjetividade de um indivíduo que obedece ao princípio do prazer. Trata-se de fato de um ato social que produz uma cultura (um conjunto de significações) específica e, ao mesmo tempo, é produzido por uma cultura. “ No entanto a criança não nasce sabendo brincar, como afirma Brougère, “a brincadeira não é inata. Mesmo que tenha elementos naturais, ela sempre é o resultado de uma construção social. É algo que se aprende e se estrutura...” Logo, a criança aprende a partir de estímulos e brincadeiras desde a mais tenra idade, sendo a figura do professor perante atividades lúdicas a de estimulador, interventor, incentivador e avaliador. Pois ele será a figura a qual a criança será inspirada e tomada muitas vezes como paradigma. 22 4.1 – Formação Docente Um dos grandes desafios da área docente, é formar professores para a Educação Infantil, o que exige conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento e aprendizagem das crianças e sobre as condições adequadas de organização do trabalho nas creches e pré-escolas. O curso de Pedagogia surgiu em 1938, com a vocação de formar educadores, filósofos da educação, planejadores, pesquisadores em educação e para formar professores das escolas normais. A vocação não era para formar alfabetizadores somente. E desde então a Pedagogia vem se atualizando com o passar dos tempos e atualmente a formação do professor enseja que seja robusta, uma formação na qual o professor tenha clareza das metodologias, de como pensa a sala de aula, de como organizam o plano de trabalho, o plano de ensino para assim conduzir a um processo de aprendizagem de que garanta o mínimo de compreensão dos conteúdos que as criançasestão se apropriando e assim aprendendo. A importância da formação do professor, principalmente nos anos iniciais deve considerar o conjunto das disciplinas elementares, que fomentam o entendimento de qual é a dinâmica do processo de ensino e aprendizagem. A dialogia é a principal forma de se aplicar o processo de ensino e aprendizagem, pois é através do diálogo que se negocia um saber significativo com os sujeitos (alunos), considerando a múltiplas culturas, a comunidade a qual a escola está inserida e o cenário atual. Tudo muda, o mundo, as crianças, a sociedade, a tecnologia e para isso a Pedagogia, na pessoa do professor, precisa se aperfeiçoar de modo que possa acompanhar essa tendência de frenética mudança, não podendo mais ficar aprisionado na instituição de antigamente que não dialoga com o mundo, com a linguagem e com a tecnologia de nossa sociedade. Entretanto não é tarefa isolada do professor, pois está associado a instituição, então juntos professor e escola tem 23 a função de educar e acima de tudo fazer uma pedagogia do futuro, uma escola do futuro, como diz Libâneo: “ Seja falando de escola do presente, seja falando de escola do futuro, na minha maneira de ver a escola tem uma função que é específica dela, que é ensinar. E hoje ensinar significa ajudar os alunos a desenvolverem suas capacidades intelectuais, sua capacidade reflexiva”...”A escola precisa manter essa característica de ensinar, o bom professor é aquele que consegue organizar os seus conteúdos, levando em conta as características dos alunos. Os professores hoje, não podem desconhecer que os alunos vêm a escola com uma variedade muito grande de saberes que ele encontra fora da escola. A escola hoje não tem o monopólio do saber, então uma escola do futuro é uma escola, que ensina, mas é uma escola em que os professores saibam muito bem organizar o conteúdo, tendo em vista as características individuais, sociais, culturais que os alunos trazem à sala de aula.”” 4.2 – Brincar é Aprender A criança, na escola, amplia seus interesses além do mundo infantil e dos objetos, expande as possibilidades de relações sociais, estabelece interações mais diversificadas com os adultos, compreende, gradativamente, as ações e as várias formas de atividades humanas: trabalho, lazer, produção cultural e científica. O jogo e a brincadeira, nessa etapa, são formas de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos. A criança, por intermédio das atividades lúdicas, atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes esferas humanas, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes (BISSOLI, 2005). Contudo é comum a concepção que atribui ao jogo e à brincadeira a finalidade de ser “passatempo”, “desgaste de energia excedente”, quando, para a criança, brincar é algo essencial para suas aprendizagens e desenvolvimento. Vygotsky (2001), ao analisar a relação entre o brinquedo e a escrita na prática escolar, ressalta que o primeiro pode ser visto como um componente da pré-história da escrita, considerando que a apropriação deste complexo código requer um nível elevado de desenvolvimento da capacidade simbólica. Para esse teórico, a diferença entre uma criança de três e outra de seis anos, nas situações lúdicas, está, principalmente, no modo pelo qual empregam as várias formas de representação, tornando-se cada vez mais complexas. Uma contribuição importante, portanto, da brincadeira, reside no aspecto de que, quanto mais a 24 criança brinca, mais ela desenvolve a sua capacidade simbólica, e esta favorece a aprendizagem de códigos sociais mais complexos, neste caso específico, a escrita (LURIA, 1988). Até que a criança desenvolva a linguagem, é por meio das brincadeiras que ela se expressa (sentimentos e pensamentos). Ao brincar ela interage com o grupo e com o meio, ampliando assim sua autoimagem positiva e constituindo sua personalidade. Friedmann (1996) afirmou, ao dizer que, a afetividade é uma constante no processo de construção do conhecimento e é ela que, na verdade, irá influenciar o caminho da criança na escolha dos seus objetivos. Enquanto brinca, a criança está consciente de que está representando um objeto, situação ou fato, mas, ao mesmo tempo, está inconsciente de que esteja representando algo que lhe escapa por estar fora do campo de sua consciência no momento. A brincadeira simbólica, como as demais manifestações simbólicas, dá à criança condições de aprender a lidar com suas emoções e afetos. Para Piaget (1976), a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma: "O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil". (Piaget 1976, p.160). A proposta de usar o Brincar nas séries iniciais, especificamente na idade de 2 a 3 anos enfatizada aqui, desde cedo possibilita que os alunos desenvolvam habilidades corporais participando de atividades culturais, tais como jogos, esportes e danças, tendo como finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções. 25 4.3 - Desafios da Educação Infantil: Incorporação do cuidar e do educar Um dos desafios que a educação ainda enfrenta é a incorporação entre o “cuidar e educar”. Em uma perspectiva histórica ocorre um deslocamento das funções sociais do âmbito restrito do lar, entretanto o Cuidar e Educar, criam oportunidades para que os educadores discutam sobre as funções das instituições onde trabalham e quais as melhores formas de exercer o ensino aprendizagem. Diante disso abre uma discussão: é possível cuidar realmente educando? Cuidar de uma criança é uma ação complexa que envolve diferente fazeres, mas quando a criança percebe esse cuidar sente-se mais segura e aos poucos adquire autonomia para mais tarde exercer sozinha, tornando-se independente. Já o educar significa criar condições onde ela possa se apropriar das formas de ações, forma esta que a constitui como sujeito histórico. Ao fazê-lo a criança propaga sua afetividade, imaginação, raciocínio e linguagem, motricidade, firmando assim um autoconceito positivo em relação a si mesma. Disse Didonet, consultor de educação infantil e ex-presidente da OMEP (Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar), “Cuidar e educar são ações intrínsecas e de responsabilidade da família, dos professores e dos médicos. Todos têm de saber que só se cuida educando e só se educa cuidando”. Para se pôr em prática o cuidar e educar é necessário que os educadores planejem suas ações baseadas em ajudar a criança. Dando a ela uma ampliação sobre possibilidades trazidas por diferentes culturas à compreensão da forma injusta de como os preconceitos são construídos e alimentados, mas sem deixar o mais importante que é fazê-la construir atitudes de respeito e solidariedade. O documento Introdutório do Referencial para Educação Infantil mostra: Além da dimensão afetiva e relacional do cuidado, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de forma adequada. Assim, cuidar da 26 criança é, sobretudo, dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e respondendoàs suas necessidades. Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos, a tornarão mais independente e autônoma. (Educar: cuidar. Documento Introdutório o Referencial para a Educação Infantil. Vol.1). Portanto o educador que propõe metas valiosas à aprendizagem e ao desenvolvimento da criança exerce uma educação com cuidados. 4.4 – Rotina, Tempos e Espaços na Educação Infantil A educação infantil, vem sofrendo algumas mudanças influenciadas por várias pesquisas em relação ao tempo e espaços destinados aos alunos durante o período em que permanecem na escola. Esse novo olhar para criança ocorre quando ela deixa de ser vista como um sendo um objeto de proteção, passando a ser tratada como um sujeito de direitos, todos garantidos pela LDB, que assegura a todas as crianças o direito à educação infantil e seu acesso em instituições públicas de qualidade. Outros documentos surgiram como o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998), que foi organizado para orientar gestores e professores quanto às práticas pedagógicas suas atribuições e possíveis formas de trabalhá-las. Essas mudanças ocorrem pela necessidade de uma pedagogia diferenciada principalmente para os primeiros anos escolares, a educação infantil deixa de ter caráter assistencialista e passa a ser um dos principais meios responsáveis na formação moral e intelectual do sujeito. Neste aspecto surge a necessidade da organização do tempo e espaços físicos e sua influência na interação entre as crianças e a importância de se estabelecer uma rotina escolar. E este é o desafio para os educadores, principalmente quando falamos de creches e pré-escolas, que deverão organizar as tarefas diárias a serem realizadas durante o período de aula, intercalando atividades entre o cuidar e educar, levando em consideração o objetivo de proporcionar o desenvolvimento das crianças. Nesta 27 perspectiva, as pesquisadoras de tempos e espaços na educação infantil Maria Carmen Silveira Barbosa e Maria da Graça Souza Horn afirmam que: Organizar o cotidiano das crianças da Educação Infantil pressupõe pensar que o estabelecimento de uma sequência básica de atividades diárias é, antes de mais nada, o resultado da leitura que fazemos do nosso grupo de crianças, a partir, principalmente, de suas necessidades. É importante que o educador observe o que as crianças brincam, como estas brincadeiras se desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em que espaços preferem ficar, o que lhes chama mais atenção, em que momentos do dia estão mais tranquilos ou mais agitados. Este conhecimento é fundamental para que a estruturação espaço-temporal tenha significado. Ao lado disto, também é importante considerar o contexto sociocultural no qual se insere e a proposta pedagógica da instituição, que deverão lhe dar suporte. (BARBOSA; HORN, 2001, p. 67). Os educadores de creches devem estar preparados para educar por meio da rotina, pois é a partir dela que se determina a estrutura o trabalho do educador. Entende-se por rotina, a distribuição de tarefas e atividades pelo tempo que a mesma permanecerá na instituição, levando em consideração os aspectos do cuidado quanto às brincadeiras e atividades didáticas. A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças. “A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas (RCNEI, p. 54).” Ela também é importante para otimizar o tempo, orientando gestores, professores, auxiliares, alunos e os pais com a prática educativa cotidiana, o que faz favorecer as interações entre os envolvidos com menor ansiedade sobre o que é imprevisível ou desconhecido. Pode auxiliar professores nos planejamentos das aulas diárias, no entanto é preciso ser flexível, se ajustando às necessidades que forem surgindo. Seu processo de construção está baseado na realidade social e cultural dos alunos, para que assim o educador possa organizar o tempo, adaptando a rotina conforme suas necessidades. Esse é um fator importante, o professor não pode estabelecer uma rotina e esperar que a criança se adapte a ela, a rotina deve ser construída de acordo com as necessidades dos alunos, respeitando ainda os limites e individualidades de cada um, portanto não pode ser padronizada. É um fato que desde cedo temos que 28 aprender a lidar com o tempo, no entanto estas imposições não podem reprimir os desejos das crianças. Para tanto, o professor precisa ser criativo, trazer o lúdico para suas propostas pedagógicas, assim ficará mais fácil de cumprir o cronograma escolar em um espaço criativo, organizado com tempo necessário. Além disso é preciso ter um planejamento diário, mensal e anual a serem seguidos, com metas e objetivos a serem alcançados. Bons gestores e educadores compreendem a necessidade de a rotina ser constantemente moldada e flexível, do contrário pode se tornar um recurso perigoso para o bom desenvolvimento, caracterizando-se como desmotivadora e cansativa por conta da mesmice. Sendo assim o tempo e o espaço são estruturantes do currículo escolar, pois todas as ações que serão realizadas no interior na escola ocorrem em um determinado espaço (sala de aula, sala de informática, quadra, pátio, refeitório, etc.) e em um tempo específico (dia, duração de aula, atividades e apresentações, etc.). As dimensões de tempo e espaços não são propriedades inatas dos sujeitos e sim atribuições a serem aprendidas. Este é o principal motivo de que cada instituição escolar tenha suas particularidades de acordo com as condições sociais, econômicas, culturais e políticas que estejam presentes, portanto cada escola constrói a sua cultura de organização. Os educadores têm papel fundamental na organização dos tempos e espaços, e este é o principal motivo de que uma aula pode tornar-se bastante diferenciada da outra, mesmo ainda quando utilizado o mesmo espaço (sala de aula), apenas em tempos distintos (períodos, turnos), tendo a presença de outro professor e alunos. 4.5 - Planejamento e organização de tempos e espaços Existe uma preocupação muito grande por parte dos educadores em como planejar um ambiente adequado, e como este ambiente poderá contribuir no processo de ensino aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. É dever do 29 professor pensar sobre os espaços, atividades e materiais de recursos, como inerentes da proposta pedagógica. O espaço deve ser elaborado com a intenção de estimular as crianças em pensar sobre seus atos, agir com os elementos, interagir umas com as outras e terem autonomia sobre suas escolhas. “A organização do espaço físico, os materiais, brinquedos, instrumentos sonoros e o mobiliário não devem ser vistos como elementos passivos, mas como componentes ativos do processo educacional. (RCNEI, 1998)”. A criança aprende e se desenvolve através dos estímulos e ações que acontecem em um ambiente, e estes afetam sua conduta e aprendizagem. Ou seja, conforme a organização de um ambiente as crianças obtêm experiências formativas, positivas ou negativas de acordo com a organização realizada dos espaços e dos recursos utilizados. O espaço é um conjunto de significados e emoções, é por ele que os elementos presentes tomam formas e proporcionam experiências diferentes, a criança observa e interage com o meio através das representações já compreende que existem espaços para brincar, descansar, comer e dormir por exemplo. Segundo Piaget (appud HORN, 2004,p.16), “...a representação do espaço para a criança é uma construção internalizada a partir das ações e das manipulações sobre o ambiente espacial próximo do qual faz parte. Tendo esta consciência o educadordeve idealizar os espaços como fonte de oportunidade, que pode favorecer ou dificultar a desenvoltura intelectual, moral, motora e cognitiva do aluno. “ Para se ter êxito no processo ensino aprendizagem o educador deve criar ambientes que estimulem os sentidos, o qual não é possível em uma sala de aula com um quadro negro, armários, cadeiras e mesas enfileiradas (infelizmente o que ocorre ainda na maioria das escolas). Segundo Vygotsky (apud HORN, 2004, p.20): “...o desenvolvimento humano é uma tarefa conjunta e recíproca. No caso da criança em idade pré-escolar, o papel do adulto é o de parceiro mais experiente que promove, organiza e provê situações em que as interações entre as crianças e o meio sejam provedoras de desenvolvimento.” A sala de aula deve ser organizada de forma funcional, criar cantos de aprendizagem pode ser a “chave para o sucesso”, pode-se se construir o canto dos blocos de construção, o canto da leitura, dos materiais para pintar e recortar, o 30 canto das fantasias e dos brinquedos. Horn (2006) reforça a ideia do ambiente organizado por cantos, e aborda também, a questão estética e harmônica para com esse espaço. Também deve estar organizado de tal maneira que favoreça os momentos de brincadeiras coletivas e individualizada, otimizando a construção do autoconhecimento, autonomia, mobilidade por meio da exploração dos espaços. As aulas externas não devem ser vistas apenas como momentos de lazer, estes precisam ser incorporados na proposta pedagógica. Segundo Horn (2006, p.35), “O espaço é entendido sob uma perspectiva definida em diferentes dimensões: a física, a funcional, a temporal e a relacional, legitimando-se como um elemento curricular”. No espaço externo as aulas tendem ser mais interativas e fantasiosas, é importante que se crie um ambiente explorador, que estimulem os movimentos corporais, táteis, imaginários, a criança deve ser estimulada a explorar o ambiente, mas sempre respeitando sua vontade própria. O ambiente externo pode ser construído para desafiar a capacidade intelectual e motora da criança oferecer sucatas e materiais recicláveis, onde a criança poderá criar seu próprio brinquedo ou brincadeira com os recursos que estão disponíveis, os quais irão estimular sua criatividade e imaginação. A criação dos espaços como já mencionado deve estar de acordo com as necessidades das crianças presentes, por este motivo é importante que as mesmas façam parte do processo de construção destes espaços. Não é suficiente um espaço decorado e recheados de recursos que desafiam a capacidade e competência dos alunos, é preciso que elas interajam com meio, que façam uso dos objetos, viver as experiências de forma intencional, assim ela deixa de ser apenas receptor de conhecimento e passando a ser um produtor ativo, que constrói e reconstrói suas ações sobre o meio social. Conforme afirma Horn sobre o espaço físico, “ É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções. Essa qualificação do espaço físico é o que o transforma em um ambiente (HORN, 2004, p. 28).” 31 Configura-se por um espaço o ambiente que traga significados, aprendizagem e desenvolvimento para os que fazem seu uso, contribuindo em sua formação como sujeito. O ambiente deve estimular o desenvolvimento dos alunos, através das fantasias, construções, jogos, interações com diferentes culturas, aproveitar o lúdico, o faz de conta, pois são por estes que ela exerce o papel representacional, baseando-se pelas imitações que servem como base fundamental no seu processo de desenvolvimento. 5- PROPOSTA PEDAGÓGICA DE BRINCAR PROJETO: VEM BRINCAR DE CORPO E ALMA Objetivo: Explorar na criança, uma forma de expressão corporal envolvendo os movimentos faciais, gestuais, motores, posturais e todo seu sistema cerebral. Reconhecendo sentimentos, emoções e afetividade, explorando o vinculam familiar e a sensibilidade entre eles. 1) Pintura de rosto Mesa com 2 voluntárias + educadoras. 2) Kit pintura Atividade para 4 crianças durante a pintura de rosto. 3) Bolha ao alvo 4 voluntárias + educadoras Alvo de EVA com ponteira ou balde grande Bexigas cheia de água. As crianças organizadas em 3 filas, deveram arremessar a bexiga e acertar o alvo para estourar a mesma, atividade para 13 crianças. 4) Bolha em dupla com farinha de trigo 2 voluntárias + educadoras As crianças deveram ficar em dupla em duas fileiras, a brincadeira é jogar a bolha para o amigo sem que ela caia no chão. 5) Dança Maluca 6) Volta a calma com a professora de Ballet 32 PROJETO: MEIO AMBIENTE Justificativa: O Meio Ambiente é a principal fonte para a preservação do planeta e, consequentemente, da vida. É preciso conscientizar nossas crianças, desde a creche, que cuidar dele é condição essencial para que as gerações futuras tenham uma qualidade de vida digna. A escola/creche, através desse projeto, pretende conscientizar as crianças de hoje para que sejam, no futuro, adultos conscientes da importância de cuidar e amar o Planeta Terra. Objetivo Geral: Conscientizar nossos alunos sobre a importância da Preservação do Meio Ambiente como meio de preservação da própria vida. Objetivos Específicos: - Explorar as plantas: textura das folhas, cheiro, formas, tamanhos e cores. - Conhecer diferentes tipos de animais: pelagem, onde moram, como vivem, se alimentam e etc. Explorar os diversos tipos de materiais que podem ser reciclados: latas, garrafa pet, potes de iogurte, cds, rolos de papel higiênico e etc. Conteúdos Englobados: Linguagem: Através de músicas sobre o tema "A Dona Aranha", "Borboletinha", "O Sapo não lava o pé". Através de contação de história. Conhecer as plantas e os animais através da classificação de diferentes tipos de plantas e animais (tamanhos, formas, texturas...). Atividades com sucatas, usar diferentes tipos de materiais, pintura, texturas, colagem, recorte: guache, paetê, pregador de roupa, palito de fósforo, semente de capim, terra, pincéis, cola colorida, diversos tipos de papéis, materiais reciclados e etc. Passeio Ecológico pelo espaço onde a escola/creche está situada; Montagem de cartaz sobre diferentes tipos de animais e Plantas; 33 Confecção do planeta Terra Feliz e Triste; do Rio Sujo e Limpo; de brinquedos com garrafa Pet (tartaruga), com rolo de papel higiênico e novamente com garrafa pet (bilboquê) e do cartaz da Dona Aranha; confecção da Borboletinha com pregador de roupa. História da Sementinha; plantio e germinação da sementinha em potes de iogurte; confecção da Centopeia com cds; Conversa informal sobre meio ambiente, vegetação, plantas, tipos de animais, poluição ambiental, coleta de lixo, reciclagem. Levantar possíveis problemas ambientais vividos pela comunidade lixos jogados nas ruas, desperdício de água, queimadas, etc. Pensar junto com as crianças formas de resolver os problemas. Passeio pelo jardim da instituição, murais sobre meio ambiente, plantas e suas partes, animais terrestres, aquáticos, aéreos. Jogos: dominó, quebra-cabeça. Músicas relacionadas ao tema: Cinco patinhos, Minhoca, Planeta, enquanto seu lobo não vem, não atire o pau no gato, etc. Brincadeiras: Brincadeiras com pé- de lata, vai e vem, bilboquê. Plantar uma horta com as crianças e orientá-los a se responsabilizar por cuidar da mesma fotografando cada etapa para aprimorar o aprendizado. Fazer com as crianças as lixeiras recicláveis. Desenvolvimento progressivo de hábito de higiene pessoal (escovar os dentes, lavar as mãos, tomar banho, lavar o rosto) e social (quanto a jogar o lixo no lixo e preservar o meio ambiente). Contar histórias pertinentes ao tema dos Órgãos do Sentido e fazero reconto; Cantar, dançar e dramatizar as músicas: Cabeça, ombro, joelho e pé (Xuxa), Boneca de lata, Os Sentidos (Eliana) entre outras. Trabalhando os órgãos do sentido: PALADAR Olhos vendados, sentir o gosto de algumas frutas, açúcar, sal. Cuidados e higiene da boca, escovação, dentista. 34 OLFATO Olhos vendados, sentir o cheiro de algumas frutas, café, vinagre, limão, perfumes; cuidados e higiene do nariz, gripes e resfriados. VISÃO Mímicas, trabalhar a cor, formas, jogo da memória; cuidados com a visão e higiene dos olhos. Confecção de binóculo (Rolo de Papel Higiênico) AUDIÇÃO Trabalho com a bandinha rítmica, fazer vários sons com o corpo e as crianças tentam reproduzir ou descobrir qual parte do corpo fez o som; cuidados e higiene da orelha, ouvido. - Fazer Chocalho. Sugestão de questionamentos sobre higienização: ✓ O que posso fazer para conservar meu corpo limpo? ✓ Quais cuidados devemos ter com os cabelos, unhas e dentes? ✓ Qual a melhor maneira de limpar as orelhas? ✓ Como devo conservar os meus pés? Por quê? ✓ Como devem ser as roupas que uso para ir para a escola? ✓ Que roupas devem ser usadas para dormir? ✓ E para passear? ✓ Como devem ser as roupas nos dias de frio? E nos dias de calor? *Lembrando que estas atividades do planejamento são sugestões, o (a) educador (a) tem autonomia para desenvolver outras que acharem pertinentes à turma. 35 MATERIAIS DE PESQUISA Pesquisas em diversas Bibliografias, sites e vídeos: - Constituição da República Federativa do Brasil - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - no 9.394 - Teorias da aprendizagem: o que o professor disse - Avaliação em sala de aula: conceitos e aplicações - Vamos brincar de quê? Cuidado e educação no desenvolvimento infantil. - Educação infantil: práticas pedagógicas de ensino e aprendizagem - Site Portal da Educação - Fundamentos da Educação infantil: ensinando crianças em uma sociedade diversificada - Avaliação educacional e promoção escolar - Avaliação e monitoramento do trabalho educacional - Lições de didática - A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica - A criança e a cultura lúdica - Entrevista com Gilles Brougère sobre o aprendizado do brincar - Vídeoaula Univesp: Função da Escola por Libâneo - Psicologia da Aprendizagem - Sobre a história da infância - A História Social da Infância e da Família - Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - A infância E sua educação – materiais, práticas e representações - Quebrando as armadilhas da adultez: o papel da infância na formação das educadoras e educadores - Crianças e Infâncias: Universos a Desvendar - Infância e Atualidade: A Concepção de Infância na Prática Educativa - Site Nova Escola - Site Gestão Escolar - Por amor e por força: rotinas na educação infantil - Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços na educação infantil - Pensamento e linguagem 36 - Textos de Apoio Univesp CONSIDERAÇÕES FINAIS O direito à escola/educação escolar está explícito na Constituição Federal, porém não são todos os pais que conseguem colocar seus filhos numa creche, pré- escola, porém é correto afirmar que esses pais têm direito de exigir por meios legais a vaga da criança, pois é direito da criança. Este trabalho expõe a importância da escola na vida nas crianças desde os primeiros anos de vida, já que para muitas crianças o convívio com os professores é a porta para a construção humana dessa criança, pelo fato destes passar grandes períodos do dia longe dos pais, e por isso hoje em dia há uma preocupação com o que será ensinado e como será ensinado, mostrando a importância da ludicidade, e para que seja realizado esse desenvolvimento nas escolas, a legislação conta com diversos documentos que auxiliam dos professores e todos que estão envolvidos na área da educação, como é exemplo a RCNEI e a DCNEI. Um dos papéis da instituição de Educação Infantil é promover vivência lúdica para os alunos, explorando os espaços e valorizando as brincadeiras, uma vez que, quando a criança brinca e dança, ela está interagindo com o outro e é nessa interação que ocorre o desenvolvimento de suas capacidades. A escola organiza o espaço e o tempo de formar a garantir essa aprendizagem para que as crianças como sujeito tenham seus diretos preservados e o bom êxito em seu desenvolvimento. Esse trabalho deixa bem claro a importância da família e da escola na vida das crianças, pois desde bem cedo através da aprendizagem é que elas também aprendem a desenvolver sua cognição, lado emotivo, afetivo e social. Apesar da tecnologia em alta em nossa sociedade, os educadores podem fazer bom uso delas, ao aplicar métodos de ensino para seus alunos, pois como bem vimos, a maioria das crianças passam a maior parte do tempo em aplicativos 37 de celulares ou tablets, por isso pode-se usar também esse método para que a forma de ensino seja eficaz, pois há vários meios para ensinar. Levando em conta de que cada idade exige uma maneira diferente de ensino, lembrando-se sempre de que a escola é fundamental para o aprendizado de cada aluno, por isso, deve ser organizada. Analisamos a importância de se estabelecer uma rotina, no entanto não podemos falar de rotina sem antes pensar na organização do tempo e espaços dentro da instituição escolar. Infelizmente ainda nos tempos de hoje a grande maioria das escolas organizam o tempo e espaços de acordo com a necessidade do educador ou da instituição, impondo que a criança se adapte a uma rotina fixa pré-estabelecida. Com base nos estudos, podemos observar que a rotina precisa existir para o bom planejamento dos gestores e educadores pois é a partir dela que os mesmos poderão dividir o tempo necessário com as tarefas entre o cuidar e o educar. Contudo ela precisa ser flexível, se adequando às necessidades das crianças e não o contrário. Um bom planejamento intencional por parte do profissional, se torna essencial para o desenvolvimento intelectual, cognitivo e motor dos alunos, o professor deve organizar as atividades como sendo desenvolvedoras de habilidades e afetos. É preciso valorizar o brincar, que é instintivo da criança desde os primeiros meses de vida, as brincadeiras são as principais formas de aprendizagem e neste aspecto o bom profissional estará disposto a utilizar recursos que exploram a ludicidade e a fantasia. Por conta dessas características de aprendizagem, os espaços devem ser transformados em ambientes para atender as necessidades dos alunos, uma forma que vem sendo estudada e certificada de ser eficaz é a sala de aula ou espaços externos serem organizados em cantos de aprendizagem. A estratégia dos cantos atende a necessidade de todos os alunos de uma só vez, pois os mesmos estarão livres e independentes para fazerem suas escolhas mesmo estando em um só espaço, interagindo e vivendo suas 38 experiências de forma individual ou coletiva, devendo ainda ser respeitado suas vontades e decisões. O educador deve se portar como sendo mediador ou facilitador da aprendizagem, é ele em irá propor os conteúdos e o responsável por organizar os espaços e tempo destinados para as atividades. Também será seu dever reconhecer a criança como sendo protagonista da aprendizagem e desenvolvimento que ocorre principalmente pelas interações sociais a qual está exposta vivenciando e trocando de saberes e culturas. Cabe ao profissional ser criativo quanto as brincadeiras e atividades que poderão ser realizadas por meio dos jogos, faz-de-conta, músicas, brinquedos recicláveis, utilização do espaço externo, livros de história, jogos de regras, memorização, etc. Ao utilizar esses recursos a criança aprende a estruturar suas funções motoras, lúdicas e emocionais o que implicará diretamenteem sua formação como sujeito na sociedade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA: Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado. Em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 09.Out.2018 Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - no 9.394. Brasília, 1996a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em 09.Out.2018. LEFRANÇOIS, Guy R. Teorias da aprendizagem: o que o professor disse. Tradução de Solange A. Visconte; Revisão técnica de José Fernando B. Lomônaco. São Paulo: Cengage Learning, 2016. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125067 RUSSELL, Michael K.; AIRASIAN, Peter W. Avaliação em sala de aula: conceitos e aplicações. Tradução de Marcelo de Abreu Almeida. Rio de Janeiro: Penso, 2014. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553130 SILVA, D. N. H.; ABREU, F. S. D. (Coautor). Vamos brincar de quê? Cuidado e educação no desenvolvimento infantil. São Paulo: Summus. 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